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Processo do trabalho

07.08.2020: Aula 01 - Apresentação dos alunos


12.08.2020: Aula 02 - Estrutura da justiça do trabalho
21.08.2020: Aula 03 - Competência da justiça do trabalho + Entrega Seminário 01
28.08.2020: Aula 04 - Competência da justiça do trabalho parte 2 + Entrega Seminário 02
04.09.2020: Aula 05 - Competência da justiça do trabalho parte 3 + Entrega Seminário 03
11.09.2020: Aula 06 - Atos, prazos e petição inicial
18.09.2020: Aula 07 - Honorários de sucumbência, Resp por dano processual e Audiência
25.09.2020: Aula 08 - Audiência + Entrega Seminário 04

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Aula 02 – Organização da Justiça do Trabalho


• Jurisdição trabalhista = é especial e exercida pelos órgãos (juízes e tribunais) da Justiça
do Trabalho.
• Artigos 111 a 116 da Constituição Federal.
VARAS DO TRABALHO -VT
(Antigas Juntas de Conciliação e Julgamento)

• são órgãos de 1ª Instância.


• com jurisdição local (abrange geralmente um ou alguns municípios).
• Em cada unidade há um juiz do trabalho titular e um juiz do trabalho substituto
(ambos nomeados e empossados pelo Desembargador Presidente do TRT após
aprovação em concurso público);
• Compete às Varas do Trabalho, em linhas gerais, processar e julgar as ações oriundas
das relações de trabalho (CF, art. 114, I a IX) e aquelas que, por exclusão, não sejam da
competência originária dos tribunais trabalhistas.

TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT’S

• Órgãos de 2 Instância;
• Divididas em regiões (Estados). Se um Estado não tiver TRT, ele participará junto
a outro Estado. (obs: São Paulo é o único que tem dois: São Paulo (TRT2) e Campinas
(TRT15);
• Compete ao TRT, originariamente, processar e julgar as ações de sua
competência originária, tais como dissídios coletivos, mandados de segurança e ações
rescisórias; em grau recursal, o TRT julga os recursos das decisões de Varas do Trabalho.
• Competência originaria ou derivada: Será originária quando o processo tiver
início no Tribunal Regional do Trabalho, como ocorre nos dissídios coletivos, mandados
de segurança, ações rescisórias, ações cautelares, dentre outros. Ser· derivada quando
exercerem função em decorrência de processo já em curso, como ocorre com os recursos.
• Em relação a sua formação, também há o respeito ao quinto constitucional, isto È, 1/5
das vagas ser· ocupada por membros da Advocacia e Ministério Público do Trabalho, assim como
ocorre no TST. (idade mínima de 30 anos)

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos,
sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional
e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
exercício, observado o disposto no art. 94

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e


merecimento, alternadamente

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a


realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado
à justiça em todas as fases do processo.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST

• Órgão de instância extraordinária;


• É o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho e suas decisões abrangem todo o país.
Das decisões do TST somente caberão recurso para o Supremo Tribunal Federal quando
contrariarem matéria constitucional, o qual julgará em única e última instância o
processo.
• Formado por 27 Ministros (com idade mínima de 35 anos);
• Seguindo-se a regra do quinto constitucional, o TST É formado por membros
vindos dos TRTs, da Advocacia e Ministério Público do Trabalho, sendo que os dois
˙últimos ocupar „o 1/5 das vagas existentes no Tribunal Superior.
• Art 59: Reg. Interno do TST:

Os Juízos de Direito investidos de jurisdição trabalhista


Nas comarcas onde não existir Vara do Trabalho, a lei pode atribuir a função jurisdicional
trabalhista aos juízes de direito (CLT, art. 668). O art. 112 da CF, com nova redação dada pela EC
n. 45/2004, dispõe que a “lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho”.

A competência funcional dos juízes de direito para processar e julgar ações previstas no
art. 114 da CF é, pois, decorrente da inexistência de lei que estabeleça a competência territorial
de Vara do Trabalho.

O juiz de direito deverá observar o sistema procedimental previsto na CLT para processar
e julgar a demanda a ele submetida. Logo, o recurso interposto de decisão de juiz de direito
investido na jurisdição trabalhista será apreciado e julgado pelo respectivo TRT (CF, art. 112),
valendo lembrar que, neste caso, o recurso só tem lugar nas hipóteses em que a decisão proferida
pelo juiz de direito seja recorrível na processualística laboral. Exemplificativamente, não cabe,
de imediato, nenhum recurso para o TRT das decisões interlocutórias proferidas por juiz de
direito investido na jurisdição trabalhista (CLT, art. 893, § 1º).
Aula 03-04-05 – Competência Da Justiça Do Trabalho
• Competência em razão da matéria: Só cabe à Justiça do Trabalho solucionar as
causas de cunho trabalhistas que envolvam relação de trabalho.

