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Peças
Teoria
Parte
Processual
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SUMÁRIO
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1. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Habeas
corpus
Mandado
Ação
de
popular
Injunção
Mandado
de
segurança
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2. AÇÃO POPULAR
Fundamento legal
Conceito
Objeto
O objeto da ação popular é anular atos comissivos ou omissivos que sejam lesivos
ao patrimônio público e condenar os responsáveis pelo dano a restituir o bem ou
indenizar por perdas e danos.
Na ação popular, pede-se a anulação do ato lesivo e a condenação dos
responsáveis ao pagamento de perdas e danos ou à restituição de bens e valores,
conforme a letra da lei.
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Assim, pode-se extrair a própria finalidade da ação, o direito de fiscalizar a coisa
pública, um importante instrumento posto à disposição do cidadão para a proteção do
patrimônio da comunidade.
Tem que ta o poder publico
AUTOR
SUBJETIV
OBJETIVO
O legitimidade ativa do
cidadão - requisito é
possuir condição de
eleitor, não tendo
legitimidade os proteção ao
órgãos de classe, nem patrimônio da
partidos políticos, ilegalidade ou da
nem qualquer pessoa lesividade
jurídica. prejuízo patrimonio publico + poder publico:
Súmula 365 - pessoa Bens - $ - Moralidade cultura - ambiente
jurídica não tem
legitimidade para
propositura de ação
popular. PJ não pode
n: OBS: não serve para obrigação de fazer
MP ... os direitos políticos
Não pode perder
OBS: não precisar morar no municipio ou estado, segundo o STF
Pressupostos
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Atos atacáveis via ação popular
Quais são os atos nulos e quais são anuláveis por meio de ação popular?
Teria dos
atos nulos
x anuláveis
Diga-se que o ato inválido não precisa ser ilícito na sua origem, mas deve ser ilegal
na sua formação ou no seu objeto, logo, a ação destina-se a invalidar atos praticados
com ilegalidade de que lesou o patrimônio público, podendo ser proveniente de vício
formal ou substancial ou até mesmo de vício de desvio de finalidade. (art. 2º “a” e “e”).
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Ato lesivo é todo ato ou omissão administrativa que desfalca o erário ou prejudica
a Administração, da mesma forma como o que ofende bens ou valores artísticos, cívicos,
culturais, ambientais e históricos. Pode esta ser presumida, em conformidade com o
que dispõe o art. 4º, bastando a prova do ato naquelas circunstâncias elencadas para
considerar o ato lesivo e nulo de pleno direito.
Cabimento
Fundamente sua tese de cabimento com o Art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição
Federal e o Art. 1º, da Lei nº 4.717/1965.
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Legitimidade
ATIVA PASSIVA
Cidadão (todo aquele que estiver no gozo Serão réus na ação popular
dos direitos políticos e fizer prova com simultaneamente a pessoa jurídica da
título de eleitor). qual se emanou o ato contestado, os seus
Neste caso, trata-se sempre de pessoa respectivos agentes responsáveis pelo
física. mesmo ou os omissos, no caso em que o
dano já ter acontecido e os beneficiários
do ato. Na duvida coloca todo mundo
Falta legitimidade ativa: Obs: ter-se-á quase sempre no polo
a) quem teve cancelada a naturalização passivo quase sempre a pluralidade de
por sentença transitada em julgado; sujeitos, invocando também aqueles que
b) quem teve sua nacionalidade de alguma forma tenham contribuído
cancelada administrativamente; para ação ou omissão e, até mesmo,
c) suspensão dos direitos civis por terceiros beneficiados.
incapacidade absoluta;
d) suspensão dos direitos políticos por
condenação criminal transitada em
julgado;
e) perda do direito político por recusa de
cumprimento de obrigação a todos
impostas sem o cumprimento de
prestação alternativa;
f) suspensão dos direitos políticos por
condenação em ato de improbidade
Os beneficiários que devem figurar no polo passivo são aqueles que se favorecem
diretamente do ato ou da omissão lesiva, os beneficiários indiretos, via de regra, não
precisam integrar a lide.
É um litisconsorte simples, pois a decisão não precisa ter o mesmo conteúdo para
todos os réus.
O ato legislativo de efeito concreto é passível de impugnação através de ação
popular, e o legitimado nesse caso passivo será a pessoa jurídica a qual integra a casa
legislativa. Ex: se for ato do Congresso Nacional, figura no polo passivo a União.
Atentar para a peculiar situação da fazenda pública – vide art. 6º parágrafo 3º:
Logo, admitem-se não só a inércia da pessoa jurídica, bem como sua posição ativa
ao lado do cidadão.
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Não há preclusão no deslocamento da pessoa jurídica do polo passivo para o polo
ativo, desde que útil ao interesse público. Logo, poderá fazer a qualquer tempo, mesmo
após a contestação.
Ministério Público
Ministério público não é parte autônoma, mas tem função singular, devendo agir
com total independência funcional.
Sempre no 1º grau e local do dano
Competência
Como observar a competência? Olhar o critério conforme a origem do ato. Ex: ato
emanado por autoridade federal – justiça federal, autoridade Estadual e Municipal -
Justiça estadual.
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Definida a Justiça, precisa-se identificar qual a competência territorial que
depende da autoridade que emanou o ato. Vide a importante regra do art.109 parágrafo
2º da CF:
Competência por equiparação é o que se encontra no art. 5º, parágrafo 1º, da Lei
4.717/65. No âmbito estadual e municipal, essa equiparação notadamente para pessoas
jurídicas de direito privado (uma vez que autarquias e fundações já se inserem no
conceito de Fazenda Pública por terem personalidade jurídica). Assim, atos e omissões
de empresas públicas estaduais e municipais, instituições privadas que recebam
recursos estaduais e municipais, serão julgadas.
Procedimento
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Procedência e improcedência e seus efeitos
Efeito secundário: se, no curso da ação ficar provada a infringência da lei ou a falta
disciplinar a que a lei comine a pena de demissão o juiz remeterá ex officio, cópia as
autoridades e gestores para aplicar a sanção.
ATENÇÃO!
Embora a sentença de procedência da ação ter efeitos erga omnes, ou seja, contra
todos, não cabe a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em sede
de ação popular, visto que o controle concentrado de constitucionalidade é de
competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, conforme art. 102, I, “a”, da
Constituição Federal, vez que figuraria uma usurpação de competência do Tribunal.
(MEIRELLES)
Não tem gratuidade - Mas paga custas - se tiver de boa-fé nao paga -temerari paga o tetodas custas
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Medidas cautelares e antecipatórias
Resumo
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Modelo
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JUÍZO CÍVEL DA ... VARA DA COMARCA DO MUNICÍPIO ALFA
1) DOS FATOS
Pedro dos Santos, Prefeito do Município Alfa, concedeu licença à Sociedade
Empresária K, permitindo obras em área de preservação ambiental permanente,
que abriga diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre.
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Estadual pelo critério de competência reservada ou remanescente, artigo 125 da
Constituição Federal. É necessário lembrar que a competência territorial se firma
pelo local do ato, artigo 5º, caput, da Lei nº 4.717/1965.
2.2) Legitimidade
A legitimidade ativa de João da Silva decorre do fato de ser cidadão, conforme
dispõe o Artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e Artigo 1º, caput e parágrafo 3º, da
Lei nº 4.717/65, qualidade intrínseca à sua condição de candidato ao cargo de
Deputado Estadual.
A legitimada passiva do prefeito Pedro dos Santos decorre do fato de ter
concedido a licença de construção, nos termos do Artigo 6º, caput, da Lei nº
4.717/65. O Município Beta é legitimado passivo por se almejar obstar os efeitos
de uma licença que concedeu por intermédio do prefeito, nos termos do Artigo
6º, parágrafo 3º, da Lei nº 4.717/65. A da sociedade empresária K é legitimada
passiva pelo fato de ser a beneficiária da licença concedida, nos termos do Artigo
6º, caput, da Lei nº 4.717/65.
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2.5) Direito
A licença concedida pelo Prefeito Pedro dos Santos é atentatória ou lesiva ao
meio ambiente, porque o local abriga uma área de preservação ambiental
permanente do Município Alfa, sendo cabível a sua anulação conforme o Artigo
5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e Artigo 2º, parágrafo único, alínea “c” da Lei nº
4.717/65.
Não merece ser acolhido o argumento de que o possível benefício dos usuários
justifica a lesão ao meio ambiente, pois os atos do poder concedente e do
concessionário devem ser praticados em harmonia com a sua proteção, nos
termos do Artigo 225, caput, da CRFB/88.
A proteção ao meio ambiente deve ser observada no âmbito da atividade
econômica, conforme dispõe o Artigo 170, inciso VI, da CRFB/88.
A licença concedida afrontou a concepção mais ampla de legalidade, prevista
no Artigo 37, caput, da CRFB/88.
A sociedade empresária K, enquanto concessionária do serviço público, não deve
causar danos ao meio ambiente, ainda que amparada por um ato estatal que
nitidamente o permita.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento da inicial;
b) A juntada de cópia do título de eleitor;
c) Concessão de medida liminar para impedir que a sociedade empresária K
inicie as obras no local o artigo 5º, parágrafo 4º, da Lei nº 4.717/1965;
d) A citação da parte ré para contestar, no prazo de 20 (vinte) dias, sob pena de
revelia, conforme artigo 7º, inciso I, alínea “a”, e inciso IV, da Lei nº 4.717/1965;
e) A intimação do membro do Ministério Público, conforme artigo 7º, inciso I,
alínea “a”, da Lei nº 4.717/1965;
f) A requisição às entidades indicadas na petição inicial dos documentos que
tiverem sido referidos nesta ação, bem como a de outros que se lhe afigurem
necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando o prazo de 15 (quinze) a 30
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(trinta) dias para o atendimento, conforme artigo 7º, inciso I, alínea “b”, da Lei nº
4.717/1965;
g) A não realização de audiência de conciliação ou mediação, com base nos
artigos 319, inciso VII e 334, parágrafo 5°, ambos do Código de Processo Civil;
h) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos;
i) Julgar a procedência do pedido, dando efeitos definitivos à liminar, com a
decretação de nulidade da licença concedida pelo Município Alfa, assinada pelo
Prefeito Pedro dos Santos e a proibição de realização de obras na área de
preservação ambiental permanente;
j) A condenação dos réus ao ressarcimento financeiro ao erário pelos gastos
decorrentes da obra pública e à reparação dos danos ambientais, custas,
honorários advocatícios e demais despesas ao autor, conforme o artigo 11, da Lei
nº 4.717/1965;
k) A condenação dos réus ao pagamento dos ônus sucumbenciais, custas,
honorários advocatícios e demais despesas ao autor, conforme os artigos 12, da
Lei nº 4.717/1965, e 85, do Código de Processo Civil.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
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3. MANDADO DE INJUNÇÃO - Validar o direito - norma de eficácia limitada: notma para
regulamentar + vialidade do direito
Fundamento legal
Importante saber!
Subsidiariedade
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condições
objeto da ação
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Em resumo: direito foi garantido pela Constituição, mas o seu exercício encontra-
se condicionado à edição de lei regulamentadora ulterior.
Legitimidade
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Competência
Atenção!
Salvo se a iniciativa para a lei for privativa de outro órgão ou autoridade, hipótese
em que o mandado de injunção deverá ser ajuizado em face do detentor da iniciativa
privativa (Ex: Presidente da República, nas situações do art. 61, § 1º da CF, por exemplo).
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pedido do impetrante, será ordenada pelo Juiz a exibição do documento no prazo
de 10 (dez) dias (Art. 4º, §2º).
Caberá agravo, em 05 (cinco) dias, da decisão que indeferir a petição inicial. A
competência para o seu julgamento é do órgão colegiado competente para o
julgamento da impetração nos moldes do que preconiza o parágrafo único do art. 6º.
Deverá ainda ser ouvido o Ministério Público, que disporá de 10 (dez) dias para
opinar. Nas hipóteses em que o M.P verificar a existência de interesses unicamente de
cunho individual na demanda, a sua manifestação pode ser dispensada. Concluído o
prazo para manifestação do parquet, os autos serão conclusos para decisão.
Na sentença, o magistrado se pronunciará apenas e tão somente sobre
o reconhecimento (ou não) de mora legislativa. Caso se convença do atraso, concede-se
a injunção, fixando-se prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma
regulamentadora (Art. 5º, I).
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§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do
relator.
§ 3o O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não
impede a renovação da impetração fundada em outros elementos
probatórios.
Atenção!
O que ocorre se, após da decisão em Mandado de Injunção, vier edição normativa
sobre o que foi objeto do Mandado de Injunção? AS NORMA PRODUZEM EFEITO APARTIR
DA EDIÇAO SO SE FOR MAIS FAVORAVEL
Art. 11 da Lei nº 13.300/16: A norma regulamentadora superveniente
produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão
transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes
for mais favorável.
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Atenção! NAO CABE HONORARIOS
Resumo
Competência Depende do tipo de omissão (atenção aos arts. 102 e 105 CF)
Endereçar Depende do ato
Legitimidade ativa:
Partes INDIVIDUAL qualquer pessoa que tenha o exercício de direitos e
Ativa e passiva liberdades constitucionais ou de prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania, inviabilizado por falta de
Legitimidade norma regulamentadora; e
COLETIVA: Ministério público, partido político, organização sindical,
defensoria pública
Modelo
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O Sindicato resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com
o adequado remédio judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus
filiados, da supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo que há a
previsão do valor de vinte por cento, a título de adicional noturno, no Art. 73 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo
Sindicato, utilizando o instrumento constitucional adequado, elabore a medida
judicial cabível. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não confere pontuação.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO BETA
1) DOS FATOS
O Sindicato foi procurado por seus filiados, sob a alegação que não recebem
adicional noturno do Estado Beta, contrariando o estabelecido no artigo 73, da
Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 7º, inciso IX, da Constituição Federal e
artigo 39, parágrafo 3º, da Constituição Federal.
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2) DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
2.1) Da Competência
Compete ao Tribunal de Justiça do Estado Beta processar e julgar Mandado de
Injunção Coletivo, frente à omissão legislativa estadual, observando-se o
princípio da simetria entre os entes federativos, conforme artigo 125, parágrafo
1º, da Constituição Federal.
