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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA

JULGADOS RELEVANTES

RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ

TURMA 3 - SEMANA 01

CADERNO DE
JURISPRUDÊNCIA

SEMANA 05

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO PERNAMBUCO
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05/18

COMO UTILIZAR O MATERIAL

O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e
estude o informativo na íntegra.

Sumário
Sumário ............................................................................................................................. 3
SEMANA 05 ....................................................................................................................... 4
3.5 Foro por Prerrogativa de Função ........................................................................................................... 4

4. PRISÃO E LIBERDADE .................................................................................................... 8


4.1 Prisão em Flagrante ................................................................................................................................. 8
4.2 Prisão Preventiva ..................................................................................................................................... 8
4.3 Prisão Domiciliar do CPP ....................................................................................................................... 14
4.4 Outros Temas ......................................................................................................................................... 17

5. PROCEDIMENTO ......................................................................................................... 21
5.1 Audiência de Custódia........................................................................................................................... 21
5.2 Temas Diversos ...................................................................................................................................... 22
5.3 Procedimento Previsto Na Lei 8.038/90 .............................................................................................. 24

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SEMANA 05/18

SEMANA 05

3.5 Foro por Prerrogativa de Função

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

A competência penal originária do STF para processar e julgar parlamentares (1) alcança
os congressistas federais no exercício de mandato em casa parlamentar diversa daquela
em que consumada a hipotética conduta delitiva, desde que não haja solução de
continuidade.

Nota: Mandato cruzado.


STF. Precedente: AP 937 QO Inq 4342 QO/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 1º.4.2022 (Info 1049).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

A competência para o julgamento de crime praticado por Promotor de Justiça, em


contexto que não guarda relação com as atribuições do cargo, é do Tribunal de Justiça,
revelando-se inviável a extensão do entendimento exarado pelo STF na QO na AP 937.
STJ. 5ª Turma. HC 684.254-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 23/11/2021, DJe 29/11/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

É indispensável a existência de prévia autorização judicial para a instauração de inquérito


ou outro procedimento investigatório em face de autoridade com foro por prerrogativa
de função em Tribunal de Justiça.
STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça.
Nota: considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do Ministério
Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88), seria
desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado.
STJ. 3ª Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/09/2021 (Info 708).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de
função a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou
por simetria.
STF. Plenário. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/8/2021 (Info
1026).

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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A CF/88 não previu foro por prerrogativa de função aos Vereadores e aos Vice-prefeitos.
STF. Plenário. ADI 558/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/04/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa
de função, no Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil.

Nota: Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere


foro privilegiado a Delegado Geral da Polícia Civil. A autonomia dos estados para dispor
sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, não pode ficar ao arbítrio
político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal.
STF. Plenário. ADI 5591/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/3/2021. (Info 1010)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de
função para Defensores Públicos e Procuradores do Estado.

Nota: Constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades
diversas daquelas arroladas na Constituição Federal.
STF. Plenário. ADI 6501 Ref-MC/PA, ADI 6508 Ref-MC/RO, ADI 6515 Ref-MC/AM e ADI 6516 RefMC/AL, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 20/11/2020. (Info 1000)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Depois de anos sendo investigado em inquérito que tramitava no STF, o Ministro Relator
declinou a competência para apurar os crimes porque os fatos ocorreram antes de o
investigado ser Deputado Federal; logo, aplica-se o entendimento firmado na AP 937 QO.

Nota: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução
processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações
finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de
o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja
o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018
(Info 900).
Pet 7716 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 18.2.2020. (Pet-7716) – (Info 967-STF)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Senador que pratica corrupção passiva que não está relacionada com seu cargo e que não
ofende bens, serviços ou interesse da União, deverá ser julgado em 1ª instância pela justiça
comum estadual.
STF. 1ª Turma. Inq 4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/10/2019. (Info 955).

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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Eventual nulidade decorrente da inobservância da prerrogativa de foro não se estende aos
agentes que não se enquadrem nessa condição.
A usurpação da competência do STF não contamina os elementos probatórios colhidos no
que se refere aos investigados que não possuem foro por prerrogativa de função.
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


STJ não é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do mandato
se o agente deixou o cargo e atualmente voltou a ser Governador por força de uma nova
eleição.
Nota: o foro de prerrogativa exige contemporaneidade e pertinência temática entre os fatos
em apuração e exercício da função pública.
STJ. Corte Especial. QO na APn 874-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2019. (Info 649)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se
aplicando em caso de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar
função pública.

