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PROCESSO CIVIL

Caderno de Revisão esquematizado – OAB XXXV – Método de revisão Constante


Material elaborado por Samara Gomes de Freitas (@esquematizaquestoes)
O material é de uso pessoal e o compartilhamento é PROIBIDO!
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REGRAS DE COMPETÊNCIA, LITISCONSÓRCIO E


INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

CHAMAMENTO AO Art.130 CPC:


PROCESSO: • Fiador chama o afiançado
• Fiadores
CHAMA O JUMENTO • Devedores solidários

Prazo de 30 dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento;


Prazo de 2 meses se o chamado residir em outra comarca.

A sentença de procedência valerá como título executivo em


favor do réu (direito de regresso).

Responsabilidade Solidária

O chamamento ao processo é admitido quando um dos


coobrigados requer que os demais obrigados sejam trazidos ao
feito, para responsabilização conjunta (CPC, art. 130)

DENUNCIAÇÃO À LIDE: • Seguradora - Direitos que a Evicção resultar

DEDO DURO • Responsabilidade Subsidiária

Ex: José - Denunciante (Direito de regresso)


Seguradora – Denunciada

Direito de regresso: Exercido por ação autônoma quando a


denunciação for indeferida, deixar de ser promovida ou não for
permitida

Palavra-chave: Direito de regresso*

Art. 88 do CDC é vedada a denunciação a lide nas relações de


consumo.

DESCONSIDERAÇÃO DA Art. 133 CPC - O incidente de desconsideração da


PERSONALIDADE personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou
JURÍDICA: do Ministério Público, quando lhe couber intervir no
processo.
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MOMENTO CABÍVEL: O incidente de desconsideração é


cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no
cumprimento de sentença e na execução fundada em título
executivo extrajudicial. (134 CPC)

CC Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,


caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.

Anotações:
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Foro competente para o inventário e a partilha de bens: Domicílio do autor da herança (De
cujus)

Se não possuía domicílio certo: (Art.48 CPC)


I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio

Acerca do endereçamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, dispõe o art.


977, caput, do CPC/15:

"O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente do tribunal:

I - pelo juiz ou relator, por ofício;

II - pelas partes, por petição;

III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição"

• (IRDR) incidente que visa a evitar julgamentos de demandas idênticas (economia


processual) e evitar decisões contraditórias (garantir isonomia e segurança jurídica)

Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando


houver, simultaneamente:

I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão


unicamente de direito;

II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

OBS: O IRDR suspende o processo: Art. 313. Suspende-se o processo:

IV- pela admissão de INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS;

DICA para saber competência absoluta e competência relativa:

COMPETÊNCIA ABSOLUTA: "DA": DA PESSOA, DA MATÉRIA e DA FUNÇAO. inderrogável por


convenção das partes

COMPETÊNCIA RELATIVA: "DO": DO TERRITÓRIO, DO VALOR DA CAUSA. Derrogável por


convenção das partes
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Atenção!!! Observe o enunciado da questão, com relação a palavra solidariedade/ cláusula


de solidariedade. Pois quando ficar caracterizado a solidariedade, a ação pode ser proposta
em face de qualquer um do polo passivo, assim o litisconsórcio será facultativo.

Em caso de obrigação solidária, o litisconsórcio será:

• Unitário → se a obrigação for indivisível


• Simples→ se a obrigação for divisível
Art. 1.005 NCPC. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo
se distintos ou opostos os seus interesses. Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva,
o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao
credor lhes forem comuns"

Art. 229, caput, do CPC/15 "os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de
escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento"

"não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos". Assim,


somente há contagem dos prazos em dobro se os autos forem físicos, não se aplicando na
hipótese de serem eletrônicos.

LITISCONSÓRCIO SIMPLES: Possibilidade de prolação de decisões diferentes para os


litisconsortes

LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO: Quando o mérito tiver que ser decidido igualmente em


relação a todos eles

LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: Natureza de relação jurídica controvertida, quando a


eficácia da sentença depende da citação de todos que devam ser litisconsortes.

LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO: O litisconsórcio é classificado como facultativo quando a


reunião de pessoas no polo ativo ou no passivo é opcional.

Competência → Saber que a incompetência relativa só pode ser alegada na primeira


oportunidade da parte, sob pena de prorrogação de competência. Já a incompetência
absoluta pode ser alegada em qualquer momento do processo.
Em comparação com os demais conteúdos, a Intervenção de terceiros foi o tema mais
cobrado, a questão apresenta um caso concreto e pede para o examinando identificar
qual é a modalidade de intervenção adequada, portanto é necessário conhecer e
distinguir → Chamamento ao processo X denunciação da lide X Incidente de
desconsideração da personalidade jurídica
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Atenção para a desconsideração da personalidade jurídica, principalmente, lembrar


que é requerida pela parte ou MP em qualquer fase do processo!
Observar as palavras como (fiador, evicção e causas que envolvam seguradora), são
as palavras chaves para identificar qual a intervenção de terceiro é cabível e saber que
a oposição não é espécie de intervenção de terceiro (Art.682)
Litisconsórcio →Saber a diferença entre litisconsórcio necessário X facultativo

CPC: • Art. 23, Art. 48, Art.114, Art.115, Art.125, Art.130, Art.131, Art.133
(2x), Art. 134 (2x), Art.229 (2x), Art.339, Art.487, Art.976, Art.1005
LINDB: • Art.10
CDC: • Art.88 (vedada a denunciação da lide nas relações de consumo)
CC: • Art.50
OBS: Em destaque os artigos cobrados entre 2019 a 2022
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TUTELA DE URGÊNCIA, PETIÇÃO INICIAL, INDEFERIMENTO