2.2) Da Legitimidade
O Sindicato possui legitimidade ativa para defender os interesses da categoria,
dispensada autorização especial dos filiados, na forma do artigo 12, inciso III, da
Lei nº 13.300/16.
Governador e o Estado Beta possuem legitimidade passiva na medida em que
as regras constitucionais estaduais de competência devem observar, por
simetria, o que determina o artigo 61, parágrafo 1º, inciso II, alínea ´a´, da
Constituição Federal de 1988.
Assembleia Legislativa também possui legitimidade passiva, visto ser a
responsável pela aprovação da Lei.
2.3) Do Cabimento
Cabe mandado de injunção coletivo, pois a ação visa à defesa dos interesses dos
filiados ao Sindicato, na proteção de direito fundamental inviabilizado em razão
de omissão legislativa, conforme o disposto no artigo 5º, inciso LXXI, da
Constituição Federal de 1988, e na Lei nº 13.300/16.
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legislativa, notificado ao Poder Executivo para que supra a omissão e finalmente,
para a satisfação imediata do direito, que seja aplicado o artigo 73, da
Consolidação das Leis do Trabalho, analogicamente à categoria dos servidores
públicos do Estado Beta.
2.5) Do Direito
Uma vez que artigo 7º, inciso IX, da Constituição Federal, combinado com artigo
39, parágrafo 3º, da Constituição Federal, atribui aos servidores públicos direito à
remuneração do trabalho noturno superior ao diurno e que existe omissão
legislativa com relação a tanto, torna-se claro o direito de os servidores obterem
provimento judicial favorável ao exercício de seu direito, sanando-se a omissão
legislativa com atribuição de prazo para tal providência, conforme artigo 8º, da
Lei nº 13.300/16, e, em caso de não satisfação de tal providência, a aplicação do
artigo 73, da Consolidação da Legislação do Trabalho, por analogia.
3) DOS PEDIDOS
a) o recebimento desta inicial em duas vias, nos termos do artigo 5º, inciso I, da
Lei nº 13.300/16;
b) a notificação do Governador do Estado Beta e do Presidente da Assembleia
Legislativa para prestarem informações, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do
artigo 5º, inciso I e II, da Lei nº 13.300/16;
c) notificação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada,
conforme artigo 5º, inciso II, da Lei nº 13.300/16;
d) intimação do Ministério Público, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do
artigo 7°, da Lei nº 13.300/16;
e) reconhecimento da omissão e do estado de mora legislativa, para que seja
concedida a ordem de injunção coletiva para fins de ser determinado prazo
razoável para que o Governador promova a edição da norma regulamentadora,
nos termos do artigo 8º, inciso I, da Lei nº 13.300/16;
f) seja suprida a omissão normativa, garantindo-se a efetividade do direito à
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percepção do adicional noturno, no percentual de 20% conforme disposições
contidas no artigo 73, da Consolidação das Leis do Trabalho, nos termos do artigo
8º, incisos II, da Lei nº 13.300/16.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
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4. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Fundamento legal
Conceito
pode ser ouramente contra o a pessoa privada , diferente da açao popular que tem que ter o publico junto
direitos difusos: indeterminado todos mundo - ex meio ambiente honestidade, informaçao, hist. cultural - $ vai para o
FUNDO
direitos coletivos:GRUPOS DE CLASSES relacao jurídica com a parte contraria * beneficio individual - $ vai para o
FUNDO
direitos individuais homogênio: ordem comum, convenianecia, responsabilidade civil - DINHEIRO VAI PARA A
PESSOA
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IMPORTANTE!
Legitimidade NAO PODE PESSOA FISICA
Legitimidade ativa Legitimidade passiva
O Ministério Público, a Defensoria Em se tratando de polo passivo, qualquer
Pública, a União, os Estados, o Distrito pessoa que tenha causado lesão ou ameaça
Federal, Municípios, autarquias, de lesão aos bens jurídicos por ela tutelados,
empresas públicas, Fundações pode figurar como ré na ação civil pública,
sociedade de economia mista, incluindo-se pessoas físicas ou jurídicas,
Associação que esteja constituída há privadas ou públicas, entes federados e
pelo menos um ano. entidades da administração pública indireta.
ATENÇÃO!
Ministério Público
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Importante mencionar que, quando o Ministério Público não figurar como parte,
deverá, obrigatoriamente, intervir como fiscal da lei.
Litispendência
Competência
Na Ação Civil Pública, não existe foro por prerrogativa de função, sendo que a
competência para processo e julgamento desta ação é determinada pelo local onde
ocorreu o dano. Salvo quando o ato lesivo é imputado à pessoa jurídica que tenha foro
na Justiça Federal, a Ação Civil Pública deverá ser ajuizada e julgada originariamente
por juízes ordinários estaduais. (ALEXANDRINO).
*naciional capital
De acordo com Siqueira Junior:
Sempre 1º
“A regra de competência prevista na lei n. 7.347/85 deve ser
interpretada em consonância com o Código de Defesa do
Consumidor, nos termos do art. 21 da Lei de Ação Civil Pública, que
dita: “Aplica-se à defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais,
no que for cabível, os dispositivos do Título III da Lei 8.078 de 11 de
setembro de 1990, que instituiu o Código de Defesa do
Consumidor”.
Efeitos
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“É ultra partes, no caso de direitos coletivos (art. 103, II, da Lei
8.078/1990) e erga omnes, no caso de direitos difusos (art. 103, I, da
Lei 8.078/1990) e no caso de direitos individuais homogêneos, com
extensão secundumeventum litis (art. 103, III, da Lei 8.078/1990). A
extensão subjetiva da coisa julgada é secundumeventum litis – e
não a sua formação”. (SARLET; MITIDIEIRO. Curso de direito
constitucional)
A ação pública só faz coisa julgada erga omnes nos limites da competência
territorial do órgão prolator.
Em recente julgado o STF entendeu que a eficácia subjetiva da coisa julgada
formada a partir de ação coletiva, de rito ordinário, ajuizada por associação civil na
defesa de interesses dos associados, somente alcança os filiados, residentes no âmbito
da jurisdição do órgão julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da
propositura da demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do processo
de conhecimento.
“Só será cabível o controle difuso, em sede de ação civil pública ...
como instrumento idôneo de fiscalização incidental de
constitucionalidade, pela via difusa, de quaisquer leis ou atos do
Poder Público , mesmo quando contestados em face da
Constituição da República, desde que, nesse processo coletivo, a
controvérsia constitucional , longe de identificar-se como objeto
único da demanda, qualifique-se com simples questão prejudicial,
indispensável à resolução do litígio principal.” (CELSO MELLO, STF).
Sentença
Liminar
Pode-se admitir ação cautelar quando ocorrerem o fumus boni juris e o periculum
in mora.
34
Custas
Resumo
sempre no 1º
Competência Foro do local onde ocorre o dano, cujo juízo terá competência
funcional para processar e julgar a causa.
Endereçar Juízo Cível da ... Vara da Comarca de ...
Legitimidade ativa: artigo 5º, caput, I a V, da Lei nº 7.347/1985: o
ministério público; defensoria pública; a união os estados, o
Partes direito federal e os municípios a autarquia, empresa pública
Ativo e passivo fundação ou sociedade de economia mista; a associação que,
concomitantemente: esteja constituída há pelo menos 1 (um)
ano termos da lei civil e inclua , entre suas finalidades
institucionais , a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, a livre concorrência ou ao patrimônio
artístico estético, histórico, turístico e paisagístico.
Legitimidade passiva: responsável pela lesão ao interesse
difuso ou coletivo, podendo ser particular ou ente público.
O que devo Demonstrar o ato lesivo ao interesse difuso e coletivo
suscitar?
Condenação do réu do ato lesivo ao interesse difuso e coletivo
Pedido (condenação em dinheiro ou ao cumprimento de obrigação de
fazer ou não fazer), artigo 3º, caput, da Lei nº 7.347/1985.
Valor da Causa Se não tiver valor no enunciado: Valor da causa R$ ..., para efeitos
procedimentais, nos termos dos artigos 291 e 319, inciso V, do
tem que pedir
Código de Processo Civil.
Se a questão indicar o valor do prejuízo ao patrimônio, esse
deverá ser o valor da causa.
Modelo
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a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo
providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde.
O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a
comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos
recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não
fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a
negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas
da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos
quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais,
continuaram a ser realizadas.
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela
Associação Alfa, elabore a medida judicial cabível para o enfrentamento do
problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido
atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do
Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação probatória. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não confere pontuação.
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JUÍZO DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DO MUNICÍPIO BETA,
ESTADO ...
1) DOS FATOS
O Posto de Saúde Gama, administrado pelo Município Beta, nega atendimento
laboratorial aos idosos, sob alegação de que não há profissionais capacitados
nem medicamentos suficientes.
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residual, conforme artigo 25, parágrafo 1º e 125 da Constituição Federal. É,
também, o local onde o dano foi praticado, consoante artigo 2°, da Lei nº
7.347/85.
2.2) Legitimidade
A legitimidade ativa da Associação Alfa decorre do fato de ter sido constituída
há mais de 1 (um) ano, conforme documentação anexa, destinar-se à defesa do
patrimônio social e do direito à saúde de todos, atendendo ao disposto no artigo
5º, inciso V, alíneas “a” e “b”, da Lei nº 7.347/85.
A legitimidade passiva do Município Beta é justificada por ser o responsável pela
gestão do Posto de Saúde Gama, com a obrigação de gerir o sistema de saúde
local, conforme artigo 23, inciso II, e 196, ambos da Constituição Federal.
2.3) Cabimento
O cabimento exclusivo da ação civil pública decorre do fato de o objetivo da
demanda judicial ser a defesa de todos os idosos que procuram o atendimento
do Posto de Saúde Gama, nos termos das finalidades estatutárias de defesa do
patrimônio social, particularmente, direito à saúde de todos e não eventual
defesa de direito ou interesse individual. Como se discute a qualidade do serviço
público oferecido à população e esses idosos não podem ser individualizados,
trata-se de interesse difuso, amoldando-se ao artigo 129, inciso III, da
Constituição Federal, e artigo 1°, incisos IV e VIII, da Lei nº 7.347/85.
2.4) Do Direito
O que se verifica, na hipótese, é a necessidade de defesa do direito fundamental
à vida e à saúde dos idosos que procuram os serviços do Posto de Saúde Gama,
bem como da dignidade da pessoa humana, amparados pelo artigo 1º, inciso III,
artigo 5º, caput, artigo 6º e artigo 196, todos da Constituição Federal. Esses
direitos estão sendo preteridos para a realização de obras públicas na área de
lazer, o que é constitucionalmente inadequado em razão da maior importância
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dos referidos direitos. Afinal, sem vida e saúde, não há possibilidade de lazer.
Ademais, o Município tem o dever de assegurar o direito à saúde dos idosos e de
cumprir a competência constitucional conferida para fins de prestação do
serviço público de saúde, consoante artigo 23, inciso II, artigo 30, inciso VII, artigo
196 e artigo 230, todos da Constituição Federal e, ainda, Lei nº 10.741/03.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento desta inicial;
b) O deferimento da liminar para determinar que o Município, através do Posto
de Saúde Gama, preste, de forma adequada, o serviço público de saúde, em
conformidade com o artigo 12, da Lei nº 7.347/85, e/ou artigo 300, do Código de
Processo Civil, sob pena de multa, nos termos do artigo 11, da Lei nº 7.347/85;
c) A citação do réu para contestar, sob pena de revelia;
d) A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 5º,
parágrafo 1º, da Lei nº 7.347/1985;
e) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas;
f) A não realização de audiência de conciliação ou mediação, com base nos
artigos 319, inciso VII e 334, parágrafo 5º, ambos do Código de Processo Civil;
g) A procedência da presente ação, com a determinação de que o Município,
através do Posto de Saúde Gama, preste, de forma adequada, o serviço público
39
de saúde, conforme artigo 3º, caput, da Lei nº 7.347/1985, tornando definitiva a
liminar;
h) A condenação do réu ao pagamento das custas e demais despesas judiciais,
bem como dos honorários de advogado.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
40
5. HABEAS DATA
Fundamento legal = de certidão e grana, nao serve para informações de interesse publico
Conceito
O habeas data é uma novidade entre os writs e é uma tutela específica dos direitos
e garantias fundamentais que visa a assegurar ao cidadão interessado a exibição de
informações constantes nos registros públicos ou privados, nos quais estejam incluídos
seus dados pessoais, para que tome conhecimento e, se for o caso, retifique ou
complemente eventuais erros.
Natureza jurídica
41
Objeto
Legitimidade
42
Justiça Estadual – 25 e 125 da CF; sobra residual: estaduais municiapais e particulares
1º gral estadual, prefeito Camara particular
Art. 20 da Lei nº 9.507/97: O julgamento do habeas data compete:
43
habeas data. Se o pedido for para conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, como visto, o remédio será o habeas data.
Procedimento
Muito importante
44
Cobrança de valores
Liminar
Vide os artigos mais importantes da Lei de Acesso à Informação - LAI nesse sentido:
45
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade
do território nacional;
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas
em caráter sigiloso por outros Estados e organismos
internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou
monetária do País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos
das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas,
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
prevenção ou repressão de infrações.
Jurisprudência
46
ou administrativo (CF, art. 5º, LXXII, a e b). No caso, visa à segurança
ao fornecimento ao impetrante da identidade dos autores de
agressões e denúncias que lhe foram feitas. A segurança, em tal
caso, é meio adequado. Precedente do STF: MS 24.405/DF, Ministro
Carlos Velloso, Plenário, 3-12-2003, DJ de 23-4-2004.
[RMS 24.617, rel. min. Carlos Velloso, j. 17-5-2005, 2ª T, DJ de 10-6-
2005.]
Resumo
47
Pedido do habeas data administrativa; conhecer, retificar ou mudare anotar
- Determinar oitiva do Ministério público;
- Julgar procedente o pedido de acesso (retificação ou
complementação), determinando o acesso à ficha de
informações que indica os dados pessoais do impetrante;
- Requer a realização de audiência de mediação/conciliação
conforme art. 319, VII, do CPC.
48
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
1) DOS FATOS
Tício solicitou informações de cunho pessoal junto ao Ministério da Defesa,
todavia teve seu pedido indeferido, sob a alegação preservação do sigilo das
atividades do Estado, estando os arquivos públicos inacessíveis para todos os
cidadãos.
