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AMOSTRA GRÁTIS

Atualizado em 11/08/2023

RESUMO EM FRASES
DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER JUDICIÁRIO

Sumário

1. Órgãos do Poder Judiciário – Art. 92, CF. ............................................................................. 2


2. Estatuto da Magistratura - Art. 93, CF. ................................................................................. 2
3. Quinto Constitucional – Art. 94, CF...................................................................................... 4
4. Garantias e Vedações aos Magistrados - Art. 95, CF............................................................. 4
5. Autonomia organizacional, administrativa e financeira – Arts. 96 e 99, CF. ........................ 5
6. Cláusula de Reserva de Plenário (full bench) ....................................................................... 5
7. CNJ – Conselho Nacional de Justiça - Art. 103-B, CF/88 ....................................................... 6
8. STF – Supremo Tribunal Federal – Art. 101 e 102, CF (alta incidência) ............................... 7
8.1. Súmula Vinculante – Art. 103-A (alta incidência) ......................................................... 8
9. STJ – Superior Tribunal de Justiça – Art. 104, 105 ............................................................... 9
9.1. Incidente de Deslocamento de Competência – Art. 109, §5º CF. .............................. 10
10. Justiça Federal – art. 108 e 109, CF ............................................................................... 10
11. Justiça do Trabalho – art. 114 a 116 CF ......................................................................... 11
12. Justiça Eleitoral – art. 118 ao 121, CF ............................................................................ 11
13. Justiça Militar da União – art. 122 ao 124 ..................................................................... 12
14. Tribunais e Juízes dos Estados – arts. 125 e 126, CF ...................................................... 12
15. Precatórios – Art. 100, CF .............................................................................................. 12
16. Súmulas sobre Poder Judiciário: .................................................................................... 13
17. Resumos e mnemônicos sobre Poder Judiciário ............................................................ 14

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1. Órgãos do Poder Judiciário – Art. 92, CF.

O artigo 92, caput da CF/88 elenca os 9 órgãos do Poder Judiciário. Memorize esse rol!
• STF - Supremo Tribunal Federal;
• CNJ - Conselho Nacional de Justiça;
• STJ - Superior Tribunal de Justiça;
• TST - Tribunal Superior do Trabalho;
• TRF’s - Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
• Tribunais e Juízes do Trabalho;
• Tribunais e Juízes Eleitorais;
• Tribunais e Juízes Militares;
• Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

➢ Vejamos como os órgãos do Poder Judiciário foi abordado em prova:

I. O juiz singular é considerado órgão do Poder Judiciário; II. Não há Poder Judiciário municipal
no Brasil; III. A Justiça Eleitoral brasileira faz parte do Poder Judiciário da União; IV. O CNJ é
órgão integrante do Poder Judiciário.
Nos termos do art. 92, §2º da CF, é correto afirmar que: as decisões do STF e dos tribunais
superiores alcançam pessoas e bens localizados em qualquer lugar do Brasil, já que possuem
jurisdição em todo o território nacional.
Apesar da existência das justiças federal, estadual eleitoral, militar e trabalhista, a estrutura
do Poder Judiciário é considerada una e indivisível.

2. Estatuto da Magistratura - Art. 93, CF.

O art. 93, caput da CF dispõe que o Estatuto da Magistratura deve ser previsto em lei
complementar, de iniciativa do STF. Essa lei deverá observar princípios gerais definidos nos
incisos do art. 93.

➢ Vejamos como esse tema foi abordado em prova:

Temas relacionados ao Estatuto da Magistratura só poderão ser disciplinados por lei


complementar de iniciativa exclusiva do STF.
O ingresso na carreira de juiz se dá mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da OAB em todas as fases, exigindo-se do candidato que ele seja bacharel em
direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Nesse sentido, de acordo com o
entendimento do STF, a exigência de comprovação do triênio de prática forense, quando
houver ausência de especificação de data no edital, deverá ser cumprida no ato de inscrição
definitiva no concurso.

