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Aula 03

AGU
(Advogado
da União)
Direito
Eleitoral
2023 (Pós-Edital)

Autor
Ricardo Torques 30 de Dezembro de 2022
Estratégia Carreira Jurídica
AGU (Advogado da União) Direito Eleitoral - Prof.: Ricardo Torques

Sumário
Súmulas TSE ....................................................................................................................................................... 3

Questões Comentadas ..................................................................................................................................... 36

Lista de Questões ............................................................................................................................................. 52

Gabarito............................................................................................................................................................ 58

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SÚMULAS DO TSE

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Está será uma aula adicional, essencial para o nosso estudo, uma vez que os editais muitas vezes cobram
expressamente as Súmulas do TSE.

Em junho de 2016 o Tribunal Superior Eleitoral ampliou significativamente o rol de Súmulas, de modo que,
será necessário analisar todos os verbetes, de forma objetiva, mas com a devida atenção para que não
tenhamos surpresas no dia da prova.

Boa aula.

SÚMULAS TSE

Súmula TSE nº 1

CANCELADA

Súmula TSE nº 2

Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo fixado em lei,
considera-se satisfeita a correspondente condição de elegibilidade, ainda que não tenha fluído,
até a mesma data, o tríduo legal de impugnação.

De acordo com o art. 14 §3º inciso V da Constituição Federal e com a Lei dos Partidos Políticos, uma das
condições de elegibilidade é a filiação partidária há pelo menos seis meses antes da data fixada para as
eleições.

Em regra, essas filiações são acompanhadas pela Justiça Eleitoral e pelos demais partidos políticos pelas
remessas periódicas, das listas de filiados, nos termos do art. 19, da LPP:

Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido, por seus órgãos
de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos Juízes Eleitorais, para
arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de
candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual constará a
data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das Seções em que estão inscritos.

Essas listas de filiados são publicadas de modo que os partidos terão acesso para impugná-las. É o que se
extrai do art. 19, §3º ao prever o acesso de tais informações às agremiações:

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§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de
seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Na Lei dos Partidos Políticos anterior havia a possibilidade de impugnação no prazo de 3 dias após a
publicação. Em razão disso, o TSE publicou a referida Súmula para fixar que a comunicação no prazo,
independentemente de posterior impugnação, era suficiente para atender à condição de elegibilidade.

Atualmente o dispositivo tem pouca valia. De todo modo, registre-se que a data do requerimento da filiação
partidária marca o início da contagem do prazo de seis meses de filiação. Então, ainda que haja impugnação
e a decisão deferindo a filiação seja proferida fora do prazo legal, o TSE entende que o deferimento produzirá
efeitos retroativos à data do requerimento de filiação e portanto o prazo terá sido cumprido.

Devemos lembrar, ainda, que no caso de haver dois registros de filiação, prevalecerá a mais recente, devendo
a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais, conforme art. 20, § único da LPP, com redação
dada pela Lei nº 12.891/2013.

Súmula TSE nº 3

No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento de
defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o indeferimento,
ser juntado com o recurso ordinário.

Em direito processual, a regra é a impossibilidade de que a parte junte documentos na fase recursal.
Contudo, em relação ao processo de registro de candidatos, o Tribunal permite que tais documentos sejam
anexados aos autos com o recurso ordinário, caso o juiz eleitoral não tenha deferido prazo para que os
documentos fossem juntados.

Lembre-se de que nas eleições gerais o registro dos candidatos ocorre no TRE, assim se o defeito na instrução
se referir a condição de elegibilidade caberá recurso especial para o TSE.

PERMITE-SE A JUNTADA caso o juiz não tenha


em processo de registro
DE DOCUMENTOS COM deferido prazo durante a
de candidatos
O RECURSO ORDINÁRIO instrução do feito

Súmula TSE nº 4

Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.

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O art. 12, da LE, trata dos candidatos que pretendem registrar o mesmo nome para aparecer na urna eleitoral
no dia das eleições. Vejamos o dispositivo:

Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu nome
completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções,
que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual
é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente
contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência
deseja registrar-se.

§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Justiça Eleitoral procederá atendendo ao seguinte:

I – havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção de
nome, indicada no pedido de registro;

II – ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato eletivo
ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha candidatado
com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, ficando outros candidatos
impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;

III – ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado
nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte
final do inciso anterior;

IV – tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois incisos
anteriores, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre
os respectivos nomes a serem usados;

V – não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada candidato
com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem de preferência
ali definida.

Os três primeiros incisos trazem regras referentes à escolha dentre os candidatos. Caso não seja possível
resolver por algum desses critérios, os candidatos deverão chegar a um acordo. Não havendo acordo a LE
determina, no inc. V, que eles serão nomeados com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro.

Contudo, de acordo com o entendimento do TSE, se não houver acordo, ao invés de registrar ambos os
candidatos com os respectivos nomes e sobrenomes, defere-se o pedido do primeiro que tiver requerido o
nome perante à Justiça Eleitoral. Em relação ao outro candidato, por decorrência, deverá utilizar uma das
outras duas variações indicadas no seu pedido de registro.

Súmula TSE nº 5

Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90.

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Da leitura do enunciado acima podemos concluir que aos serventuários de cartório celetistas não se aplica
a exigência de desincompatibilização no prazo de três meses antes das eleições.

Embora o enunciado da Súmula não tenha sido cancelado pelo TSE, há entendimento do órgão de que os
serventuários de cartório são considerados servidores em sentido amplo e, portanto, devem se
desincompatibilizar no prazo de três meses. Vejamos a ementa1 da Consulta do TSE, a título ilustrativo:

Consulta. Deputado federal. Desincompatibilização. Titular de serventia extrajudicial. Aplicação


do art. 1°, II, l, da Lei Complementar n° 64/1990. 1. O titular de serventia extrajudicial por ser, no
exercício de suas atividades, servidor público em sentido amplo, deve se afastar de suas funções
até três meses antes das eleições, conforme o disposto no art. 1º, II, l, da Lei Complementar n°
64/1990 [...]. 2. Consulta conhecida e respondida nos termos do art. 1°, II, l, da Lei n° 64/1990.

É pouco provável que o assunto seja exigido em prova em termos tão específicos, contudo, é bom
conhecermos o dissenso dentro do TSE e conhecer ambos os posicionamentos.

Então, se aparecer o texto expresso da Súmula, marque-o como correto!

Súmula TSE nº 6

São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 7º do


art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível, tenha falecido,
renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito.

A presente súmula foi alterada e assumiu nova redação em junho de 2016.

Vamos aproveitar para relembrar o texto da Súmula Vinculante 18:

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Ao tratar da inelegibilidade reflexa em relação ao cônjuge/companheiro ou parente do titular de cargo do


Poder Executivo, o TSE fixou entendimento no sentido de que a inelegibilidade reflexa poderá ser afastada,
desde que o titular do cargo de seja reelegível e, apenas, nas seguintes hipóteses:

 Falecimento.

1
Res. nº 23.257, de 29.4.2010, rel. Min. Aldir Passarinho Junior.

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Aqui tratamos do falecimento do titular no curso do primeiro mandato. Nesse caso, ficará afastada a
inelegibilidade, segundo entendimento do TSE.

 Renúncia.

Caso o titular do cargo do Executivo que esteja no curso do primeiro mandato renunciar ao cargo será
afastada a inelegibilidade reflexa para o cônjuge/companheiros e parentes até o segundo grau.

 Desincompatibilização.

Afastamento nos últimos 6 meses do mandato do titular reelegível.

(IADES - AL-GO Procurador/2019) Com base na legislação eleitoral e na jurisprudência do Tribunal


Superior Eleitoral (TSE) e de súmula vinculante, no que tange a condições de elegibilidade e
inelegibilidade, assinale a alternativa correta.

a) Nos termos da jurisprudência do TSE e de súmula vinculante, a separação judicial ou divórcio,


verificados no curso do mandato, afastam a inelegibilidade do ex-cônjuge para o mesmo cargo.

b) Nos termos da jurisprudência do TSE, é inelegível cunhada de governador do Estado em cuja


jurisdição pretenda concorrer a cargo eletivo municipal.

c) Nos termos da lei, para todos os cargos eletivos, a idade mínima constitucionalmente estabelecida
como condição de elegibilidade será verificada à data da posse.

d) Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição
pelo prazo de um ano e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

e) No território de jurisdição do titular, são inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,


até o segundo grau ou por adoção, dos chefes do Poder Executivo, ainda que já titulares de mandato
eletivo e candidatos à reeleição.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Como vimos na súmula vinculante 18 do STF a dissolução da sociedade
ou do vínculo conjugal no curso do mandado não afasta a inelegibilidade.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o texto do art. 14 §7º da CF:

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§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

A cunhada é parente por afinidade em segundo grau do governador, portanto aplica-se a regra de
inelegibilidade.

A alternativa C está incorreta. Como estudamos em aula própria a idade do vereador é uma exceção e
deve ser aferida na data limite do registro, de acordo como o art. 11 § 2º da Lei 9.504/97.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 9º da lei 9.504/97 o período mínimo de domicílio
exigido é de 6 meses e não 1 ano.

A alternativa E está incorreta. Não se aplica a inelegibilidade caso o parente já seja titular de mandato
eletivo e se candidate a reeleição, a exceção está prevista na parte final do §7º do art. 14 da CF.