LIMINAR, EXTINÇÃO COM E SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO

• A probabilidade do direito; e • Tutela "não urgente",


• O perigo de dano ou o risco ao • Não exige demonstração do perigo
resultado útil do processo. de dano (periculum in mora);
• Baseando-se unicamente na
Evidência, isto é, num juízo de
probabilidade, na demonstração
documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do Autor.
ANTECIPADA: assegura a efetividade
do DIREITO MATERIAL, por isso a doutrina a
Somente será concedida liminarmente
denomina de SATISFATIVA.
(sem a oitiva do réu) nas hipóteses do
– Nesse sentido, é primordial inciso II e III do art.311 CPC:
demonstrar ao magistrado que além do
critério da urgência o direito material I - ficar caracterizado o abuso do direito de
está em risco se não obtiver a concessão defesa ou o manifesto propósito
da medida. protelatório da parte; => Juiz NÃO poderá
CAUTELAR: assegura a decidir sem prévia oitiva do réu.
efetividade do DIREITO PROCESSUAL,
portanto é primordial demonstrar, que II - as alegações de fato puderem ser
além da emergência, a efetividade de comprovadas apenas documentalmente
um futuro processo estará em risco se e houver tese firmada em julgamento de
não houver a obtenção da medida de casos repetitivos ou em súmula
imediato. vinculante; => Pode decidir liminarmente
(sem prévia oitiva do réu)
– Aqui conforme a doutrina
tem NATUREZA ASSECURATÓRIA.
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art. 303 do CPC, o autor terá 15 dias, III - se tratar de pedido reipersecutório
então, para aditar a petição inicial com fundado em prova documental adequada
a complementação da argumentação, a do contrato de depósito, caso em que será
juntada de novos documentos e a decretada a ordem de entrega do objeto
confirmação do pedido de tutela. custodiado, sob cominação de multa;
=> Pode decidir liminarmente (sem prévia
Segundo a parte final do inciso I, o juiz oitiva do réu).
pode, contudo, fixar prazo maior que os
15 dias. IV - a petição inicial for instruída com prova
documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o
réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável => Juiz não poderá decidir
sem prévia oitiva do réu.

OBS: A exigência de caução, para concessão de tutela provisória de urgência, é


admissível como forma de proteção ao ressarcimento de danos que o requerido possa
sofrer em virtude da tutela, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

• Litigantes sem vínculo anterior • Litigantes com vínculo anterior


• art. 165, do CPC/15: "§ 2o O • § 3o O mediador, que atuará
conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que
preferencialmente nos casos em houver vínculo anterior entre as partes,
que NÃO houver vínculo anterior auxiliará aos interessados a
entre as partes, poderá sugerir compreender as questões e os
soluções para o litígio, sendo interesses em conflito, de modo que
vedada a utilização de qualquer eles possam, pelo restabelecimento da
tipo de constrangimento ou comunicação, identificar, por si
intimidação para que as partes próprios, soluções consensuais que
conciliem. gerem benefícios mútuos".
• A referida audiência somente • art. 694, parágrafo único, do CPC/15: "A
poderá ser dispensada por requerimento das partes, o juiz pode
vontade das partes se houver determinar a suspensão do processo
manifestação de desinteresse enquanto os litigantes se submetem a
tanto do autor quanto do réu (art. mediação extrajudicial ou a
334, §4º, CPC/15). E que o autor atendimento multidisciplinar".
deverá manifestar o seu
desinteresse na petição inicial e o
réu em petição simples em até
10 (dez) dias antes da data da
audiência.
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• Havendo interesse de incapaz, o


Ministério Público deverá ser intimado
para intervir no processo e não
necessariamente para comparecer à
audiência de mediação como ordem de
sua primeira intimação.

• Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de


improcedência liminar do pedido, o Magistrado designará audiência de
conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 dias, o réu ser
CITADO com pelo menos 20 dias de antecedência, devendo o réu se
manifestar com 10 dias de antecedência, contados da data da audiência.

• Poderá haver mais de uma sessão dessa audiência, não podendo exceder 2
meses da data de realização da 1ª sessão, desde que seja necessária e com
objetivo a composição das partes.

• Não comparecimento Injustificado→ Ato atentatório contra a dignidade da


justiça, multa de 2%, da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa, revertida em favor da União ou do Estado. **Muito cobrado

• ACORDO EM AUDIÊNCIA OU CONTESTAÇÃO: Havendo eventual acordo entre


as partes este será reduzido a termo e homologado por sentença. Caso não
ocorra acordo, o réu pode oferecer contestação após a audiência de
conciliação ou mediação no prazo de 15 dias.

Curiosidade: Na Justiça do Trabalho embora as duas partes não queiram participar do


ato conciliatório, deve ser marcado, ou seja, deve haver audiência de conciliação
independentemente de anuência das partes.

- O pedido é julgado improcedente quando contrariar (art.332 CPC):

• Enunciado de súmula do STF ou STJ;


• Acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamentos de recursos repetitivos;
• Entendimento firmado em incidente de resoluções ou de demandas
repetitivas, ou de assunção (substituição) de competência;
• Enunciado de súmula do TJ sobre direito local;
• Prescrição e decadência;

Juízo de Retratação: o autor pode apresentar recurso de apelação em até 15 dias. Se


caso o juiz aceitar, no prazo de 5 dias pode retratar-se e reconsiderar a decisão dando
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prosseguimento ao processo (juízo de retratação). Se não apelar, após trânsito em


julgado, o réu será intimado para tomar conhecimento do trânsito em julgado.
OBS: Se houver controvérsia fática, existe a necessidade de dilação probatória, é
necessária a fase instrutória, assim, o juiz NÃO pode julgar liminarmente
improcedente o pedido.

• No indeferimento da petição inicial o problema está na Petição e não no


Direito. Quando acontece, o juiz PODE conceder prazo para o
advogado corrigir.

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.

• Efeito: Não há julgamento do mérito.

• Recurso Cabível: Apelação (com prazo de 5 dias para retratação) art. 331 CPC.

• Hipóteses do indeferimento no art.330 CPC

Distribuída a petição inicial, há a possibilidade de modificação dos pedidos?