2.2) Da Legitimidade
O impetrante Tício é legitimado ativo para propor Ação de Habeas Data, pois
teve seu direito personalíssimo ao acesso à informação negado, conforme artigo
49
7º, inciso I, da Lei nº 9.507/97.
Ministro da Defesa do Estado é legitimado passivo, em razão de ter sido ele a
autoridade que negou acesso as informações solicitadas administrativamente
pelo impetrante, conforme artigo 105, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal,
e artigo 20, inciso I, alínea “b”, da Lei nº 9.507/97.
2.3) Do Cabimento
Cabe Habeas Data para assegurar informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público, conforme artigo 5º, inciso LXXII, alínea “a”, da Constituição
Federal e artigo 7°, inciso I, da Lei nº 9.507/97.
2.4) DIREITO
2.4.1) Da violação ao direito fundamental à informação
O instrumento deve ser lido à luz dos princípios constitucionais de
inviolabilidade da intimidade vida privada, honra e imagem, conforme artigo 5°,
inciso X, da Constituição Federal, bem como de acordo com a inviolabilidade do
sigilo da correspondência e comunicações, consoante artigo 5°, inciso XII, da
Constituição Federal.
50
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal.
A Lei nº 12.527/11, que trata sobre o Acesso à Informação, em seu artigo 21,
também aduz que não poderá ser negado acesso à informação na via judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.
Autoridade X informou o impetrante que os dados solicitados estavam
inacessíveis por tempo indeterminado. Todavia, a Lei nº 12.527/11 prevê, em seu
artigo 24, parágrafo 1°, o prazo máximo de 25 (vinte e cinco) anos para restrição
ao acesso à informação, sobre assuntos que representem risco ao Estado, o que
não é o caso.
Não há que se falar em sigilo imprescindível à segurança do estado, pois sigilo é
exceção, logo, se a informação é da pessoa, por si só não tem como representar
risco à segurança, não há justificativa para não conceder o acesso.
É importante salientar que o habeas data, como remédio constitucional
destinado a assegurar o acesso à informação, deve também ser lido à luz da Lei
de Acesso à Informação e suas possibilidades de restrições. Daí não há que se
falar em sigilo
imprescindível à segurança do estado, pois sigilo é exceção, logo, se a
informação da pessoa por si só não tem como representar risco à segurança, não
há justificativa para não conceder o acesso.
Ademais, o caso concreto não está previsto no rol de restrições do artigo 23, da
Lei nº 12.527/11.
51
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento da inicial, em duas vias, nos termos do artigo 8º, da Lei nº
9.507/97;
b) A juntada da documentação essencial que comprove o indeferimento do
pedido na via administrativa, conforme artigo 8º, parágrafo único, da Lei nº
9.507/97;
c) A notificação da Autoridade, entregando-lhe a segunda via da inicial,
conforme artigo 9º, da Lei nº 9.507/97, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias,
preste as informações que julgar necessárias;
d) Oitiva do Ministério Público conforme artigo 12, da Lei nº 9.507/97, no prazo
de 5 (cinco) dias;
e) O julgamento de mérito da ordem, com a procedência do Habeas Data para
determinar à autoridade coatora que apresente ao Impetrante as informações
requeridas administrativamente e negadas, conforme restou demonstrado com
a juntada de documento comprovatório, constantes de registros ou bancos de
dados.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
52
6. MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO ESCOLHA O RITO MAIS
RAPIDO****
Fundamento FACULTATIVA - JEC
Art. 5º, da CF: (...)
LXIX - Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Histórico
Direito líquido e certo para fins de Mandado de Segurança liguidi: nao precisa de regulamente.
Certo: nao precisa de provas
O direito líquido e certo será aquele apto a realizar-se no momento da impetração,
ou seja, a liquidez e certeza não residem na vontade normativa e sim na materialidade
ou existência fática da situação jurídica. A liquidez é imprescindível para
admissibilidade do conhecimento do mandado de segurança. Por isso, todas as provas
que demonstrem a certeza e a liquidez deverão acompanhar a inicial.
Nem todo o direito é amparado pela via do mandado de segurança: a Constituição
exige que o direito invocado seja líquido e certo.
se tiver prova, nao cabeeee
Para Mendes:
* nao será condenatório Direito líquido e certo é aquele demonstrado de plano através de
*interpretaçao complexa doprova documental, e sem incertezas, a respeito dos fatos narrados
direito, nao impede o MS pelo declarante. É o que se apresenta manifesto na sua existência,
53
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento
da impetração (MENDES, Gilmar, Curso de Direito Constitucional).
Natureza
Cabimento
54
III - de decisão judicial transitada em julgado.
Súmulas
Súmula STF 266 Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese.
55
SÚMULAS DO STJ RELACIONADAS AO MANDADO DE SEGURANÇA
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo
Súmula 604
a recurso criminal interposto pelo Ministério Público.
A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando
presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de
vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que
Súmula 628 ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do
mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de
competência estabelecida na Constituição Federal. teoria da emcapaçao:
* salva o MS
Legitimidade
56
Art. 12 da Lei nº 12.016/09: Findo o prazo a que se refere o inciso I
do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do
Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de
10 (dez) dias.
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os
autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser
necessariamente proferida em 30 (trinta) dias.
Prazo
Competência
Tem-se que aqui trabalhar por exclusão, ou seja, primeiro busca-se identificar se
não é o caso de competência enumerada na Constituição:
57
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o
mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão
Art. 109, da CF: Aos juízes federais compete processar e julgar: autoridades
(...) federeis e
VIII - Os mandados de segurança e os habeas data contra ato de
particular
autoridade federal, excetuados os casos de competência dos
tribunais federais; que exerce
funçao
Define-se a competência para julgar mandado de segurança pela categoria da
autoridade coatora e pela sua sede funcional, não interessando a natureza do ato
impugnado para fins de competência.
Caso a impetração ocorra em juízo incompetente, ou no decorrer do processo
situação jurídica ou algum fato que altere a competência julgadora, o Magistrado ou
Tribunal deverá remeter a juízo competente.
Havendo intervenção da União, Estado ou de suas autarquias, desloca-se a
competência primeiramente para a Justiça Federal ou para a Vara privativa estadual.
Nas comarcas em que houver Varas privativas da Fazenda Pública, o juízo
competente será sempre o dessas Varas, conforme ato impugnado provenha de
autoridade federal, estadual e municipal, ou de seus delegados, por outorga legal
concessão ou permissão administrativa.
58
Observação importante para provas: segundo o STF, todos os Tribunais têm
competência para julgar, originariamente, os MS contra os seus próprios atos, os dos
respectivos presidentes e os de suas câmaras, turmas ou seções. Assim, MS contra ato
do STJ, do Presidente do STJ ou de uma turma do STJ, será julgado pelo próprio STJ e
assim sucessivamente. No âmbito da Justiça Estadual, caberá aos próprios estados-
membros cuidar da competência para a apreciação do MS contra atos de suas
autoridades, por força do art. 125 da CF. TJ - governdadro
-secretario
Exemplos: -assembleia
- TJ
✔ Autoridade estadual, serventuários e dirigentes estaduais ou municipais –
competência da Justiça Estadual (juiz de primeiro grau)
✔ Autoridade Federal - Justiça Federal
✔ Juiz de Direito – Tribunal de Justiça *ART. 125 E 25§1º
✔ Juiz Federal – Tribunal Regional Federal
✔ TJ, TRF, STJ OU STF - o pleno ou o órgão especial dos tribunais
REGRA GERAL:
Juiz de 1° grau
1) Autoridades Municipais de qualquer órgão (Executivo, Legislativo,
Administração Indireta), salvo se a Constituição estadual dispuser de maneira diversa,
o que é incomum.
2) Autoridades estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário).
EXCEÇÕES:
1) Quanto a autoridade coatora é Juiz, Mesa da Assembleia Legislativa, Tribunal
de Contas, Secretários de Estado e Membros do MP, a CF não especifica
expressamente, mas geralmente é o TJ local.
2) Se for juiz de JEC: Câmara Recursal Súmula 376 do STJ.
Desistência
59
Modalidades
* *
O Mandado de Segurança pode ser repressivo ou preventivo, conforme se
destine a reparar uma ilegalidade ou abuso de poder já praticados ou apenas a afastar
uma ameaça de lesão ao direito líquido e certo do impetrante.
Liminar
60
Caução
Resumo
Competência Variável
Endereçar Depende da competência
INDIVIDUAL - Legitimidade ativa - poder de qualquer pessoa física ou
jurídica nacional ou estrangeira, ou órgão público com capacidade
processual desde que comprove violação a direito líquido e certo seu
Partes (ativa e que não fira a liberdade de locomoção ou o direito de informação de
passiva) caráter personalíssimo.
COLETIVO – partido político ou organização sindical.
Legitimidade passiva - da autoridade coatora responsável pela prática
de ação ou omissão que ameaça ou efetivamente líquido e certo.
O que devo Violação do direito líquido e certo, por coação ou ameaça, indicando a
suscitar? autoridade coatora.
Pedido Liminar (se for o caso);
Notificação da autoridade coatora;
Ciência ao representante judicial da autoridade coatora;
Intimação do Ministério Público;
Acatar a prova da liquidez;
61
Informar que concorda com a realização de audiência de conciliação e
mediação;
Ao final, a procedência do pedido, para evitar ou reparar lesão ao direito
líquido e certo do impetrante.
Modelo
62
JUÍZO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA X, ESTADO...
1) DOS FATOS
O impetrante requereu informações acerca das despesas com educação no
Município Alfa, tendo, no entanto, seu pedido negado pelo Secretário de
Educação do Município Alfa.
63
Município Alfa.
2.2) Da Legitimidade
A legitimidade ativa de João decorre da sua titularidade pessoal do direito de
acesso à informação, sendo titular do direito que postula, nos termos do artigo
1º, da Lei nº 12.016/09.
A legitimidade passiva do Secretário Municipal de Educação do Município Alfa,
por sua vez justificada pelo fato de ser o responsável pela educação na
localidade e por terem indeferido o requerimento formulado por João, nos
termos do artigo 6°, parágrafo 3°, da Lei nº 12.016/09. O Município Alfa deverá ser
cientificado, já que a autoridade coatora está vinculada a esta pessoa jurídica.
2.3) Do Cabimento
Cabe Mandado de Segurança, uma vez que se trata de ação fundamentada em
direito líquido e certo, conforme artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, e
artigo 1°, caput, da Lei nº 12.016/09, contra ato de autoridade pública que praticou
ilegalidade.
64
2.5) Do Direito
É assegurado a todos o acesso à informação, nos termos do artigo 5º, inciso XIV,
da CRFB/88 e o direito de receber dos órgãos públicos as informações de
interesse coletivo ou geral, conforme dispõe o artigo 5º, inciso XXXIII, da CRFB/88.
Os usuários, ademais, têm assegurado o seu acesso ao teor dos atos de governo,
nos termos do artigo 37, parágrafo 3º, inciso II, da CRFB/88, informação que deve
ser fornecida no prazo estabelecido pelo artigo 11, da Lei nº 12.527/11,
independentemente de qualquer esclarecimento a respeito dos motivos
determinantes da solicitação, nos termos do artigo 10, parágrafo 3º, da Lei nº
12.527/11. As informações relativas aos gastos com pessoal não dizem respeito à
intimidade dos servidores, pois refletem a maneira de gasto do dinheiro público,
apresentando indiscutível interesse público. O fato de João não residir no
Município é irrelevante, pois os entes federados não podem criar distinções entre
brasileiros, nos termos do artigo 19, inciso III, da CRFB/88.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento desta inicial;
b) A concessão da medida liminar para determinar que a autoridade coatora
forneça os dados solicitados por João, com expedição de ofício para a autoridade
65
coatora, assegurado o direito do impetrante até o julgamento do mérito da
ordem, conforme 7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09, e 311, inciso II, do Código de
Processo Civil;
c) A notificação da Autoridade Coatora para prestar informações no prazo legal
de 10 (dez) dias, entregando-lhe a segunda via da petição, conforme artigo 7º,
inciso I, da Lei nº 12.016/09;
d) Dar ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, conforme artigo 7º, inciso II, da Lei nº 12.016/09;
e) A Intimação do Ministério Público, para apresentar seu parecer no prazo de 10
(dez) dias, conforme artigo 12, da Lei nº 12.016/09;
f) Acatar as provas que demostrem a liquidez do direito em questão,
confirmando a prova pré-constituída;
g) Requerer, ao final, seja julgado procedente o pedido, para a concessão da
ordem do Mandado de Segurança, tornando definitiva a liminar, assegurando o
direito líquido e certo do Impetrante ao conhecimento das informações.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
66
EXAME DE ORDEM XXIV
PEÇA PROFISSIONAL
67
JUÍZO DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DO MUNICÍPIO ..., ESTADO
ALFA
1) DOS FATOS
O Impetrante teve seu direito líquido e certo negado pela autoridade coatora, ao
não permitir a manifestação pública legítima nas praças da capital do Estado
Alfa.
68
2.2) Da Legitimidade
A legitimidade ativa do impetrante decorre do fato de ele ser uma organização
sindical legalmente constituída e em funcionalmente há mais de 1 (um) ano,
estando em defesa de direitos líquidos e certos de parte dos trabalhadores da
categoria, tal qual autorizado pelo artigo 21, da Lei nº 12.016/2009, e artigo 5º,
inciso LXX, alínea “b”, da Constituição Federal.
Legitimidade passiva é do Comandante da Polícia Militar do Estado Alfa e do
Estado Alfa, tendo em vista serem as autoridades que emanaram a decisão que
feriu direito líquido e certo dos trabalhadores, impedindo a realização das
reuniões e das passeatas, nos termos do artigo 6°, parágrafo 3°, da Lei nº
12.016/09.
2.3) Do cabimento
Cabe mandado de segurança coletivo, uma vez que se trata de ação
fundamentada em violação de direitos líquidos e certos coletivos, conforme
artigo 5º, incisos LXIX e LXX, da Constituição Federal e artigo 1°, caput, e artigo 21,
parágrafo único, ambos da Lei nº 12.016/2009.
