Você está na página 1de 26

Súmulas do TSE

Direito Eleitoral para concursos - Com videoaulas - Curso Regular

Professor: Ricardo Torques

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

AULA EXTRA
SÚMULAS DO TSE

Sumário
1 - Considerações iniciais ........................................................................... 2
2 - Súmulas TSE ....................................................................................... 2
3 - Considerações Finais .......................................................................... 25

13660626716

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

SÚMULAS DO TSE
1 - Considerações iniciais
Está será uma aula adicional, não prevista inicialmente, mas essencial para o
nosso estudo, uma vez que o edital previu expressamente a cobrança das
Súmulas do TSE.
Em junho de 2016 o Tribunal Superior Eleitoral ampliou significativamente o rol
de Súmulas, de modo que, será necessário analisar todos os verbetes, de forma
objetiva, mas com a devida atenção para que não tenhamos surpresas no dia da
prova.

2 - Súmulas TSE
Súmula TSE nº 1
CANCELADA

Súmula TSE nº 2
Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo
fixado em lei, considera-se satisfeita a correspondente condição de
elegibilidade, ainda que não tenha fluído, até a mesma data, o tríduo legal
de impugnação.
De acordo com a Lei dos Partidos Políticos, uma das condições de elegibilidade é
a filiação partidária há pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições.
Em regra, essas filiações são acompanhadas pela Justiça Eleitoral e pelos demais
partidos políticos pelas remessas periódicas, das listas de filiados, nos termos do
art. 19, da LPP:
Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido, por seus
órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos Juízes Eleitorais,
para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito
de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual
13660626716

constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das Seções em que estão
inscritos.

Essas listas de filiados são publicadas de modo que os partidos terão acesso para
impugná-las. É o que se extrai do art. 19, §3º ao prever o acesso de tais
informações às agremiações:
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Na Lei dos Partidos Políticos anterior havia a possibilidade de impugnação no


prazo de 3 dias após a publicação. Em razão disso, o TSE publicou a referida
Súmula para fixar que a comunicação no prazo, independentemente de posterior
impugnação, era suficiente para atender à condição de elegibilidade.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Atualmente o dispositivo tem pouca valia. De todo modo, registre-se que o


recebimento da comunicação da filiação partidária marca o início da
contagem do prazo de um ano de filiação.
Devemos lembrar, ainda, que no caso de haver dois registros de filiação,
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o
cancelamento das demais, conforme art. 20, § único da LPP, com redação dada
pela Lei nº 12.891/2013.

Súmula TSE nº 3
No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento de
defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o
indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário.

Em direito processual, a regra é a impossibilidade de que a parte junte


documentos na fase recursal. Contudo, em relação ao processo de registro de
candidatos, o Tribunal permite que tais documentos sejam anexados aos
autos com o recurso ordinário, caso o juiz eleitoral não tenha deferido
prazo para que os documentos fossem juntados.

PERMITE-SE A
JUNTADA DE caso o juiz não tenha
em processo de
DOCUMENTOS COM deferido prazo durante
registro de candidatos
O RECURSO a instrução do feito
ORDINÁRIO

Súmula TSE nº 4
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.

O art. 12, da LE, trata dos candidatos que pretendem registrar o mesmo nome
para aparecer na urna eleitoral no dia das eleições. Vejamos o dispositivo:
Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu
nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três
opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou
nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua
13660626716

identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em
que ordem de preferência deseja registrar-se.
§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Justiça Eleitoral procederá atendendo ao
seguinte:
I – havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção
de nome, indicada no pedido de registro;
II – ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato
eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha
candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, ficando
outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
III – ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por
um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o
disposto na parte final do inciso anterior;

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

IV – tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois incisos
anteriores, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo
sobre os respectivos nomes a serem usados;
V – não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada
candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem
de preferência ali definida.

Os três primeiros incisos trazem regras referentes à escolha dentre os candidatos.


Caso não seja possível resolver por algum desses critérios, os candidatos deverão
chegar a um acordo. Não havendo acordo a LE determina, no inc. V, que eles
serão nomeados com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro.
Contudo, de acordo com o entendimento do TSE, se não houver acordo, ao invés
de registrar ambos os candidatos com os respectivos nomes e sobrenomes,
defere-se o pedido do primeiro que tiver requerido o nome perante à
Justiça Eleitoral. Em relação ao outro candidato, por decorrência, será
registrado com o nome e sobrenome.

Súmula TSE nº 5º
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº
64/90.

Da leitura do enunciado acima podemos concluir que aos serventuários de


cartório não se aplica a exigência de desincompatibilização no prazo de
três meses antes das eleições.
Embora o enunciado da Súmula não tenha sido cancelado pelo TSE, há
entendimento do órgão de que os serventuários de cartório são considerados
servidores em sentido amplo e, portanto, devem se desincompatibilizar no prazo
de três meses. Vejamos a ementa1 da Consulta do TSE, a título ilustrativo:
Consulta. Deputado federal. Desincompatibilização. Titular de serventia extrajudicial.
Aplicação do art. 1°, II, l, da Lei Complementar n° 64/1990. 1. O titular de serventia
extrajudicial por ser, no exercício de suas atividades, servidor público em sentido amplo,
deve se afastar de suas funções até três meses antes das eleições, conforme o disposto no
art. 1º, II, l, da Lei Complementar n° 64/1990 [...]. 2. Consulta conhecida e respondida nos
termos do art. 1°, II, l, da Lei n° 64/1990.