1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por
prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado,
Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia.
ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019. (Info 940)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O STF entende que o recebimento de doação ilegal destinado à campanha de reeleição ao
cargo de Deputado Federal é um crime relacionado com o mandato parlamentar. Logo, a
competência é do STF. Além disso, mostra-se desimportante a circunstância de este delito
ter sido praticado durante o mandato anterior, bastando que a atual diplomação decorra
de sucessiva e ininterrupta reeleição.
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo Deputado Federal não
se relacionam ao exercício do mandato, a competência para julgá-los não é do STF.
Nota: Isso porque o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas (STF AP QO/RJ, Min.
Barroso, julgado em 03/05/2018).
STF. 1ª Turma. Inq 4619 AgR-segundo/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019. (Info 931)

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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Com a decisão proferida pelo STF, em 03/05/2018, na AP 937 QO/RJ, todos os inquéritos e
processos criminais que estavam tramitando no Supremo envolvendo crimes não
relacionados com o cargo ou com a função desempenhada pela autoridade, foram
remetidos para serem julgados em 1ª instância. Isso porque o STF definiu, como 1ª tese,
que “o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”. O entendimento acima não
se aplica caso a instrução já tenha se encerrado. Em outras palavras, se a instrução
processual já havia terminado, mantém-se a competência do STF para o julgamento de
detentores de foro por prerrogativa de função, ainda que o processo apure um crime que
não está relacionado com o cargo ou com a função desempenhada. Isso porque o STF
definiu, como 2ª tese, que “após o final da instrução processual, com a publicação do
despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.”
STF. 1ª Turma. AP 962/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/10/2018. (Info 920)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em
que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da CF/88), o desembargador acusado
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo
tribunal. Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado
com as suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar
que o réu seria julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o
Desembargador. A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção
(imparcialidade e independência) do órgão julgador.
STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018. (Info 639)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Se uma pessoa sem foro por prerrogativa está sendo interceptada por decisão do juiz de 1ª
instância e ela liga para uma autoridade com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação
desta conversa não é ilícita. Isso porque se trata de encontro fortuito de provas (encontro
fortuito de crimes), também chamado de serendipidade ou crime achado. Se, após essa
ligação, o Delegado ainda demora três dias para comunicar o fato às autoridades
competentes para apurar a conduta do Promotor, este tempo não é considerado excessivo,
tendo em vista a dinâmica que envolve as interceptações telefônicas. Assim, o STF decidiu
que a prerrogativa de foro de membro do Ministério Público é preservada quando a possível
participação deste em conduta criminosa é comunicada com celeridade ao Procurador-
Geral de Justiça. Tais gravações, por serem lícitas, podem servir como fundamento para que
o CNMP aplique sanção de aposentadoria compulsória a este Promotor.
STF. 1ª Turma. MS 34751/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2018. (Info 911)
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A iminente prescrição do crime praticado por Desembargador excepciona o entendimento
consolidado na APn 937 - o foro por prerrogativa de função é restrito a crimes cometidos
ao tempo do exercício do cargo e que tenham relação com o cargo - e prorroga a
competência do Superior Tribunal de Justiça.
STJ. Corte Especial. QO na APn 703-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01/08/2018. (Info 630)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


As hipóteses de foro por prerrogativa de função perante o STJ restringem-se àquelas em
que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função.
STJ AgRg na APn 866-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 03/08/2018.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa
de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que
tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo,
se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se
justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando
o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após
a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções
exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO APLICA-SE APENAS AOS CRIMES COMETIDOS
DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO E RELACIONADOS ÀS FUNÇÕES DESEMPENHADAS. APÓS
O FINAL DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL, COM A PUBLICAÇÃO DO DESPACHO DE INTIMAÇÃO
PARA APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS, A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR
AÇÕES PENAIS NÃO SERÁ MAIS AFETADA EM RAZÃO DE O AGENTE PÚBLICO VIR A OCUPAR
OUTRO CARGO OU DEIXAR O CARGO QUE OCUPAVA, QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO.
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018. (Info 900)

4. PRISÃO E LIBERDADE

4.1 Prisão em Flagrante

Veja “Audiência de Custódia”

4.2 Prisão Preventiva

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A necessidade de interrupção do ciclo delitivo de associações e organizações criminosas é
fundamento idôneo para justificar a custódia cautelar e a garantia da ordem pública.
STJ. 6ª Turma. HC 730.721-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022 (Info
746).
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em decorrência
de operação envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só, não justifica a
imposição automática da custódia prisional.
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de
Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022, DJe 29/06/2022.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei
n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se
avaliar a presença de elementos concretos, previstos no art. 312 do CPP.

Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de
exceção, devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios
suficientes de autoria e provas de materialidade delitiva e quando demonstrada sua
imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. Dado seu caráter excepcional, deve ainda
estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, arroladas no art. 319 do CPP.
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação
de integrantes de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido
denunciado pelos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática
da custódia prisional.
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em
05/04/2022. (Info 732).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da prisão
preventiva, a cada 90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de Processo
Penal.
Nota: Mediante interpretação teleológica de viés objetivo - a qual busca aferir o fim da lei, e
não a suposta vontade do legislador, visto que aquela pode ser mais sábia do que este -, a
finalidade da norma que impõe o dever de reexame ex officio buscar evitar o gravíssimo
constrangimento experimentado por quem, estando preso, sofre efetiva restrição à sua
liberdade, isto é, passa pelo constrangimento da efetiva prisão, que é muito maior do que
aquele que advém da simples ameaça de prisão. Não poderia ser diferente, pois somente
gravíssimo constrangimento, como o sofrido pela efetiva prisão, justifica o elevado custo
despendido pela máquina pública com a promoção desses numerosos reexames impostos
pela lei.
Com efeito, não seria razoável ou proporcional obrigar todos os Juízos criminais do país a
revisar, de ofício, a cada 90 dias, todas as prisões preventivas decretadas e não cumpridas,
tendo em vista que, na prática, há réus que permanecem foragidos por anos.
STJ. RHC 153.528-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022.
(Info 731).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Não se justifica a prisão preventiva se, considerando o modus operandi dos delitos, a
imposição da cautelar de proibição do exercício da medicina e de suspensão da inscrição
médica, e outras que o Juízo de origem entender necessárias, forem suficientes para
prevenção da reiteração criminosa e preservação da ordem pública.
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STJ. 5ª Turma. HC 699.362-PA, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de
Noronha, julgado em 08/03/2022 (Info 728).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O transcurso do prazo previsto no parágrafo único do art. 316 do Código de Processo Penal
não acarreta, automaticamente, a revogação da prisão preventiva e, consequentemente, a
concessão de liberdade provisória.
A exigência da revisão nonagesimal quanto à necessidade e adequação da prisão preventiva
aplica-se até o final dos processos de conhecimento.
Nota: O parágrafo único do art. 316 do CPP se aplica para: • o juízo em 1ª instância: SIM • o
TJ ou TRF: SIM (tanto nos processos de competência originária do TJ/TRF – foro por
prerrogativa de função – como também durante o tempo em que se aguarda o julgamento
de eventual recurso interposto contra decisão de 1ª instância). • o STJ/STF: em regra, não.
Encerrado o julgamento de segunda instância, não se aplica o art. 316, parágrafo único, do
CPP. Exceção: caso se trate de uma ação penal de competência originária do STJ/STF. Em
conclusão, o art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se: a) até o final dos processos de
conhecimento, onde há o encerramento da cognição plena pelo Tribunal de segundo grau; b)
nos processos onde houver previsão de prerrogativa de foro. Por outro lado, o art. 316,
parágrafo único, do CPP não se aplica para as prisões cautelares decorrentes de sentença
condenatória de segunda instância ainda não transitada em julgado.
O art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se até o final do processo de conhecimento, o
que se encerra com a cognição plena pelo Tribunal de segundo grau.
Assim, nos casos em que se aguarda o julgamento da apelação, o TJ ou TRF têm a obrigação
de revisar periodicamente a prisão, nos termos do art. 316, parágrafo único, do CPP.
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 1046).
Memorize o que vale atualmente: o parágrafo único do art. 316 do CPP também se aplica
para os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais.
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgados em
8/3/2022 (Info 1046).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A determinação do magistrado pela cautelar máxima, em sentido diverso do requerido
pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser
considerada como atuação ex officio.
Nota: Essa situação envolve três interessantes temas:
1) É possível atualmente que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva? Não. Após o
advento da Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível a conversão da
prisão em flagrante em preventiva sem provocação por parte ou da autoridade policial, do
querelante, do assistente, ou do Ministério Público.
2) É possível que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva do indivíduo nos casos de
violência doméstica com base art. 20 da Lei Maria da Penha? Não. O art. 20 da Lei Maria
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da Penha não é uma exceção à regra acima exposta. A proibição de decretação da prisão
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preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se você
reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode
decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre
que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico.
A atuação do juiz de ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua
gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência
doméstica e familiar.
3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado
a decretar a prisão? Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida
da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder
Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar pessoal máxima, por entender
que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, não
deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão
ministerial a determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma
medida, deve o juiz poder agir de acordo com o seu convencimento motivado e analisar
qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao caso. Impor ou não cautelas pessoais,
de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a escolha de qual delas
melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério
Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações,
ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial.

ATENÇÃO: EM SENTIDO CONTRÁRIO -Se o requerimento do Ministério Público limita-se


à aplicação de medidas cautelares ao preso em flagrante, é vedado ao juiz decretar a
medida mais gravosa - prisão preventiva -, por configurar uma atuação de ofício. STJ. 5ª
Turma. AgRg no HC 754.506-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,
por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 22/08/2022.
STJ. 6ª Turma. RHC 145.225-RO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/02/2022 (Info 725).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É idônea a fundamentação do decreto prisional assentada na periculosidade do agente,
evidenciada pelo modus operandi, e na necessidade de interromper atuação de líder de
organização criminosa voltada para a prática de crimes informáticos.
STJ. HC 574.573-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A complexidade da causa penal e o caráter multitudinário do feito (dezoito réus, no caso),
justificam uma maior duração do processo, salvo quando eventual retardamento se dê
em virtude da inércia do Poder Judiciário, fato já afastado no presente caso.
STF. 2ª Turma. AgRg no HC 199.238, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 14/06/2021.