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A promoção de juiz por merecimento requer dois anos de exercício na respectiva entrância,
devendo o juiz integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago, sendo obrigatória a promoção do juiz
que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.
Lei Complementar Estadual que instituiu a Lei Orgânica do Poder Judiciário de determinado
Estado estabeleceu critérios diversos dos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional
para desempate na lista de antiguidade da Magistratura Estadual. Trata-se de dispositivo
inconstitucional por versar sobre matéria própria do Estatuto da Magistratura, de iniciativa
do STF.
Conforme o Estatuto constitucional da Magistratura, o juiz titular residirá na respectiva
comarca, salvo autorização do tribunal. Bem como, poderá ser removido ou colocado em
disponibilidade, por interesse público, em virtude de decisão adotada pelo voto da maioria
absoluta do Conselho Nacional de Justiça.
Todos os julgamentos dos órgãos do poder judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos,
às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação
do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação.
De acordo com a CF, os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e todas as
decisões administrativas dos tribunais ocorrerão em sessões públicas.
A respeito do órgão especial é correto afirmar: nos tribunais com número superior a vinte e
cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo
de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade
e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.

#Atenção: Órgão Especial:


→ Tribunais com mais de 25 membros;
→Mínimo de 11 e máximo de 25;
→Criação facultativa;
→ Metade das vagas por antiguidade e outra metade por eleição
→ Exerce atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da de competência do tribunal
pleno;

O Poder Judiciário é um dos poderes constituídos da República Federativa do Brasil, cujo


regime jurídico vem tratado nos artigos 92 e seguintes da Constituição Federal e assevera que
os servidores receberão delegação para a prática de atos de mero expediente sem caráter
decisório.

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3. Quinto Constitucional – Art. 94, CF.

Art. 94 - Um quinto dos lugares dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos estados, e
do distrito federal e territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais
de dez anos de carreira, e de Advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas classes.

Um quinto das vagas nos tribunais de justiça é reservado a advogados de notório saber
jurídico e reputação ilibada com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e a
membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira.
A regra constitucional que determina a composição de um quinto dos lugares dos tribunais
para membros do MP e para Advogados aplica-se aos seguintes tribunais: TRFs, TJs, TRTs, TST.
Logo o quinto constitucional não é aplicável ao STF, TSE, TREs e STM.

4. Garantias e Vedações aos Magistrados - Art. 95, CF.

O art. 95 dispõe que os Juízes gozam das seguintes garantias: Vitaliciedade, inamovibilidade,
irredutibilidade de subsídio. Já o parágrafo único dispõe as vedações imputadas aos juízes.

➢ Vejamos como o art. 95 da CF foi abordado em provas:

Salvo por vontade própria, por sentença judicial transitada em julgado, por disponibilidade ou
por aposentadoria compulsória, os juízes estaduais togados de 1º grau não perdem a garantia
funcional da vitaliciedade.
O ingresso na carreira da magistratura implica a obtenção de determinadas garantias e a
necessidade de serem observadas certas vedações, todas especificadas na Constituição da
República: O Juiz é inamovível, salvo por motivo de interesse público a ser reconhecido em
decisão da maioria absoluta do respectivo Tribunal.
Aos juízes é vedado: Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Sobre as vedações do art. 95, CF, afirma-se: Em regra, aos juízes é vedado o exercício de
qualquer outro cargo ou função pública, ainda que em disponibilidade. Todavia, a Carta Magna
admite uma exceção: permite aos magistrados o exercício de uma função de magistério.

#JURISPRUDÊNCIA
São constitucionais — formal e materialmente — os dispositivos incluídos pela EC 20/1998 e
pela EC 41/2003, que instituíram uma ampla reformulação do regime previdenciário no setor
público, na parte em que submetem os magistrados ao Regime de Previdência Social comum
aos servidores públicos. (Info 1094 - STF).
A fixação de limite etário, máximo e mínimo, como requisito para o ingresso na carreira da
magistratura viola o disposto no art. 93, I, da Constituição Federal. (Info 1002 - STF).

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5. Autonomia organizacional, administrativa e financeira – Arts. 96 e 99, CF.