• Ações oriundas da relação de trabalho:

- Demandas decorrentes de vínculo empregatício;


- Trabalho autônomo, exceto relação de consumo;
- Contrato de empreitada;
- Trabalho avulso;
- Estágio; etc.

• Relações de trabalho com entes de direito público externo: na fase de conhecimento,


há imunidade quanto à execução, salvo hipótese de renúncia expressa em cláusula própria;

• Relação de trabalho no âmbito da administração pública:

- Servidores estatutários e empregados públicos: restringe competência da justiça


especializada;

- A administração direta, autárquica e fundacional:

- Servidores públicos temporários: administração direta, autárquica ou


fundacional: ➔ Competência da justiça comum e para os anteriores a seu
deferimento de 04/06/98 a 02/08/07 justiça do trabalho;

• Servidor celetista:

a) para servidores de empresas públicas e sociedades de economia mista ➔ Justiça do


Trabalho;
b) servidores contratados antes da Lei n. 8.112/91 – celetista ➔ Justiça do Trabalho;
c) para servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional: - de
04/06/1998 a 02/08/2007 = celetistas ➔ Justiça do Trabalho;

• Servidores de cartórios extrajudiciais: ➔ à Justiça do Trabalho;

• Cumulação de pedidos de competências diversas no mesmo processo: juízo onde foi


intentada a ação julga nos limites de sua competência, sem prejuízo de novo ajuizamento de
nova causa com pedido remanescente no juízo próprio;

• Ações que envolvam direito de greve: julga a legalidade ou ilegalidade da greve, abusos
e danos provocados na greve e a teor da Súm. Vinculante 23 do STF é a Justiça do Trabalho
competente para dirimir litígios possessórios a respeito do direito de greve.
• Ações sobre representação sindical:
- Disputa por base territorial entre dois sindicatos;
- Ação para cumprimento de cláusula de convenção coletiva ou cumprimento de
sentença normativa;
- Declaratórias de vínculo sindical;
- Relacionadas a eleição sindical;
- Ações envolvendo cobrança de contribuições assistenciais e confederativas etc.

• Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data: quando o ato questionado se


sujeita a sua jurisdição;

• Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista:

a) varas do trabalho ou entre vara do trabalho e juízo estadual de jurisdição trabalhista


= TRT;
b) Conflito entre TRTs ou Varas do Trabalho e juízes estaduais de jurisdição trabalhista
pertencente a regiões distintas;
c) STJ: vara do trabalho ou TRT e juiz comum não investido de jurisdição trabalhista ou
tribunal comum;
d) STF: quando o conflito for suscitado pelo TST

• Ações de indenização por danos materiais e morais decorrentes da relação de


trabalho: o juízo competente é a Justiça do Trabalho;

• Ações relativas a penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos


órgãos de fiscalização das relações de trabalho: ação questionando auto de infração lavrado
pelo Ministério do Trabalho, por exemplo.

• Execução de ofício das contribuições sociais: as reclamações trabalhista podem verter


no reconhecimento de verbas de índole salarial sobre as quais deva incidir contribuição
previdenciária.
- o STF definiu que a incidência é apenas restrita às verbas reconhecidas em acordo ou sentença.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito


público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de
trabalho;
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I,
a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho,
bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

• Competência em razão do lugar (territorial) – CLT, art. 651 e 652: é delimitada


com base no espaço geográfico em que atua o órgão jurisdicional. Quase sempre essa
competência é instituída aos órgãos de primeira instância da justiça do trabalho
designados de Varas do Trabalho, porém há certos casos em que o município não possui
vara especializada para dirimir conflitos trabalhistas, dessa forma a lei atribui essa árdua
tarefa aos juízes comuns.

• REGRA - Competência territorial: Local da prestação dos serviços:

• QUANDO FOREM VÁRIOS OS LOCAIS DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: último local


da prestação de serviços:

• Se o empregado trabalhou tanto no Brasil quanto no estrangeiro ➔


possibilidade de opção;

• Agente ou Viajante Comercial ➔ agência ou filiar da qual o empregado estiver


subordinado ou na falta a vara do domicílio do empregado ou localidade mais próxima
de seu domicílio;

• Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro ➔ local de situação da sede


da empresa no Brasil ou no local da contratação realizada antes do empregado ir ao
exterior;

• Empregado que promova atividades fora do lugar do contrato de trabalho:


(exercer atividades em locais incertos de modo transitório e eventual, ex: construtores
em rodovias; trabalhadores rurais) ➔ local da celebração do contrato ou qualquer dos
locais da prestação do serviço;
“ Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência
será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o
empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização
em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste
artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em
contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação
no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços”.