De fato, a prova já está totalmente pré-constituída, consistente na decisão
proferida pela autoridade coatora e formalmente comunicada ao Sindicato W e
dispensa instrução probatória, logo cabendo o Mandado de Segurança Coletivo.
Impende esclarece que não houve decadência do mandado de segurança, pois
não decorreram de 120 (centro e vinte) dias, conforme artigo 23, da Lei nº
12.016/09.
69
qual não estabelece à autoridade pública o direito de obstruir a manifestação.
São direitos de eficácia plena, não podendo ser limitados administrativamente.
Assim, a medida se mostra pouco razoável e desproporcional, não cabendo, por
isto, a obstrução.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento desta inicial;
b) A concessão da medida liminar, com base no artigo 7º, inciso III, da Lei nº
12.016/2009, para que a autoridade coatora se abstenha de adotar qualquer
medida que impeça a realização das reuniões e das passeatas;
c) A notificação da Autoridade Coatora para prestar informações no prazo legal
de 10 (dez) dias, entregando-lhe a segunda via da petição, conforme artigo 7º,
inciso I, da Lei nº 12.016/2009;
d) A ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, Estado Alfa, conforme artigo 7º, inciso II, da Lei nº 12.016/2009;
e) A Intimação do Ministério Público, para apresentar seu parecer no prazo de 10
(dez) dias, conforme artigo 12, da Lei nº 12.016/2009;
f) Acatar as provas que demostrem a liquidez do direito em questão,
confirmando prova pré-constituída;
g) Requerer, ao final, seja julgado procedente o pedido para conceder o
Mandado de Segurança, tornando definitiva a liminar, a fim de assegurar o
70
direito líquido e certo do Impetrante.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
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7. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
72
já há dez anos.[ADI 2.158 e ADI 2.189, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-9-
2010, P, DJE de 16-12-2010.]
DIFUSO CONCENTRADO
1803 – Caso Marbury X Madisson – Debate Kelsen x Schmidt- 1932- quem é o
Constituição dos Estados Unidos: guardião da constituição?
Teve como marco famoso julgamento do O cenário é o século XIX e XX e sua
caso Marbury x Madisson, em um gritante diferença da realidade política
julgamento conduzido pelo então Juiz- social da realidade constitucional da
Presidente Marschall, que, por sua vez, época, quando duas propostas surgem
entendeu que deveria haver, nos casos sobre a quem incumbiria o papel de
concretos, o respeito da Constituição do guardar a Constituição:
Estado: “Juiz Marschall da Suprema Corte Kelsen propõe um Tribunal
Americana afirmou que é próprio da Constitucional buscando preservar um
atividade jurisdicional interpretar e aplicar sistema de liberdades bem como o
a lei. E ao fazê-lo, em caso de contradição cumprimento do estabelecido na
entre a legislação e a Constituição, o constituição, objetivando garantir sua
tribunal deve aplicar esta última por ser função de lei maior no ordenamento
superior a qualquer lei ordinária do Poder jurídico
Legislativo”. (MORAIS, Dalton. Controle de Schmidt em oposição a proposta de
constitucionalidade) Kelsen, defende que a função judicial
Nesse caso, possibilitou-se a qualquer seria tão somente a decisão de casos em
instância judicial com a incumbência de razão das leis e não a discussão de seu
julgar um caso em concreto, o poder- conteúdo, devendo limitar a subsumir os
dever de decidir a respeito da aplicação de fatos a norma, e não se aventurar na
determinada lei se a entender divergente atividade criativa de interpretação
da ordem constitucional em vigor. constitucional.
73
§ 10 a seguinte cláusula: Os Juízes e tribunais apreciarão a validade
das leis e regulamentos e deixarão de aplicar aos casos ocorrentes
as leis manifestamente inconstitucionais e os regulamentos
manifestamente incompatíveis com as leis ou com a constituição”.
(MENDES)
74
Momento importante:
A EC 16/65 introduziu o controle concentrado/abstrato de normas no país, através da
outorga do monopólio da chamada “representação de inconstitucionalidade” de lei
federal ou estadual em face da Constituição ao Procurador-Geral da República. A
Constituição de 1988 realizou uma série de modificações no sistema constitucional, de
forma a prever ações de controle abstrato/concentrado de normas, mas mantendo a
convivência entre as vias difusa e concentrada de controle de controle de
constitucionalidade. (MORAIS). Contudo, previa que somente os Tribunais poderiam
declarar a inconstitucionalidade por maioria absoluta dos seus membros, muito
embora qualquer juiz pudesse declarar a inconstitucionalidade.
75
FUNDAMENTOS
DO CONTROLE
SUPREMACIA RIGIDEZ
CONSTITUCIONAL CONSTITUCIONAL
Constituição
Normas
infraconstitucionais
76
puramente hipotética, da norma fundamental, em normatividade
concreta, dos preceitos de direito positivo – comandos postos em
vigor – cuja forma e conteúdo, por isso mesmo, subordinam-se aos
ditames constitucionais. Daí se falar em supremacia constitucional
formal e material, no sentido de que qualquer ato jurídico – seja ele
normativo ou de efeito concreto -, para ingressar ou permanecer,
validamente, no ordenamento, há que se mostrar conforme os
preceitos da Constituição”. (MENDES)
Quanto ao momento
VETO
PREVENTIVO
político COMISSÃO DE
CONSTITUIÇAO E
FORMAS DE
JUSTIÇA
CONTROLE
REPRESSIVO DIFUSO/
jurídico CONCENTRADO
77
Dito isso, pode-se observar que jaz no direito brasileiro a tese da presunção de
constitucionalidade, haja vista existir um controle preventivo, fazendo com que as
normas do direito brasileiro gozem dessa presunção uiris tantum. Por esse motivo, o
controle repressivo terá na realidade a função de tornar uma presunção que até então
é relativa, em uma presunção absoluta. Eis a verdadeira combinação do sistema de
controle de constitucionalidade
Controle Preventivo
78
É possível haver controle de constitucionalidade pela via judicial ainda durante o
processo legislativo?
Quando for controle do processo formal legislativo, ou seja, verificado que não se
respeitou o trâmite determinado na Constituição para edição normativa. Ex: uma lei
complementar em eminência de ser votada por maioria simples (o que corresponde a
uma lei ordinária ou uma emenda à Constituição que não é votada em duas casas).
Qual o instrumento?
Pode-se provocar o controle de constitucionalidade durante o processo de edição
normativa através de Mandado de Segurança impetrado por parlamentar.
Decisão do STF:
Controle Repressivo
Este será exercido por via jurisdicional ante o papel de guardião da Constituição.
Essa espécie de controle se dará pela via difusa ou pela via do controle concentrado.
79
Art. 49, V - que trata da competência do Congresso Nacional sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites
de delegação legislativa.
Medida provisória (art.62) que poderá ser editada com força de lei, em caso de
relevância, mas deve ser submetida ao Congresso Nacional.
Sendo assim, o controle político e repressivo de constitucionalidade no direito
brasileiro ocorre nas excepcionais hipóteses do artigo 49, inciso V, e do artigo 62,
ambos da Constituição Federal de 1988 (BULOS, 2012, p. 200), quando o Poder
Legislativo realiza juízo de conformidade constitucional de atos normativos já
consolidados e vigentes.
Podem ser:
80
Subjetivos: relacionam-se com a iniciativa do processo legislativo, ou seja, com a
conduta dos seus agentes constitucionalmente responsáveis pela propositura. Art. 61,
parag. 1º, II, c)
Objetivos: relacionados com as demais fases do processo legislativo, que será
determinado pela Constituição para cada espécie de ato normativo.
Formas de inconstitucionalidades
AÇÃO
FORMAS OMISSÃO
Ação/Comissão: edição de um ato estatal que não se coaduna com a Carta Magna.
Omissão: ocorre quando o agente responsável pela integração concretizadora dos
interesses, valores e direitos inscritos nas normas constitucionais mantém-se inerte.
Atentar que a omissão pode ser legislativa ou administrativa.
81
ADI (O) MANDADO DE
Controle INJUNÇÃO
concentrado controle difuso
(art 102, a, da CF) (art. 5º, LXXI, da CF)
O dirigismo estatal refere-se à Constituição como uma Lei Maior, que obriga e
vincula todos os poderes à sua concretização, impondo-se um dever/agir estatal, do
contrário, os direitos fundamentais restariam letras mortas na Constituição de 1988.
82
de texto (ambas técnicas de hermenêutica). O Tribunal poderá, portanto, considerar
inconstitucional uma hipótese de aplicação da lei, sem que haja alteração alguma no
texto normativo. Na Interpretação conforme a constituição, por sua vez, o juiz ou
Tribunal, no caso de haver duas interpretações possíveis de uma lei, deverá optar por
aquela que se mostre compatível com a constituição. Portanto, o Tribunal declarará a
legitimidade do ato questionado desde que interpretado em conformidade com o
texto constitucional. Interpretação conforme a Constituição:
Também poderá ocorrer outra técnica que chamamos de nulidade parcial sem
redução de texto:
83
Quando há uma declaração de inconstitucionalidade ou o reconhecimento de uma
inconstitucionalidade em concreto, quais os possíveis efeitos?
ex nunc
O reconhecimento da inconstitucionalidade gera
efeitos a partir da decisão apenas, mas deverá haver
manifestação expressa sobre esse efeito.
84
Resumo
O STF está vinculado aquilo que ele mesmo decidiu? Também não, poderá rever
seu posicionamento no plenário.
85
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à
Administração Pública federal, estadual e municipal.
qualquer juiz
ou Tribunal
pode apreciar
trata-se de
temos partes causa de
interessadas pedir e não o
pedido
atos concretos
via de ou seja,
exceção aplicação da
norma
86
Controle difuso de constitucionalidade – no controle misto da
Constituição de 1988
O controle difuso é caracterizado por permitir que todo e qualquer juiz ou tribunal
possa realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade da norma
infraconstitucional com a Constituição Federal.
Resumindo:
87
A inconstitucionalidade não é feita enquanto manifestação sobre o objeto
principal da lide, mas sim sobre a questão prévia, indispensável ao julgamento do
mérito (...) Nesse sistema, é outorgado ao interessado obter a declaração de
inconstitucionalidade somente para o efeito de isentá-lo, no caso concreto, do
cumprimento da lei ou ato, produzido em desacordo com a Lei maior. (MORAIS)
Efeitos da decisão:
Regra geral: inter partes. A decisão que afasta o ato inconstitucional não beneficia
a quem não for parte da demanda em que se reconhecer a inconstitucionalidade.
Obs.: discutiremos com atenção o caso do recurso extraordinário diante da
repercussão geral.
Crítica de parte da doutrina: “ao abstrativizar o controle concreto, este perde sua
principal característica, qual seja, a análise do caso concreto que, em sua essência é
único e irrepetível”.
Importante:
Esta construção parece estar relacionada com a caracterização da natureza
objetiva ao recurso extraordinário, para que o mesmo não fique adstrito a perseguição
de direitos subjetivos, mas como um meio de constitucionalidade estipulado para a
preservação objetiva da própria Constituição.
Obs: decisão proferida pelo STF no RE no 197917, - cláusula da proporcionalidade –
atribui-se efeito erga omnes.
88
Discussão da matéria – início sob o argumento de que estes não poderiam ser os
efeitos da via difusa realizada pelo recurso extraordinário, ajuizou-se ação direta de
inconstitucionalidade contra a resolução do TSE n. 21702/04, que normatizou o
entendimento do referido recurso. O julgado, entendeu que não haveria óbice, pois
mesmo quando atuando em via difusa, está o STF fazendo o papel de guardião da
Constituição.
89
como uma mudança de postura o Plenário do STF decidir a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo em controle difuso atribuindo efeito
erga omnes, teria vencido a tese da abstrativização.. Nesse sentido: STF. Plenário. ADI
3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 29/11/2017 (Info 886).
Ainda é um tema controvertido na doutrina havendo posições contrárias a qual
seria a correta interpretação. Para quem desejar se inteirar mais da crítica fica a dica
de leitura: https://www.conjur.com.br/2019-set-30/eliseu-belo-abstrativizacao-
controle-difuso-stf
MODULAÇÃO
EXECEPCIONAL
SEGURANÇA TEMPORAL
INTERESSE
JURÍDICA (Art. 27 da
PÚBLICO
Lei 9.868/99)
Porém, a Lei nº 9.868/99 contém disposição (art. 27) que autoriza o Supremo
Tribunal Federal, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse social, a restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade ou a
estabelecer que ela tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado, desde que tal deliberação seja tomada pela maioria
de dois terços de seus membros.
Existindo razões de ordem pública ou sociais, é possível, desde que de maneira
excepcional, no caso concreto, a declaração de inconstitucionalidade incidental com
efeitos ex nunc, com base nos princípios da segurança jurídica e da boa-fé.
A Lei nº 9.868/99 trouxe inovações, permitindo ao Supremo Tribunal Federal a
limitação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade. O seu art. 27 prevê que, ao
90
declarar a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de dois
terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado. Dessa forma, permitiu-se ao STF a manipulação dos efeitos da declaração de
inconstitucionalidade denominada de modulação, ou limitação temporal pela Corte,
seja em relação à sua amplitude, seja em relação aos seus efeitos temporais.
91
O que se tem, nesse caso, é ato individual e concreto, com todas as
características de ato administrativo de efeitos subjetivos
limitados a um destinatário determinado."
(Rcl 18165 AgR, Relator Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma,
julgamento em 18.10.2016, DJe de 10.5.2017
92
Participação no processo e a figura do amicus curiae
RELEVÂNCIA DA
MATÉRIA; REPRESENTATIVIDADE ADMISSIBILIDADE
ESPECIFICIDADE DOS PELO
REPERCUSSÃO POSTULANTES RELATOR
SOCIAL
93
de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda
manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural
ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas
a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir
a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o
incidente de resolução de demandas repetitivas.
94
8. SÚMULA VINCULANTE
95
também que o poder Legislativo também não está vinculado ao entendimento sumular
da Corte.
Quanto aos efeitos gerados pelas súmulas vinculantes, verifica-se que há a
possibilidade de modulação dos efeitos temporais, porque o artigo 4º da Lei 11.417/06
passou a admitir esta possibilidade.
Súmula Vinculante nº 1
Ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que, sem ponderar
as circunstâncias do caso concreto, desconsidera a validez e a eficácia de acordo
constante de termo de adesão instituído pela Lei Complementar nº 110/2001.