1) ANTES da citação PODE, INDEPENDENTEMENTE do consentimento do réu;

2) Da citação ATÉ o saneamento, deverá haver a concordância do


réu, assegurado o CONTRADITÓRIO, no prazo de 15 dias e o requerimento de
prova suplementar;

3) APÓS o saneamento, NÃO HÁ POSSIBILIDADE.

• Acolher ou rejeitar o pedido • INDEFERIR PETIÇÃO INICIAL


formulado na ação ou na • PROCESSO PARADO MAIS DE 1
reconvenção”; ANO
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• Decidir, de ofício ou a • POR NÃO PROMOVER OS ATOS E


requerimento, sobre a ocorrência AS DILIGÊNCIAS QUE LHE
de decadência ou prescrição”; INCUMBIR, O AUTOR
• Reconhecimento da procedência ABANDONAR A CAUSA POR MAIS
do pedido formulado na ação ou DE 30 (TRINTA) DIAS;
na reconvenção”; • PEREMPÇÃO; LITISPENDENCIA OU
• transação”; COISA JULGADA
• Renúncia à pretensão formulada • AUSENCIA DE LEGITIMIDADE OU
na ação ou na reconvenção”. INTERESSE PROCESSUAL
• CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM
• DESISTÊNCIA DA AÇÃO*
• MORTE DA PARTE EM AÇÃO
INTRANSMISSÍVEL

Para que o processo seja extinto por abandono ou por processo parado, o CPC exige
prévia intimação pessoal da parte autora para promover os atos e as diligências que lhe
incumbir, no prazo de 5 dias

• Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu,


desistir da ação.

• A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada,


salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação
da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a
falta.*
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Os requisitos e a distinção da Tutela de urgência X Evidência


Quando a tutela antecipada concedida em caráter antecedente se tornará estável
Na tutela de urgência, saber as hipóteses em que concessão da liminar será deferida
sem a oitiva do réu*
Saber que a demonstração do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo
são requisitos da tutela de urgência, e não da tutela da evidência.
Saber até qual momento processual é possível fazer o aditamento da petição incial
Lembrar que a petição inicial pode ser emendada ou complementada no prazo de 15
dias
Saber quando o processo será extinto COM ou SEM resolução do mérito

CPC: •Art.286, II, Art. 294, Art.296 (2x), Art.300 (6x), Art.303 (3x), Art.304,
Art.311 (4x), Art.320, Art.321, Art.329, Art.334, Art. 485,III, VIII, § 1º
OBS: Em destaque os artigos cobrados entre 2019 a 2022
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Processo de execução e cumprimento de sentença


(TEMA DE ALTA INCIDÊNCIA)

Cumprimento de sentença é a fase do processo civil que satisfaz o título de execução


judicial. É o procedimento que concretiza a decisão do juiz feita ao fim do processo de
conhecimento.

O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou


definitivo, far-se-á a requerimento do exequente → Se esse requerimento for feito
após 1 ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do
devedor, por meio de carta com aviso de recebimento

O cumprimento da sentença NÃO poderá ser promovido em face de fiador,


coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento

INTIMAÇÃO
• Diário da Justiça: Intimado na pessoa de seu advogado constituído nos
autos
• Carta com aviso de recebimento: Quando representado pela
Defensoria ou quando não tiver procurador.
• Meio eletrônico: No caso das empresas públicas e privadas
• Por edital: Quando tiver sido revel na fase de conhecimento.

Relação sujeita a condição ou termo → Depende de demonstração de que a


condição se realizou ou que já ocorreu o termo

CUMPRIMENTO DE SENTEN ÇA PELA FAZENDA PÚBLICA:

CPC, art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante
judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de
30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir: (...)
§ 4 Tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada
será, desde logo, objeto de cumprimento.

São títulos que advém de um juízo, que posterior ao seu nascimento houve um
processo de conhecimento, culminando uma obrigação certa, líquida e exigível.
Vejamos:

1. obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;


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2. decisão homologatória de autocomposição judicial e extrajudicial de qualquer


natureza;
3. formal e a certidão de partilha;
4. crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários
tiverem sido aprovados por decisão judicial;
5. sentença penal condenatória transitada em julgado;
6. sentença arbitral*;
7. sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
8. decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta
rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

Nos casos do 5 ao 8, o devedor será citado no juízo civil para o cumprimento da


sentença ou liquidação no prazo de 15 dias.

OBS: Considera-se inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial


fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo STF, ou fundado
em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo STF como
incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso (art. 525, § 12, do CPC/2015)

Caso fulano já tenha uma sentença com título constituído e quer se beneficiar de uma
decisão posterior do STF→ É necessário o ajuizamento de ação rescisória para
desconstituir o título.

No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de


decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á:
(Art.523 CPC)

• A requerimento do exequente

• O executado é intimado para pagar o débito em 15 dias, acrescido de custas,


se houver.

• Se dentro desse prazo não pagar voluntariamente→ O débito será acrescido


de multa e honorários em 10% e será expedido mandado de penhora e
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação e iniciará o prazo de 15 dias
para o executado impugnar nos autos, independentemente de penhora ou
nova intimação (IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO)*
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• Mas e se dentro desse prazo o executado fazer o pagamento parcial, como


fica a incidência dessa porcentagem? → Incidirá sobre o restante, por
exemplo, se devia pagar R$ 15 mil e paga apenas 5 mil, a multa incidirá sobre
o saldo remanescente de R$ 10 mil

Esse requerimento feito pelo exequente será instruído com demonstrativo


discriminado e atualizado do crédito e a petição deve conter:

1. O índice de correção monetária adotado;


2. Os juros aplicados e as respectivas taxas;
3. O termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária
utilizados;
4. A periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
5. Especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
6. Indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.

• Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo,


que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro
lhe for determinado.