• Competência em relação à pessoa: a Justiça do Trabalho é competente para


julgar ações em que dois sujeitos, o empregado e o empregador, estejam envolvidos.

MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

- Foro de eleição: só se for em benefício do trabalhador;


- Conexão: duas ações há igualdade de pedidos ou de causa de pedir, Ex.: ação que julga
danos relacionados ao
exercício de greve, ação possessória relacionada a mesma greve, e ação que julga a
legalidade da greve.
- Continência: quando entre duas ações há identidade de partes, causa de pedir e o
pedido de uma ação são maiores do que o da outra;
- Prevenção: quando houver processo anterior extinto sem análise de mérito ou com
relação de prejudicialidade.

Aula 06 - Atos, prazos e petição inicial


Prescrição:
QUINQUENAL:
Empregado pode cobrar os direitos correspondentes aos últimos 5 anos.
BIENAL:
Em caso de demissão o empregado possui 2 anos para reclamar os direitos na justiça.

Exemplo: Carol foi contratada em 01/01/2010 e demitida em 01/01/2020.


Ela pode entrar com uma ação até 01/01/2022. (BIENAL – SOBRE A DATA DE
DEMISSÃO)
Se ela entrar hoje (01/10/2020) ela poderá reclamar de direitos desde 01/10/2015.
(QUINQUENAL)
Se ela só entrar em 01/01/2022, só poderá reclamar de direitos desde 01/01/2017.
(QUINQUENAL)
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o
contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias
úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia


feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.

Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a


tinta, datilografados ou a carimbo.

Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados


pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado,
não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2
(duas) testemunhas, sempre que não houver procurador
legalmente constituído.

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em


dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento.

§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente


necessário, nas seguintes hipóteses:

I - quando o juízo entender necessário;

II - em virtude de força maior, devidamente


comprovada.

§ 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a


ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à
tutela do direito.

• ORGANOGRAMA - Procedimento a serem seguidos:

1º) Petição Inicial;


2º) Audiência Inicial;
3º) 1º Tentativa de Conciliação;
4º) Apresentação da Defesa Oral por 20m (se não foi eletronicamente);
5º) Saneamento do Processo verificando a necessidade de provas que empreendam dil igencia
(perícia,
inspeções, ofícios) sendo o reclamante intimado a apresentar impugnação à contestação
normalmente em 10 dias e se houver perícia as partes são intimadas também a apresentarem
quesitos;
6º) Audiência de Instrução → Depoimento do Reclamante → Depoimento da Reclamada →
Oitiva das
7º) Razões finais orais: 10 minutos cada parte;
8º) 2º tentativa de Conciliação;
9º) Sentença.

• Petição Inicial: a reforma modificou o art. 840, CLT, embora a petição inicial
ainda possa ser apresentada de forma escrita ou verbal, a teor do §1º do aludido
artigo ela deverá conter:
- a designação do juízo;
- a qualificação das partes;
- breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;
- o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor;
- a data e a assinatura do reclamante ou seu representante.
- §3º a petição que não atender ao disposto no §1º, será extinta sem análise de mérito;

Aula 07: Honorários de sucumbência, Resp por dano processual


- Honorários:
• (art. 791-A) Ao advogado, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o 5%
e 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou,
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
• -São devidos contra a Fazenda Pública e quando a parte estiver assistida ou substituída
pelo sindicato (§ 1º).
• Na procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada
a compensação entre os honorários (§ 3º).
• § 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo
(mesmo em outro processo), créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos
subsequentes, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se.
• § 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.

Responsabilidade por Dano Processual:

Art. 793-A. Responde por perdas e danos se que litigar de má-fé como
reclamante, reclamado ou interveniente.

Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei o u fato


incontroverso;

II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;

VI - provocar incidente manifestamente infundado;

VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de


má-fé a pagar multa, sendo entre 1% e 10% do valor da causa, a indenizar a
parte contrária pelos prejuízos sofridos e a arcar com os honorários
advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

§ 1º Quando forem 2 ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada


um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente
aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá


ser fixada em até 2 vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

§3º O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, não sendo possível
mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos
próprios autos.

Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à


testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos
essenciais ao julgamento da causa. §único. A execução da multa prevista
neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.