Súmula TSE nº 7

CANCELADA

Súmula TSE nº 8

CANCELADA

Súmula TSE nº 9

A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa


com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de
reparação dos danos.

Tranquila essa Súmula, não?

Sabemos que a condenação criminal transitada em julgado constitui uma hipótese de suspensão dos direitos
políticos, prevista no art. 15 inciso III da CF. A constituição determina que a suspensão dos direitos políticos
ocorre enquanto durarem os efeitos da condenação. Para o TSE não se inclui os efeitos penais secundários
devendo cessar imediatamente com o cumprimento ou com a extinção da pena, sem considerar eventuais
reparações cíveis pendentes.

Logo, o que causa a suspensão é a pendência de uma condenação criminal, nada interessando para o
exercício da capacidade eleitoral ativa.

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Súmula TSE nº 10

No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em cartório antes de três
dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo intimação pessoal
anterior, só se conta do termo final daquele tríduo.

Vamos iniciar pelo caput do art. 8º da LE:

Art. 8º Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará
a sentença em Cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste
momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de recurso para o Tribunal Regional
Eleitoral.

De acordo com a legislação eleitoral, o juiz terá três dias – a contar da conclusão dos autos – para lançar a
sentença in/deferindo o registro do candidato às eleições municipais. Em seguida, prescreve a lei que
automaticamente abre prazo de três dias para o interessado apresentar recurso. Essa é a regra!

E se o juiz apresentar a sentença antes dos três dias? O prazo corre somente a partir do terceiro dia? O
prazo corre a partir da sentença?

É isso que disciplina a Súmula! De acordo com o enunciado, se o Juiz Eleitoral publicar a sentença antes dos
três dias, o prazo somente correrá antes se houver intimação pessoal das partes do processo.

Súmula TSE nº 11

No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade para
recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria constitucional.

Para atender os critérios de publicidade e permitir a fiscalização após o recebimento dos pedidos de registro
deve haver a publicação de um edital e a partir desta publicação inicia-se o prazo para a impugnação. O
direito de impugnar cabe a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo
de cinco dias, em petição fundamentada. Após o prazo o juiz profere a sentença deferindo ou indeferindo o
pedido de registro, neste momento passa a correr o prazo de 3 dias para o recurso.

A súmula em análise trata da legitimidade para a interposição deste recurso. Somente podem recorrer as
partes envolvidas no processo. Essa é a lógica da presente Súmula. Dessa forma, a parte que impugnou o
registro do candidato terá legitimidade para recorrer do registro da candidatura deferido.

A impugnação ao registro de candidatura (AIRC) deve ser formalizada no momento em que ocorrer o
deferimento do registro. Essa é a regra. Se não impugnado no momento certo – que é de 5 dias conforme a
art. 3º, caput, da LI – a parte não poderá mais impugnar o registro. Lembre-se, esse prazo é decadencial e
improrrogável.

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Vamos pensar em um exemplo: o partido A impugna o registro da candidatura de José, integrante do partido
B. O Juiz Eleitoral decide por indeferir a impugnação e deferir o registro do candidato. Nesse caso, quem terá
interesse em recorrer é o Partido A apenas. Não poderá o Partido C, que não impugnou, apresentar recurso
do deferimento.

Há, contudo, uma exceção, qual seja, quando se tratar de MATÉRIA CONSTITUCIONAL o partido que não
impugnou poderá recorrer da decisão de impugnação do registro do candidato. Matéria constitucional não
se submete a preclusão.

Há uma observação final bastante pertinente. Conforme entendimento do STF no ARE nº 728188/2013, com
repercussão geral reconhecida, o Ministério Público tem legitimidade para recorrer de decisão que defere
registro de candidatura, ainda que não tenha apresentado impugnação, sendo-lhe inaplicável a presente
súmula, vez que atua na defesa do estado democrático e na defesa da ordem jurídica.

Súmula TSE nº 12

São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes


consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de
quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo.

Conforme o enunciado acima, as regras referentes à inelegibilidade reflexa aplicam-se para ambos os
municípios desmembrados, caso o detentor do cargo político exerça mandado, dentro da circunscrição,
antes do desmembramento.

Vejamos uma ilustração:

No exemplo acima, se a pessoa for detentora de mandato político


no município relativo à área A, em caso de desmembramento, será
inelegível para as duas áreas, para a área A e para a área B

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Súmula TSE nº 13

Não é auto-aplicável o § 9º, art. 14, da Constituição, com a redação da Emenda Constitucional de
Revisão nº 4/94.

Vejamos o dispositivo referido:

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação,


a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de
1994)

Considerando que o dispositivo encontra-se disciplinado pela Lei Complementar nº 64/1990 (Lei de
Inelegibilidade), a Súmula não tem efeitos.

Súmula TSE nº 14

CANCELADA

Súmula TSE nº 15

O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de
alfabetizado do candidato.

O entendimento atual da jurisprudência é no sentido de que o Juiz Eleitoral poderá tomar declaração, por
termo, do candidato, para fins de comprovação da alfabetização, uma das condições de elegibilidade.

Assim, no caso de dúvida quanto à condição de alfabetização do candidato e quanto à idoneidade do


comprovante por ele apresentado, o juízo eleitoral pode realizar teste, de forma individual e reservada.

Desse modo, o exercício do mandato eletivo anterior não poderá ser utilizado, por si só, como prova capaz
de comprovar a alfabetização do candidato.

Súmula TSE nº 16

CANCELADA

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Súmula TSE nº 17

CANCELADA

Súmula TSE nº 18

Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício,
instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral
em desacordo com a Lei nº 9.504/97.

A imposição de multa eleitoral depende de provocação, ou seja, depende de representação por parte dos
demais partidos, ou candidatos, bem como pelo Ministério Público.

O poder de política conferido ao Juiz Eleitoral circunscreve-se ao poder de determinar a remoção de


eventuais propagandas que estejam desrespeitando a legislação eleitoral.

Súmula TSE nº 19

O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou político


tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo
ano seguinte (art. 22, XIV, da LC no 64/90).

A inelegibilidade em razão de condenação por abuso de poder econômico ou político está prevista no art.
22, XIV, da Lei de Inelegibilidades. Confira:

Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá
representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e
indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar
uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização
indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido
político, obedecido o seguinte rito (...)

XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal
declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do
ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos
subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do
candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou
abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos
ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação
penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;

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O que a Súmula faz é esclarecer é o início de contagem do prazo, que será considerado o dia da eleição em
que houve a condenação e termina oito anos para frente.

Portanto, no caso das eleições de 2016, se terminada em primeiro turno, conta-se a partir do dia 2/10/2016
e irá findar em 2/10/2024.

(VUNESP - Câmara de Piracicaba - SP/2019) Tendo em vista as Súmulas do Tribunal Superior Eleitoral,
assinale a alternativa correta.

a) O exercício do mandato, por si só, é circunstância que comprova a condição de alfabetizado do


candidato.

b) O juiz eleitoral pode, de ofício, instaurar procedimento para impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral irregular.

c) O prazo de inelegibilidade pela condenação por abuso de poder econômico inicia no dia da eleição
em que se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.

d) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato há litisconsórcio passivo facultativo
entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.

e) O partido político é litisconsórcio passivo necessário em ações que visem à cassação da diplomação
do candidato.

Comentário

A alternativa A está incorreta. Como vimos no estudo da Súmula 15 não é circunstância capaz, por si
só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 18 o juiz eleitoral não tem legitimidade para
de ofício instaurar procedimento com a finalidade de aplicar multa de propaganda eleitoral irregular.

A alternativa C está correta. A assertiva traz a literalidade da súmula 19 do TSE.

A alternativa D está incorreta. Estudaremos ainda nesta aula que de acordo com a Súmula 38 há
litisconsórcio passivo necessário neste caso.

A alternativa E está incorreta. A Súmula 40 do TSE afirma que o partido político não é litisconsorte
passivo necessário nas ações que visam à cassação de diploma.

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Súmula TSE nº 20

A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que trata o
art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de convicção, salvo quando
se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé pública.

O verbete trata da prova da filiação partidária exigida para que o candidato possa concorrer às eleições. Em
regra, a comprovação da filiação se dá por intermédio da informação enviada pelo partido político, na
segunda semana dos meses de abril e de outubro de cada ano, conforme estabelece o art. 19 da Lei
9.096/1995.

Esse é o meio usual de comprovação. Contudo, se houver alguma falha na comunicação da filiação, de acordo
com o TSE essa prova poderá se dar por outros elementos de convicção constante dos autos, que possam
aferir que a filiação se deu no tempo oportuno. Lembre-se de que documento produzidos de forma unilateral
pelo candidato ou pelo partido não serão aceitos como prova.

Súmula TSE nº 21

CANCELADA

Súmula TSE nº 22

Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial recorrível, salvo situações de teratologia
ou manifestamente ilegais.

Essa Súmula segue o entendimento do STF, segundo o qual não é cabível, em regra, mandado de segurança
contra decisão judicial. Há, entretanto, entendimento jurisprudencial que flexibiliza essa regra para entender
que, se a decisão for teratológica ou manifestamente ilegal, o direito líquido e certo poderá ser tutelado por
mandado de segurança. Situações como essa, capazes de gerar prejuízo ou dano irreparável em decorrência
de decisão judicial, são passíveis de mandado de segurança.

Súmula 267 do STF

Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.