Súmula Vinculante nº 2
É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre
sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
96
Súmula Vinculante nº 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Súmula Vinculante nº 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial.
Súmula Vinculante nº 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
Súmula Vinculante nº 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo
para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Súmula Vinculante nº 7
A norma do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional nº
40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação
condicionada à edição de lei complementar.
Súmula Vinculante nº 8
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os
artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito
tributário.
Súmula Vinculante nº 9
O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi recebido pela
ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do
artigo 58.
Súmula Vinculante nº 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de
Tribunal que embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Súmula Vinculante nº 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil
e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
97
Súmula Vinculante nº 12
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206,
IV, da Constituição Federal.
Súmula Vinculante nº 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para
o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
Súmula Vinculante nº 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Súmula Vinculante nº 15
O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre o
abono utilizado para se atingir o salário mínimo.
Súmula Vinculante nº 16
Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da
remuneração percebida pelo servidor público.
Súmula Vinculante nº 17
Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem
juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
Súmula Vinculante nº 18
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
Súmula Vinculante nº 19
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo
145, II, da Constituição Federal.
Súmula Vinculante nº 20
A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, instituída
pela Lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a
37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos
termos do artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002
até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1º da
98
Medida Provisória nº 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.
(Medida Provisória convertida na Lei nº 10.971/04.)
Súmula Vinculante nº 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens
para admissibilidade de recurso administrativo.
Súmula Vinculante nº 22
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.
Súmula Vinculante nº 23
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada
em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa
privada.
Súmula Vinculante nº 24
Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV,
da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.
Súmula Vinculante nº 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Súmula Vinculante nº 26
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n.
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não,
os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de
modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
Súmula Vinculante nº 27
Compete à Justiça estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço
público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária,
assistente, nem opoente.
Súmula Vinculante nº 28
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de
ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Súmula Vinculante nº 29
É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.
99
Súmula Vinculante nº 31
É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS
sobre operações de locação de bens móveis.
Súmula Vinculante nº 32
O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
Súmula Vinculante nº 33
Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência
social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
Súmula Vinculante nº 34
A Gratificação de Desempenho de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho –
GDASST, instituída pela Lei 10.483/2002, deve ser estendida aos inativos no valor
correspondente a 60 (sessenta) pontos, desde o advento da Medida Provisória 198/2004,
convertida na Lei 10.971/2004, quando tais inativos façam jus à paridade constitucional
(EC 20/1998, 41/2003 e 47/2005).
Súmula Vinculante nº 35
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa
julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior,
possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante
oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.
Súmula Vinculante nº 36
Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de
falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta
de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que
expedidas pela Marinha do Brasil.
Súmula Vinculante nº 37
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Súmula Vinculante nº 38
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
Súmula Vinculante nº 39
Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
100
Súmula Vinculante nº 40
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é
exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
Súmula Vinculante nº 41
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Súmula Vinculante nº 42
É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou
municipais a índices federais de correção monetária.
Súmula Vinculante nº 43
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Súmula Vinculante nº 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.
Súmula Vinculante nº 45
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.
Súmula Vinculante nº 46
A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas
de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
Súmula Vinculante nº 47
Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante
principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação
ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada
ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
Súmula Vinculante nº 48
Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por
ocasião do desembaraço aduaneiro.
Súmula Vinculante nº 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Súmula Vinculante nº 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita
ao princípio da anterioridade.
Súmula Vinculante nº 51
101
O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8622/1993 e
8627/1993, estende-se aos servidores civis do poder executivo, observadas as eventuais
compensações decorrentes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos
diplomas legais.
Súmula Vinculante nº 52
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que
o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
Súmula Vinculante nº 53
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal
alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
Súmula Vinculante nº 54
A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda
Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias,
mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição.
Súmula Vinculante nº 55
O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.
Súmula Vinculante nº 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os
parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
102
como identificar: nao é recurso, tem que violar algo - açao - competencia -
Nomenclatura
Cabimento
103
Competência
Resumo
104
ESQUELETO DA PEÇA
Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
Endereçamento
Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Superior Tribunal de
Justiça.
Fatos Não admissão de recurso extraordinário por turma recursal.
STF= Reclamação Constitucional
Peça
STJ= Reclamação
Legitimidade Autor/Reclamante
ativa
Legitimidade Juízo/ Reclamado+ beneficiário
passiva
Usurpação da competência do Supremo.
Fundamentos
Preservar entendimento do STF.
Pedido Anulação da decisão.
a) recebimento da inicial, devidamente instruída com prova
documental e dirigida ao presidente do tribunal e recebida, a
reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo
principal, conforme art. 988, parágrafos 2º e 3º da CF;
b) A suspensão em caráter liminar da decisão proferida pelo juiz M.M
Juízo Monocrático da Comarca do Estado;
c) A notificação da autoridade coatora para que preste informação,
conforme art.989, I da CF;
Requerimentos d) citação do beneficiário;
e) vista ao Ministério Público por 5 (cinco) dias, após o decurso do
prazo para informações e para o oferecimento da contestação pelo
beneficiário do ato impugnado;
f) a não realização de audiência de conciliação, nos termos do art.
319, VII, do CPC;
g) que seja procedente a presente reclamação a fim de tornar
definitiva a liminar cassando a decisão do juízo;
h) valor da causa
Modelo
105
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
1) DOS FATOS
A decisão impugnada contrasta com entendimento de Súmula Vinculante do Supremo
Tribunal Federal nº 13, pois a decisão do juízo monocrático impediu a nomeação do
irmão do prefeito municipal ao cargo de secretário, pelo simples fato de ser seu parente,
motivo pelo qual serve a Reclamação Constitucional para preservar entendimento já
exarado pelo Supremo Tribunal Federal.
106
2.2) Da Legitimidade
O autor é legitimado ativo, tendo em vista ser Prefeito, representante do Município de
..., conforme artigo 3°, parágrafo 1°, da Lei nº 11.417/2006, pois os interesses do Município
foram atingidos por decisão contrária ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal
Federal.
O Meritíssimo Juízo Monocrático da Comarca de .... é legitimado passivo, pois foi quem
proferiu decisão contrária à Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal.
Nos termos do 989, inciso III, do Código de Processo Civil, deverá ser citado o Município
de ..., como beneficiário do não cumprimento da decisão, para contestar, no prazo de 15
(quinze) dias.
2.3) Do Cabimento
Cabe Reclamação Constitucional ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos
recursos ou outros meios admissíveis de impugnação da decisão judicial ou do ato
administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou
aplicá-la indevidamente, conforme artigo 7º, da Lei nº 11.417/2006, artigo 102, inciso I,
alínea “l”, da Constituição Federal e artigo 988, inciso III, do Código de Processo Civil,
107
2.5) Do Pedido Liminar
Estão comprovados os requisitos para o pedido liminar na presente reclamação, com
base no artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil. Direito verossímil da aplicação
da súmula vinculante nº 13 no caso narrado.
Fica demonstrada a extrema urgência, em razão de o perigo na demora do provimento
apenas ao final do processo poder causar dano irreparável ao bom andamento da
Secretaria de Saúde Municipal de ... . Assim, restou configurado o fumus bonis iuris e
periculum in mora.
3) DOS PEDIDOS
a) Que seja autuada, recebida a reclamação, devidamente instruída com prova
documental, devidamente dirigida ao presidente do tribunal e distribuída ao relator do
processo principal, conforme artigo 988, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo Civil;
b) A suspensão em caráter liminar da decisão proferida pelo juiz Meritíssimo Juízo
Monocrático da Comarca de..., que anulou a nomeação para Secretário Municipal do
familiar do Prefeito..., nos termos do artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil, em
evidente desconformidade com entendimento já sumulado pelo Supremo Tribunal
Federal na Súmula Vinculante nº 13, reconhecendo a legalidade e constitucionalidade
a presente nomeação;
c) A notificação da autoridade reclamada, Juízo Monocrático ..., que poderá prestar
informações, conforme artigo 989, inciso I, do Código de Processo Civil, no prazo de 10
(dez) dias;
d) A citação do beneficiário para responder, nos termos do artigo 989, inciso III, do
Código de Processo Civil;
e) Vista ao Procurador-Geral da República por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo
para informações e para o oferecimento da contestação pelo beneficiário do ato
impugnado, nos termos do artigo 991, do Código de Processo Civil;
f) A produção de todas as provas em direito admitidas;
g) A procedência da presente reclamação para fins de tornar definitiva a liminar,
cassando a decisão do juízo Monocrático que anulou a nomeação de Secretário
108
Municipal, nos termos do artigo 992, do Código de Processo Civil, e 7°, parágrafo 2°, da
Lei nº 11.417/06.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e 319,
inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
109
apresnta com duas vias
pedido : provimento
10. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
discute fatos e direito
Como o próprio nome diz, trata-se de recurso. Está previsto nos art. 103, II, a e b e
105, II, a, b, e c, da CF. Cabe tanto para o STJ como para o STF.
ampla devolutivo
Matéria de fato
Ao contrário do Recurso Especial e Extraordinário, o Recurso Ordinário examina
matéria de fato, sendo esta a razão de sua existência.
Cabimento
Há processos que são ajuizados diretamente nos tribunais superiores, como por
exemplo, o mandado de segurança contra ministro de Estado (art. 105, I, b). Mesmo que
o mandado de segurança implique prova pré-constituída, ele examina fatos.
Muito embora, via de regra, o Recurso Ordinário sirva para atacar decisões ou de um
tribunal de segundo grau ou de um tribunal superior, tem-se a competência do STF para
julgar ROCs de crimes políticos, os quais serão julgados em primeiro grau pelos juízes
federais. O mesmo para a competência para o julgamento de recurso de causa
envolvendo Estado ou organismo internacional com Município ou pessoa física do STJ:
o processo inicial perante um juiz federal de primeiro grau porém salta diretamente ao
STF ou STJ, conforme o caso.
110
Prazos
Recebimento
Resumo
ESQUELETO DA PEÇA
Endereçamento Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal
Resumo dos fatos Decisão denegatória em Mandado de Segurança.
Peça Recurso Ordinário ou Recurso Ordinário Constitucional
Legitimidade ativa Recorrente
Legitimidade passiva Recorrido
Fundamentos STF= 102, II da CF ou STJ= 105, II da CF.
Pedido Reforma do acórdão a quo.
a) recebimento do recurso;
b) notificação para contrarrazões em 15 dias;
c) MP;
Requerimentos
d) liminar;
e) provimento;
f) condenação em sucumbência.
Modelo
111
de computador ou de telefonia móvel.
Ao fundamentar a sua decisão originária, cujos argumentos foram reiterados no
indeferimento do pedido de reconsideração, o Secretário de Estado de Ordem
Pública informou que embasara o seu entendimento no fato de a referida
atividade não estar regulamentada em lei. Nesse caso, a Lei estadual nº 123/2018,
que dispunha sobre suas competências, autorizava expressamente que fosse
vedada a sua exploração.
Por ver na referida decisão um verdadeiro atentado à ordem constitucional, a
sociedade empresária WW impetrou mandado de segurança contra o ato do
Secretário de Estado perante o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, órgão
jurisdicional competente para processá-lo e julgá-lo originariamente, conforme
dispunha a Constituição do Estado Alfa. Para surpresa da impetrante, apesar de
o Tribunal ter reconhecido a existência de prova pré-constituída comprovando
o teor da decisão do Secretário de Estado, a ordem foi indeferida, situação que
permaneceu inalterada até o exaurimento da instância ordinária. A situação se
tornara particularmente dramática na medida em que a proibição de
exploração da atividade econômica iria inviabilizar a própria continuidade da
pessoa jurídica, que não conseguiria saldar seus débitos e continuar atuando no
mercado, o que exigiria a imediata demissão de dezenas de empregados.
A partir da narrativa acima, elabore a petição do recurso cabível contra a decisão
proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não confere pontuação.
112
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ALFA
Processo nº ...
Local..., data...
Advogado...
OAB...
113
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
1) DOS FATOS
A Sociedade Empresária WW impetrou Mandado de Segurança no Tribunal de
Justiça, juízo originário para apreciação da causa, que, mesmo diante da liquidez
do direito e da violação de seus direitos constitucionais, denegou a ordem.
Insurgindo-se contra a decisão do Tribunal de Justiça é que se interpõem o
presente recurso ordinário.
2.2) Da Legitimidade
A recorrente, Sociedade Empresária WW, teve denegada a ordem em Mandado
de Segurança decidido em única instância pelo Tribunal de Justiça, razão pela
qual é parte legítima para interpor Recurso Ordinário. A legitimidade da
114
recorrente decorre do fato de ser parte na relação processual, enquanto o seu
interesse processual está associado ao fato de não ter tido a sua pretensão
acolhida.
A legitimidade do Estado Alfa e do Secretário de Estado de Ordem Pública do
Estado Alfa decorre do fato de serem os titulares do direito envolvido.
2.3) Do Cabimento
Cabe Recurso Ordinário de decisões denegatórias de mandado de segurança
decidido em única instância do Tribunal de Justiça, com base no artigo 105,
inciso II, alínea “b”, da Constituição Federal e artigo 1.027 inciso II, alínea “a”, do
Código de Processo Civil.
2.4) Do Direito
A lei estadual, na qual se embasou o Secretário de Estado, incursionou em
matéria afeta ao interesse local, de competência legislativa dos Municípios, nos
termos do Artigo 30, inciso I, da CRFB/88.
A lei estadual, ao permitir fosse vedado o exercício de uma atividade econômica
por não estar disciplinada em lei, afrontou a liberdade econômica, ressalvados
os limitadores legais, nos termos do Artigo 170, parágrafo único, da CRFB/88.
A lei estadual nº 123/2018 é formal e materialmente inconstitucional, devendo
sua inconstitucionalidade ser incidentalmente reconhecida.
O ato do Secretário de Estado violou direito líquido e certo da recorrente de
explorar a atividade econômica, o que justifica o acolhimento do mandado de
segurança, nos termos do Artigo 5º, inciso LXIX, da CRFB/88.