• Se houver dados em poder de terceiro ou do executado para elaboração do


demonstrativo, o juiz pode requisitá-los, sob pena de crime de desobediência
e se sem justificativa não for apresentado no prazo de 30 dias, os cálculos
feitos pelo exequente serão considerados corretos

• Se em fase de impugnação, o executado alegar que o exequente pleiteia


quantia superior, deve declarar de imediato o valor que entende correto,
apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.

O juiz pode, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias à


satisfação do exequente:

• Imposição de multa,
• A busca e apreensão→ Cumprido por dois oficiais
• A remoção de pessoas e coisas,
• O desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva

Se o executado injustificadamente descumprir a ordem judicial: Incidirá nas penas de


litigância de má-fé, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de
desobediência.
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O valor da multa será devido ao exequente e independe de requerimento da parte,


podendo ser aplicada na fase de conhecimento, tutela provisória, na sentença ou na
fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se
determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da decisão


e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado.

AÇÃO AUTÔNOMA. São títulos formado por ato de vontade das partes envolvidas na
relação jurídica de direito material ou de somente de uma delas, fundada sempre em
título de obrigação certa, liquida e exigível. Vejamos:

1. Letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;


2. Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
3. Documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
4. Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores
ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
5. Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de
garantia e aquele garantido por caução;
6. Contrato de seguro de vida em caso de morte;
7. Crédito decorrente de foro e laudêmio;
8. Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel,
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
9. Certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da
lei;
10. Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, documentalmente comprovadas;
11. Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados
nas tabelas estabelecidas em lei;
12. Todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.

Arts. 786 a 788 CPC


• A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.

• A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito


exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
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• Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a


contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer a
execução, sob pena de extinção do processo.

• O executado poderá eximir-se da obrigação, depositando em juízo a prestação


ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a receba sem cumprir
a contraprestação que lhe tocar.

• O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor


cumprir a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela
não corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo,
caso em que poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o
direito de embargá-la.
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Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.

Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.

A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado,


ressalvadas as execuções especiais.

A expropriação consiste em:

• Adjudicação;
• Alienação;
• Apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e
de outros bens.

• Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de


10%, a serem pagos pelo executado.

• No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos


honorários advocatícios será reduzido pela metade.

• O valor dos honorários poderá ser elevado até 20%, quando rejeitados os
embargos à execução
• O exequente pode obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz para
fins de averbação no registro de imóveis

• No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá


comunicar ao juízo as averbações efetivadas, sendo o mesmo prazo para
cancelar as averbações relativas aos bens não penhorados.
• Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada
após a averbação.

• O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
da citação.
• Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto
converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
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• Quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no
respectivo registro público, se houver;

• Quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de


execução, ou hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário
do processo onde foi arguida a fraude;

• Quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor


ação capaz de reduzi-lo à insolvência*
OBS: No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o
ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a
exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local
onde se encontra o bem.

Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução


verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende
desconsiderar*
(Acho importante pois caiu uma questão envolvendo fraude a execução e
desconsideração da personalidade jurídica, mas a questão foi anulada, então pode ser
que caia novamente)

Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente,


que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.

A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do
principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.

SÃO IMPENHORÁVEIS:
O rol está no art 833 CPC

OBS: Quando se fala em ordem de preferência, as obrigações alimentares, além de


ser a primeira a executar, não existe óbice quanto aos bens, todos são executáveis.

OBS 2: Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos


dos bens inalienáveis

→ Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens,


lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia. Havendo
mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais.
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O juiz determinará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:

I - se tratar de veículos automotores, de pedras e metais preciosos e de outros


bens móveis sujeitos à depreciação ou à deterioração;

"Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação


financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao
executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico
gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne
indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução.
§1º. No prazo de 24h (vinte quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o
juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que
deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo".

Art. 866 CPC. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se,
tendo-os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o
crédito executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de
faturamento de empresa.
§ 1º O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo
em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade empresarial

• A avaliação será feita pelo oficial de justiça.


• Se forem necessários conhecimentos especializados e o valor da execução o
comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10
(dez) dias para entrega do laudo.

Art. 871. Não se procederá à avaliação quando:

I - Uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;*

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá ser
realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem.

Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo
arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e
irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado
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ou a ação autônoma de que trata o § 4º deste artigo, assegurada a possibilidade de


reparação pelos prejuízos sofridos.

A arrematação pode ser:


Invalidada→ Quando realizada por preço vil ou com outro vício;
Ineficaz→ Alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese
Resolvida→ Se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.

O juiz decidirá acerca dessas situações, se for provocado em até 10 (dez) dias após o
aperfeiçoamento da arrematação. Passando esse prazo, sem manifestações, será
expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a ordem de entrega ou
mandado de imissão na posse.

Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha


obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar
o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem
no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.

Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá


se opor à execução por meio de embargos.

§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no


juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da
alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado*

POR MEIO DE REQUERIMENTO DO EXECUTADO, HÁ POSSIBILIDADE DE


PARCELAMENTO DO CRÉDITO:
• depósito de 30% do valor em execução + Custas e honorários
• Parcelamento em até 6x mensais, acrescidas de correção monetária e juros de
1% ao mês.

OBS: SOMENTE É CABÍVEL O PARCELAMENTO NA FASE DE EXECUÇÃO


SENDO EXPRESSAMENTO VEDADO PARCELAMENTO NO CASO DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

O juiz decidirá o requerimento em 5 dias. Enquanto não apreciado o requerimento, o


executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu
levantamento.
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A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de
opor embargos!

Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:


I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea→ Impugnada por SIMPLES PETIÇÃO, no
prazo de 15 dias
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para
entrega de coisa certa;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
conhecimento.

Em regra os embargos à execução não terão efeito suspensivo.

Art. 920. Recebidos os embargos:

I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias;


II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.