O art. 96, I confere a todos os tribunais do poder judiciário o poder de autogoverno com ampla
competência em matéria administrativa. Além disso, o STF, os Tribunais Superiores e os
Tribunais de Justiça podem propor ao Legislativo sobre algumas matérias específicas (alíneas
“a” a d”).
O art. 98 estabelece sobre a criação de juizados especiais e da justiça de paz.
O art. 99 por sua vez, trata da autonomia financeira do Poder Judiciário.

➢ Vejamos como esse tema foi abordado em provas:

O art. 96, I, a, da CF, preceitua que compete privativamente aos tribunais elaborar seus
regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
administrativos. Portanto, em face da atual Carta Magna, os tribunais têm amplo poder de dispor,
em seus regimentos internos, sobre a competência de seus órgãos jurisdicionais, desde que
respeitadas as regras de processo e os direitos processuais das partes.
Em consonância com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da
especialização de varas, desde que não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria
inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais. (CF, 96, I,d)
Compete ao Tribunal de Justiça julgar os juízes estaduais e os membros do Ministério Público
nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. (CF, 96,
II,)
De acordo com o texto da Constituição Federal, a Justiça de Paz celebrará casamentos e exercerá
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. (CF,
art. 98, II)
As propostas orçamentárias encaminhadas pelos três poderes submetem-se aos limites
impostos pela lei de diretrizes orçamentárias. (CF, art. 99, §1º).

6. Cláusula de Reserva de Plenário (full bench)

Esta cláusula, disposta no art. 97 da CF, visa garantir que uma lei seja declarada
inconstitucional somente quando houver vício manifesto, reconhecido por um grande número
de julgadores experientes.

➢ Vejamos como a Cláusula de Reserva de Plenário foi cobrada em provas:

A inconstitucionalidade é a desconformidade entre uma norma da Constituição e outra


infraconstitucional. A respeito do Controle de Constitucionalidade, é correto afirmar que a
cláusula de reserva de plenário, prevista no artigo 97 da Constituição Federal, caracteriza-se
como condição de eficácia jurídica da declaração de inconstitucionalidade dos atos do Poder
Público.

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Assinale a alternativa correta: A despeito da previsão contida no artigo 97 da CF/88, é


desnecessária a submissão à regra da reserva de plenário por turma de Tribunal Regional
Federal, quando a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula
do Supremo Tribunal Federal.
Desde a Constituição de 1937, adotou-se, no Brasil, a chamada cláusula de reserva de plenário
(full bench), prevista atualmente no art. 97 da CF, que preceitua que “somente pelo voto da
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público”. A respeito
dessa cláusula, assinale a opção correta: A cláusula de reserva de plenário não atinge juizados de
pequenas causas e juizados especiais, pois, segundo a configuração que lhes foi atribuída pelo
legislador, esses juizados não funcionam, na esfera recursal, sob o regime de plenário ou de órgão
especial.

7. CNJ – Conselho Nacional de Justiça - Art. 103-B, CF/88

CNJ é o órgão de controle interno do Poder Judiciário, possuindo atribuições de caráter


exclusivamente administrativo. Por isso, não exerce função jurisdicional. É composto de 15
membros:
 1 Presidente do STF (Preside o CNJ e é substituído pelo Vice-Presidente do STF nas
ausências e impedimentos)
 1 Ministro do STJ – (Será também corregedor do CNJ; indicado pelo STJ)
 1 Ministro do TST – (indicado pelo TST)
 1 desembargador de TJ – (indicado pelo STF)
 1 juiz estadual – (indicado pelo STF)
 1 juiz de TRF – (indicado pelo STJ)
 1 juiz federal– (indicado pelo STJ)
 1 juiz de TRT – (indicado pelo TST)
 1 juiz do trabalho – (indicado pelo TST)
 1 MPU – (indicado pelo PGR);
 1 MPE – (escolhido pelo PGR)
 2 advogados (indicados pelo CFOAB);
 2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (um indicado pela CD e outro pelo
SF)
#ATENÇÃO: PGR e Defensor Público não são membros do CNJ.

➢ Vejamos como o CNJ foi abordado em provas:

Os tribunais superiores têm sede na capital federal e jurisdição em todo o território nacional; já
o Conselho Nacional de Justiça também tem sede na capital federal, mas não exerce jurisdição.