2.5) Liminar
Cabe liminar, pois estão presentes os requisitos fumus boni iuris, pois a solidez
do direito está expressa nos fundamentos de mérito e periculum in mora,
porque há o risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida,
tendo em vista a urgência da situação, já que a vedação ao exercício de sua
115
atividade econômica pode impedir a continuidade da pessoa jurídica, devendo
o Relator ou Presidente do Tribunal manifestarem-se incontinenti sobre o tema.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento do presente recurso;
b) A notificação ao Ministério Público para se manifestar nos autos;
c) A concessão de liminar para o deferimento de efeito suspensivo ativo ao
recurso ordinário, permitindo a continuidade do exercício da atividade
econômica enquanto não apreciado o mérito, nos termos do artigo 932, inciso II,
do Código de Processo Civil;
d) Ao final, o provimento do recurso com a reforma do acórdão recorrido e a
concessão da ordem, atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;
e) A condenação do recorrido pelo ônus da sucumbência.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
116
OBS:quando lei estadual ou minicipal OBS: lei eminentimente estadual,
repete algo que esta na lei estadual, apresenta o recurso não cabe recurso especial
11. RECURSO EXTRAORDINÁRIO discute so o direito
a ofensa tem que ser direta- E dividido em extraordinário e especial
Conceito
Cabimento
Objeto
Súmula 279 - Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
117
Prazo
ATENÇÃO!
118
São requisitos usuais de qualquer recurso:
119
Possibilidade de efeito suspensivo
Será possível efeito suspensivo (isto é, obter o resultado do recurso, ao evitar-se que
a decisão recorrida produza efeitos), requerendo-se tanto ao tribunal a quo como ao
STF, a depender do momento.
Procedimentos
120
Finalmente, o Presidente ou Vice despachará o recurso nas seguintes situações:
121
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o
relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em
juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal
de Justiça.
Como mencionado anteriormente, não cabe RE por ofensa reflexa à CF. Em tais
casos, o STF remeterá o RE como REsp ao STJ.
Repercussão geral
Conceito
Por sua vez, para Sarlet, Marinoni e Mitidiero (2012), o conceito de repercussão foca-
se no binômio relevância da controvérsia constitucional e transcendência da questão
debatida. Assim, a questão constitucional levada a julgamento por meio do recurso
extraordinário terá seu conhecimento subordinado à alegação de questões relevantes
sob o ponto de vista econômico, social, político ou jurídico. Além disso, a questão deve
ultrapassar o âmbito do interesse subjetivo das partes, ou seja, deve ser transcendente.
122
geral da sociedade, impedindo que o excesso de demandas
atrapalhe o Supremo Tribunal Federal no cumprimento de sua
grave missão de intérprete e guardião maior da Constituição.
Objetivos:
Diminuição dos números de recurso extraordinário;
Ampliar seus efeitos em nome da concretização constitucional;
Reservar a atuação da Corte apenas para os casos detenham relevância para a
ordem constitucional.
Críticas:
Não há critérios e nem controle do que é declarado como repercussão geral.
O recurso extraordinário tem gerado a chamada jurisprudência defensiva, que
visando a diminuir o número de demandas, tem-se fixado em aspectos formais:
REPERCUSSÃO
RELEVÂNCIA TRANSCENDÊNCIA GERAL
Os casos em que a repercussão geral já é pressuposta (§ 3o) se disser que algo nao tem
repercusão, serve para todos os
São casos que contrariam súmula ou jurisprudência outros
dominante do Supremo
Tribunal Federal; tenham reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de Lei
Federal, nos termos do art. 97, da Constituição Federal.
123
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a
manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado,
nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
abstração r
Quanto ao quorum da repercussão geral:
Somente poderá ser recurada por 2/3 dos ministros, ou seja, oito (8) votos
contrários à repercussão geral.
No caso de apreciação pela turma: quorum e o momento em que é apreciada a
repercussão geral o relator, se admitir o recurso extraordinário o levará para a Turma,
que decidirá pela existência da repercussão com, no mínimo, 4 votos a favor. Disso
denota-se que a legislação não exige que o Plenário analise o requisito da repercussão
geral.
Decisão do STF: Em questão de ordem no RE 584.247 - A repercussão geral pode
ser revista se só tiver sido reconhecida devido à ausência de quórum para recusá-la. A
decisão foi tomada na sessão dessa quinta-feira (27/10) em questão de ordem no RE
584.247,
124
Alguns dispositivos importantes:
Repercussão implícita
Jurisprudência do STF
125
Amicus curiae. Jurisdição constitucional e legitimidade
democrática. O STF como "mediador entre as diferentes forças
com legitimação no processo constitucional" (Gilmar Mendes).
Possibilidade da intervenção de terceiros, na condição
de amicus curiae, em sede de recurso extraordinário com
repercussão geral reconhecida. Necessidade, contudo, de
preenchimento, pela entidade interessada, do pré-requisito
concernente à representatividade adequada. Doutrina.
Condição não ostentada por pessoa física ou natural.
Consequente inadmissibilidade de seu ingresso, na qualidade
de amicus curiae, em recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida. [RE 659.424, rel. min. Celso de Mello, decisão
monocrática, j. 9-12-2013, DJE de 13-12-2013.]
Se o relator se manifesta no sentido do caráter infraconstitucional da matéria e o
plenário se omite, presume-se a ausência de repercussão geral.
Nos termos do art. 324, § 2º, do RISTF, na hipótese em que o
relator, ao se manifestar sobre a repercussão geral do tema
versado no extraordinário, declare que a matéria tratada no
recurso possui caráter infraconstitucional, a ausência de
pronunciamento expresso dos ministros desta Corte no
Plenário virtual implica a presunção de manifestação pela
ausência de repercussão geral. [RE 676.924 RG-ED, rel.
min. Ricardo Lewandowski, j. 19-6-2013, P, DJE de 1º-7-2013.]
Mesmo que exista repercussão geral sobre determinada matéria, a parte não está
eximida de fundamentar a repercussão geral de seu recurso.
Questão de ordem resolvida no sentido de que o
reconhecimento, pelo STF, da presença da repercussão geral da
questão constitucional em determinado processo não exime os
demais recorrentes do dever constitucional e processual de
apresentar a preliminar devidamente fundamentada sobre a
presença da repercussão geral (§ 3º do art. 102 da CR e § 2º do
art. 543-A do CPC). [ARE 663.637 AgR-QO, rel. min. Ayres Britto,
j. 12-9-2012,P, DJE de6-5-2013.]
126
recurso extraordinário não suspendem ou interrompem o
prazo para interposição de agravo, por serem incabíveis”. STF.
1ª Turma. ARE 688776 ED/RS e ARE 685997 ED/RS, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgados em 28/11/2017
Resumo
Modelo
127
Na qualidade de advogado do Partido Político “Frente Brasileira Unida”, de
oposição ao Governador, você ajuizou uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado X, alegando a
violação a normas da Constituição do Estado referentes a direitos e garantias
individuais e coletivos (que reproduzem disposições constantes da Constituição
da República).
O Plenário do Tribunal de Justiça local, entretanto, por maioria, julgou
improcedente o pedido formulado, de declaração de inconstitucionalidade dos
dispositivos do Decreto estadual, por entender compatíveis as previsões
constantes daquele ato com a Constituição do Estado, na interpretação que
restou prevalecente na corte. Alguns dos Desembargadores registraram em seus
votos, ainda, a impossibilidade de propositura de ação direta tendo por objeto
um decreto estadual.
Entendendo que a decisão da corte estadual, apesar de não conter obscuridade,
omissão ou contradição, foi equivocada, e que não apenas as disposições do
Decreto são inconstitucionais como também a própria interpretação dada pelo
Tribunal de Justiça é incompatível com o ordenamento jurídico nacional, os
dirigentes do Partido pedem que você proponha a medida judicial cabível a
impugnar aquela decisão.
Elabore a peça judicial adequada. (Valor: 5,0)
128
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ...
Advogado...
OAB...
129
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Processo nº:...
Recorrente: Partido Político “Frente Brasileira Unida”
Recorrido: Governador do Estado X
1) DOS FATOS
O Tribunal de Justiça X decidiu, em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade Estadual, que o Decreto Estadual n° 1968 não fere a
Constituição do Estado, apesar de clara violação à norma de repetição
obrigatória e dispositivos expressos da Constituição.
2) DO DIREITO
2.1) Da Tempestividade
O recorrente foi a intimado em ... Desta forma, apresenta seu recurso no prazo
legal de 15 (quinze) dias úteis, conforme a regra do artigo 1.003, parágrafo 5º, do
Código de Processo Civil.
2.2) Da Competência
Compete ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de Recurso Extraordinário
quando decisão de última ou única instância contrariar dispositivo da
Constituição Federal, com base no artigo 102, inciso III, da Constituição Federal.
2.3) Da Legitimidade
O recorrente Partido Político “Frente Brasileira Unida” é legitimado para o
ajuizamento da representação de inconstitucionalidade estadual e, como foi
sucumbente, mantém a legitimidade para recorrer. A parte passiva é o
130
Governador do Estado ..., por ser o responsável pela edição do Decreto violador.
2.4) Do Cabimento
Cabe recurso extraordinário contra decisão em Representação de
Inconstitucionalidade com base no artigo 102, inciso III, alínea “a” e “c”, da
Constituição Federal, e artigo 1.029, inciso II, do Código de Processo Civil, uma
vez que o acórdão a quo considerou válido decreto local em clara violação à
norma de repetição obrigatória e dispositivos expressos da Constituição.
2.6) Do Prequestionamento
A matéria foi devidamente prequestionada, uma vez que a causa versava sobre
a violação o princípio da legalidade, razoabilidade e proporcionalidade. Violava
também o direito à liberdade de reunião, previsto no artigo 5º, inciso XVI, da
Constituição Federal, a liberdade de pensamento, descrito no artigo 5º, inciso IV,
da Constituição Federal, atendendo assim ao requisito do artigo 1.025, do Código
de Processo Civil, tendo sido a matéria amplamente discutida nos julgamentos
anteriores.
131
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente. Ou seja, qualquer outra exigência que venha a ser formulada como
condição de exercício do direito é inconstitucional.
Ainda ocorre a violação ao artigo 5º, inciso IV, da Constituição Federal, que trata
do princípio da liberdade de expressão.
Por fim, deve ser indicada a violação ao princípio da razoabilidade e
proporcionalidade, pois, ainda que se entendesse possível a restrição ao direito
de reunião, a restrição veiculada pelo decreto, no caso analisado, falha nos
subprincípios da necessidade que impõe a utilização, dentre as possíveis, da
medida menos gravosa para atingir determinado objetivo e da
proporcionalidade em sentido estrito que impõe a análise da relação
custo/benefício da norma avaliada, de modo que o ônus imposto pela norma
seja inferior ao benefício por ela engendrado, sob pena de inconstitucionalidade.
3) PEDIDOS
a) O recebimento do presente recurso extraordinário;
b) A intimação do Ministério Público ou interessado para se manifestar,
conforme artigo 1.030, do Código de Processo Civil;
c) A concessão de efeito suspensivo para fins de invalidar a eficácia do Decreto
n° 1968, conforme artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil;
d) O conhecimento e provimento do recurso para julgar procedente a ação
direta proposta no plano estadual com a declaração da inconstitucionalidade
da norma estadual Decreto n° 1968;
e) A condenação da parte ex adversa nos eventuais ônus da sucumbência e
demais despesas judiciais.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
132
controle judicial preventivo: MS impetrado por parlamentar, no caso de vicio no procedimento ou EC
que viole cláusula pétrea
controle controle
concentrado abstrato
O controle concentrado de O controle abstrato, ao contrário,
constitucionalidade defere considera a norma em si,
atribuição para julgamento das desvinculada de direito subjetivo e
questões constitucionais a um de situação conflitiva concreta.
órgão jurisdicional superior ou a Busca-se, no controle abstrato,
uma Corte. Por meio desse apenas validar a validade
controle, procura-se obter a constitucional da norma,
declaração de independente de ser ela
inconstitucionalidade da lei ou do imprescindível, ou não à tutela
ato normativo em tese, jurisdicional de um direito. O
independentemente da existência controle abstrato ocorre em
de um caso concreto, visando a processo voltado unicamente à
obtenção da invalidação da lei . análise da constitucionalidade da
(MENDES) norma, fazendo surgir, nesse
sentido um processo autônomo
para o controle de
constitucionalidade”. (SARLET;
MARINONI;MITIDIERO)
133
pode ter um controle politico apos a norma surtir efeito?
Sim, medida provisoria no caso
de uma possivel revogaçao
art. 49 sustar atos do presidente da republica
controlar o decreto regulamentar e lei delegada
Características
Natureza objetiva: o processo não tem partes, e, exatamente por isso, não está
sujeito a princípios constitucionais como ampla defesa e contraditório;
Seus efeitos são peculiares, quais sejam: eficácia erga omnes, efeito ex tunc e
vinculantes das decisões proferidas pelo STF, ou seja, são contra todos e não retroagem,
considerando-se nulo o ato normativo desde a origem.
A decisão ainda vincula os órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública
em todas as esferas, conforme parágrafo 2º, do artigo 102, da Constituição Federal.
134
Espécies de ações do controle concentrado
ADPF
art. 103, § 2º, da CF
ADI
art. 102, I, a, da CF
135
participação formal de entidades e de instituições que efetivamente representem os
interesses gerais da coletividade ou que expressem os valores essenciais e relevantes de
grupos, classes ou estratos sociais.” Em suma: a regra inscrita no art. 7º, § 2º, da Lei nº
9.868/99 - que contém a base normativa legitimadora da intervenção processual do
amicus curiae - tem por precípua finalidade pluralizar o debate constitucional.
STF Joaquim Barbosa: “[...] a admissão de terceiros na qualidade de amicus curiae
traz ínsita a necessidade de que o interessado pluralize o debate constitucional,
apresentando informações, documentos ou quaisquer elementos importantes para o
julgamento da ação direta de inconstitucionalidade. Amicus curiae, termo latino que
significa "amigo da corte", refere-se a uma pessoa, entidade ou órgão, com profundo
interesse em uma questão jurídica, na qual se envolve como um terceiro, que não os
litigantes, movido por um interesse maior que o das partes envolvidas no processo. O
amicus é amigo da corte e não das partes”. pode delcara inconstitucional uma artigo que
não foi impugnador
Inconstitucionalidade por “arrastamento” ou sequencial
136
Entretanto, o STF vem atribuindo efeito vinculante não somente a parte dispositiva, mas
também aos fundamentos determinantes da decisão. STF vem vinculando é a ratio
decidendi, ou seja, a fundamentação essencial que determinou o resultado da
demanda e não a obter dictum, comentários laterais que não possuem o condão de
influenciar a decisão. (MOARES)
No recente julgamento do STF da 2ª Turma na Rcl 22012/RS, o STF firmou
posicionamento no sentido de afirmar que o STF não aplica a teoria da transcendência
dos motivos determinantes, haja vista que somente tem efeito vinculante a parte
dispositiva da decisão e não os seus fundamentos, conforme pode se extrair da leitura
do Informativo 887 do STF.