IMPUGNAR (ARREMATAÇÃO) → Ação Autônoma de invalidação (Art. 903,§


4º ,CPC);

IMPUGNAR (PENHORA OU AVALIAÇÃO) → Simples Petição (Art. 917,§ 1º, CPC);

• Defesa: CABÍVEL IMPUGINAÇÃO À • Defesa: CABÍVEL EMBARGOS À


EXECUÇÃO EXECUÇÃO

• Intimação do devedor, com exceção • Citação do Devedor


de alguns casos, como a sentença
arbitral, que será por citação • Permitido o parcelamento*

• Vedado o parcelamento*
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→ Em regra, SEM necessidade de garantia


em juízo.

→ A regra é que a impugnação NÃO


TENHA EFEITO SUSPENSIVO.
Contudo, admite-se que, no caso
concreto, o magistrado conceda efeito
suspensivo à impugnação e depende de:

1. Requerimento do executado;

2. Oferecimento de garantia por


intermédio de penhora, caução ou
depósito; e

3. Execução capaz de gerar grave dano


de difícil ou incerta reparação.

Art. 921. Suspende-se a execução:

I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315 , no que couber;


II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos
à execução;
III - quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes
e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros
bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916 .

§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1


(um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o
executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o
arquivamento dos autos.
§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a
qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4º O termo inicial da prescrição no curso do processo será a ciência da
primeira tentativa infrutífera de localização do devedor ou de bens penhoráveis, e
será suspensa, por uma única vez, pelo prazo máximo previsto no § 1º deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
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§ 4º-A A efetiva citação, intimação do devedor ou constrição de bens


penhoráveis interrompe o prazo de prescrição, que não corre pelo tempo necessário
à citação e à intimação do devedor, bem como para as formalidades da constrição
patrimonial, se necessária, desde que o credor cumpra os prazos previstos na lei
processual ou fixados pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá,
de ofício, reconhecer a prescrição no curso do processo e extingui-lo, sem ônus para
as partes. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 6º A alegação de nulidade quanto ao procedimento previsto neste artigo
somente será conhecida caso demonstrada a ocorrência de efetivo prejuízo, que será
presumido apenas em caso de inexistência da intimação de que trata o § 4º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 7º Aplica-se o disposto neste artigo ao cumprimento de sentença de que
trata o art. 523 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Saber o papel da ação rescisória no cumprimento de sentença


Fazer leitura dos artigos para fixar quais são os títulos JUDICIAIS (Art.515) e
EXTRAJUDICIAIS (Art.784)
Saber que o Recurso de Apelação não possui efeito suspensivo em sentença que
condena pagar alimentos
OBS: Conteúdo interdisciplinar, é necessário ter conhecimento da parte dos recursos,
saber que em regra geral a apelação tem efeito suspensivo, porém há hipóteses em
que a apelação não terá efeito suspensivo (§ 1º, do art.1012 CPC)
Saber que não há que se falar em cumprimento de sentença de ofício ou automático
na obrigação de pagar quantia certa
PROCESSO DE EXECUÇÃO→Saber o procedimento a ser seguido no caso de excesso
de execução; Saber que a arrematação pode ser invalidada quando realizada por preço
vil ou com outro vício, por ação autônoma; Saber quando não será realizada a
avaliação (art.870)
Saber que é possível a penhora de valores depositados em caderneta de poupança
para o cumprimento de obrigações alimentícias.
Lembre-se, há vedação expressa para a concessão do parcelamento legal no caso de
cumprimento de sentença. (Art.916, §7º)

CPC: •Art. 515, Art. 520, Art.523 (2x), Art.525 2x), Art.535, Art.805, Art.806,
Art.833 (2x), Art. 854, Art.866, Art. 870 Art.891, Art.903, Art. 916,
Art.917, Art.1012
OBS: Em destaque os artigos cobrados entre 2019 a 2022
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rECURSOS
(TEMA DE ALTA INCIDÊNCIA)

• FINALIDADE: Reformar, invalidar decisões judicias, esclarecer determinados


pontos e integrar as decisões judiciais.

• JUÍZO PRÉVIO DE ADMISSIBILIDADE: Analisar se o recurso é cabível; se a parte


possui interesse e legitimidade para recorrer; tempestividade (se foi interposto
no prazo previsto); verificar se existe algum fato que seja impeditivo ou extintivo
do direito de recorrer; se houve o preparo (se foram pagos as custas
processuais).

• JUÍZO DE MÉRITO: Se o recurso vai ser Provido ou desprovido. Error injudicando:


O juiz decidiu mal sobre o conteúdo, errou no julgamento do mérito, apesar da
forma ser correta (REFORMA DA DECISÃO) ; Error improcedendo: O juiz não
cumpre todos os requisitos, há um vício formal, apesar do juiz ter decidido
correto.
PRINCÍPIOS:
• Princípio da Correspondência: Pra cada decisão há um recurso cabível.
• Princípio da taxatividade: Os recursos vão ser fixados em lei federal
• Princípio da Unicidade: Vai caber um recurso de cada vez para cada decisão
judicial, exceção: Cabe um Especial para o STJ e um Recurso extraordinário para
o STF de uma mesma decisão.
• Princípio da fungibilidade: Embora foi interposto um recurso errado ele pode ser
aceito com duas condições: Não pode haver má-fé e não pode haver um erro
grosseiro.
• Princípio da vedação da Reformatio In Pejus: Exemplo: Se houve uma
condenação no valor de 10 mil, havendo recurso contra o valor (quando só o réu
recorre), não pode o tribunal aumentar esse valor, vez que não pode haver
reforma para prejudicar aquele que recorreu.
• Princípio do duplo grau de Jurisdição: Nos juizados especiais cíveis as decisões
são irrecorríveis.
EFEITOS DOS RECURSOS:
• Obstar a preclusão e a formação da coisa julgada: Sempre que eu interponho
um recurso estou alargando a discussão da coisa julgada.
• Efeito devolutivo: Devolve ao tribunal a apreciação daquela decisão que você
não concorda.
• Efeito Suspensivo: Suspende a eficácia da decisão judicial enquanto o recurso
não seja julgado.
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DESISTÊNCIA RECURSAL (ART.998)

Art.998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos


litisconsortes, desistir do recurso.

Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja


repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquele objeto de julgamento de
recursos extraordinários ou especiais repetitivos.

207. (arts. 988, I, 1,010, § 3º, 1.027, II, “b”) Cabe reclamação, por usurpação da
competência do tribunal de justiça ou tribunal regional federal, contra a decisão de
juiz de 1º grau que inadmitir recurso de apelação. → Exemplo: O Juiz de 1° grau que
fizer o juízo de admissibilidade, caberá reclamação ao TJ ou TRF, pois compete ao
juízo de 2° grau a admissibilidade do recurso.

O recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de


sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a
preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade. → Ou
seja, se o recurso visa obter os honorários, por não se tratar de assunto de interesse
do cliente, deve o advogado requerer a gratuidade em seu nome, se assim não tiver
recursos. Caso tenha recurso, deve fazer o preparo das custas.

• É cabível quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de


processo de competência originária envolver relevante questão de direito,
com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos (art.
947 do CPC/2015).

• Não se trata de um recurso, pois pressupõe que todos já se tenham esgotado.


• Exige que tenha havido o trânsito em julgado da decisão de mérito.
• Consiste, portanto, em uma ação cuja finalidade é desfazer o julgamento já
tornado definitivo.

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida


quando:

1. Proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;


2. Juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
3. Resultar de dolo ou coação, simulação, colusão entre as partes, da parte
vencedora contra a vencida, a fim de fraudar a lei;
4. Ofender a coisa julgada;
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5. Violar manifestamente norma jurídica;


6. For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal
ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
7. Obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja
existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe
assegurar pronunciamento favorável
8. For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

• Os despachos da primeira instância são irrecorríveis, pois não tem conteúdo


decisório, a finalidade é simplesmente dar andamento ao processo.

• SENTENÇA: Ato decisório que põe fim ao procedimento em primeira instância,


seja de conhecimento ou execução.

• FINALIDADE: Impugnar todas as questões que foram decididas ao longo do


procedimento que não comporte agravo de instrumento.

• Legitimidade: Parte Sucumbente (quem perdeu/ o vencido)


• Conteúdo/ objeto: Error injudicando ; Error improcedendo

• É cabível Apelação Adesiva.

• Prazo é contado em dias úteis, prazo de 15 dias, contado da ciência da


Sentença.

• Apelação se dá em duas petições: a 1° de apresentação e a 2° que é a


interposição com as razoes do recurso.

• A interposição do recurso de apelação vai para o juízo a QUO (O juízo de


primeira instância, que proferiu a decisão) e depois ele é remetido a 2°
instância.

• Uma vez sendo o recurso interposto, o juiz vai determinar a intimação do


RECORRIDO/ APELADO (quem venceu) para que ele possa apresentar
CONTRARRAZÕES em 15 dias.

• Feito isso, o Juiz A QUO (de 1° instância) vai determinar a remessa dos autos
para o tribunal afim de que se dê o processamento da apelação em segundo
grau, lembrando que cabe a este fazer o juízo de admissibilidade.

• Distribuído o recurso para um dos relatores/desembargadores, será


incumbido do previsto no art. 932, inc III a V CPC. (hipóteses em que o relator
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pode decidir a apelação monocraticamente, ou seja, pode decidir sozinho, sem


submeter ao plenário).

• Se o relator entender que não é o caso de se proferir uma decisão


monocrática, levará a decisão para o colegiado.

• Regra: O juízo da 1 ° instância, uma vez prolatado a sentença, ele não vai poder
se retratar. EXCEÇÃO: Quando estiver diante de um caso de improcedência
liminar do pedido, há a possibilidade de que o juiz de 1° instância se RETRATE
em 5 dias (art. 332, S4).
EFEITOS DO RECURSO DE APELAÇÃO:

• OBSTAR A PRECLUSÃO E A COISA JULGADA: Enquanto houver recurso sendo


analisado, não haverá coisa julgada;

• EFEITO SUSPENSIVO é a REGRA. O § 1º elenca as EXCEÇÕES, onde a sentença


terá seu efeito imediato e não haverá suspensão em razão da interposição do
recurso:

I - homologa divisão ou demarcação de terras;


II - condena a pagar alimentos*
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos
do executado*;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória*
VI - decreta a interdição.

Mas isso não significa que o efeito suspensivo não possa ser suscitado (art. 1.012, §3º
e 4º)

• EFEITO DEVOLUTIVO: refere-se a devolução da matéria para reexame em


instância superior

• É válido lembrar que a apelação interposta contra sentença que julga embargos
à arrematação tem efeito meramente devolutivo. (STJ, 331).

1.027 do CPC: É cabível contra decisão denegatória de:


• Habeas Corpus (5 dias)
• Mandado de Segurança, (15 dias)
• Habeas datas
• Mandado de segurança ou injunção
Proferida em 2° instância ou por Tribunal Superior.

Deste modo, pode ser interposto perante o STF e STJ.


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• Caso o MS tenha sido denegado por Tribunal Superior, a competência será


do STF.

• Já caso o MS tenha sido denegado por TJ ou TRF ou ainda pelo TJDFT, a


competência será do STJ.

OBS: O STJ entende como sendo erro grosseiro a interposição de recurso especial
quando a legislação claramente estabelece o recurso ordinário. É por essa razão
que não há cabimento do princípio da fungibilidade

Previsto no art. 105, inciso III da Constituição Federal, é um meio de recorrer ao


Superior Tribunal de Justiça após decisão proferida por segunda instância que, de
alguma forma, contenha violação à lei federal:

• Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;


• Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
• Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
• Endereçado e dirigido ao Presidente ou ao vice-presidente do Tribunal
Recorrido, que fará o Juízo de admissibilidade.