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Eventual nulidade decorrente da inobservância da prerrogativa de foro não se estende aos
agentes que não se enquadrem nessa condição.
A usurpação da competência do STF não contamina os elementos probatórios colhidos no
que se refere aos investigados que não possuem foro por prerrogativa de função.
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


STJ não é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do mandato
se o agente deixou o cargo e atualmente voltou a ser Governador por força de uma nova
eleição.
Nota: o foro de prerrogativa exige contemporaneidade e pertinência temática entre os fatos
em apuração e exercício da função pública.
STJ. Corte Especial. QO na APn 874-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2019. (Info 649)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se
aplicando em caso de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar
função pública.

1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por
prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado,
Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia.
ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019. (Info 940)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O STF entende que o recebimento de doação ilegal destinado à campanha de reeleição ao
cargo de Deputado Federal é um crime relacionado com o mandato parlamentar. Logo, a
competência é do STF. Além disso, mostra-se desimportante a circunstância de este delito
ter sido praticado durante o mandato anterior, bastando que a atual diplomação decorra
de sucessiva e ininterrupta reeleição.
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo Deputado Federal não
se relacionam ao exercício do mandato, a competência para julgá-los não é do STF.
Nota: Isso porque o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas (STF AP QO/RJ, Min.
Barroso, julgado em 03/05/2018).
STF. 1ª Turma. Inq 4619 AgR-segundo/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019. (Info 931)

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO PERNAMBUCO
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05/18

A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a
reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos.
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O STJ não concede liberdade para o acusado preso preventivamente sob o argumento de
que, ao final, se condenado, ele receberá regime diverso do fechado.
Nota: Assim, não há que se falar em ofensa ao princípio da homogeneidade das medidas
cautelares porque não cabe ao STJ, em um exercício de futurologia, antecipar a provável
colocação da paciente em regime aberto/semiaberto ou a substituição da sua pena de prisão
por restritiva de direitos.

STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020.
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A manutenção da prisão preventiva exige a demonstração de fatos concretos e atuais que
a justifiquem.
HC 179859 AgR/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.3.2020. (HC-179859) (Info 968-STF)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam
gestantes, puérperas, mães de crianças ou mães de pessoas com deficiência. No entanto,
nem toda mãe de criança deverá ter direito à prisão domiciliar ou a receber medida
alternativa à prisão, porque pode haver situações em que o crime é grave e o convívio com
a mãe pode prejudicar o desenvolvimento do menor.

STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer
restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos
concretos, e não apenas em hipóteses ou conjecturas. A prisão cautelar, portanto, constitui
medida de natureza excepcional e não pode ser utilizada como instrumento de punição
antecipada do réu.
HC 152676/PR, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 9.4.2019 - (Info 937-STF)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Deve ser concedida a liberdade provisória a réu primário preso preventivamente sob a
imputação de tráfico de drogas por ter sido encontrado com 887,89 gramas de maconha e
R$ 1.730,00. O STF considerou genéricas as razões da segregação cautelar do réu. Além
disso, reconheceu como de pouca nocividade a substância entorpecente apreendida
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO PERNAMBUCO
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05/18

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A iminente prescrição do crime praticado por Desembargador excepciona o entendimento
consolidado na APn 937 - o foro por prerrogativa de função é restrito a crimes cometidos
ao tempo do exercício do cargo e que tenham relação com o cargo - e prorroga a
competência do Superior Tribunal de Justiça.
STJ. Corte Especial. QO na APn 703-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01/08/2018. (Info 630)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


As hipóteses de foro por prerrogativa de função perante o STJ restringem-se àquelas em
que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função.
STJ AgRg na APn 866-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 03/08/2018.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa
de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que
tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo,
se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se
justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando
o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após
a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções
exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO APLICA-SE APENAS AOS CRIMES COMETIDOS
DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO E RELACIONADOS ÀS FUNÇÕES DESEMPENHADAS. APÓS
O FINAL DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL, COM A PUBLICAÇÃO DO DESPACHO DE INTIMAÇÃO
PARA APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS, A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR
AÇÕES PENAIS NÃO SERÁ MAIS AFETADA EM RAZÃO DE O AGENTE PÚBLICO VIR A OCUPAR
OUTRO CARGO OU DEIXAR O CARGO QUE OCUPAVA, QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO.
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018. (Info 900)

4. PRISÃO E LIBERDADE

4.1 Prisão em Flagrante

Veja “Audiência de Custódia”

4.2 Prisão Preventiva

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A necessidade de interrupção do ciclo delitivo de associações e organizações criminosas é
fundamento idôneo para justificar a custódia cautelar e a garantia da ordem pública.
STJ. 6ª Turma. HC 730.721-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022 (Info
746).
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A concessão de prisão domiciliar às genitoras de menores de até 12 anos incompletos não
está condicionada à comprovação da imprescindibilidade dos cuidados maternos, que é
legalmente presumida.
STJ. 5a Turma. AgRg no HC 731.648-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por
maioria, julgado em 07/06/2022, DJe 23/06/2022. (Info 742).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A apreensão de grande quantidade e variedade de drogas não impede a concessão da prisão
domiciliar à mãe de filho menor de 12 anos se não demonstrada situação excepcional de
prática de delito com violência ou grave ameaça ou contra seus filhos, nos termos do art.
318-A, I e II, do CPP.
Nota: Isso porque, o fundamento relacionado à apreensão de grande quantidade e variedade
de entorpecentes não impede a concessão da prisão domiciliar se não demonstrados outros
motivos que evidenciam que a conduta praticada representa risco à ordem pública, como
indícios de comércio ilícito no local em que a agente cria os menores, nos termos da
jurisprudência desta Corte.

