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JULGADOS RELEVANTES
TURMA 3 - SEMANA 01
CADERNO DE
JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO PERNAMBUCO
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05/18
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e
estude o informativo na íntegra.
Sumário
Sumário ............................................................................................................................. 3
SEMANA 05 ....................................................................................................................... 4
3.5 Foro por Prerrogativa de Função ........................................................................................................... 4
5. PROCEDIMENTO ......................................................................................................... 21
5.1 Audiência de Custódia........................................................................................................................... 21
5.2 Temas Diversos ...................................................................................................................................... 22
5.3 Procedimento Previsto Na Lei 8.038/90 .............................................................................................. 24
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SEMANA 05
A competência penal originária do STF para processar e julgar parlamentares (1) alcança
os congressistas federais no exercício de mandato em casa parlamentar diversa daquela
em que consumada a hipotética conduta delitiva, desde que não haja solução de
continuidade.
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Nota: Constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades
diversas daquelas arroladas na Constituição Federal.
STF. Plenário. ADI 6501 Ref-MC/PA, ADI 6508 Ref-MC/RO, ADI 6515 Ref-MC/AM e ADI 6516 RefMC/AL, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 20/11/2020. (Info 1000)
Nota: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução
processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações
finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de
o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja
o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018
(Info 900).
Pet 7716 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 18.2.2020. (Pet-7716) – (Info 967-STF)
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1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940)
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4. PRISÃO E LIBERDADE
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Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de
exceção, devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios
suficientes de autoria e provas de materialidade delitiva e quando demonstrada sua
imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. Dado seu caráter excepcional, deve ainda
estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, arroladas no art. 319 do CPP.
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação
de integrantes de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido
denunciado pelos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática
da custódia prisional.
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em
05/04/2022. (Info 732).
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STJ. 5ª Turma. HC 699.362-PA, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de
Noronha, julgado em 08/03/2022 (Info 728).
da Penha não é uma exceção à regra acima exposta. A proibição de decretação da prisão
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preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se você
reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode
decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre
que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico.
A atuação do juiz de ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua
gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência
doméstica e familiar.
3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado
a decretar a prisão? Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida
da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder
Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar pessoal máxima, por entender
que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, não
deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão
ministerial a determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma
medida, deve o juiz poder agir de acordo com o seu convencimento motivado e analisar
qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao caso. Impor ou não cautelas pessoais,
de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a escolha de qual delas
melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério
Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações,
ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial.
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1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940)
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A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a
reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos.
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995)
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020.
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020.
STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953).
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4. PRISÃO E LIBERDADE
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STJ. AgRg no HC 712.258-SP, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por
unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022 (Info 733).
STJ. 3ª Seção. RHC 145.931-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 09/03/2022 (Info 728).
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Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de
exceção, devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios
suficientes de autoria e provas de materialidade delitiva e quando demonstrada sua
imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. Dado seu caráter excepcional, deve ainda
estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, arroladas no art. 319 do CPP.
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação
de integrantes de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido
denunciado pelos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática
da custódia prisional.
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em
05/04/2022. (Info 732).
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STJ. AgRg no HC 626.529-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, DJe
03/05/2022. (Info 735)
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preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se você
reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode
decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre
que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico.
A atuação do juiz de ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua
gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência
doméstica e familiar.
3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado
a decretar a prisão? Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida
da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder
Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar pessoal máxima, por entender
que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, não
deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão
ministerial a determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma
medida, deve o juiz poder agir de acordo com o seu convencimento motivado e analisar
qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao caso. Impor ou não cautelas pessoais,
de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a escolha de qual delas
melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério
Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações,
ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial.
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Obs: existe decisão da 1ª Turma em sentido contrário, ou seja, afirmando que “a prisão de réu condenado por decisão do Tribunal
do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (STF. 1ª
Turma. HC 118770, Relator p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 07/03/2017).
Há ainda, STF. 1ª Turma. HC 140449/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 6/11/2018
(Info 922), também no sentido: É possível a execução da condenação pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri, independentemente
do julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso, em face do princípio da soberania dos veredictos. Assim, nas
condenações pelo Tribunal do Júri não é necessário aguardar julgamento de recurso em segundo grau de jurisdição para a execução
da pena.
Vale ressaltar, contudo, que as decisões foram tomada antes do resultado das ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, julgadas em
7/11/2019. Além disso, verifique a nota abaixo.
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada
em 10/02/2021.
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Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no
entanto, que, se logo depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem a
prisão, o vício de ilegalidade que maculava a custódia é suprido.
Nota: O que acontece se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício (sem requerimento)?
• Regra: a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal. • Exceção: se, após a
decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público requererem a prisão, o vício de
ilegalidade que maculava a custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada.
O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação
do Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da
formalidade de prévio requerimento.
STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021. (Info 691)
STJ. 6ª Turma. RHC 132.611/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/02/2021.
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STJ. 5ª Turma. HC 662.690-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/05/2022.
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A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a
reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos.
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995)
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020.
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020.
STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953).
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Organizado); • arts. 190-A a 190-E do ECA, inseridos pela Lei nº 13.441/2017; • art. 1º, § 6º
da Lei nº 9.613/98 (Lei de Lavagem de Dinheiro), inserido pela Lei nº 13.964/2019.
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020. (Info 677)
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Nos processos criminais que tramitam perante o STF e o STJ, cujo procedimento é regido
pela Lei nº 8.038/90, o interrogatório também é o último ato de instrução. Apesar de não
ter havido uma alteração específica do art. 7º da Lei 8.038/90, com base no CPP, entende-
se que o interrogatório é um ato de defesa, mais bem exercido depois de toda a instrução,
porque há possibilidade do contraditório mais amplo. Assim, primeiro devem ser ouvidas
todas as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa para, só então, ser realizado o
interrogatório.
STF. 1ª Turma. AP 1027/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 2/10/2018. (Info 918)
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