• prazo de 15 (quinze) dias para interposição.

• PREQUESTIONAMENTO: Para que seja cabível recurso especial, a lei exige


que o recorrente tenha se insurgido previamente em face da lesão à lei
federal suscitada no recurso, ainda que o faça por embargos de declaração.

• Assim, caso a violação objeto do recurso especial não tenha sido apontada em
momento anterior pelo recorrente e analisada pelo tribunal “violador”, o
recurso não será admitido.

Após a interposição do recurso, caberá ao Desembargador o juízo de admissibilidade,


podendo:
1. Negar seguimento ao REsp;
2. Encaminhar o processo ao órgão julgador para a realização de juízo de
retratação;
3. Sobrestar o recurso que verse sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda
em discussão no STJ ou STF;
4. Em caso de admissibilidade, remeter o feito ao STJ para análise e julgamento.
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DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL:
Art.1029 CPC. § 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o
recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório
de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que
houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado
disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte,
devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.

DA INADIMISSÃO DE RECURSO ESPECIAL PELO PRESIDENTE OU VICE:

• Se o tribunal a quo (Presidente ou Vice) INADMITIR RE/Resp? Cabe Agravo


em Rec. especial

• Se o tribunal a quo (Presidente ou Vice) INADMITIR o RE/REsp com base em


entendimento firmado em regime de repercussão geral ou recursos
repetitivos (analisa, ainda que indiretamente, o mérito)? Não cabe agravo em
Recurso especial. Caberá Agravo Interno. (INF 568) → quem julga é a CORTE
ESPECIAL DO TRIBUNAL

• Nos casos em que o tribunal recorrido inadmitir o recurso especial e negar-


lhe seguimento, o recorrente poderá se valer do agravo em recurso especial,
previsto no art. 1.042 do Novo CPC, com o intuito de que haja reanálise e
admissão da via processual.

• O referido agravo será processado e julgado pelo próprio STJ. Caso este acolha
os fundamentos lá expostos, também vai julgar, de forma conjunta, o recurso
especial que fora interposto.
• Com isso, na prática, tem-se uma garantia de que, caso o Tribunal Superior
entenda que o recurso especial não merece ser admitido, será feita uma
nova análise por meio do agravo em REsp, dessa vez pelo próprio STJ.
• prazo de 15 (quinze) dias para interposição.

• Viabiliza a análise de questões constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal


que:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; →Hipótese de
Repercussão Geral
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição;
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal”.
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• O recorrente deve demonstrar no recurso extraordinário a repercussão geral


das questões constitucionais discutidas no caso, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela
manifestação de 2/3 de seus membros.

• Para fins de julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos


(art. 1.036 do CPC/2015), o presidente ou o vice-presidente de tribunal de
justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos
representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação (§
1º).
• A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do
tribunal regional federal NÃO vinculará o relator no tribunal superior, que
poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia (§ 4º).

• Primeiro precisamos lembrar o que é uma DECISÃO MONOCRÁTICA: “Decisão


final em um processo, tomada por um juiz. A decisão monocrática contraria a
própria natureza das decisões de segundo grau, que deveriam ser colegiadas.”

• O Agravo Interno é uma espécie recursal que visa impugnar as decisões


monocráticas proferidas pelo relator em Tribunal.

• Art. 1.021 do CPC: Será utilizado contra decisão proferida pelo relator
destinada ao órgão colegiado.

• Art. 1.070. É de 15 (quinze) dias o prazo para a interposição de


qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal.

• Cuidado! Das decisões interlocutórias, cabe, como regra o agravo de


instrumento, inclusive nos casos de não admissão de recurso no tribunal pelo
Presidente. Contudo, quando esse indeferimento estiver atrelado a
contrariedade a precedentes vinculativos, o recurso cabível será o agravo
interno, por força do art. 1.030, I, combinado com o §2º.
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• É o recurso cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra específicas decisões


interlocutórias previstas em lei. Decisão interlocutória é todo
pronunciamento com conteúdo decisório proferido no curso do
procedimento, que não encerra a fase cognitiva nem o processo de execução.

AGRAVO DE INSTRUMENTO → Cabimento: E.I.R.E.L.I._A.T.M.

1- Efeito suspensivo em embargos à execução


2- Incidente de desconsideração da personalidade jurídida
3- Rejeição da Gratuidade Judiciária
4- Exibição ou posse de documento ou coisa
5- Litisconsorte ou terceiro
6- Inversão do ônus da prova
7- Arbitragem
8- Tutelas provisória
9- Mérito do processo

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões


interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário

negou provimento = agravo de instrumento

• Ocorrendo o indeferimento total da petição inicial por meio de sentença→


caberá apelação
• Se houver o indeferimento parcial → caberá agravo de instrumento.
• Nesse sentido o enunciado 154 do FPPC, “é cabível agravo de instrumento
contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a
reconvenção”.

• As matérias que não estão elencadas no rol do art. 1.015, do CPC/15, por outro
lado, ainda que decididas por decisão interlocutória, não se sujeitam à
preclusão, podendo ser impugnadas posteriormente à prolação da sentença,
por meio da apelação.

• Súmula 579-STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na


pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o
resultado anterior.

• Artigo 1024 § CPC 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique


modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro
recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar
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suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias,


contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.

• § 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a


conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes
da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e
julgado independentemente de ratificação. *

• A oposição de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO por qualquer dos litigantes


INTERROMPE o prazo para outro recurso (1026 do NCPC), inclusive no JEC
(ARTIGO 50 DA LEI 9099/95).
A FGV troca por SUSPENDE

Os embargos de divergência são um recurso interposto com o objetivo de eliminar a divergência


dentro do próprio STF ou do STJ.