Aula 08 – Audiência

Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento


da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato.
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente
suspender o julgamento, designando nova audiência.
(Revogado)
§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando
nova audiência. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das
custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por
motivo legalmente justificável. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de
nova demanda. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável à prova do ato; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem
em contradição com prova constante dos autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos
a contestação e os documentos eventualmente apresentados. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

• REALIZAÇÃO: dias úteis das 8h00 às 18h00, audiência é pública, contudo existe a preservação
do direito à
intimidade, em alguns casos.
• NOTIFICAÇÃO: 5 dias de antecedência da data marcada para a audiência, presumindo-se
realizada a notificação caso emitida a mesma 48 horas antes, (antecedência de 7 dias).
• PRESENÇA: as partes poderão retirar-se do fórum caso o juiz não compareça ao mesmo até 15
minutos após o prazo marcado, constar do livro de registro das audiências. Os advogados, após
30 minutos, mediante comunicação protocolada.

• Intimação das testemunhas: (art. 852-H) as testemunhas comparecerão à audiência


independentemente de intimação, somente serão intimadas se comprovadamente convidada
deixar de comparecer à audiência;

- Testemunhas: máximo de 3 por parte, podendo ser intimadas a requerimento da parte. Na


prática se tem:

a) audiência inicial: a parte reclamada será notificada para comparecer e terá que
apresentar as defesas que
tiver sob pena de revelia.
- Art. 847 com a reforma: a contestação deverá ser apresentada eletronicamente até a
data da audiência, e não sendo possível em 20 minutos na própria audiência.
- Art. 841, a parte reclamada será notificada com 5 dias de antecedência da audiência e
presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem, incumbindo à reclamada
fazer prova do não recebimento da mesma.

b) Não comparecimento do Reclamante: processo será arquivado, após reforma este


será condenado no pagamento de custas (§2º, art. 844), (também o beneficiário da Justiça
Gratuita) calculadas as custas serão de 2%, com mínimo de R$10,64 e o máximo de 4 vezes o
limite máximo do valor maior benefício do RGPS, calculados sobre, o valor da condenação
quando houver, o valor da causa ou do pedido no caso de extinção sem análise de mérito e no
valor fixado pelo juiz nos casos de pedido indeterminado.
• Poderá no prazo de 15 dias justificar sua ausência, e se acolhida, ficará isento do
pagamento.
• Art. 844, §3º, pagamento das custas é condição para a propositura de nova
demanda (situação que pode ser inconstitucional por condicionar o acesso ao
Poder Judiciário).
• A reforma trabalhista mantém o art. 732, CLT que trata da perempção, caso o
reclamante por duas vezes der à extinção do processo por não comparecimento
à audiência ficará ele obrigado a esperar carência de 6 meses para só então poder
novamente mover a mesma reclamação.

c) Não comparecimento da Reclamada: importará em revelia, com a reforma o art. 844


foi acrescido do §3º, à revelia não induzirá a confissão quanto a matéria de fato quando:
- Havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
- O litígio versar sobre direitos indisponíveis;
-A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável à prova do ato;
- As alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
- §5º, criado pela reforma, ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na
audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.

d) audiência de instrução e julgamento:


- Ônus da Prova: Reforma Trabalhista

Art. 818. O ônus da prova incumbe:


I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do reclamante.
§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato
contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça
por decisão fundamentada,
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
§2º A decisão referida no §1º deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a
requerimento da parte,
implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio
em direito admitido.
§3º A decisão referida no §1º não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.

• Prova pericial: A parte sucumbente na perícia é responsável pelo pagamento dos


honorários periciais, (mesmo beneficiária da justiça gratuita) contrariando o entendimento do
TST na Súm. 457, os honorários periciais podem ser parcelados, mas o juiz não poderá exigir o
adiantamento de valores para a realização de perícias (art. 790-B da CLT);

• Suspensão da audiência: com a reforma o art. 844, §1º, permite que o juiz suspenda o
processo designando nova audiência em caso de reconhecimento de motivo relevante.

• Ações Plúrimas: Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de


matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se tratar de empregados da mesma
empresa ou estabelecimento.

• PREPOSTO: A princípio a reclamada pode ser representada pelo próprio reclamado, sócio ou
representante da empresa, ou por preposto. Com a reforma: O preposto não precisa ser
empregado.

• PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO: Obrigatória na abertura e após a apresentação de razões


finais;

• PODERES DO MAGISTRADO:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;


II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, advogados, MP, Defensoria Pública e qualquer pessoa
do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.

• FRACIONAMENTO DA AUDIÊNCIA: audiência trabalhista será una, salvo situações de


caso fortuito e força maior.
• No procedimento ordinário é comum a divisão em:
a) Audiência inicial ou de conciliação;
b) Audiência de Instrução;
c)Audiência da Julgamento;

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