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ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO

TRABALHO
• A Justiça do Trabalho Integra o Poder Judiciário Federal;
• Trata de uma Justiça especializada;

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de
2016)
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
A organização da justiça trabalhista tem sua
gênese na Constituição Federal:

•Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:


•I - o Tribunal Superior do Trabalho;
•II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
•III - Juízes do Trabalho
A Justiça do Trabalho está estruturada em três graus de
jurisdição.
•No primeiro grau, funcionam as Varas do Trabalho – artigo
112, 113 e 116 CF/88 (antes, EC n. 24/99, juntas de Conciliação
e Julgamento), onde atuam os Juízes do Trabalho (Juízo
monocrático). As Varas são criadas por Lei Ordinária Federal.
•No segundo grau, funcionam os Tribunais Regionais do
Trabalho (TRTs), onde atuam os Desembargadores do
Trabalho (colegiado).
•No terceiro grau, funciona o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), composto por Ministros.
• Súmula 505 do STF

Salvo quando contrariarem a Constituição, não


cabe recurso para o Supremo Tribunal
Federal, de quaisquer decisões da Justiça do
Trabalho, inclusive dos presidentes de seus
tribunais.
Os Juízes do Trabalho atuam nas Varas do
Trabalho, entre titulares e substitutos. São os
órgãos de 1º grau de jurisdição.
O Juiz do Trabalho ingressa na carreira como juiz
substituto, por meio de concurso público de
provas e títulos.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição
será exercida por um juiz singular.
Nas localidades em que não há Varas do Trabalho, o
Juiz de Direito acumula a jurisdição trabalhista. Mas
em caso de recurso? Para quem endereçar?
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho,
podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho
Juiz de Direito investido em jurisdição trabalhista
OBS.: JUSTIÇA ITINERANTE
a jurisdição trabalhista – a aplicação do direito
é encargo do juiz do trabalho
Aplicam-se aos juízes do trabalho, portanto, as
garantias e as proibições constitucionalmente
previstas para os juízes de carreira. As garantias (art.
95 da Constituição Federal) são:
•• vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
adquirida após dois anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado
Antes de completar dois anos de efetivo exercício, o juiz
do trabalho poderá perder o cargo por deliberação do
tribunal, consistente num procedimento com
contraditório e ampla defesa, devidamente motivado,
que pode ter a perda do cargo condicionada à aprovação
por dois terços dos membros do tribunal, em escrutínio
secreto (art. 27, § 6º, Lei Orgânica da Magistratura
Nacional).
Após completar dois anos de efetivo exercício, o juiz do
trabalho será vitalício, e só poderá perder o cargo
mediante sentença judicial transitada em julgado.
• inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
público, na forma do art. 93, VIII;
O juiz não pode ser removido arbitrariamente para
outro lugar, sem um motivo adequado.
De acordo com o art. 93, inciso VIII, da Constituição,
“VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo
tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa”
VIII-A - a remoção a pedido de magistrados de comarca de igual
entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas "a", "b",
"c" e "e" do inciso II do caput deste artigo e no art. 94 desta
Constituição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 130,
de 2023)

VIII-B - a permuta de magistrados de comarca de igual entrância,


quando for o caso, e dentro do mesmo segmento de justiça, inclusive
entre os juízes de segundo grau, vinculados a diferentes tribunais, na
esfera da justiça estadual, federal ou do trabalho, atenderá, no que
couber, ao disposto nas alíneas "a", "b", "c" e "e" do inciso II do caput
deste artigo e no art. 94 desta Constituição; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 130, de 2023)
• irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto
nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
2º, I. .

• Os juízes do trabalho, de acordo com o art. 39, § 4º,


da Constituição, recebem subsídios, isto é, uma
parcela remuneratória única, que impede o
recebimento de quaisquer outras parcelas
remuneratórias (gratificações, adicionais e
vantagens em geral).
No entanto, tecnicamente, os magistrados integrantes do TRT são juízes
de segunda instância.
O Presidente da República, ao escolher um nome para Desembargador
do TRT da listra tríplice, nomeará o escolhido de imediato, sem sabatina.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a


realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos
limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.
Os TRTs têm o poder de levar a estrutura de Varas do Trabalho (juiz e
servidores) a lugares mais remotos e distantes da sede da Vara, para atender a
jurisdicionados dessas localidades, que por razões socioeconômicas e
geográficas não conseguem se deslocar até a Vara do Trabalho de sua
jurisdição.
Regiões Os Tribunais Regionais do Trabalho estão divididos nas seguintes regiões:
1ª Região: Estado do Rio de Janeiro, com sede no Rio de Janeiro;
2ª Região: Estado de São Paulo, com sede em São Paulo,
3ª Região: Estado de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte;
4ª Região: Estado do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre;
5ª Região: Estado da Bahia, com sede em Salvador; 6ª Região: Estado de Pernambuco, com sede em Recife;
7ª Região: Estado do Ceará, com sede em Fortaleza;
8ª Região: Estados do Pará e Amapá, com sede em Belém;
9ª Região: Estado do Paraná, com sede em Curitiba;
10ª Região: Distrito Federal, com sede em Brasília, abrangendo o Distrito Federal e o Estado de Tocantins;
11ª Região: Estados do Amazonas e de Roraima, com sede em Manaus;
12ª Região: Estado de Santa Catarina, com sede em Florianópolis;
13ª Região: Estado da Paraíba, com sede em João Pessoa;
14ª Região: Estados de Rondônia e Acre, com sede em Porto Velho;
15ª Região: Estado de São Paulo (na área não abrangida pela jurisdição estabelecida para a 2 a Região), com sede
em Campinas;
16ª Região: Estado do Maranhão, com sede em São Luís;
17ª Região: Estado do Espírito Santo, com sede em Vitória; 18ª Região: Estado de Goiás, com sede em Goiânia;
19ª Região: Estado de Alagoas, com sede em Maceió;
20ª Região: Estado de Sergipe, com sede em Aracajú;
21ª Região: Estado do Rio Grande do Norte, com sede em Natal;
22ª Região: Estado do Piauí, com sede em Teresina;
23ª Região: Estado do Mato Grosso, com sede em Cuiabá (Lei n. 8.430, de 8-6-1992);
24ª Região: Estado do Mato Grosso do Sul, com sede em Campo Grande (Lei n. 8.431, de 9-6-
1992).

Pode-se dizer que hoje só não têm tribunais os Estados do Amapá (8a Região), Roraima (11 a
Região), Acre (14a Região), que eram os antigos territórios, e o Estado de Tocantins, que foi
criado pela Constituição de 1988 (art. 13 do ADCT), pertencendo à 10a Região.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho
compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e
menos de setenta anos de idade, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados
pelo Presidente da República após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 122, de 2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos
de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez
anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94.
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio Tribunal Superior.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Artigo 111-A
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira;
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho
de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema,
cujas decisões terão efeito vinculante.
A ENAMAT e o CSJT atuam junto ao TST.
Segundo o Regimento Interno do TST, também atuam
junto a ele o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de
Assessores e Servidores do Tribunal Superior do
Trabalho (CEFAST) e a Ouvidoria, mas traremos somente
dois primeiros, que têm previsão constitucional.
O CSJT (órgão de natureza administrativa) possui
autonomia administrativa e regimento interno próprio.
Contudo, o CSTJ não tem função jurisdicional, razão pela
qual não julga ações e nem recursos.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar,
originariamente, a reclamação para a preservação de sua
competência e garantia da autoridade de suas decisões.

A reclamação é uma ação própria, prevista nos artigos 988 e


seguintes do CPC, podendo ser ajuizada perante o TST pela parte
interessada ou pelo Ministério Público do Trabalho para:
• preservar a competência do TST
• garantir a autoridade das decisões do TST
• garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de
incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de
assunção de competência pelo TST
O Tribunal Pleno e o Órgão Especial atuam lado
a lado, na mesma escala hierárquica, porque o
Órgão Especial nada mais é do que uma
extensão do Tribunal Pleno, isto é, um órgão
com competências delegadas do Tribunal Pleno.
• (2018/INSTITUTO AOCP/TRT - 1ª REGIÃO-RJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Tendo
como base a estrutura, a organização e a competência (EC 45/2004) da Justiça do Trabalho, assinale
a alternativa correta.
• a) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações que envolvam crimes contra a
organização do trabalho, como o trabalho escravo.
• b) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação de 2/3 (dois
terços) do Senado Federal.
• c) O Tribunal Superior do Trabalho é composto por um quinto dentre advogados com mais de
quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com
mais de quinze anos de efetivo exercício, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
• d) A lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
• e) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados, quando
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com
mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
• Letra d.