Súmula TSE nº 23

Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado.

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Esse verbete explicita que não cabe mandado de segurança contra decisão judicial já transitada em julgado.
No mesmo sentido da Súmula TSE 22 segue o entendimento sumulado pelo STF.

Súmula 268 do STF

Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.

Assim...

NÃO CABE
MANDADO DE
SEGURANÇA

admite-se a ação
contra decisão
constitucional em
judicial
caso de

decisões
transitada em não comporta decisões
manifestamente
julgado exceção teratológicas
ilegais

Súmula TSE nº 24

Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

Essa questão envolve o cabimento de recursos perante o TSE. No caso do recurso especial, o art. 121 §4º da
CF e o art. 278, I, do CE, trazem as hipóteses previstas:

art. 121 § 4º da CF - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso
quando:

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I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que
cabe recurso para o Tribunal Superior:

I - especial:

a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;

b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

O entendimento sumulado do TSE se coaduna com os entendimentos do STJ e o do STF quanto a matéria.

Súmula 279 do STF

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Súmula 7 do STJ

A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.

Devemos lembrar que o recurso especial possui natureza excepcional e fundamentação vinculada sua
finalidade principal é uniformizar a interpretação da lei. No caso, por mais que a parte alegue que a sentença
foi proferida contra expressa disposição de lei ou que houve divergência na interpretação da legislação entre
dois ou mais tribunais, caso seja verificado no contexto prático que a parte pretende o reexame de matérias
de fato e probatórias não caberá o recurso.

Súmula TSE nº 25

É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial


eleitoral.

Esse entendimento sumulado fixa a excepcionalidade do recurso especial no âmbito do TSE, de modo que
somente será cabível o instrumento processual caso não haja possibilidade de se utilizar de outros recursos
ordinários.

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Súmula TSE nº 26

É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da decisão


recorrida que é, por si só, suficiente para a manutenção desta.

O presente verbete trata do ônus da impugnação especificada dos recursos. A ideia é simples, não se admite
defesa genérica, de modo que o recorrente não pode apresentar sua defesa com negativa geral das
alegações debatidas na sentença, devendo impugnar especificamente os pontos que entender que merece
reforma.

Súmula TSE nº 27

É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a compreensão da


controvérsia.

Novamente o TSE fixa entendimento por intermédio de Súmula com a pretensão de evitar que os recursos
sejam admitidos na instância superior. Os recursos, notadamente perante o TSE, guardam a característica da
excepcionalidade.

Em face disso, entende-se inadmissível o recurso que não seja compreensível. A parte recorrente deve ser
clara suficiente de forma permitir a identificação da controvérsia jurídica para que tese possa ser debatida
pela Corte.

Veja que o STF também trata da matéria em sua Súmula 284:

É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir


a exata compreensão da controvérsia.

Súmula TSE nº 28

A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base na alínea
b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante a realização
de cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos paradigma e o aresto
recorrido.

Esse verbete estabelece a forma como deve ser comprovada a divergência jurisprudencial a fim de que seja
cabível o recurso especial nos termos do art. 276, I, b, do Código Eleitoral.

Primeiro, lembre-se, o recurso especial será cabível em caso de:

 decisão proferida pelos TREs contra expressa disposição de lei; e

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 decisões divergentes na interpretação de lei entre dois ou mais TREs.

No caso de divergência entre na interpretação da lei entre dois ou mais TREs, a parte deverá:

a) cotejar analiticamente os dois julgados que estão divergentes, apontando no que eles diferente; e

b) demonstrar que os casos são semelhantes, muitos embora os TREs tenham interpretado a matéria
de forma distinta.

Dito de forma simples: para um mesmo caso os TREs interpretaram de forma diferente a legislação federal.

Justifica-se assim, a atuação do TSE a fim de uniformizar a jurisprudência eleitoral, a nível nacional.

Súmula TSE nº 29

A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio


jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral.

Como vimos no estudo da Súmula anterior o recurso especial será cabível quando as decisões divergentes
ocorrerem entre dois tribunais diferentes.

Pode acontecer que dentro do mesmo tribunal ocorram decisões divergentes, mas neste o plenário do
próprio tribunal deverá unificar seu entendimento, não sendo possível levar a divergência ao TSE.

Veja que o STF e o STJ têm súmula no mesmo sentido.

Súmula 369 do STF

Julgados do mesmo tribunal não servem para fundamentar o recurso extraordinário por
divergência jurisprudencial.

Súmula 13 do STJ

A divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja recurso especial.

Súmula TSE nº 30

Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão
recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.

Ainda sobre os recursos especiais eleitorais, no caso desse verbete o TSE firmou que, ainda que exista decisão
divergente no passado não será cabível o recurso a partir do momento que o TSE fixar tese sobre a matéria
antes divergente.

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Como dito, a pretensão desses recursos é uniformizar o entendimento jurisprudencial pelo TSE. Se o TSE já
fez isso, não é cabível o RESPE como prevê a Súmula TSE 30.

Súmula TSE nº 31

Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.

A finalidade desta súmula é manter no próprio tribunal a competência para apreciar recurso de suas decisões
liminares. O recurso especial será utilizado contra acórdão e não contra pedido de medida liminar.
Novamente, basta que você pense que a finalidade do recurso especial é uniformizar a jurisprudência. Logo,
se a decisão é limitar e, portanto, ainda precária não há se galar em uniformização. Apenas se a decisão for
divergente é que podemos cogitar a uniformização jurisprudencial.

Súmula TSE nº 32

É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao


Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias.

Esse enunciado é importante, pois ele delimita o entendimento de “lei” para fins do cabimento do recurso
especial.

De acordo com o art. 276, I, B, do CE, cabe o recurso contra decisão proferida pelos TREs contra expressa
disposição de lei.

Segundo o TSE não são considerados para fins de uniformização em sede de recurso especial a legislação
municipal ou estadual, regimentos internos e normas partidárias.

Do mesmo modo, outro entendimento fácil de compreender. Lembre-se que esse recurso é cabível para
uniformizar a interpretação da legislação no âmbito nacional. Se aceitássemos o recurso para discutir a
interpretação de lei estadual, municipal, regimentos internos ou normas partidárias não teríamos uma
uniformização a nível nacional, mas local. Portanto...

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PARÂMETRO NORMATIVO
PARA O RECURSO ESPECIAL

não são
considera-se
considerados

regimentos normas
lei federal leis estaduais leis municipais
interno partidárias

Súmula TSE nº 33

Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem sobre a
incidência de causa de inelegibilidade.

Sem maiores dificuldades quanto a esse verbete. A ação rescisória tem por finalidade desconstituir a
sentença transitada em julgado, com eventual reanálise da matéria.

No âmbito eleitoral, ela bem prevista no art. 22, I, “j”, do CE, ao prever o cabimento da ação rescisória nos
casos de inelegibilidade, desde que seja intentada no prazo de 120 dias a contas da decisão irrecorrível, ou
seja, a partir do momento em que transita em julgado. Reforçando o teor do Código Eleitoral, o TSE editou
a súmula que estamos analisando para informar que ela será cabível apenas em ações que versem sobre
inelegibilidade. Essa ação poderá ser proposta pelo candidato ou pelo MP.

Súmula TSE nº 34

Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato
de membro de Tribunal Regional Eleitoral.

A presente súmula fixa que não cabe ao TSE julgar mandado de segurança contra ato de membro do TRE.
Nesse caso, a competência é do próprio órgão colegiado do TRE!

Súmula TSE nº 35

Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato


normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

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O presente verbete trata da reclamação.

No âmbito do TSE a reclamação é cabível em várias situações:

 reclamações contra obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à contabilidade e à
apuração da origem dos seus recursos (alínea f do inc. I do art. 22 do CE)

 reclamações contra seus próprios juízes que, no prazo de 30 dias, não julgarem os feitos que lhes
forem distribuídos (alínea i do inc. I do art. 22 do CE)

 reclamações contra decisões do TSE com a finalidade de garantir a competência da Corte ou a


autoridade de suas decisões (parágrafo único do inc. V do art. 15 do RI-TSE).

Dessas três hipóteses nos interessa a última.

Essas decisões referidas na terceira hipótese abrange apenas decisões de cunho jurisdicional, não
abrangendo as decisões que envolvam o exercício da função consultiva, uma vez que possuem caráter
meramente interpretativo e orientativo, logo não possuem a força vinculante que tem a decisão judicial. Do
mesmo modo, não é cabível reclamação contra ato normativo do TSE.

Logo

de decisão jurisdicional
cabe
(função jurisdicional)

RECLAMAÇÃO CONTRA
DECISÃO DO TSE de consulta (função
consultiva)

não cabe

de ato normativo (função


normativa)

Súmula TSE nº 36

Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições
federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal).

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Essa Súmula é fundamental. Para memorizá-la, cabe um esquema:

contra decisão do TRE que decida


sobre inelegibilidade

contra decisão do TRE que decida


CABE RECURSO ORDINÁRIO sobre expedição ou anulação de
diploma

contra decisão do TRE que decida


sobre perda de mandato eleito nas
eleições federais ou estaduais

Súmula TSE nº 37

Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra


expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais.

O presente verbete trata da ação contra expedição de diploma para as eleições federais e estaduais. Como
a expedição de diploma é da competência do TRE nas eleições estaduais e federais (leia-se, para os cargos
de Governador, vice-Governador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senadores da República), em caso
de recurso (o denominado RCED) será cabível originariamente perante o TSE.