Efeitos
Legitimidade
137
IX - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional
Decisões do STF
138
pertinência das normas impugnadas com os objetivos da entidade
de classe autora da ação direta).
139
13. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (GENÉRICA)
Objeto
IMPORTANTE LEMBRAR!
140
Legitimidade
Logo acima tratados que os legitimados serão do art. 103 da Constituição Federal–
e sempre se tem que ter o cuido de identificar os legitimados universais e aqueles que
deverão demonstrar pertinência temática. Lembrar que, como se trata de processo
objetivo de controle de lei em tese, não se fala em sujeitos passivos.
Competência
Procedimento
141
- Julgamento da ADI em seu definitivamente a ação no
mérito. seu mérito.
Decisões do STF:
142
Cautelar
Art. 11 (...)
§ 1° A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será
concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que
deva conceder-lhe eficácia retroativa.
§ 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação
anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido
contrário.
Efeitos práticos
Decisão
143
Representação de Inconstitucionalidade
Leis
EStaduais
Violação à
Constituição Estadual
Art. 125, §2°, da CF
Leis
Municipais
De acordo com o art. 125, §2°, da CF/88, “Cabe aos Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
municipais em face da Constituição Estadual...”. O julgamento será pelo Tribunal de
Justiça respectivo.
Palavra-chave:
Constituição Estadual
Art. 95 (...)
§ 1º Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo estadual, ou por omissão:
I - o Governador do Estado;
II - a Mesa da Assembleia Legislativa;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - o Defensor Público-Geral do Estado
V - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - partido político com representação na Assembleia Legislativa;
VII - entidade sindical ou de classe de âmbito nacional ou estadual;
144
VIII - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos
humanos e dos consumidores, de âmbito nacional ou estadual,
legalmente constituídas;
IX - o Prefeito Municipal;
X - a Mesa da Câmara Municipal.
Lei Estadual poderá ser atacada via ADI (STF), em se tratando de violação à
Constituição Federal, bem como, se violar também a Constituição Estadual, poderá ser
interposta no Tribunal de justiça; nesses casos, segundo jurisprudência do STF, decide-
se, primeiramente, no nível estadual - no tribunal de justiça local, e, posteriormente, no
STF caso a decisão do TJ viole à Constituição. O meio é o recurso extraordinário ao STF.
145
Contudo, pode ocorrer simultaneidade de ações, tanto no Tribunal de Justiça
quanto no STF. Nesse caso, se a lei estadual for impugnada perante o Tribunal de Justiça
local e perante o Supremo Tribunal Federal, com fundamento em norma constitucional
de reprodução obrigatória, suspende-se a ação direta proposta na Justiça estadual até
a decisão final do Supremo Tribunal Federal, que poderá ter efeitos erga omnes e
eficácia vinculante para o Tribunal de Justiça, se julgada procedente, com base no
princípio da simetria.
Resumo
Modelo
146
Elaborando a peça processual de ação direta de inconstitucionalidade.
147
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
1) DOS FATOS
A Assembleia Legislativa do Estado Alfa elaborou Emenda à Constituição
Estadual nº 5/2018, cujo texto violou a Constituição Federal.
148
Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar Ação Direta de
Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual que viole a Carta Magna,
conforme artigo 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal e artigo 1º, da Lei
nº 9.868/99.
2.2) Legitimidade
A Associação Nacional dos Geólogos possui legitimidade ativa para propositura
de Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, conforme
se extrai do artigo 103, inciso VIII, da Constituição Federal e artigo 2º, inciso VIII,
da Lei nº 9.868/99. A Associação preenche o requisito de pertinência temática,
pois há décadas luta pelos direitos da categoria.
A legitimidade passiva da presente ação é da Assembleia Legislativa do Estado
Alfa, que editou e do Governado do Estado Alfa que sancionou a Emenda à
Constituição Estadual nº 5/2018 que viola dispositivos da Constituição Federal, o
que justifica a propositura da presente ação.
2.3) Cabimento
Cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual que
viole a Constituição, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea “a” da
Constituição Federal e artigo 10, da Lei nº9.868/99.
2.4) Do Direito
A Emenda Constitucional nº 5/2018 violou a competência privativa da União
para legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais, Mineração e
transporte, conforme dispõe o Artigo 22, incisos XI e XII, da CRFB/88.
Também não observou as normas sobre processo legislativo, obrigatórias por
força da simetria, prevista no Artigo 25, caput, da CRFB/88.
Ainda, não há previsão de participação do Chefe do Poder Executivo ao fim do
processo de reforma constitucional, conforme o Artigo 60 da CRFB/88.
Por fim, conclui-se que a Emenda Constitucional nº 5/2018 padece de vício de
149
inconstitucionalidade formal.
3) DO PEDIDO
a) O recebimento desta inicial, a qual vai em duas vias e com cópia do ato
normativo, nos termos do artigo 3º, parágrafo único da Lei nº9.869/99;
b) A concessão da medida cautelar para suspender a eficácia da norma
inconstitucional impugnada, Emenda Constitucional nº 5/2018, pois restou
demonstrado o “fumus boni iuris” e “periculum in mora”, conforme requer o
artigo 10, da Lei nº 9.868/1999;
c) A intimação do Ilustríssimo Senhor Procurador do Estado Alfa, para prestar
informações, no prazo de 5 (cinco) dias conforme artigo 10, da Lei nº 9.868/99; e
30 (trinta) dias acerca do mérito do pedido, conforme artigo 6º, da Lei nº
9.868/99;
d) A intimação do Excelentíssimo Senhor Deputado Presidente da Assembleia
Legislativa do Estado Alfa, para prestar informações, no prazo de 5 (cinco) dias
conforme artigo 10, da Lei nº 9.868/99; e 30 (trinta) dias acerca do mérito do
pedido, conforme artigo 6º, da Lei nº 9.868/99;
e) A intimação do Advogado-Geral da União para que se manifeste sobre a
150
medida cautelar, no prazo de 3 (três) dias, consoante artigo 10, parágrafo 1º, da
Lei nº 9.868/99 e nos moldes do artigo 8º, da Lei nº 9.868/99, no prazo de 15
(quinze) dias;
f) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste sobre a
medida cautelar, no prazo de 3 (três) dias, consoante artigo 10, parágrafo 1º, da
Lei nº 9.868/99 e nos moldes do artigo 8º, da Lei nº 9.868/99, no prazo de 15
(quinze) dias;
g) Requer a junta de cópia dos documentos que comprovem a impugnação do
ato, a procuração, nos termos do artigo 3º da Lei nº 9.868/1999;
h) Requer que no mérito seja declarada a inconstitucionalidade da Emenda
Constitucional nº 5/2018, nos termos do artigo 23 e 28, parágrafo único, da Lei nº
9.869/99.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
151
14. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
CONCEITO
152
“a concretização da ordem fundamental estabelecida na
Constituição de 1988 carece, nas linhas essenciais, de lei,
Compete às instâncias políticas e, precipuamente, ao
legislador, a tarefa de construção do Estado constitucional.
omissão Como a Constituição não basta em si mesma, têm os órgãos
legislativos o poder e o dever de emprestar conformação à
legislativa realidade social. A omissão legislativa constitui, portanto,
objeto fundamental da ação direta de
inconstitucionalidade”. (MENDE, Gilmar. Curso de Direito
Constitucional)
Doutrina
153
De outra banda, quando a omissão inconstitucional não for de
nenhum dos Três Poderes, mas sim da Administração Pública, a
Constituição determina que o Supremo Tribunal Federal imponha
o prazo máximo de trinta dias para sanar a omissão, sob pena de
responsabilidade daquele que não o fizer. Este prazo, de acordo
com a nova disciplina legal, poderá ser dilatado por estipulação
excepcional do Tribunal, considerando as circunstâncias
específicas e o interesse público no caso.
154
Objeto
Legitimidade
Logo acima tratado que os legitimados serão do art. 103 da Constituição – e sempre
se tem que ter o cuidado de identificar os legitimados universais e aqueles que deverão
demonstrar pertinência temática. Lembrar que, como se trata de processo objetivo de
controle de lei em tese, não se fala em sujeitos passivos.
Competência
Procedimento
155
§ 1º A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação
da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão
parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a
ser fixada pelo Tribunal.
§ 2º O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da
República, no prazo de 3 (três) dias.
§ 3º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada
sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das
autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional,
na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
Veja uma comparação entre a ADI por omissão e o mandado de injunção, a fim de
que identifiquem quando se trata de um ou outro:
156
III - por organização sindical,
VII - o Conselho Federal da
entidade de classe ou associaçãoOrdem dos Advogados do Brasil;
legalmente constituída e em VIII - partido político com
funcionamento há pelo menos 1 representação no Congresso
(um) ano (...); Nacional;
IV - pela Defensoria Pública (...).
IX - confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito
Os interesses coletivos cabem a nacional
uma coletividade indeterminada
de pessoas ou determinada por Impetrado – aquele responsável
grupo, classe ou categoria. pela edição normativa
157
Resumo
158
Modelo
159
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CPNJ sob o n°...,
com sede na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., neste ato representado
por seu PRESIDENTE..., nacionalidade..., profissão..., estado civil, inscrito no CPF
sob o nº..., portador do RG nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na
Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por seu procurador inscrito na OAB
n° ..., procuração em anexo, conforme artigo 287, do Código de Processo Civil,
endereço eletrônico..., com escritório profissional situado na Rua..., n°..., Bairro...,
Cidade..., Estado..., CEP..., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea “a”,
da Constituição Federal, e artigo 103, parágrafo 2º, da Constituição Federal, e
artigo 1º, da Lei nº 9.868/99, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
POR OMISSÃO, em face do CONGRESSO NACIONAL, pessoa jurídica, inscrito no
CPNJ sob o n°..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n°..., Bairro..., Brasília,
DF, representado pela Procuradoria da União, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:
1) DOS FATOS
Inconformado com os 28 (vinte e oito) anos de falta de regulamentação do artigo
7°, inciso XXIII, da Constituição Federal, o Partido Político, visando à proteção aos
direitos do trabalhador, ajuíza a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade
por Omissão, haja vista que a omissão constitucional por falta da norma
regulamentadora impediu a sua plena produção de efeitos, uma vez que se trata
de norma de eficácia limitada.
160
processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade por omissão
legislativa Federal, conforme artigo 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição
Federal, e artigo 103, parágrafo 2º, da Constituição Federal, combinado com o
artigo 1º, da Lei nº 9.868/99.
2.2) Da legitimidade
A legitimidade ativa no caso em tela está prevista no artigo 103, inciso VIII, da
Constituição Federal, e artigo 2º, inciso VIII e artigo 12-A, ambos da Lei nº
9.868/99, que, no caso é de Partido Político com representação no Congresso
Nacional, não necessita demonstrar a pertinência temática, pois é legitimado
universal na propositura da demanda.
No caso, a legitimidade passiva é do Congresso Nacional por ser aquele que teria
a competência para regulamentar através da legislação federal o disposto no
artigo 7º, inciso XXIII, da Constituição Federal, incorrendo em mora legislativa
após 28 (vinte e oito) anos sem viabilizar a concretização do direito
constitucional.
2.3) Do Cabimento
Cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, perante o Supremo
Tribunal Federal, nos casos de falta de norma regulamentadora, com base nos
artigos 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal, e 12-A, da Lei nº 9.868/1999.
O artigo 7º, inciso XXIII, estabelece adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas. Tal dispositivo exige norma regulamentadora,
agindo o Congresso Nacional em inconstitucionalidade por omissão diante de
sua inércia legislativa.
2.4) Do Direito
Verifica-se, no caso em tela, uma verdadeira omissão constitucional em razão
na inexistência da norma regulamentadora que deveria ter sido editada pelo
Congresso Nacional, ocasionando um prejuízo à efetividade da regulação de
161
adicional dos casos aludidos pela norma do artigo 7°, inciso XXIII, da Constituição
Federal, cabendo ao Supremo Tribunal Federal suprir a referida omissão,
conforme o artigo 102, inciso I, alínea “a”, e artigo 103, parágrafo 2º, da
Constituição Federal, e artigo 1º, da Lei nº 9.868/99.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento desta inicial, a qual vai, em duas vias, nos termos do artigo 12-
B, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
b) A juntada dos documentos necessários para comprovar a alegação de
omissão, na forma do artigo 12-B, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
c) A intimação dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão
inconstitucional para manifestar-se, nos termos do artigo 6º, parágrafo único, da
Lei nº 9.868/99;
d) A intimação do Excelentíssimo Advogado-Geral da União, para que se
manifeste acerca do pedido de mérito, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme
artigo 12-E, parágrafo 2º, da Lei nº 9.868/1999;
e) A intimação do Excelentíssimo Procurador-Geral da República, para que se
manifeste acerca do pedido de mérito, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante
artigo 12-E, parágrafo 3º, da Lei nº 9.868/1999;
f) A procedência do pedido de declaração de inconstitucionalidade por omissão
do órgão/poder responsável pela regulamentação da norma constitucional,
dando ciência ao poder inerte, nos termos do 12-H, da Lei nº 9.868/99, para suprir
a omissão do artigo 7°, inciso XXIII, da Constituição Federal.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e
319, inciso V, ambos do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
162
15. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – (ADC/ ADECON)
Objeto
Legitimados ativos
Logo acima, foi tratado que os legitimados serão do art. 103 da Constituição – e
sempre se tem que ter o cuidado de identificar os legitimados universais e aqueles que
deverão demonstrar pertinência temática. Lembrar que, como se trata de processo
objetivo de controle de lei, em tese, não se fala em sujeitos passivos – desconsiderar o
rol reduzido do art. 13 da Lei nº 9.868/99.