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Referente à Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta. Ao Conselho Nacional


de Justiça compete rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes
e membros de tribunais julgados há menos de um ano.
O Conselho Nacional de Justiça, nos termos preconizados pela CF/88, é composto de 15
membros, com mandato de dois anos, admitida uma recondução. Dentre os seus componentes
haverá necessariamente um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo STJ.
CNJ é presidido pelo presidente do STF e, na ausência ou no impedimento deste, pelo seu vice-
presidente; os demais membros do CNJ serão nomeados pelo presidente da República, após
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Com base na CF/88, julgue o seguinte item: Não há representantes da justiça eleitoral nem da
justiça militar no plenário do Conselho Nacional de Justiça.
Analisando-se o art. 103-B da Constituição Federal, pode-se afirmar, com relação ao Conselho
Nacional de Justiça: dentre suas funções, insere-se o controle da atuação financeira e
administrativa do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

8. STF – Supremo Tribunal Federal – Art. 101 e 102, CF (alta incidência)

STF é composto de 11 Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 70


(EC 122/22) anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Trata-se de cargo
privativo de brasileiro nato.
É o órgão de cúpula da organização judiciária brasileira, exercendo, simultaneamente, as
funções de Corte Constitucional e de órgão máximo do Poder Judiciário.

➢ Vejamos como o STF foi abordado em provas:

Assinale a alternativa correta: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a


guarda da constituição, cabendo-lhe a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal, não cabendo no entanto, a declaração de inconstitucionalidade de ato
normativo municipal, contestado em face da Constituição Federal.
Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, o STF
processará e julgará, originariamente.
Os ministros dos Tribunais Superiores serão julgados, originariamente, perante o STF, nas
infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, a teor do art. 102, I, “c”, CF. Desse
modo, caso um desses ministros for nomeado para ser membro do CNJ, ele continuará sendo
julgado pelo STF nas infrações penais comuns. Entretanto, a competência será deslocada para
o Senado Federal em se tratando de crimes de responsabilidade, consoante dispõe o art. 52,
II da CF.

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Na hipótese de um Deputado Federal, um Senador Federal e o Procurador Geral da República


serem pacientes do habeas corpus, a competência originária para processar e julgar esse
remédio constitucional será do STF.
O art. 102, I, “f” da CF trata do processo e julgamento, originariamente, dos litígios federativos,
ou seja, das causas e dos conflitos entre determinados entes federados (União, Estados-
membros e Distrito Federal), inclusive as respectivas entidades da administração indireta.
Desse modo, será o STF competente quando o conflito for um dos seguintes: União x Estado-
membro, Estado-membro x Distrito Federal, União x Distrito Federal e Estado-membro x
Estado-membro.
O STF tem competência para processar e julgar causas em que se discute prerrogativa dos
juízes de portar arma de defesa pessoal, por se tratar de ação em que todos os membros da
magistratura são direta ou indiretamente interessados.
Compete ao STF processar e julgar originariamente ações propostas contra o CNJ e contra o
CNMP no exercício de suas atividades-fim.
Julgue o item a seguir, acerca do controle de constitucionalidade: As decisões definitivas de
mérito proferidas pelo STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

#JURISPRUDÊNCIA
Compete ao STF processar e julgar originariamente ações propostas contra o CNJ e contra o
CNMP no exercício de suas atividades-fim. (Info 1000 - STF)

8.1. Súmula Vinculante – Art. 103-A (alta incidência)

Súmula Vinculante: 2/3 dos ministros do STF (8 ministros) precisam votar para concretizar a
SV.
Aplica-se o efeito vinculante: ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.
Não se aplica o efeito vinculante: ao próprio STF que, em determinadas circunstâncias,
poderá rever suas decisões; e ao Poder Legislativo (legislador) que, em tese, poderá editar
uma nova lei com conteúdo material idêntico ao do texto normativo declarado
inconstitucional.