Súmula TSE nº 38

Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo
necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.

O litisconsórcio é instituo processual que prevê a atuação de mais de uma parte, em conjunto, em um dos
polos. Por exemplo, se tivermos dois ou mais autores na mesma ação teremos um litisconsórcio ativo. Agora,
se houver dois ou mais réus, o litisconsórcio será passivo.

Esse litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário. No litisconsórcio facultativo, a parte autora pode
decidir se irá demandar contra todos os réus ou se apenas contra um deles. Agora, no litisconsórcio passivo
necessário é dever da parte demandar contra todos.

No caso dessa Súmula, fixou o TSE que quando se tratar de ação visando à cassação de registro de diploma
ou de mandato é necessário que a ação seja intentada, em litisconsórcio passivo necessário, contra o

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membro titular e contra o vice. Logo, titular e vice serão réus em ações que visam à cassação do registro, do
diploma ou do mandato, pois a decisão afeta a ambos necessariamente.

Súmula TSE nº 39

Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.

Mais uma súmula envolvendo litisconsórcio! Nesse caso, o TSE firmou entendimento no sentido de que não
é necessário formar litisconsórcio para o registro de candidatura.

Assim, agregando as Súmulas 38 e 39, temos:

cassação de registro

necessário cassação de diploma

LISTISCONSÓRCIO ENTRE
cassação de mandato
TITULAR E VICE

facultativo registro de candidatura

Súmula TSE nº 40

O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de
diploma.

A Súmula TSE 40, na mesma toada, prevê que não é necessário ao partido político estar em litisconsórcio na
ação que versar sobre cassação de diploma de partido político.

Súmula TSE nº 41

Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por
outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.

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Esse verbete é interessante, pois ela prevê o respeito à esfera e competência de cada órgão. Como sabemos,
não apenas outros órgãos eleitorais (como os Juízes Eleitorais e TREs) como também os tribunais de contas
possuem competência para tratar de assuntos que podem levar à inelegibilidade.

O que prevê essa Súmula é que não cabe ao TSE analisar o acerto ou desacerto da decisão proferida por
outro órgão.

Súmula TSE nº 42

A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de obter a certidão
de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu, persistindo esses efeitos,
após esse período, até a efetiva apresentação das contas.

Em caso de não apresentação das contas no prazo legal, o órgão competente para sua análise deverá
obrigatoriamente Notificar o candidato para apresentá-las no prazo de 72 horas. Se ainda assim o candidato
se omitir suas contas serão julgadas como não prestadas.

Havendo trânsito em julgado da decisão não será possível a obtenção da certidão de quitação eleitoral,
documento obrigatório para o registro de candidatura, até que sejam apresentadas as contas mesmo que
de forma extemporânea.

Súmula TSE nº 43

As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candidato, nos


termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas para as
condições de elegibilidade.

A Súmula TSE 43 é bastante relevante. Como sabemos, os candidatos devem registrar a candidatura até as
19 horas do dia 15/8. Após essa data não podem mais requerer o registro.

Vamos entender melhor:

➢ Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes capazes de atrair inelegibilidades - serão consideradas


até o exaurimento das instâncias ordinárias.
➢ Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes capazes de afastar inelegibilidades - serão
consideradas até a diplomação dos candidatos eleitos.
➢ Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes em prol do candidato relativas à elegibilidade - serão
consideradas até a diplomação dos eleitos.

Por exemplo, o candidato efetua o pedido de registro no prazo (ou seja, antes das 19h do dia 15/8). Até o
momento em que o pré-candidato formulou o pedido havia decisão judicial que o tornava inelegível,
contudo, dois dias depois essa decisão é cassada ou reformada.

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Nesse caso, essa decisão posterior e superveniente é benéfica ao candidato e será considerada para fins de
registro, não obstante no momento do pedido ele estar inelegível.

Súmula TSE nº 44

O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90 não afasta o poder geral de cautela conferido ao
magistrado pelo Código de Processo Civil.

A Lei Complementar 64/1990 prevê no art. 26-C que o colegiado do tribunal poderá adotar algumas medidas
cautelares, ou seja, algumas decisões de proteção, quando envolverem a apreciação do recurso contra as
decisões colegiadas relativas a representação, condenações penais, condenação por abuso de poder
econômico, corrupção eleitoral, suspensão dos direitos político, improbidade administrativa ou
desfazimento de vínculo conjugal simulado.

Assim, expressamente o dispositivo traz algumas hipóteses em que tribunal poderá conceder medida
cautelar em determinados processos na fase recursal.

A Súmula do TSE por sua vez faz a seguinte interpretação: não obstante essas possibilidades previstas de
medida cautelar, o Tribuna não ficará impedido de adotar outras medidas, em razão denominado “poder
geral de cautela”.

Dito de forma simples, significa dizer que o rol de hipóteses listas no art. 26-C é meramente exemplificativo.

Desse modo, em se tratando de ações que visem apurar inelegibilidades, sempre que existir plausibilidade,
mesmo que a parte não requeria, o magistrado poderá conceder medidas cautelares, em face do poder geral
de cautela.

Súmula TSE nº 45

Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência
de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa.

A presente súmula assegura ao Juiz eleitoral, ao analisar o pedido de registro de candidatura, a prerrogativa
de conhecer de ofício sobre causas de inelegibilidade que possam não ser estar declaradas ainda, bem como
declarar a ausência de condições de elegibilidade, desde que observado o devido processo legal.

O juiz não ficará adstrito à conferência dos documentos apresentados, podendo respeitado o contraditório
e ampla defesa declarar inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade de ofício.

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Súmula TSE nº 46

É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e fundamentada
autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a relação
dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação cabível, em que
poderá requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos
rendimentos do doador.

As campanhas são financiadas pelos partidos, candidatos e pessoas físicas. Para identificar e controlar as
doações realizadas pelas pessoas físicas (limite de 10% sobre o rendimento bruto auferido) o TSE consolida
as informações e envia para a Receita Federal que realiza o cruzamento de dados e verificando excesso nas
doações enviará as informações ao Ministério Público para apuração. É com base neste documento que o
parquet realizará as representações.

(MPE - SC - MPE-SC/2019) Julgue o item:

Segundo a Súmula n. 46 do TSE, é ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia
e fundamentada autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente
apenas a relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação cabível,
em que poderá requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos
rendimentos do doador.

Comentários

A afirmativa está correta. Com explicado o acesso a relação dos doadores que excederam os limites
legais produzida pela Receita Federal prescinde de autorização judicial. Porém caso o Ministério
Público julgue necessário acessar os dados individuais do doador relativos aos seus rendimentos
deverá solicitar autorização judicial.

Súmula TSE nº 47

A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição de


diploma, fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se
infraconstitucional, superveniente ao registro de candidatura, e que surge até a data do pleito.

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Vimos que o afastamento de inelegibilidades ou constatação de condição de elegibilidade supervenientes


podem beneficiar o candidato em sede de registro de candidatura.

Aqui a situação é diversa e envolve o recurso contra a diplomação.

O RCED tem como função impugnar a diplomação do candidato eleito, e somente é cabível nos casos de
inelegibilidade constitucional ou na infraconstitucional superveniente que são aquelas ocorridas entre o
registro da candidatura e as eleições.

Súmula TSE nº 48

A retirada da propaganda irregular, quando realizada em bem particular, não é capaz de elidir a
multa prevista no art. 37, § 1º, da Lei nº 9.504/97.

A presente súmula trata da distinção entre a atuação administrativa e jurisdicional da Justiça Eleitoral. No
primeiro caso, a atuação da Justiça para remoção de propaganda irregular é administrativa e poderá ser
exercida de ofício. Outra coisa é a aplicação de multa por propaganda irregular, que é hipótese que envolve
aplicação da função jurisdicional.

O verbete trata especificamente da possibilidade de aplicação de multa, ainda que realidade a propaganda
irregular em bens particulares.

Súmula TSE nº 49

O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar o
registro inicia-se com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina
a sua intimação pessoal.

O presente verbete esclarece o início do prazo para o Ministério Público impugnar o registro de candidatura.
Da publicação do edital com a lista de candidatos registrados, o MP possui prazo de 5 dias para ajuizar a AIRC
– ação de impugnação ao registro de candidatura. Esse termo inicial somente não será observado se for
determinada a intimação pessoal do parquet.

Para a prova...

CONTADO DA
PUBLICAÇÃO DA LISTA
PRAZO PARA A AIRC 5 DIAS
DE CANDIDATOS
REGISTRADOS

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Súmula TSE nº 50

O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento regular de


seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta a
ausência de quitação eleitoral.

O pagamento de multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento do parcelamento, ainda


que após o prazo para o registro de candidatura, mas antes do julgamento da ação afasta a ausência da
condição de elegibilidade. O que não é admissível, é o pagamento da multa ou parcelamento após a decisão
transitada de indeferimento.

Súmula TSE nº 51

O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se afastarem os eventuais


vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

O procedimento de registro de candidatura tem por finalidade precípua aferir se o pré-candidato preenche
todas as condições de elegibilidade e não incorre em nenhuma das hipóteses de inelegibilidades.