STJ. AgRg no HC 712.258-SP, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por
unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022 (Info 733).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Excepcionalmente, admite-se a concessão da prisão domiciliar às presas dos regimes
fechado ou semiaberto quando verificado pelo juízo da execução penal, no caso concreto,
a proporcionalidade, adequação e necessidade da medida, e que a presença da mãe seja
imprescindível para os cuidados da criança ou pessoa com deficiência, não sendo caso de
crimes praticados por ela mediante violência ou grave ameaça contra seus
descendenteshttps://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=
299.
Nota: Mas CUIDADO: É possível aplicar a decisão do STF no HC 143641/SP ou o art. 318-A do
CPP para os casos de cumprimento definitivo da pena em que a acusada foi condenada aos
regimes fechado ou semiaberto? A jurisprudência está dividida: • STF: não. Não é possível a
concessão de prisão domiciliar para condenada gestante ou que seja mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência se já houver sentença condenatória transitada em
julgado e ela não preencher os requisitos do art. 117 da LEP. Em caso de execução definitiva
da pena, a prisão domiciliar deve observar o que dispõe o art. 117 da LEP. Não se aplica o que
o STF decidiu no HC 143.641/SP nem tampouco o art. 318-A do CPP, que se referem
exclusivamente a prisão cautelar. STF. 1ª Turma. HC 177164/PA, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 18/2/2020 (Info 967). STF. 1ª Turma. HC 185404 AgR, Rel. Rosa Weber, julgado
em 23/11/2020.

STJ. 3ª Seção. RHC 145.931-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 09/03/2022 (Info 728).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Período em que o indivíduo esteve em prisão domiciliar deve ser considerado para fins de
detração da pena.
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SEMANA 05/18

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em decorrência
de operação envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só, não justifica a
imposição automática da custódia prisional.
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de
Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022, DJe 29/06/2022.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei
n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se
avaliar a presença de elementos concretos, previstos no art. 312 do CPP.

Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de
exceção, devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios
suficientes de autoria e provas de materialidade delitiva e quando demonstrada sua
imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. Dado seu caráter excepcional, deve ainda
estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, arroladas no art. 319 do CPP.
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação
de integrantes de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido
denunciado pelos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática
da custódia prisional.
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em
05/04/2022. (Info 732).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da prisão
preventiva, a cada 90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de Processo
Penal.
Nota: Mediante interpretação teleológica de viés objetivo - a qual busca aferir o fim da lei, e
não a suposta vontade do legislador, visto que aquela pode ser mais sábia do que este -, a
finalidade da norma que impõe o dever de reexame ex officio buscar evitar o gravíssimo
constrangimento experimentado por quem, estando preso, sofre efetiva restrição à sua
liberdade, isto é, passa pelo constrangimento da efetiva prisão, que é muito maior do que
aquele que advém da simples ameaça de prisão. Não poderia ser diferente, pois somente
gravíssimo constrangimento, como o sofrido pela efetiva prisão, justifica o elevado custo
despendido pela máquina pública com a promoção desses numerosos reexames impostos
pela lei.
Com efeito, não seria razoável ou proporcional obrigar todos os Juízos criminais do país a
revisar, de ofício, a cada 90 dias, todas as prisões preventivas decretadas e não cumpridas,
tendo em vista que, na prática, há réus que permanecem foragidos por anos.
STJ. RHC 153.528-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022.
(Info 731).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Não se justifica a prisão preventiva se, considerando o modus operandi dos delitos, a
imposição da cautelar de proibição do exercício da medicina e de suspensão da inscrição
médica, e outras que o Juízo de origem entender necessárias, forem suficientes para
prevenção da reiteração criminosa e preservação da ordem pública.
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Em um caso concreto, o STF entendeu que deveria conceder prisão humanitária (art. 318,
II, do CPP) ao réu tendo em vista o alto risco de saúde, a grande possibilidade de
desenvolver infecções no cárcere e a impossibilidade de tratamento médico adequado na
unidade prisional ou em estabelecimento hospitalar — tudo demonstrado
satisfatoriamente no laudo pericial. Considerou-se que a concessão da medida era
necessária para preservar a integridade física e moral do paciente, em respeito à dignidade
da pessoa humana (art. 1º, III, da CF).
STF. 2ª Turma. HC 153961/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/3/2018. (Info 895)

4.4 Outros Temas

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das
requeridas pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser
considerada como atuação ex officio.