➢ Sobre as Súmulas Vinculantes, destacam-se as seguintes questões de prova:

A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz efeito
vinculante em relação aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as
esferas federativas.
Considerado o que dispõe o art. 103-A, “caput”, da Constituição, somente a partir da data em
que o enunciado sumular é publicado em órgão da imprensa oficial é que passa a ter eficácia

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vinculante, impondo-se, em consequência, à observância dos demais juízes e Tribunais,


excluídos do seu alcance todos os atos decisórios anteriores à sua publicação.
Quanto à súmula vinculante, é correto afirmar: A sua aprovação, revisão ou cancelamento
poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade,
além de outros previstos em lei.
Sobre os efeitos da súmula vinculante publicada pelo STF, analise a afirmativa a seguir: Do
ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente
a aplicar, caberá reclamação ao STF, que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo
ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a
aplicação da súmula, conforme o caso.
Da decisão judicial que contrariar a súmula vinculante, caberá reclamação ao STF, que,
julgando-a procedente, cassará a decisão judicial reclamada e determinará que outra seja
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

9. STJ – Superior Tribunal de Justiça – Art. 104, 105

Composto de, no mínimo, 33 Ministros, com mais de 35 e menos de 70 (EC122/22) anos, de


notável saber jurídico e reputação ilibada, dentre brasileiros (natos ou naturalizados).
Na composição do STJ, deve-se observar que:
1/3 dos membros dentre juízes dos TRFs;
1/3 dos membros dentre desembargadores dos TJs;
1/3 dos membros dentre advogados e membros do MP Federal, Estadual, do Distrito Federal
e Territórios, alternadamente. (Ou seja, 1/6 da Advocacia e 1/6 do MP).

➢ Vejamos como o tema STJ já foi abordado em provas:

O STJ é composto de um terço de desembargadores federais, outro terço de desembargadores


estaduais e o terço restante, de metade de advogados e metade de membros do Ministério
Público.
Compete ao STJ, processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os Governadores
dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores
dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e
os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
Os juízes de 1º grau, quando convocados para os Tribunais de Justiça para exercer a função
de desembargador, não possuem a prerrogativa de foro previsto pelo art. 105, I, da CF/88.
Com relação ao Poder Judiciário, julgue o item seguinte: Membro de tribunal de contas
estadual que, no exercício da sua função, cometer ato previsto como crime comum ou de
responsabilidade, deverá ser processado e julgado originariamente pelo STJ.

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Sobre o STJ é correto afirmar: I. julgar mandado de segurança e habeas data em face de
Ministro de Estado; II. processar e julgar, originariamente, o conflito de competência entre juiz
federal e juiz do trabalho; III. Realizar a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão
de exequatur às cartas rogatórias.
Quanto aos recursos no processo civil, julgue o item subsequente: Compete ao STJ julgar, em
recurso ordinário, os habeas corpus e os mandados de segurança decididos em única
instância pelos TRFs, quando essa decisão for denegatória.

9.1. Incidente de Deslocamento de Competência – Art. 109, §5º CF.

O art. 109, § 5º dispõe que, “nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o
Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte,
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.”

➢ Vejamos como esse tema foi cobrado em provas:

O incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal fundamenta-se,


essencialmente, em três pressupostos: a existência de grave violação a direitos humanos; o
risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de obrigações
jurídicas assumidas em tratados internacionais; e a incapacidade das instâncias e autoridades
locais em oferecer respostas efetivas.
Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos: O incidente de deslocamento de
competência para a justiça federal poderá ser suscitado ao STJ pelo procurador-geral da
República.

10. Justiça Federal – art. 108 e 109, CF

São órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais (2º grau) e os Juízes Federais
(1º grau).
Os TRFs compõem-se de, no mínimo, 7 juízes (30 a 70 anos), sendo: 1/5 dentre advogados
(com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional) e membros do Ministério Público
Federal (com mais de 10 anos de carreira); 4/5 mediante promoção de juízes federais com
mais de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

➢ Vejamos como a Justiça Federal foi abordada em provas:

Sobre a figura do foro por prerrogativa de função, assinale a opção correta: Os juízes federais
de 1º grau possuem foro por prerrogativa de função junto aos Tribunais (TRFs) em que exercem
jurisdição, foro que abrange também os juízes do trabalho de 1º grau.