Assim, de acordo com o entendimento do TSE não será o momento adequado para o candidato registrando
discutir eventuais vícios na prestação de contas de campanha ou partidárias. Lembre-se de que a certidão
de quitação eleitoral é documento obrigatório para o registro de candidatura. Essas matérias devem ser
analisadas em procedimentos próprios, cabendo, em sede de registro da candidatura, apenas a averiguação
quanto ao preenchimento das normas eleitorais para fins do exercício regular da capacidade eleitoral
passiva.

Súmula TSE nº 52

Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou,
em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

Em sentido semelhante à Súmula TSE 39, esse verbete retrata o respeito à esfera e competência de cada
órgão. Como sabemos, cada órgão eleitoral possui competência específica para tratar da filiação partidária
dos seus domiciliados. Desse modo, o que prevê a Súmula que é que deve ser espeitada a coisa julgada e por
isso essas decisões não podem ser reanalisadas, quanto ao acerto ou desacerto, pelo TSE.

Súmula TSE nº 53

O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse para
impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de eventuais
irregularidades havidas em convenção.

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De acordo com o art. 3º da Lei de Inelegibilidade a legitimidade para a impugnar o registro de candidatura é
do partido político, da coligação e do Ministério Público. Veja:

Art. 3º Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no


prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro de candidato, impugná-lo
em petição fundamentada.

O TSE, em interpretação extensiva, cria mais uma hipótese extraordinária de legitimidade, prevê que o filiado
a partido político, ainda que não seja candidato também poderá apresentar a AIRC. Porém essa legitimidade
não é ampla, deve limitar-se as irregularidades havidas na convenção partidária.

Veja que a legitimidade é específica e está relacionada ao partido do qual é integrante que escolheu
determinado filiado. Em face dessa escolha, havendo irregularidade, poderá ajuizar a AIRC para que a
matéria seja analisada judicialmente.

Súmula TSE nº 54

A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes
do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu afastamento de
fato.

Essa Súmula é muito relevante e fixa o prazo de desincompatibilização para servidor público ocupante de
cargo em comissão. Para esses servidores o prazo de desincompatibilização é sempre de 3 meses conforme
estabelece o verbete.

Mais importante do que isso é a previsão de que o servidor deve se exonerar definitivamente do cargo para
que possa concorrer ao cargo político-eletivo.

Súmula TSE nº 55

A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento


do registro de candidatura.

O verbete acima estabelece uma regra de presunção relativa, segundo a qual a CNH gera presunção e que
pessoa é alfabetizada, condição de elegibilidade.

Súmula TSE nº 56

A multa eleitoral constitui dívida ativa de natureza não tributária, submetendo-se ao prazo
prescricional de 10 (dez) anos, nos moldes do art. 205 do Código Civil.

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A Súmula TSE 56, por sua vez, acaba com discussão acerca da natureza jurídica da penalidade decorrente de
aplicação de multa. De acordo com o entendimento do TSE essa multa tem natureza não tributária e o prazo
prescricional de 10 anos.

Em face disso, após a aplicação da multa, a Fazenda Pública tem 10 anos para promover a execução sob pena
de prescrição da exigibilidade do crédito devido.

Súmula TSE nº 57

A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da quitação eleitoral, nos
termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/97, pela Lei nº 12.034/2009.

Entre as condições para obtenção da certidão de quitação eleitoral está a prestação de contas de campanha,
como já vimos, este documento é obrigatório para aqueles que desejam concorrer a cargos político-eletivos.
Apenas a não prestação das contas implica a ausência de quitação eleitoral.

O que nos diz o verbete é que essa prestação de contas não precisa, necessariamente, está julgada, mas deve
ser apresentada. O julgamento não é condição para aferição da regularidade que ficará sob efeito resolutivo,
em caso de desaprovação.

Súmula TSE nº 58

Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição


da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela
Justiça Comum.

Entre as regras de competência, devemos inserir o entendimento exarado na Súmula TSE 58. De acordo com
esse verbete não é da competência da Justiça Eleitoral avaliar a prescrição da pretensão punitiva ou
executória de candidato em face do registro de candidatura.

Por exemplo, determinada pessoa foi condenada por homicídio e cumpre pena. Os efeitos eleitorais dessa
pena na elegibilidade da pessoa serão aferidos pela Justiça Eleitoral com base naquilo que fora decido pelo
Poder Judiciário Estadual.

Não cabe à Justiça Eleitoral avaliar se houve ou não prescrição da pretensão punitiva ou executória. Cabe à
Justiça Eleitoral, à luz do que foi decidido na Justiça Comum, aplicar a restrição à candidatura no processo
eleitoral.

Súmula TSE nº 59

O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a


inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos
secundários da condenação.

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Primeiro devemos entender que a prescrição da pretensão executória alcança apenas o cumprimento das
penas principais não comprometendo as penas secundárias. A Súmula TSE 58 deixa claro que os efeitos
secundários da condenação na área eleitoral devem ser cumpridos ainda que o condenado não cumpra sua
pena principal tendo em vista o reconhecimento da prescrição executória pela justiça comum. Assim, a
extinção da pena pela Justiça Comum não extingue eventuais restrições eleitorais à pena aplicada.

Súmula TSE nº 60

O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 deve ser contado a
partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua
declaração judicial.

A Súmula TSE 60 trata dos casos em que a pena não foi cumprida, já que o texto legal prevê que o prazo da
inelegibilidade deve começar a ser contado após o cumprimento da pena. No caso da prescrição executória
não haverá cumprimento de pena então devemos determinar um novo marco inicial para contar o tempo de
inelegibilidade.

Segundo se pode depreender da súmula em estudo, o entendimento do TSE é que a contagem do prazo de
inelegibilidade pela prática dos crimes previstos nos itens do art. 1, I, “e”, da Lei de Inelegibilidade, nestes
casos, se inicia na data em que ocorrer a prescrição da pretensão executória e não da declaração judicial,
vez que esta é meramente declaratória.

Súmula TSE nº 61

O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 projeta-


se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, restritiva de direito
ou multa.

A Súmula TSE 61 prevê como se dá o cálculo da inelegibilidade por 8 anos pela prática dos crimes previstos
nos itens do art. 1, I, “e”, a Lei de Inelegibilidade.

O início do prazo lega em consideração o término do cumprimento da pena, independentemente de essa


pena ser privativa de liberdade ou restritiva de direitos.

Súmula TSE nº 62

Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se
defende, e não pela capitulação legal atribuída pelo autor.

A Súmula TSE 62 prevê que eventual pedido formulado perante o Poder Judiciário eleitoral levará em
consideração os fatos que foram imputados e não a capitulação legal atribuída pelo autor.

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Súmula TSE nº 63

A execução fiscal de multa eleitoral só pode atingir os sócios se preenchidos os requisitos para a
desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 do Código Civil, tendo em vista a
natureza não tributária da dívida, observados, ainda, o contraditório e a ampla defesa.

O presente enunciado trata da desconsideração da personalidade jurídica em caso de multa imposta à


pessoa jurídica. A desconsideração é admissível, contudo, deve observar a caracterização necessária do art.
50 do CC. Confira:

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando
lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios
da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº
13.874, de 2019)

§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica
com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído
pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios,


caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-


versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor


proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)

§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das


obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)

§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput
deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)

§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da


atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

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Portanto, para que seja possível a desconsideração da personalidade jurídica é necessária demonstração do
abuso da personalidade, com caracterização do desvio de finalidade ou confusão patrimonial.

Se isso for identificado na ação de cobrança da multa eleitoral é possível depois de instaurado o incidente
de desconsideração de personalidade jurídica (arts. 133 a 137) a fim que haja ampliação do polo executado
da demanda para cobrar os valores dos sócios.

Súmula TSE nº 64

Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é


cabível o recurso ordinário.

Sem maiores dificuldades, você deve memorizar a literalidade desse verbete que prevê que o recurso cabível
contra ação que discute condições de elegibilidade e inelegibilidade no mesmo acórdão será o recurso
ordinário para o TSE.

Súmula TSE nº 65

Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida.

Trata-se de uma evolução jurisprudência, o recurso apresentado antes da decisão, denominado de


extemporâneo ou prepóstero será considerado tempestivo, em face do princípio da celeridade eleitoral, se
já prolatada a decisão mas ainda não publicada é perfeitamente cabível o recurso por força do entendimento
do TSE.

Súmula TSE nº 66

A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato indeferimento do registro


ou o cancelamento do diploma, sendo necessário o exame da presença de todos os requisitos
essenciais à configuração da inelegibilidade, observados os princípios do contraditório e da ampla
defesa.

O art. 26-X, §2º, prevê que se mantida a condição de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão
liminar, no uso do poder geral de cautela, não gera, de imediato, o indeferimento do registo ou cancelamento
do diploma, sendo necessária a presença de todos os requisitos essenciais para a configuração da
inelegibilidade e a observância do contraditório e da ampla defesa.

Súmula TSE nº 67

A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo
sistema majoritário.

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A Súmula TSE 67 esclarece celeuma em torno do art. 22-A da Lei 9.504/1997. Esse dispositivo da Lei das
Eleições fixa as situações em que a desfiliação gera a perda do mandato, mas não distingue se essas hipóteses
se aplicam aos cargos majoritários ou proporcionais.

Essa discussão foi eliminada com a redação da Súmula TSE 67 que esclareceu que a perda do mandato em
razão de desfiliação imotivada aplica-se apenas aos cargos proporcionais.

Súmula TSE nº 68

A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de
ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.