Nota: In casu, na audiência de custódia, o Ministério Público manifestou-se pela concessão


de liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. O Juízo singular acolheu o pleito e
fixou, também, a medida de recolhimento domiciliar em período noturno e nos dias de folga.
A determinação do magistrado, em sentido diverso do requerido pelo Ministério Público, pela
autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex officio, uma
vez que lhe é permitido operar conforme os ditames legais, desde que previamente
provocado, no exercício de sua jurisdição.
Não há que se falar em ofensa ao princípio acusatório ou ao da correlação, porquanto, depois
de devidamente provocado é o juízo que tem a responsabilidade de analisar a suficiência das
medidas cautelares à luz do caso concreto, sempre com vistas à garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação
da lei penal, como prescreve o art. 312, caput, do CPP.

STJ. AgRg no HC 626.529-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, DJe
03/05/2022. (Info 735)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade
do art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de
execução provisória da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com
reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão.
Nota: Discute-se a legalidade da execução provisória da pena na forma do art. 492, I, e, parte
final, do Código de Processo Penal, diante de condenação pelo Tribunal do Júri, que resultou
em reprimenda superior a 15 anos de reclusão.
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SEMANA 05/18

No entanto, o entendimento desta Corte, firmado em consonância com a jurisprudência do


STF fixada no julgamento das ADCs n. 43, 44 e 54, é no sentido de ilegalidade da execução
provisória da pena quando ausentes elementos de cautelaridade, previstos no art. 312 do
CPP.
A constitucionalidade do art. 492 do CPP, aliás, é objeto de repercussão geral no STF, Tema n.
1.068 (RE 1.235.340/SC), já tendo o Ministro Gilmar Mendes votado no sentido da
inconstitucionalidade do dispositivo legal. De fato, no sistema constitucional brasileiro, em
harmonia como a jurisprudência dos tribunais superiores, não há espaço para execução
provisória da pena.
Assim, estando pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a
constitucionalidade do art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de
impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal
do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão.
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha,
Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. (Info 730)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A decretação de prisão temporária somente é cabível quando: (i) for imprescindível para as
investigações do inquérito policial; (ii) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado;
(iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; (iv) for adequada à gravidade concreta do crime,
às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado; e (v) não for suficiente a imposição de
medidas cautelares diversas.
STF. Plenário. ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson Fachin, julgados em
11/2/2022 (Info 1043).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Em razão da pandemia de covid-19, concede-se a ordem para a soltura de todos os presos a quem foi
deferida liberdade provisória condicionada ao pagamento de fiança e que ainda se encontram
submetidos à privação cautelar em razão do não pagamento do valor. Não se mostra proporcional, neste
período de pandemia, a manutenção dos réus na prisão, tão somente em razão do não pagamento da
fiança, visto que os casos - notoriamente de menor gravidade – não revelam a excepcionalidade
imprescindível para o decreto preventivo.
STJ. 3ª Seção. HC 568693-ES, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 14/10/2020 (Info 681).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Não se conhece de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática de Ministro do STJ que nega
liminar mantendo decisão do TJ que determinou a execução provisória da pena em caso de condenação
pelo Tribunal do Júri.
Nota: aplica-se o raciocínio da Súmula 691- STF. O caso concreto envolve uma condenação pelo Tribunal
do Júri. Alguns Ministros do STF que entendem que seria possível a execução provisória da pena nas
condenações do Tribunal do Júri. Isso porque, em razão da soberania dos vereditos, o Tribunal não pode
reexaminar os fatos decididos pelos jurados.
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preventiva de ofício também se estende para o art. 20 da Lei Maria da Penha. Se você
reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, que o juiz pode
decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre
que esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico.
A atuação do juiz de ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua
gravidade, ainda que seja de natureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência
doméstica e familiar.
3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado
a decretar a prisão? Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida
da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder
Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar pessoal máxima, por entender
que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem pública, não
deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão
ministerial a determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma
medida, deve o juiz poder agir de acordo com o seu convencimento motivado e analisar
qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao caso. Impor ou não cautelas pessoais,
de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a escolha de qual delas
melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério
Público, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações,
ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial.

ATENÇÃO: EM SENTIDO CONTRÁRIO -Se o requerimento do Ministério Público limita-se


à aplicação de medidas cautelares ao preso em flagrante, é vedado ao juiz decretar a
medida mais gravosa - prisão preventiva -, por configurar uma atuação de ofício. STJ. 5ª
Turma. AgRg no HC 754.506-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,
por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 22/08/2022.
STJ. 6ª Turma. RHC 145.225-RO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/02/2022 (Info 725).