Competência
Procedimento
163
consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento
dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação
até seu julgamento definitivo.
Fundamento
É a necessidade de que haja divergência judicial prévia (segundo o art. 14, III, da
Lei nº 9.868/99, “controvérsia judicial relevante”).
Resumo
Modelo de peça
164
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO..., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., com sede na Rua ..., Cidade..., Estado..., CEP..., por seu
PRESIDENTE..., nacionalidade..., profissão..., estado civil..., inscrito no CPF sob o n°...,
portador do RG n°..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., n°..., Bairro...,
Cidade..., Estado..., CEP..., vem respeitosamente a este Tribunal, por intermédio de seu
advogado, procuração com poderes específicos e especiais, nos termos do artigo 287 do
Código de Processo Civil, com endereço eletrônico..., endereço profissional na Rua ...,
Cidade..., Estado..., CEP..., local onde recebe intimações, com fulcro no artigo 102, inciso
I, alínea “a”, e artigo 103, parágrafo 1º, todos da Constituição Federal, artigos 1, 13 e 21, da
Lei nº 9.868/99, ajuizar a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
COM PEDIDO CAUTELAR, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1) DOS FATOS
Tendo em vista a existência de julgamentos controvertidos entre tribunais sobre a
validade constitucional no que tange à aplicação, vigência e validade da lei federal nº...,
a qual versa sobre o estabelecimento de 20% de vagas de cargos públicos a serem
providos em concursos públicos para negros, pardos e indígenas, editada e aprovada
pelo Congresso Nacional, há grave insegurança jurídica, a qual deve ser debelada por
esta Ação Declaratória de Constitucionalidade.
165
2.2) Da Legitimidade ativa
O Partido Político ..., com representação no Congresso Nacional, é legitimado universal,
conforme artigo 103, inciso VIII, da Constituição Federal, para propositura de Ação
Declaratória de Constitucionalidade.
2.3) Do Cabimento
Cabe Ação Direta de Constitucionalidade diante de relevante controvérsia judicial sobre
lei ou ato normativo federal, fundamentada no artigo 102, inciso I, alínea “a”, da
Constituição Federal e a artigo 1° da Lei nº 9.868/99.
2.5) Do Direito
A Lei Federal X é considerada constitucional, porque a igualdade deve ser entendida em
conjunto com a dignidade humana presente no artigo 1º, da Constituição Federal, bem
como com as condições materiais de acesso à igualdade perante a lei – sendo que tal
ideal só pode ser alcançado de discriminação positiva conforme inúmeros precedentes
do Supremo Tribunal Federal.
Logo, pode-se perceber que a Lei X não constitui violação de conteúdo constitucional,
devendo ser declarada constitucional por este egrégio Tribunal.
166
2.6) Da Medida Cautelar
É cabível deferimento de medida cautelar, tendo em vista presentes os requisitos de
fumus boni iuris e periculum in mora, do artigo 21, da Lei nº 9.868/99, para fins de
suspensão dos processos, em razão do julgamento uniforme no futuro e para evitar
prejuízos tanto aos candidatos como ao erário na organização dos concursos.
3) DOS PEDIDOS
a) Seja recebida a presente ação em duas vias, conforme o que reza o artigo 14, parágrafo
único, da Lei nº 9.868/99;
b) A juntada dos documentos comprobatórios da controvérsia judicial e do ato
normativo controverso, nos termos do artigo 14, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
c) Seja deferida medida cautelar solicitada, uma vez presentes os requisitos da fumaça
do bom direito e do perigo de demora, consoante artigo 21, da Lei nº 9.868/99;
d) Seja realizada a intimação de peritos e ou tribunais, para prestar esclarecimentos,
conforme entendimento do relator e do artigo 20, parágrafos 1º e 2º, da Lei nº 9.868/99;
e) Seja realizada a intimação do Procuradoria-Geral da República, manifeste-se no prazo
legal, nos termos do artigo 19, da Lei nº 9.868/99 e artigo 103, parágrafo 1º, da
Constituição Federal;
f) A procedência da presente ação, com a resolução da controvérsia judicial entre os
tribunais, para que seja declarada constitucional a lei federal nº ..., artigo ..., com efeito
erga omnes, vinculante, ex tunc, tudo isso nos termos do artigo 102, parágrafo 2º, da
Constituição Federal, e artigo 28, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e 319,
inciso V, do Código de Processo Civil.
Advogado ...
OAB ...
167
16. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF
Fundamento
A ADPF na Constituição Federal de 1988 está prevista no art. 102, par. único, - EC
03/93, para §1º: “A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei”;
Regulada pela Lei nº 9.882/99.
Foi considerada norma de eficácia limitada do art. 102, §1º, CF/88 – até sua
regulamentação pela Lei nº 9.882/99:
Objeto
Inconstitucionalidade Descumprimento
(apenas atos normativos) (quaisquer atos do Poder Público)
168
Leis ou atos normativos municipais (1) a ADIN só cabe para atos normativos
estaduais e federais em face da CF, (2) somente existia controle abstrato em face da
Constituição Estadual – art. 125, §2º, CF/88, (3) ou controle difuso.
art. 1° da
Lei nº 9.882/99
descumpriment ato do poder campo de
o de preceito público atuação da ADPF
fundamental
Princípios
art. 102, § 1º, CF/88 Constitucionais
Sensíveis
169
Não é objeto de ADPF
1) Autônoma: qualquer ato normativo ou outros atos do poder público que não
sejam normativos, como atos administrativos, e até mesmo atos praticados por
particulares que sejam comparados por atos praticados por autoridades públicas, que
descumprirem preceito fundamental, demonstrando a tentativa de maior abrangência
dessa ação do controle concentrado de constitucionalidade.
2) Incidental: O STF limita-se a apreciar a questão constitucional, dando-lhe
solução adequada sem se manifestar sobre objeto principal relativo ao caso concreto e
pendente de julgamento pelos órgãos judiciários. Teria seu fundamento na Lei nº
9.882/99: Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional
170
sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição. (SARLET; MITIDIEIRO)
Parte da doutrina se divide no sentido de que veto do Presidente ao art. 2º, II teria
ou não “ferido de morte” a ADPF incidental, em relação aos legitimados de sua
propositura: Corrente 1 – majoritária: aplica-se os mesmos legitimados. Essa tem sido a
postura do STF. Corrente 2: como não vetou o art.1º parágrafo único, caberia a qualquer
parte do processo ingressar com a ação perante o STF.
Subsidiariedade
A PALAVRA-CHAVE: SUBSIDIARIEDADE!
171
“De uma perspectiva estritamente subjetiva, a ação somente
poderia ser proposta se já se tivesse verificado a exaustão de todos
os meios eficazes de afastar a lesão no âmbito judicial. Uma leitura
mais cuidadosa há de revelar, porém, que na análise sobre a
eficácia da proteção de preceito fundamental nesse processo
deve predominar um enfoque objetivo ou de proteção da ordem
constitucional objetiva. Em outros termos, o princípio da
subsidiariedade – inexistência de outro meio eficaz de sanar a
lesão –, contido no § 1o do art. 4o da Lei no 9.882, de 1999, há de
ser compreendido no contexto da ordem constitucional global.
Palavra-chave:
SUBSIDIARIEDADE
Legitimidade
Logo acima foi tratado que os legitimados serão do art. 103 da Constituição – e
sempre se tem que ter o cuidado de identificar os legitimados universais e aqueles que
deverão demonstrar pertinência temática!
Legitimidade passiva é do poder público causador da lesão a preceito
fundamental da Constituição Federal.
Competência
Procedimento
172
em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad
referendum do Tribunal Pleno;
b) O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato
questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral
da República, no prazo comum de 5 (cinco) dias.
c) A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais
suspendam o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais, ou
de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da
arguição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes
da coisa julgada.
Fungibilidade
173
propor a arguição em vez de ação direta, longe de envolver dúvida
objetiva, encerraria incontestável erro grosseiro, por configurar
atuação contrária ao disposto no § 1º do art. 4º da Lei 9.882/1999.
Os Ministros Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia
negaram provimento ao agravo por outro fundamento.
Consideraram que o requerente, Sindicato Nacional das Empresas
de Medicina de Grupo, por não ser uma confederação sindical, não
preencheria o requisito da legitimação ativa “ad causam”. ADPF 314
AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 11.12.2014. (ADPF-314)
Histórico
Resumo: A Lei nº 12.990/2014 determinou que deveria haver cotas para negros nos
concursos públicos federais no percentual de 20 % vagas oferecidas nos concursos
públicos realizados pela administração pública federal devem ser destinadas a
174
candidatos negros (art. 1º da Lei). Ou seja, Órgãos, autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista federais, ligadas ao Poder Executivo, mas não
abrange Estados e Municípios. Contudo, a Lei estabelece que, para contabilizar as vagas
para cotas, o número mínimo deve ser igual ou superior a três vagas.
A OAB é legitimado Universal para o controle concentrado de constitucionalidade
adentrou como uma Ação declaratória de constitucionalidade (ADC n.41) e o STF julgou
procedente a ADC, declarando a constitucionalidade da Lei nº 12.990/2014, firmando o
entendimento que: “É constitucional a reserva de 20% das vagas oferecidas nos
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito
da administração pública direta e indireta”.
O art. 2º trata do critério de autodeclaração e heterodeclaração. O STF afirmou que
o critério da autodeclaração é constitucional, pois deve-se respeitar as pessoas tal como
elas se percebem. O que não impede que a Administração Pública adote um controle
heterônomo, sobretudo quando existirem fundadas razões para acreditar que houve
abuso na autodeclaração, podendo, por exemplo, constituir uma banca presencial, ou
mesmo fazer a avaliação por fotos. Fundamental é que se realize de uma forma que
respeite a dignidade humana, preservando o candidato.
Importante: o candidato que concorrer a vaga por cotas também poderá
concorrer à vaga geral, e, caso não obtenha a aprovação por cotas e sim pela vaga geral,
sua vaga de cotas será destinada a outro candidato, assumindo ele a vaga geral. Caso
algum candidato que passou por cotas desista da vaga, essa deverá ser destinada ao
preenchimento novamente pelas cotas.
STF informativo:
175
e assim sucessivamente. Dessa forma, evita-se colocar os
aprovados da lista geral primeiro e somente depois os aprovados
por cotas.
Resumo
176
Modelo
177
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
1) DOS FATOS
A Câmara Municipal aprovou e o Prefeito Municipal Alfa sancionou a Lei 123/2018 que
vedou o ingresso de novos imigrantes, no território do Município, fixou o limite máximo
para a população; além disso, foi previsto que a contratação de imigrantes estaria
condicionada à prévia aprovação da Secretaria Municipal do Trabalho. O Partido Político
Beta, irresignado com a dissonância da referida lei com a Constituição Federal, ajuizou
a presente demanda para obstar a aplicação da Lei nº 123/2018.
178
2.1) Da Competência
Compete ao Supremo Tribunal Federal exercer seu papel de guardião da Constituição,
ao processar e julgar Lei Municipal que descumpriu preceito fundamental, afrontando
diretamente conteúdo constitucional, conforme determina artigo 102, parágrafo 1º, da
Constituição Federal e artigo 1°, caput, da Lei nº 9.882/99.
2.2) DA LEGITIMIDADE
Partido Político Beta com representação no Congresso nacional é legitimado ativo e
goza de legitimidade universal para a propositura de Ação de Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental, consoante artigo 103, inciso VIII, da
Constituição Federal e artigo 2º, inciso I, da Lei nº 9.882/99.
A Câmara de Vereadores do Município Alfa, o Prefeito do Município Alfa e o Município
Alfa são legitimados passivos, pois são os responsáveis pela norma violadora que
confronta a Constituição Federal, conforme artigo 1º, da Lei nº 9.882/99, por tratar-se de
ato do poder público.
2.3) Do Cabimento
Cabe Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental como única ação de
controle concentrado de constitucionalidade cabível contra norma municipal que fere
dispositivos da Constituição Federal, nos termos do artigo 102, parágrafo 1º, da
Constituição Federal, artigo 1°, parágrafo único, inciso I, da Lei nº 9.882/99.
179
2.5) Da violação à Preceito Fundamental
A Lei Municipal 123/2018 violou a competência legislativa privativa da União para legislar
sobre emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros, nos
termos do artigo 22, inciso XV, da Constituição Federal, e a competência legislativa
privativa da União para legislar sobre Direito do Trabalho, nos termos do artigo 22, inciso
I, da Constituição Federal. Violou também o direito social ao trabalho, previsto no artigo
6º, da Constituição Federal, que foi restringido aos estrangeiros e a dignidade da pessoa
humana, prevista no artigo 1º, inciso III, da Lei nº 9.882/99, pois, ao serem impedidos de
trabalhar, os estrangeiros não poderão garantir sua subsistência. Assim, restou
evidenciada a violação da Lei Municipal 123/2018 a diversos preceitos fundamentais
descritos na Constituição Federal, conforme exigência do artigo 3º, inciso I e II, da Lei nº
9.882/99.
3) DOS PEDIDOS
a) O recebimento da inicial em duas vias, instruída de procuração, cópia do ato
questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação, conforme
artigo 3º, parágrafo único, da Lei nº 9.882/99;
b) A juntada da documentação que prova a violação do preceito fundamental,
conforme artigo 3º, inciso III, da Lei nº 9.882/99;
c) A concessão da medida liminar para determinar a suspensão dos efeitos da Lei nº
123/2018, nos moldes do artigo 5º, parágrafo 3°, da Lei nº 9.882/99;
d) Intimação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, para
180
que se manifestem no prazo comum de 5 (cinco) dias, consoante artigo 5º, parágrafo 2º,
da Lei nº 9.882/99;
e) A notificação da Câmara de Vereadores e do Prefeito Municipal, para se manifestarem
no processo, no prazo comum de 5 (cinco) dias, nos termos do artigo 5º, parágrafo 2º,
da Lei nº 9.882/99;
f) O julgamento pela procedência da arguição de descumprimento de preceito
fundamental para que seja reconhecida a inconstitucionalidade da Lei nº 123/2018, nos
termos do artigo 10, da Lei nº 9.882/99.
Valor da causa R$ ..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e 319,
inciso V, do Código de Processo Civil.
Local..., data...
Advogado...
OAB...
181
182