A Súmula TSE 68 prevê que as astreintes (multa para execução forçada) de decisões eleitorais são executadas
pela União, no caso, pela Fazenda Nacional.

Súmula TSE nº 69

Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 têm


termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número no oitavo
ano seguinte.

A inelegibilidade em razão de abuso de poder econômico e por corrupção eleitoral tem, como início da
contagem do prazo de 8 anos, o dia o primeiro turno da eleição em que houve a condenação e termina oito
anos para frente.

Portanto, no caso das eleições de 2016 conta-se a partir do dia 2/10/2016 e irá findar em 2/10/2024.

Veja:

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que


beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem
condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a
eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos
8 (oito) anos seguintes;

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado
da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação
ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em
campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito)
anos a contar da eleição;

Importante registrar que essa forma de contagem do prazo é muito semelhante à que vimos na Súmula TSE
19.

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Súmula TSE nº 70

O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente


que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97.

A Súmula TSE trata do encerramento superveniente da causa de inelegibilidade, o que afasta a


impossibilidade de concorrer ao pleito eleitoral, desde que ocorram antes da data das eleições.

Súmula TSE nº 71

Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da consequente interposição de


agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo quanto ao recurso especial,
dentro do mesmo tríduo legal.

Para finalizar, a Súmula TSE 71 prevê que do ajuizamento do recurso especial haverá juízo de admissibilidade
pelo Presidente do TRE respectivo. Se esse juízo de admissibilidade for negativo, o recorrente poderá agravar
da decisão com a finalidade de deslocar a admissibilidade para o âmbito do Tribunal.

Desse modo, uma vez apresentado o agravo de instrumento, antes de o Presidente do TRE determinar a
remessa dos Autos para o Tribunal Superior, abrirá vistas à parte contrária para ciência do agravo de
instrumento e também das contrarrazões do Recurso Especial. Nesse caso, compete à parte recorrida o dever
de apresentar não apenas a resposta ao agravo de instrumento, mas, também, desde já, apresentar as
contrarrazões do Recurso Especial.

Isso é exigido porque se a o recurso for admitido no âmbito do TSE, o órgão desde já passará para o
julgamento do recurso especial.

Súmula TSE nº 72

É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na
decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

Trata-se da exigência do prequestionamento, ou seja, é necessário a discussão da matéria nas instâncias


ordinárias, ainda que para isso a parte tenha que provocar a manifestação por embargos de declaração. Caso
isso não ocorra o Recurso Especial será inadmissível por ausência de requisito essencial.

Finalizamos a análise de todas as Súmulas!

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pretensão desse encontro é bastante objetivo, qual seja: analisar as 72 súmulas do TSE, para atender ao
questionamento específico que possa ser feito em relação a esse assunto na sua prova, até porque a temática
está sempre prevista no edital.

Com os novos verbetes acreditamos que esses entendimentos serão cobrados em prova. De toda forma, a
cobrança será, com grande probabilidade, literal, assim devemos compreender a ideia desses novos
verbetes.

Qualquer dúvida, permaneço à disposição no fórum do nosso curso!

Ricardo Torques

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QUESTÕES COMENTADAS
PROCURADOR

1. (VUNESP/PGM-Fco Morato - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta redação de uma súmula do
Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de
ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o
recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da Súmula nº 64 do TSE: “Contra acórdão
que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o recurso ordinário.”

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A alternativa A está incorreta. A Súmula 72 do TSE estabelece: “É inadmissível o recurso especial eleitoral
quando a questão suscitada não foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de
declaração.”

A alternativa B está incorreta. Nos termos da Súmula nº 68 do TSE: “A União é parte legítima para requerer
a execução de astreintes, fixada por descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.”

A alternativa D está incorreta. A Súmula nº 58 do TSE prevê: “Não compete à Justiça Eleitoral, em processo
de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar
a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.”

A alternativa E está incorreta. A Súmula nº 51 do TSE dispõe: “O processo de registro de candidatura não é
o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de
campanha ou partidárias.”

2. (VUNESP/PGM-Bauru - 2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o entendimento


sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do
pleito, bastando apenas seu afastamento de fato.
e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A Súmula 72 do TSE estabelece: “É inadmissível o


recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão recorrida e não foi objeto
de embargos de declaração.”

A alternativa B está incorreta. A Súmula nº 67 do TSE prevê: “A perda do mandato em razão da desfiliação
partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário.”

A alternativa C está incorreta. Nos termos da Súmula nº 55 do TSE: “A Carteira Nacional de Habilitação gera
a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro de candidatura.”

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula nº 54 do TSE: “A desincompatibilização de servidor


público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo
comissionado, e não apenas seu afastamento de fato.”

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A alternativa E está incorreta. Dispõe a Súmula nº 52 do TSE: “Em registro de candidatura, não cabe examinar
o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.”

3. (FEPESE/PGE-SC - 2018) Considere os seguintes excertos de julgados do Tribunal Superior Eleitoral,


alguns com adaptações, sobre desincompatibilização, com base na Lei Complementar Federal nº 64, de 18
de maio de 1990, e na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.
1. “Consulta. Prazo. Desincompatibilização. Secretário de Estado. Candidatura. Cargo. Prefeito. Para
concorrer ao cargo de prefeito ou vice-prefeito, o secretário de estado deverá observar o prazo de quatro
meses para desincompatibilizar-se, conforme previsto no art. 1º, IV, a, c.c. o II, a, 12, da LC nº 64/90.” (Res.
nº 21.736, de 4.5.2004, rel. Min. Luiz Carlos Madeira.)
2. “[…] Impugnação. Candidato. Deputado Federal. Membro Ministério Público. Desincompatibilização.
Prazo. Inocorrência. Inelegibilidade. Recurso desprovido. Os magistrados, os membros dos tribunais de
contas e os do Ministério Público devem filiar-se a partido político e afastar-se definitivamente de suas
funções até seis meses antes das eleições. (Art. 13, da Res.-TSE nº 22.156, de 13.3.2006.) (…)” (Ac. de
21.9.2006 no RO nº 993, rel. Min. Cesar Asfor Rocha.)
3. “[…] Registro de candidatura. Prefeito. Candidato ao cargo de prefeito em outro município.
Desnecessidade de renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito. Art. 14, § 6º, da CF.
Negado provimento. É desnecessária a renúncia ao mandato, seis meses antes do pleito, de prefeito que se
candidate ao mesmo cargo em outro município.” (Ac. n° 22.485, de 9.9.2004, rel. Min. Peçanha Martins.)
4. “Delegado de polícia. Candidato a vereador. Inobservância do prazo de quatro meses para
desincompatibilização. Recurso especial não conhecido.” NE: LC nº 64/90, art. 1º, IV, c e VII, b. (Ac. nº 16.479,
de 29.8.2000, rel. Min. Garcia Vieira.)
Assinale a alternativa que indica todos os excertos corretos.
a) São corretos apenas os excertos 1 e 2.
b) São corretos apenas os excertos 1 e 3.
c) São corretos apenas os excertos 2 e 4.
d) São corretos apenas os excertos 2 e 3.
e) São corretos apenas os excertos 3 e 4.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Veremos cada excerto separadamente:

O excerto 1 está correto. De acordo com o art. 1º, IV, “a” da Lei Complementar nº 64/90, os secretários
estaduais devem se desincompatibilizar do cargo no prazo de 4 meses quando forem candidatos a Prefeito
e Vice-Prefeito.

Art. 1º São inelegíveis:


IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

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a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de
Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização.

O excerto 2 está correto. O excerto está em conformidade com o art. 13 da Res.-TSE nº 22.156: “Os
magistrados, os membros dos tribunais de contas e os do Ministério Público devem filiar-se a partido político
e afastar-se definitivamente de suas funções até seis meses antes das eleições.”

O excerto 3 está incorreto. O TSE, no Ac. de 9.9.2004 no REspe nº 22.485, decidiu que “é necessária a
renúncia ao mandato, seis meses antes do pleito, de prefeito que se candidate ao mesmo cargo em outro
município.”

O excerto 4 está incorreto. O prazo de desincompatibilização é de 6 meses.

Art. 1º São inelegíveis:


IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses
anteriores ao pleito;
VII - para a Câmara Municipal:
b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo
de 6 (seis) meses para a desincompatibilização.
4. (VUNESP/PGM-Sertãozinho - 2016) Assinale a alternativa correta sobre o crime tipificado no artigo
350 do Código Eleitoral, omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais.
a) Trata-se de crime material, sendo necessária a ocorrência de prejuízo efetivo, não sendo suficiente a
potencialidade lesiva da conduta.
b) Sua configuração não exige que a declaração falsa inserida no documento seja apta a provar um fato
juridicamente relevante, com aptidão para lesionar a fé pública eleitoral.
c) Sua consumação não prescinde de resultado naturalístico.
d) Se o agente da falsidade documental é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo
ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos de registro civil, a pena é agravada.
e) É apenado com reclusão de até 5 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, tanto para a falsificação de
documento público como particular.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A alternativa fundamenta-se no parágrafo único do


art. 350 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65):

Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais:

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Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, se o documento é público, e


reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular.
Parágrafo único. Se o agente da falsidade documental é funcionário público e comete o crime
prevalecendo-se do cargo ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos de registro civil,
a pena é agravada.