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


É idônea a fundamentação do decreto prisional assentada na periculosidade do agente,
evidenciada pelo modus operandi, e na necessidade de interromper atuação de líder de
organização criminosa voltada para a prática de crimes informáticos.
STJ. HC 574.573-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A complexidade da causa penal e o caráter multitudinário do feito (dezoito réus, no caso),
justificam uma maior duração do processo, salvo quando eventual retardamento se dê
em virtude da inércia do Poder Judiciário, fato já afastado no presente caso.
STF. 2ª Turma. AgRg no HC 199.238, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 14/06/2021.

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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Não é possível a execução provisória da pena mesmo em caso de condenações pelo
Tribunal do Júri.
Nota: Em dezembro de 2019, foi inserido no ordenamento jurídico o “Pacote Anticrime” com
a seguinte redação: “Art. 492. ..................................................................................................
I - ..............................................................................................................
..................................................................................................................
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, DETERMINARÁ A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS
PENAS, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento
de recursos que vierem a ser interpostos;
.................................................................................................................
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, DEIXAR DE AUTORIZAR A EXECUÇÃO
PROVISÓRIA DAS PENAS de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver
questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa
plausivelmente levar à revisão da condenação.”
Assim, deve-se ficar atento aos próximos entendimentos dos Tribunais acerca do tema.
STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/11/2019 (Info 960).
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. ARE 1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961).
STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017 STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min.
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/05/2018. STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC 458.249,
julgado em 12/07/2018.
E MAIS RECENTE: Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I, do
CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso de
condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão.
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha,
Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022.

Obs: existe decisão da 1ª Turma em sentido contrário, ou seja, afirmando que “a prisão de réu condenado por decisão do Tribunal
do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (STF. 1ª
Turma. HC 118770, Relator p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 07/03/2017).
Há ainda, STF. 1ª Turma. HC 140449/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 6/11/2018
(Info 922), também no sentido: É possível a execução da condenação pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri, independentemente
do julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso, em face do princípio da soberania dos veredictos. Assim, nas
condenações pelo Tribunal do Júri não é necessário aguardar julgamento de recurso em segundo grau de jurisdição para a execução
da pena.

Vale ressaltar, contudo, que as decisões foram tomada antes do resultado das ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, julgadas em
7/11/2019. Além disso, verifique a nota abaixo.

Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada
em 10/02/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o
cumprimento da pena, é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção de
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Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no
entanto, que, se logo depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem a
prisão, o vício de ilegalidade que maculava a custódia é suprido.

Nota: O que acontece se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício (sem requerimento)?
• Regra: a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal. • Exceção: se, após a
decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público requererem a prisão, o vício de
ilegalidade que maculava a custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada.
O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação
do Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da
formalidade de prévio requerimento.
STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021. (Info 691)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em
juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia,
sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia,
necessária e indispensável provocação do Ministério Público ou da autoridade policial.
Nota: Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º,
e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva
sem o prévio ‘requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público’, não
mais sendo lícito, portanto, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’
do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade. A interpretação do art. 310,
II, do CPP deve ser realizada à luz dos arts. 282, § 2º, e 311, significando que se tornou inviável,
mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante
de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito,
anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o
caso, do querelante ou do assistente do MP.
STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020.
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/10/2020. STJ. 3ª Seção. RHC 131263, Rel.
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021 (Info 686). STF. 2ª Turma. HC 192532 AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em
24/02/2021.

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É cabível prisão preventiva no crime de embriaguez ao volante quando se tratar de réu
reincidente com risco de reiteração delitiva.

STJ. 6ª Turma. RHC 132.611/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/02/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter
fundamental, assegurado por convenções internacionais de direitos humanos a que o
Estado brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito positivo interno (Convenção Americana
de Direitos Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz
prerrogativa não suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade tem o
beneplácito do magistério jurisprudencial (ADPF 347 MC) e do ordenamento positivo
doméstico (Lei nº 13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ).

Nota: A ausência da realização da audiência de custódia qualifica-se como causa geradora da


ilegalidade da própria prisão em flagrante, com o consequente relaxamento da privação
cautelar da liberdade. Se o magistrado deixar de realizar a audiência de custódia e não
apresentar uma motivação idônea para essa conduta, ele estará sujeito à tríplice
responsabilidade, nos termos do art. 310, § 3º do CPP.
Obs1: STJ possui julgados em sentido contrário: A não realização de audiência de custódia
não induz a ilegalidade do decreto preventivo, cujos fundamentos e requisitos de validade
não incluem a prévia realização daquele ato, vinculados, por força de lei, ao que dispõem os
arts. 312 e 313 do CPP. STJ. 6ª Turma. HC 598.525/BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado
em 20/10/2020. Obs2: a audiência de custódia deve ser realizada em todas as modalidades
de prisão, inclusive as temporárias, preventivas e definitivas (STF RCL 29303).
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020. (Info 994)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante
sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta
decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o
indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia.
STF. 1ª Turma. HC 157306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018. (Info 917)

5.2 Temas Diversos

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A gravação ambiental em que advogados participam do ato, na presença do inquirido e dos
representantes do Ministério Público, inclusive se manifestando oralmente durante a sua
realização, ainda que clandestina ou inadvertida, realizada por um dos interlocutores, não
configura crime, escuta ambiental, muito menos interceptação telefônica.
Nota: Embora não se afigure ética e moralmente louvável a realização de gravação
clandestina, contrária às diretrizes preconizadas pela autoridade incumbida para o ato, a
realidade é que, naquela conjuntura, não se revelou ilegal, muito menos criminosa.