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Compete ao Tribunal Regional Federal processar ação rescisória proposta pela União com o
objetivo de desconstituir sentença transitada em julgado proferida por juiz estadual, quando
afeta interesses de órgão federal.
Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar originariamente os Mandados
de Segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal, bem como, processar e julgar,
originariamente, os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal.
A respeito dos Juízes Federais é correto afirmar: são competentes para processar e julgar as
causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

11. Justiça do Trabalho – art. 114 a 116 CF

É uma Justiça Especializada, com competência para processar e julgar as ações oriundas das
relações de trabalho. Composição: TST, TRTs e Juízes do Trabalho.
TST: 27 Ministros (1/5 dentre advogados e membros do MPT + 4/5 dentre juízes do TRT)

➢ Vejamos como a Justiça do Trabalho foi abordada em provas.

A justiça do trabalho não tem competência para julgar ações penais condenatórias.
Sobre a Justiça do trabalho é correto afirmar: Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-
se de, no mínimo, 7 (sete) juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e
nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
setenta anos de idade, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de
efetivo exercício.

12. Justiça Eleitoral – art. 118 ao 121, CF

Composição: TSE, TREs, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. O TSE é o órgão de cúpula da
Justiça Eleitoral, composto de no mínimo 7 membros, escolhidos dentre magistrados e
advogados.

A Justiça Eleitoral desempenha, além das funções administrativa, jurisdicional e normativa,


a função consultiva.
Assinale a alternativa correta: O Tribunal Superior Eleitoral é integrado por, no mínimo, sete
membros, dentre os quais três escolhidos entre os Ministros do STF.
No que tange a justiça Eleitoral, nos termos da Constituição federal, é correto afirmar: São
irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem a
Constituição Federal e as denegatórias de “habeas-corpus” ou mandado de segurança.

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O Corregedor do Tribunal Superior Eleitoral é um Ministro do STJ; Não há participação da OAB


na indicação dos advogados para o TSE ou TRE's.
No âmbito da Justiça Eleitoral é correto afirmar: Não há vitaliciedade, mas temporariedade
das funções eleitorais, nos termos do §2º do art. 121 da CF/88. Nesse sentido, a garantia da
vitaliciedade é do juiz de direito e a função eleitoral é sempre temporária. A inamovibilidade,
por sua vez, encontra-se assegurada no § 1º do art. 121 da CF/88.

13. Justiça Militar da União – art. 122 ao 124

Composição: STM - Superior Tribunal Militar e Tribunais e Juízes Militares. O STM é composto
de 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República.

O STM é composto de 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, após


aprovação pelo Senado Federal. Destes, 3 são oficiais-generais da Marinha, 4 são oficiais-
generais do Exército, 3 são oficiais generais da Aeronáutica e 5 são civis.

14. Tribunais e Juízes dos Estados – arts. 125 e 126, CF

A competência da Justiça Estadual é residual: compreende tudo aquilo que não é de atribuição
da Justiça Federal, do Trabalho ou Eleitoral. O TJ poderá funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, bem como poderá instalar justiça itinerante.

➢ Vejamos como a Justiça Estadual foi abordada em provas:

Os tribunais dos Estados têm sua competência definida na Constituição do Estado, sendo a
lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
No que tange ao controle de constitucionalidade no âmbito estadual, é correto afirmar que
cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.
O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se
de equipamentos públicos e comunitários

15. Precatórios – Art. 100, CF

Os precatórios são requisições de pagamento feitas pelo Poder Judiciário, imputando dívidas
às Fazendas Públicas federal, estaduais, distrital e municipais. Logo, os precatórios são títulos
judiciais que comprovam uma dívida que o Poder Público tem com um particular.