A alternativa A está incorreta. O art. 350 do Código Eleitoral tipifica um crime formal: “Para caracterização
do crime do art. 350 do Código Eleitoral, eventual resultado naturalístico é indiferente para sua consumação
- crime formal -, mas imperiosa é a demonstração da potencialidade lesiva da conduta omissiva, com
finalidade eleitoral.” (Ac. de 19.8.2008 no ARESPE nº 28.422.)

A alternativa B está incorreta. O TSE, no AgR-REspe 826.426.131, firmou entendimento que “a configuração
do crime de falsidade ideológica eleitoral exige que a declaração falsa inerida no documento seja apta a
provar um fato juridicamente relevante.”

A alternativa C está incorreta. O TSE (Ac. de 19.8.2008 no ARESPE nº 28.422) decidiu que “Para
caracterização do crime do art. 350 do Código Eleitoral, eventual resultado naturalístico é indiferente para
sua consumação - crime formal -, mas imperiosa é a demonstração da potencialidade lesiva da conduta
omissiva, com finalidade eleitoral.”

A alternativa E está incorreta. Como visto, as penas variam de acordo com a natureza do documento. Se o
documento for público: reclusão até 5 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa; se o documento for particular:
reclusão até 3 anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa.

PROMOTOR

5. (MPE-SC/MPE-SC - 2019) Julgue o item:


Segundo a Súmula n. 46 do TSE, é ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e
fundamentada autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a
relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação cabível, em que poderá
requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos rendimentos do doador.

Comentários

A assertiva está correta. Dispõe a Súmula nº 46 do TSE: “É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo
fiscal sem prévia e fundamentada autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar
diretamente apenas a relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação
cabível, em que poderá requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos
rendimentos do doador.”

6. (FMP/MPE-RO - 2017) Assinale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal


Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da diplomação, última

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fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as
relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar,
sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo eleitoral, já que em algum
momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A resposta baseia-se no entendimento manifestado


pelo TSE no julgamento do REsp 28.030: “As circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao Registro de
Candidatura que afastem a inelegibilidade, com fundamento no que preceitua o art. 11, § 10 da Lei 9.504/97,
podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias extraordinárias, até a data da
diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se
estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas posto que não condizem com o entendimento jurisprudencial do
TSE.

7. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos


a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o TSE, a reabilitação ou a prova de reparação dos danos são
medidas que independem da cessação da suspensão dos direitos políticos

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A alternativa B é a correta e gabarito da questão, conforme posicionamento do TSE no julgamento do REsp


19.959:

REsp 19.959: A suspensão condicional do processo não implica aceitação dos termos da denúncia nem
afasta a presunção de inocência: hipótese em que o cumprimento das condições acarreta a extinção
da punibilidade e não elide a primariedade do réu (Lei no 9.099/95, art. 89).

A alternativa C está incorreta. A situação em questão é caso de suspensão dos direitos políticos. Vejamos o
que dispõe o art. 15, IV, da CF/88:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 15, III, da CF, enquanto os efeitos da condenação criminal
transitada em julgado estiverem presentes, a suspensão dos direitos políticos irá, igualmente, permanecer.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
8. (VUNESP/Prefeitura Várzea Paulista- 2021) Assinale a alternativa que contém a correta acepção de
uma das súmulas vigentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na presente data.
A) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
majoritário.
B) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso extraordinário.
C) O partido político é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
D) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
E) A falta de abertura de conta bancária específica não é fundamento suficiente para a rejeição de contas de
campanha eleitoral, desde que, por outros meios, se possa demonstrar sua regularidade.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo coma Súmula 67 do TSE a perda do mandado por infidelidade
partidária não se aplica para os cargos eleitos pelo sistema majoritário.

Súmula 67 do TSE:. A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 64 do TSE o recurso cabível neste caso é o ordinário.

Súmula 64 do TSE:. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e


de inelegibilidade, é cabível recurso ordinário.

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A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE o partido não é litisconsorte passivo
necessário.

Súmula 40 do TSE:. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem
à cassação do diploma.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. É a previsão da Súmula 72 do TSE.

Súmula 72 do TSE:. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi
debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa E está incorreta. Era o texto da Súmula 16 cancelada pelo TSE. Hoje a abertura de conta
bancária é obrigatória.
9. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo
de registro de candidatos para disputa de mandato eletivo,
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de
impugnação de registro de candidatura.
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 11 do TSE. O partido que
não impugnou o registro não poderá interpor recurso da decisão.

Súmula 11 do TSE: “No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não
tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria
constitucional".

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE, não há litisconsórcio necessário neste
caso.

Súmula nº 40. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à
cassação de diploma

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 58 do TSE.

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Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar
a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena
imposta pela Justiça Comum.

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 45 do TSE.

Súmula nº 45. Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício
da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa.

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 55 do TSE:

Súmula nº 55. A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao


deferimento do registro de candidatura

10. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Tendo em conta o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral,
assinale a alternativa incorreta:
a) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
b) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso ordinário.
c) Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro
de candidatura.
e) Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 67 do TSE. Não se aplica
aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário. Essa súmula costuma aparecer bastante nas provas.

Súmula 67 do TSE: A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa B está correta. De acordo com a Súmula 64 do TSE:

Súmula nº 64. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de


inelegibilidade é cabível o recurso ordinário

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 58 do TSE.

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Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar
a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena
imposta pela Justiça Comum.

A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 55 do TSE.

Súmula nº 55. Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao


deferimento do registro de candidatura.

A alternativa E está correta. De acordo com a Súmula 52 do TSE:

Súmula nº 52. Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão
que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

11. (VUNESP/Câmara de Piracicaba - SP - 2019) Tendo em vista as Súmulas do Tribunal Superior


Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O exercício do mandato, por si só, é circunstância que comprova a condição de alfabetizado do candidato.
b) O juiz eleitoral pode, de ofício, instaurar procedimento para impor multa pela veiculação de propaganda
eleitoral irregular.
c) O prazo de inelegibilidade pela condenação por abuso de poder econômico inicia no dia da eleição em que
se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato há litisconsórcio passivo facultativo
entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
e) O partido político é litisconsórcio passivo necessário em ações que visem à cassação da diplomação do
candidato.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 15 do TSE:

Súmula nº 15. O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar
a condição de alfabetizado do candidato

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 18 do TSE o juiz não pode de ofício.

Súmula nº 18. Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral
para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/1997

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 19 do TSE.

Súmula nº 19. O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder


econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de
igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90).

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A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 38 do TSE. Nestes casos o litisconsórcio é necessário
e não facultativo.

Súmula nº 38. Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio
passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE:

Súmula nº 40. O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à
cassação de diploma

12. (VUNESP/Prefeitura de Francisco Morato - SP - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta
redação de uma sumula do Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de ordem
judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o
recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 72 do TSE. Trata-se do prequestionamento, havendo
o debata nas instâncias ordinárias não há impedimento para o Recurso Especial.

Súmula nº 72. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi
debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 68 do TSE a União é parte legítima.

Súmula nº 68 A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por
descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.

A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 64 do TSE. Veja que as questões cobram a literalidade
das súmulas.

Súmula nº 64. Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de


inelegibilidade é cabível o recurso ordinário

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 58 do TSE:

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Súmula nº 58. Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar
a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena
imposta pela Justiça Comum

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 51 do TSE:

Súmula nº 51. O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se afastarem
os eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha ou partidária.

13. (VUNESP/Prefeitura de Bauru-2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o


entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito,
bastando apenas seu afastamento de fato.
e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
Comentários

A alternativa A está correta. De acordo com a Súmula 72 do TSE:

Súmula nº 72. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi
debatida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 67 do TSE não se aplica aos candidatos eleitos pelo
sistema majoritário e se aplica aos eleitos pelo sistema proporcional.

Súmula nº 67. A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos
candidatos eleitos pelo sistema majoritário.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 55 do TSE:

Súmula nº 55. A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária


ao deferimento do registro de candidatura.

A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 54 do TSE:

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Súmula nº 54. A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de


três meses antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu
afastamento de fato.

A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 52 do TSE:

Súmula nº 52. Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão
que examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

14. (FUNRIO/AL-RR - 2018) De acordo com o entendimento sumulado do TSE, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O exercício de mandato eletivo, por si só, é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado
do candidato.
b) Cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
c) Só é admissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao regimento
interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias.
d) A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 15 do TSE:

O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de
alfabetizado do candidato.

A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 24 do TSE:

Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 32 do TSE:

É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao


Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias.

A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 9 do TSE:

A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa


com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de
reparação dos danos.

15. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia

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a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação.


b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico.
c) da sentença que julgou procedente a representação.
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico.
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade.
Comentários
Para responder esta questão devemos combinar o texto do art. 22, inc. XIV, da LC n.º 64/90 c/c a Súmula TSE
n.º 19.

Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá
representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e
indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar
uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização
indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido
político, obedecido o seguinte rito:

XIV) julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal
declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do
ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos
subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do
candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou
abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos
ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação
penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar (redação dada pela LC
n.º 135/10).

Súmula TSE n.º 19. O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder
econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de
igual número no oitavo ano seguinte

O prazo será contado do dia da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico e finda no dia de igual
número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90). Logo a alternativa D é a correta.
16. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos
a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.

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Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 9 do TSE, a reabilitação ou a prova de reparação dos
danos são medidas que independem da cessação da suspensão dos direitos políticos.

Súmula nº 9 do TSE: A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal


transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de
reabilitação ou de prova de reparação dos danos.