STJ. 5ª Turma. HC 662.690-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/05/2022.
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A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a
reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos.
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995)

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O STJ não concede liberdade para o acusado preso preventivamente sob o argumento de
que, ao final, se condenado, ele receberá regime diverso do fechado.
Nota: Assim, não há que se falar em ofensa ao princípio da homogeneidade das medidas
cautelares porque não cabe ao STJ, em um exercício de futurologia, antecipar a provável
colocação da paciente em regime aberto/semiaberto ou a substituição da sua pena de prisão
por restritiva de direitos.

STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020.
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020.

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A manutenção da prisão preventiva exige a demonstração de fatos concretos e atuais que
a justifiquem.
HC 179859 AgR/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.3.2020. (HC-179859) (Info 968-STF)

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Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam
gestantes, puérperas, mães de crianças ou mães de pessoas com deficiência. No entanto,
nem toda mãe de criança deverá ter direito à prisão domiciliar ou a receber medida
alternativa à prisão, porque pode haver situações em que o crime é grave e o convívio com
a mãe pode prejudicar o desenvolvimento do menor.

STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953).

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A liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer
restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos
concretos, e não apenas em hipóteses ou conjecturas. A prisão cautelar, portanto, constitui
medida de natureza excepcional e não pode ser utilizada como instrumento de punição
antecipada do réu.
HC 152676/PR, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 9.4.2019 - (Info 937-STF)

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Deve ser concedida a liberdade provisória a réu primário preso preventivamente sob a
imputação de tráfico de drogas por ter sido encontrado com 887,89 gramas de maconha e
R$ 1.730,00. O STF considerou genéricas as razões da segregação cautelar do réu. Além
disso, reconheceu como de pouca nocividade a substância entorpecente apreendida
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Organizado); • arts. 190-A a 190-E do ECA, inseridos pela Lei nº 13.441/2017; • art. 1º, § 6º
da Lei nº 9.613/98 (Lei de Lavagem de Dinheiro), inserido pela Lei nº 13.964/2019.
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020. (Info 677)

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A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante
sob o argumento de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta
decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação contra o
indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia.
STF. 1ª Turma. HC 157.306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018. (Info 917)

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...


O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260 do CPP não foi
recepcionada pela Constituição Federal. Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do
investigado ou réu com o objetivo de submetê-lo ao interrogatório sobre os fatos.
STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e 14/6/2018. (Info 906)

5.3 Procedimento Previsto Na Lei 8.038/90

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Promotor de Justiça condenado criminalmente pelo Tribunal de Justiça impetrou habeas
corpus alegando que o julgamento seria nulo por não ter observado o art. 400 do CPP, já
que o interrogatório do acusado não foi o último ato da instrução. O Min. Relator Marco
Aurélio indeferiu a ordem manifestando sua posição no sentido de que não se deve aplicar
a regra geral do art. 400 do CPP (interrogatório como último ato) considerando que, por se
tratar de Promotor de Justiça, julgado perante o Tribunal de Justiça, a norma aplicável seria
a do art. 7º da Lei nº 8.038/90, segundo a qual a audição do acusado é o primeiro ato do
procedimento. O Min. Alexandre de Moraes votou por indeferir a ordem com base em outro
fundamento, alegando que a defesa não demonstrou prejuízo, afirmando, portanto, que
não haverá declaração de nulidade quando não demonstrado o efetivo prejuízo causado à
parte (pas de nullité sans grief).
Nota: independente do julgado acima, acredita-se que o STF continue com o entendimento
de que o interrogatório deve ser o último ato da instrução, mesmo nos processos regidos pela
Lei nº 8.038/90.
STF. 1ª Turma. HC 178252/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980)

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No rito especial da Lei nº 8.038/90, a rejeição da denúncia é balizada pelo art. 395 do CPP e
a improcedência da acusação é pautada pelo disposto no art. 397 do CPP (que trata sobre
a absolvição sumária).
STJ. Corte Especial. APn 923-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/09/2019. (Info 657)

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Nos processos criminais que tramitam perante o STF e o STJ, cujo procedimento é regido
pela Lei nº 8.038/90, o interrogatório também é o último ato de instrução. Apesar de não
ter havido uma alteração específica do art. 7º da Lei 8.038/90, com base no CPP, entende-
se que o interrogatório é um ato de defesa, mais bem exercido depois de toda a instrução,
porque há possibilidade do contraditório mais amplo. Assim, primeiro devem ser ouvidas
todas as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa para, só então, ser realizado o
interrogatório.
STF. 1ª Turma. AP 1027/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 2/10/2018. (Info 918)
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