• a) Errado. Crimes contra a organização do trabalho são julgados pela


Justiça Federal. A Justiça do Trabalho não possui competência em matéria
criminal.
• b) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o
quórum exigido para aprovação pelo Senado Federal, que na verdade é de
maioria absoluta, e não tal quórum qualificado.
• c) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o
tempo de efetivo exercício exigido dos advogados e dos membros do MPT
para entrarem pelo quinto constitucional, que na verdade é de dez anos.
• d) Certo. Informação em conformidade com o art. 112 da CF.
• e) Errado. Todos os elementos da alternativa estão corretos, exceto o
número mínimo de juízes de cada TRT, que é de sete.
• (REFRORMADA - 2018/FCC/TRT/6ª REGIÃO-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Conforme previsão constitucional, o Tribunal Superior do Trabalho será composto por,
• a) 17 ministros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre advogados com
mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.
• b) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 70 anos, sendo 1/5 dentre advogados com
mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.
• c) 11 ministros, com mais de 30 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre advogados com
mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.
• d) 27 ministros, com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre advogados com
mais de 5 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 5 anos de efetivo exercício.
• e) 27 ministros, com mais de 35 anos e menos de 70 anos, sendo 1/3 dentre advogados com
mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.
• Letra b.
• Os elementos objetivos da alternativa b estão,
integralmente, em consonância com o caput e
os incisos do art. 111-A da Constituição
Federal (idades, quórum de participação da
advocacia e do MPT e tempo de exercício
deles na profissão)
COMPETÊNCIA
jurisdição é o poder que o juiz tem de dizer o
direito nos casos concretos a ele submetidos,
pois está investido desse poder pelo Estado.
A competência é uma parcela da jurisdição,
dada a cada juiz, OU SEJA, área geográfica e o
setor do Direito em que vai atuar, podendo
emitir suas decisões.
A jurisdição é o todo, o gênero. A competência é
a parte, a espécie
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e
julgar:
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores;
V - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.
102, I, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
II - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos
legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
• SÚMULA VINCULANTE 22 - A Justiça do Trabalho é competente
para processar e julgar as ações de indenização por danos morais
e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

• SÚMULA VINCULANTE 23
• A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de
greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
Súmula 389 do TST SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS. I - Inscreve-se na competência
material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto
indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego.

Súmula 300 do TST COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - CADASTRAMENTO NO PIS.


Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face
de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).

“Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder


Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de
trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum.
Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar
deferida para excluir outra interpretação. (...) O disposto no art. 114, I, da Constituição da
República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja
vinculado por relação jurídico-estatutária." (ADI 3.395- MC, Rel. Min. Cezar Peluso,
julgamento em 5-4-06, DJ de 10-11-06)
SÚMULA no 62 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar o
crime de falsa anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
atribuído à empresa privada.
Súm. no 189 do TST: A Justiça do Trabalho é competente para declarar a
abusividade, ou não, da greve.
SÚMULA no 363 do STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a
ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
SÚMULA no 368 do TST: I – A Justiça do Trabalho é competente para
determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da
Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias,
limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (...)
.
SÚMULA no 389 do TST: I – Inscreve-se na competência material
da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo
por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego. II – O não-fornecimento pelo empregador da guia
necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem
ao direito à indenização.
SÚMULA no 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da
Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para
processar e julgar ações de indenização por dano moral e material,
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido
SÚMULA no 62 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e
julgar o crime de falsa anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social, atribuído à empresa privada.
Greve do empregado público da administração pública direta: a
competência material é da JUSTIÇA COMUM. (Tema 544, STF)
Greve do empregado público de autarquias e fundações
públicas: a competência material é da JUSTIÇA COMUM. (Tema
544, STF)
Greve do empregado público das empresas públicas e
sociedades de economia mista: a competência JUSTIÇA DO
TRABALHO. (Tema 544, STF)
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe à
Justiça Comum julgar processos decorrentes de contrato de
previdência complementar privada. A decisão ocorreu nos Recursos
Extraordinários (REs) no 586.453 e no 583.050. A matéria teve
repercussão geral reconhecida e, portanto, passa a valer para todos
os processos semelhantes que tramitam nas diversas instâncias do
Poder Judiciário.
Súmula 165 do STJ: “Compete à Justiça Federal processar e julgar
crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista”
LGPD: Se o dado se tornou conhecido em decorrência de relação
jurídica, pré-contratual, contratual ou pós-contratual em âmbito de
relação de trabalho ou de emprego, tanto pela origem como por sua
finalidade, não se afasta a competência da Justiça do Trabalho.
O Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) no 5.326, entendeu
que a competência é da Justiça comum para a
autorização de trabalho de menor, pois o
legislador, no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), determinou que o juiz da
Infância e da Juventude fosse a autoridade
judiciária responsável pelos processos de tutela
integral dos menores
Com a reforma trabalhista, a justiça do trabalho
teve o reconhecimento expresso de sua
competência material quanto ao pedido de
homologação de acordo extrajudicial. (Art. 652,
f, CLT)
Diz o artigo 651 da CLT:
Art. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
A competência da justiça brasileira ainda está fixada nos § § 1º, 2º e 3º do art. 651
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA – EMPREGADO VIAJANTE – COMPETÊNCIA DA VARA DO TRABALHO DO LOCAL
DO DOMICÍLIO DO EMPREGADO – ART. 651, § 1º, DA CLT – A competência para processo e julgamento de
reclamação trabalhista de Empregado viajante de empresa que não tenha agência ou filial no local de
prestação de serviços é da Vara da localidade do domicílio do Empregado. Inteligência da regra contida na
parte final do § 1º do art. 651 da CLT, com a nova redação que lhe foi dada pela Lei n /99. Conflito negativo
de competência suscitado pela 1ª Vara do Trabalho de Presidente Prudente – SP (localidade da sede da
Reclamada) julgado procedente, declarando-se a competência da Vara do Trabalho de Indaial –SC (localidade
do domicílio do Reclamante) – (TST – CC – SBCI 2 - Rel. Min. Ives Gandra Martins Filho – DJU – p. 412).”
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova


realização de atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços.
Relativamente à competência constitucional da Justiça do Trabalho, a mesma alcança a
execução:

a) de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação


constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
b) de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação
constante das sentenças que proferir, dependendo de provocação às relativas a acordos
por ela homologados.
c) mediante provocação, das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
d) mediante provocação, das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados,
ultrapassado o limite de 40 salários mínimos.
e) mediante provocação, das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados,
ultrapassado o limite de 60 salários mínimos.
ABARITO: ALTERNATIVA "A".

Relativamente à competência constitucional da Justiça do Trabalho, a mesma alcança a execução de ofício das
contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela
homologados.

Assim, observem o disposto pelo art. 114, VIII, da CRFB/88:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


[...]
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes
das sentenças que proferir;

Além disso, vale conferir a súmula 368, I, do TST:

"SÚMULA Nº 368 - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO.


FORMA DE CÁLCULO

I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça
do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição".
Sílvio prestou serviços como estivador no Porto Águas Calmas e constatou
que não foram corretos os repasses que lhe foram feitos pela prestação de
serviços. Pretende ajuizar ação em face do operador portuário e do Órgão
Gestor de Mão de Obra (OGMO). A competência para processar e julgar a
demanda é da justiça:
comum estadual, pela ausência de relação empregatícia, sendo o avulso
equiparado ao trabalhador autônomo.
comum federal, dado que o avulso não possui vínculo de emprego com as
reclamadas e a matéria portuária é de âmbito federal.
do trabalho.
do trabalho, se pretender o reconhecimento de vínculo de emprego,
podendo também optar pela justiça comum estadual.
do trabalho, se pretender o reconhecimento de vínculo de emprego,
podendo também optar pela justiça comum federal.
• GABARITO: LETRA C.
• De acordo com a CLT, a Justiça do Trabalho é competente quando a ação envolver demanda
entre trabalhadores portuários e operador portuário e do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores
avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela
Justiça do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do
trabalho.

• (...)

3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de
trabalho.

• Desse modo, a ação deverá ser ajuizada na Justiça do Trabalho.


• A

Em relação à competência material da Justiça do Trabalho, esta:
a) é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e
material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de
trabalho e doenças a ele equiparadas, mas não para as propostas pelos dependentes
ou sucessores do trabalhador falecido.
b) não é competente para a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro
de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a
seguridade social, ainda que se destine ao financiamento de benefícios relativos à
incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho
c) é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência
do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
d) não é competente para processar e julgar ações ajuizadas por empregados em
face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social
(PIS).
e) não é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais.
Gabarito C

SÚMULA VINCULANTE 23 : A Justiça do Trabalho é


competente para processar e julgar ação possessória ajuizada
em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada
FIM
rozinarabarreto.adv@gmail.com

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