A alternativa B é a correta e gabarito da questão, conforme posicionamento do TSE no julgamento do REsp


19.959:

REsp 19.959: A suspensão condicional do processo não implica aceitação dos termos da denúncia nem
afasta a presunção de inocência: hipótese em que o cumprimento das condições acarreta a extinção
da punibilidade e não elide a primariedade do réu (Lei no 9.099/95, art. 89).

A alternativa C está incorreta. A situação em questão é caso de suspensão dos direitos políticos. Vejamos o
que dispõe o art. 15, IV, da CF/88:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 15, III, da CF, enquanto os efeitos da condenação criminal
transitada em julgado estiverem presentes, a suspensão dos direitos políticos irá, igualmente, permanecer,
inclusive no curso de livramento condicional, suspensão condicional da pena e prisão domiciliar.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
17. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por
a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.

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Comentários

Para responder à questão, necessário conhecer o art. 1º, I, “j”, da LI e Súmula 69 do TSE:

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da
Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou
gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas
eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da
eleição;
Súmula do TSE nº 69: Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC
nº 64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número
no oitavo ano seguinte.

Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

18. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas
eleições. Nessa situação, Jairo é
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização.
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.

Comentários

O segredo para resolver essa questão é identificar que Jairo não é servidor público! Ele é celetista, ou seja,
empregado contratado de um cartório.

Caso Jairo fosse servidor público, deveria se desincompatibilizar pelo período de 3 meses para concorrer ao
cargo de vereador. Contudo, como Jairo não é servidor, não há necessidade de desincompatibilização.

Para responder essa questão você deveria conhecer a Súmula TSE nº 5:

Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90.

Deste modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

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19. (FCC/TRE-PR - 2017) Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento
sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral
a) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade.
b) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver ausência de
condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
d) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
e) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

Comentários

A questão cobrou exatamente o entendimento exarado na Súmula TSE nº 45:

Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência de
causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

LISTA DE QUESTÕES
PROCURADOR

1. (VUNESP/PGM-Fco Morato - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta redação de uma súmula
do Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de
ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o
recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

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2. (VUNESP/PGM-Bauru - 2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o entendimento


sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do
pleito, bastando apenas seu afastamento de fato.
e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
3. (FEPESE/PGE-SC - 2018) Considere os seguintes excertos de julgados do Tribunal Superior Eleitoral,
alguns com adaptações, sobre desincompatibilização, com base na Lei Complementar Federal nº 64, de 18
de maio de 1990, e na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.
1. “Consulta. Prazo. Desincompatibilização. Secretário de Estado. Candidatura. Cargo. Prefeito. Para
concorrer ao cargo de prefeito ou vice-prefeito, o secretário de estado deverá observar o prazo de quatro
meses para desincompatibilizar-se, conforme previsto no art. 1º, IV, a, c.c. o II, a, 12, da LC nº 64/90.” (Res.
nº 21.736, de 4.5.2004, rel. Min. Luiz Carlos Madeira.)
2. “[…] Impugnação. Candidato. Deputado Federal. Membro Ministério Público. Desincompatibilização.
Prazo. Inocorrência. Inelegibilidade. Recurso desprovido. Os magistrados, os membros dos tribunais de
contas e os do Ministério Público devem filiar-se a partido político e afastar-se definitivamente de suas
funções até seis meses antes das eleições. (Art. 13, da Res.-TSE nº 22.156, de 13.3.2006.) (…)” (Ac. de
21.9.2006 no RO nº 993, rel. Min. Cesar Asfor Rocha.)
3. “[…] Registro de candidatura. Prefeito. Candidato ao cargo de prefeito em outro município.
Desnecessidade de renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito. Art. 14, § 6º, da CF.
Negado provimento. É desnecessária a renúncia ao mandato, seis meses antes do pleito, de prefeito que se
candidate ao mesmo cargo em outro município.” (Ac. n° 22.485, de 9.9.2004, rel. Min. Peçanha Martins.)
4. “Delegado de polícia. Candidato a vereador. Inobservância do prazo de quatro meses para
desincompatibilização. Recurso especial não conhecido.” NE: LC nº 64/90, art. 1º, IV, c e VII, b. (Ac. nº 16.479,
de 29.8.2000, rel. Min. Garcia Vieira.)
Assinale a alternativa que indica todos os excertos corretos.
a) São corretos apenas os excertos 1 e 2.
b) São corretos apenas os excertos 1 e 3.
c) São corretos apenas os excertos 2 e 4.
d) São corretos apenas os excertos 2 e 3.
e) São corretos apenas os excertos 3 e 4.

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4. (VUNESP/PGM-Sertãozinho - 2016) Assinale a alternativa correta sobre o crime tipificado no artigo


350 do Código Eleitoral, omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar,
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais.
a) Trata-se de crime material, sendo necessária a ocorrência de prejuízo efetivo, não sendo suficiente a
potencialidade lesiva da conduta.
b) Sua configuração não exige que a declaração falsa inserida no documento seja apta a provar um fato
juridicamente relevante, com aptidão para lesionar a fé pública eleitoral.
c) Sua consumação não prescinde de resultado naturalístico.
d) Se o agente da falsidade documental é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo
ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos de registro civil, a pena é agravada.
e) É apenado com reclusão de até 5 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, tanto para a falsificação de
documento público como particular.

PROMOTOR

5. (MPE-SC/MPE-SC - 2019) Julgue o item:


Segundo a Súmula n. 46 do TSE, é ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e
fundamentada autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a
relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação cabível, em que poderá
requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados relativos aos rendimentos do doador.
6. (FMP/MPE-RO - 2017) Assinale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal
Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da diplomação, última
fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as
relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar,
sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastem a
inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias
extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo eleitoral, já que em algum
momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.
7. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos

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a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.
8. (VUNESP/Prefeitura Várzea Paulista- 2021) Assinale a alternativa que contém a correta acepção
de uma das súmulas vigentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na presente data.
A) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
majoritário.
B) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso extraordinário.
C) O partido político é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
D) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
E) A falta de abertura de conta bancária específica não é fundamento suficiente para a rejeição de contas de
campanha eleitoral, desde que, por outros meios, se possa demonstrar sua regularidade.
9. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo
de registro de candidatos para disputa de mandato eletivo,
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de
impugnação de registro de candidatura.
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
10. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Tendo em conta o entendimento sumulado do Tribunal Superior
Eleitoral, assinale a alternativa incorreta:
a) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
b) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível
o recurso ordinário.
c) Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

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d) A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro


de candidatura.
e) Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
11. (VUNESP/Câmara de Piracicaba - SP - 2019) Tendo em vista as Súmulas do Tribunal Superior
Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O exercício do mandato, por si só, é circunstância que comprova a condição de alfabetizado do candidato.
b) O juiz eleitoral pode, de ofício, instaurar procedimento para impor multa pela veiculação de propaganda
eleitoral irregular.
c) O prazo de inelegibilidade pela condenação por abuso de poder econômico inicia no dia da eleição em que
se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
d) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato há litisconsórcio passivo facultativo
entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
e) O partido político é litisconsórcio passivo necessário em ações que visem à cassação da diplomação do
candidato.
12. VUNESP/Prefeitura de Francisco Morato - SP - 2019) Assinale a alternativa que traz a correta
redação de uma sumula do Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada foi debatida na decisão recorrida
mas não foi objeto de embargos de declaração.
b) A União não é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de ordem
judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
c) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade é cabível o
recurso ordinário.
d) Compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
e) O processo de registro de candidatura é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados
no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.
13. VUNESP/Prefeitura de Bauru-2018) Assinale a alternativa que corretamente reproduz o
entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
a) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
b) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
proporcional.
c) A Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do
registro de candidatura.
d) A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito,
bastando apenas seu afastamento de fato.

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e) Em registro de candidatura, é cabível examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em


processo específico, a filiação partidária do eleitor.
14. (FUNRIO/AL-RR - 2018) De acordo com o entendimento sumulado do TSE, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O exercício de mandato eletivo, por si só, é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado
do candidato.
b) Cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
c) Só é admissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao regimento
interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias.
d) A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
15. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia
a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação.
b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico.
c) da sentença que julgou procedente a representação.
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico.
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade.
16. (CESPE/MPE RR - 2017) A suspensão de direitos políticos
a) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará com o cumprimento da pena, sendo
indispensável a prova de reparação dos danos, se for o caso.
b) não ocorre em relação ao beneficiado pela suspensão condicional do processo.
c) não é penalidade prevista para aquele que se recusar a prestar serviço no júri popular e a cumprir o serviço
alternativo, mesmo que a recusa deva-se a escusa de consciência.
d) decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessará quando a pena privativa de liberdade
for substituída por restritiva de direitos.
17. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por
a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.

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d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final
no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de
igual número no oitavo ano seguinte.
18. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas
eleições. Nessa situação, Jairo é
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização.
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus
vencimentos integrais.
e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de
seus vencimentos integrais.
19. (FCC/TRE-PR - 2017) Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento
sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral
a) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade.
b) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver ausência de
condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
d) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa.
e) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

GABARITO

1. C
2. A
3. A
4. D
5. CORRETA
6. B
7. B

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8. D
9. A
10. A
11. C
12. C
13. A
14. D
15. D
16. B
17. D
18. B
19. E

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