O juiz poderá retratar-se nos seguintes casos:

• Art. 331, CPC- indeferimento da petição inicial


• Art. 332, CPC- improcedência liminar do pedido
• Art. 485, CPC- processo extinto sem resolução

(Prazo de 5 dias)
PS: Esse conteúdo exige muita leitura da lei

Ação rescisória: Não é um recurso! Saber quando a decisão transitada em julgado


poderá ser rescindida (Art.966)
Apelação: Saber as características, cabimento, prazo, possibilidade de retratação,
sobre a regra geral e a exceção relacionada ao efeito suspensivo (Até o presente
momento, o recurso de apelação foi o mais cobrado pela FGV)
Recurso ordinário: Cabimentos e prazos. Atenção, o cabimento é restrito às decisões
denegatórias de 2° grau
Recurso especial: Cabimento, prazo, prequestionamento, consequências da
inadimissão do recurso especial
Agravo em recurso especial: Cabimento e prazo
Recurso extraordinário: Cabimento, prazo, repercussão geral
Agravo interno: Cabimento e prazo
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Agravo de instrumento: Cabimento, Características, prazo – Atenção→ No caso de


indeferimento parcial da petição caberá agravo de instrumento. No caso de
indeferimento TOTAL, caberá apelação
Embargos de declaração: Lembrar que a oposição de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO por
qualquer dos litigantes INTERROMPE o prazo para outro recurso (1026 do NCPC),
inclusive no JEC (ARTIGO 50 DA LEI 9099/95)
Retratação: Saber em quais hipóteses o juiz poderá se retratar, bem como o prazo
legal.
Por fim, é importante ter conhecimento sobre a teoria geral dos recursos para facilitar
o entendimento do conteúdo.

CPC: Art. 331, Art.927, Art.1005, Art.1009 (4x)*, Art. 1.010, Art.1012 (2x), Art.
1.015 (3x), Art.1018, Art. 1.021, art. 1.024, Art.1027(2X), Art.1.029,
Art. 1.030 (2x), Art.1036, Art.1037, art. 1.042,
CF: Art. 102, III
LEI Art. 48 e 50
9.099/95:
OBS: Em destaque os artigos cobrados entre 2019 a 2022
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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

REQUISITOS DA REMOÇÃO DE INVENTARIANTE: (Art.622)


REQUISITOS
CUMULATIVOS

• Instauração de incidente de remoção, apenso aos autos do inventário


• Outorga do direito de defesa e produção de provas.

OBS: O inventariante será removido de ofício ou a requerimento, nas hipóteses previstas


nos incisos I a VI do art. 622 do CPC/2015.
OBS 2: Será intimado o inventariante para, no prazo de 15 (quinze) dias, defender-se e
produzir provas, devendo o incidente da remoção correr em apenso aos autos do
inventário

Atenção, é importante a leitura dos incisos do art. 622 para saber as hipóteses de remoção!

• Pelo PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE das ações possessórias, previsto no art. 554 do


CPC/2015, a propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos
estejam provados.

• CUMULAÇÃO DE PEDIDOS→ É lícito, ao autor da ação possessória, cumular ao pedido


possessório o de condenação em perdas e danos e indenização dos frutos (art. 555, I e II,
do CPC/2015).

• Segundo o PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA, a sentença deve respeitar os limites da lide, ou


seja, deve ter simetria em relação aos pedidos formulados no processo, sendo vedado ao
juiz julgar mais, menos ou de forma diferente daquilo que fora pleiteado pelo autor.

• Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de
constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com
o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de
embargos de terceiro.
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• Os embargos de terceiro podem ser opostos a qualquer tempo no processo de


conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de
sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação
por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva
carta. (Art.675 CPC)

LEI 9.099: No Juizado Especial Cível a contestação pode ser apresentada de forma oral
ou escrita (art. 30 da Lei nº 9.099/95). Por outro lado, NÃO se admite
a reconvenção (art. 31 da Lei nº 9.099/95), admitindo-se apenas o pedido contraposto.
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Novidades legislativas
NOVIDADE LEGISLATIVA
CITAÇÃO
Alteração dada pela lei. 14.195/2021

Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual.
Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da
propositura da ação.
Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2
(dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos
indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do
Conselho Nacional de Justiça.

§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de


processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as
quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. § 1º-A. A ausência de
confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação eletrônica,
implicará a realização da citação:
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital.

§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos
incisos I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de
confirmação do recebimento da citação enviada eletronicamente.

§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5%


(cinco por cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o
recebimento da citação recebida por meio eletrônico*

• A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de 2 dias úteis
• O interessado precisa confirmar o recebimento da citação por e-mail no prazo de 3
dias úteis
• Caso não haja confirmação, a citação será realizada por outros meios, sendo
necessário apresentar uma justificativa da ausência de confirmação da citação por
e-mail
• Consequência da não justificação no prazo legal=→ Considera-se ato atentatório à
dignidade da justiça, aplicando-se multa de 5% sobre o valor da causa
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§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos


Municípios e às entidades da administração indireta.
§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente,
exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que
tal citação é dispensada.

§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para


realização da confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua
identificação na página eletrônica do órgão judicial citante.
§ 5º As microempresas e as pequenas empresas somente se sujeitam ao disposto no
§ 1º deste artigo quando não possuírem endereço eletrônico cadastrado no sistema
integrado da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas
e Negócios (Redesim).
§ 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver compartilhamento de cadastro
com o órgão do Poder Judiciário, incluído o endereço eletrônico constante do sistema
integrado da Redesim, nos termos da legislação aplicável ao sigilo fiscal e ao tratamento de
dados pessoais.

Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer
comarca do País, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
CONTAGEM DO PRAZO DE CITAÇÃO POR E-MAIL:

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
[...}
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação,
do recebimento da citação realizada por meio eletrônico.
Outro artigo importante alterados pela nova lei:
• Art.397 → Ampliação do cabimento da exibição de documento ou coisa

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