➢ Vejamos como o tema foi abordado em provas:

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Atualizado em 11/08/2023

Sobre Precatórios, é correto afirmar: Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente
na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim.
Conforme entendimento do STF, é correto afirmar: Não se submetem ao regime de precatório
as empresas públicas dotadas de personalidade jurídica de direito privado com patrimônio
próprio e autonomia administrativa que exerçam atividade econômica sem monopólio e
com finalidade de lucro.
A empresa pública estadual Alfa, que exerce exclusivamente atividade econômica sem
monopólio e com finalidade de lucro, foi condenada em processo judicial à obrigação de pagar
a quantia de duzentos mil reais a João. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, os
advogados da empresa pública Alfa pleitearam ao juízo a aplicação do regime de precatório,
na forma do Art. 100, da CF/1988, o que foi deferido. Inconformado, João recorreu da decisão.
Consoante entendimento do STF sobre a matéria, a decisão judicial recorrida: merece ser
reformada, pois a empresa pública Alfa não se submete ao sistema de precatório, pois se lhe
aplica o regime jurídico de execução direta das empresas privadas, por ser exploradora de
atividade econômica em caráter concorrencial.
Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: Os débitos de natureza
alimentícia serão pagos com preferência sobre os demais débitos.
Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: O regime de expedição
de precatório não se aplica a pagamento de pequeno valor (RPV), conforme previsto em leis
próprias dos respectivos entes federados.

ATENÇÃO! Atualização do Art. 100, §5º da CF:


As solicitações de pagamento devem ser realizadas até o dia 2 de abril de cada ano e os
precatórios recebidos até esta data deverão ser pagos até o final do próximo exercício.
CF/88, Art. 100, § 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público
de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em
julgado constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o
pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

16. Súmulas sobre Poder Judiciário:

➢ Vejamos como algumas súmulas foram abordadas em provas, no tema Poder


judiciário:

Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de
servidores públicos sob o fundamento de isonomia. (SV 37)

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Atualizado em 11/08/2023

A Súmula Vinculante 10 estabelece que viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97)
a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte. (SV 10).
É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo
do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades. (649-
STF).

17. Resumos e mnemônicos sobre Poder Judiciário

Diferença de Competência do STF e STJ (cai muito):


STF: processar e julgar, originariamente, o HC sendo paciente Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (art. 102, I, d
da CF/88)
STJ: processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra
ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal; (art. 105, I, b da CF/88).

Conflito de competência entre Tribunais:


- Se houver conflito de qualquer Tribunal Superior, será julgado pelo STF. Não havendo
participação de pelo menos um Tribunal Superior, será julgado pelo STJ.
#Regras que resolvem conflitos entre tribunais:
1ª regra – Tem tribunal superior no meio? competência STF.
2ª regra – Competência entre qualquer tribunal (1ª e 2ª instância) não superior: competência
STJ.
3ª regra – Conflito interno (mesmo âmbito) de qualquer tribunal: respectivo Tribunal
Superior

Mnemônicos para decorar a composição dos Tribunais:


CNJ - Conselho Nacional de Justiça = Coroa Na Jovem
• Moça de 15 anos é coroada em sua festa de debutante! CNJ é composto por 15 ministros.
STF - Supremo Tribunal Federal = Somos um Time de Futebol
• Times de futebol tem onze jogadores, tal como o STF que é composto por 11 ministros.
STJ - Superior Tribunal de Justiça = Somos Todos Jesus
• Jesus Cristo morreu com 33 anos. Compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros.
TST - Tribunal Superior do Trabalho = Trinta Sem Três
• 30 - 3 = 27. São 27 ministros no TST.

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TSE - Tribunal Superior Eleitoral = Todos SEte


• Tribunal composto por 7 ministros. Compõe-se de, no mínimo, 7 membros.
STM - Superior Tribunal Militar = Somos Trinta pela Metade
• Metade de 30 é 15. O Tribunal é composto por 15 membros.

TRTs compõem-se de, no mínimo, 7 juízes


TRFs compõem-se de, no mínimo, 7 juízes

ATENÇÃO!
Alguns tribunais há previsão exata dos membros como no STF, CNJ, STM. E em outros, há um
número mínimo, como no STJ, TSE, TRTs e TRFs.

NÃO são órgãos do Poder Judiciário:


 Funções Essenciais à Justiça (MP, Defensorias e as Procuradorias);
 Tribunal de Contas;
 Tribunal de Arbitragem;
 Tribunal Marítimo;
 TPI - Tribunal Penal Internacional;
 Justiça Desportiva;
 Conselho da República;
 Conselho de Defesa Nacional;
 Ministério da Justiça;
 CNMP.

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