É pouco provável que o assunto seja exigido em prova em termos tão específicos,
13660626716

contudo, é bom conhecermos o dissenso dentro do TSE e conhecer ambos os


posicionamentos.
Então, se aparecer o texto expresso da Súmula, marque-o como correto!

Súmula TSE nº 6
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no §
7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível, tenha
falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito.

A presente súmula foi alterada e assumiu nova redação em junho de 2016.

1
Res. nº 23.257, de 29.4.2010, rel. Min. Aldir Passarinho Junior.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Ao tratar da inelegibilidade reflexa em relação ao cônjuge/companheiro ou


parente do titular de cargo do Poder Executivo, o TSE fixou entendimento no
sentido de que a inelegibilidade reflexa poderá ser afastada, desde que o titular
do cargo de seja reelegível e, apenas, nas seguintes hipóteses:
 Falecimento.
Aqui tratamos do falecimento do titular no curso do primeiro mandato.
Nesse caso, ficará afastada a inelegibilidade, segundo entendimento do
TSE.
 Renúncia.
Caso o titular do cargo do Executivo que esteja no curso do primeiro
mandato renunciar ao cargo será afastada a inelegibilidade reflexa para o
cônjuge/companheiros e parentes até o segundo grau.
 Desincompatibilização.
Afastamento nos últimos 6 meses do mandato do titular relegível.

Súmula TSE nº 7
CANCELADA

Súmula TSE nº 8
CANCELADA

Súmula TSE nº 9
A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado
cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova
de reparação dos danos.

Tranquila essa Súmula, não?


Ela nada mais afirma que a condenação criminal transitada em julgado constitui
uma hipótese de suspensão dos direitos políticos, que cessa imediatamente com
o cumprimento ou com a extinção da pena, sem considerar eventuais reparações
cíveis pendentes. 13660626716

Logo, o que causa a suspensão é a pendência de uma condenação criminal, nada


interessando para o exercício da capacidade eleitoral ativa.

Súmula TSE nº 10
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em cartório antes
de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo intimação
pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo.

Vamos iniciar pelo caput do art. 8º da LE:


Art. 8º Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral
apresentará a sentença em Cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a
correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de recurso para o Tribunal
Regional Eleitoral.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

De acordo com a legislação eleitoral, o juiz terá três dias – a contar da conclusão
dos autos – para lançar a sentença in/deferindo o registro do candidato às
eleições municipais. Em seguida, prescreve a lei que automaticamente abre prazo
de três dias para o interessado apresentar recurso. Essa é a regra!
E se o juiz apresentar a sentença antes dos três dias? O prazo corre
somente a partir do terceiro dia? O prazo corre a partir da sentença?
É isso que disciplina a Súmula! De acordo com o enunciado, se o Juiz Eleitoral
publicar a sentença antes dos três dias, o prazo somente correrá antes
se houver intimação pessoal das partes do processo.

Súmula TSE nº 11
No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade
para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria constitucional.

Somente podem recorrer as partes envolvidas no processo. Essa é a lógica da


presente Súmula. Dessa forma, a parte que impugnou o registro do
candidato terá legitimidade para recorrer do registro da candidatura
deferido.
A impugnação ao registro de candidatura (AIRC) deve ser formalizada no
momento em que ocorrer o registro. Essa é a regra. Se não impugnado no
momento certo – que é de 5 dias conforme a art. 3º, caput, da LI – a parte não
poderá mais impugnar o registro. Lembre-se, esse prazo é decadencial e
improrrogável.
Vamos pensar em um exemplo: o partido A impugna o registro da candidatura
de José, integrante do partido B. O Juiz Eleitoral decide por indeferir a
impugnação e deferir o registro do candidato. Nesse caso, quem terá interesse
em processar para recorrer é o Partido A apenas. Não poderá o Partido C, que
não impugnou, apresentar recurso do deferimento.
Há, contudo, uma exceção, qual seja, quando se tratar de MATÉRIA
CONSTITUCIONAL o partido que não impugnou poderá recorrer da
decisão de impugnação do registro do candidato.
Há uma observação final bastante pertinente. Conforme entendimento do STF no
13660626716

ARE nº 728188/2013, o Ministério Público tem legitimidade para recorrer de


decisão que defere registro de candidatura, ainda que não tenha apresentado
impugnação, sendo-lhe inaplicável a presente súmula.

Súmula TSE nº 12
São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe,
ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo.

Conforme o enunciado acima, as regras referentes à inelegibilidade reflexa


aplicam-se para ambos os municípios desmembrados, caso o detentor do cargo
político exerça mandado, dentro da circunscrição, antes do desmembramento.
Vejamos uma ilustração:

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

No exemplo acima, se a pessoa for detentora de


mandato político no município relativo à área A, em
caso de desmembramento, será inelegível para as
duas áreas, para a área A e para a área B

Súmula TSE nº 13
Não é auto-aplicável o § 9º, art. 14, da Constituição, com a redação da Emenda
Constitucional de Revisão nº 4/94.

Vejamos o dispositivo referido:


§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo
ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional
de Revisão nº 4, de 1994)

Considerando que o dispositivo encontra-se disciplinado pela Lei Complementar


nº 64/1990 (Lei de Inelegibilidade), a Súmula não tem efeitos.

Súmula TSE nº 14
CANCELADA
13660626716

Súmula TSE nº 15
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição
de alfabetizado do candidato.

O entendimento atual da jurisprudência é no sentido de que o Juiz Eleitoral


poderá tomar declaração, por termo, do candidato, para fins de comprovação da
alfabetização, uma das condições de elegibilidade.
Assim, no caso de dúvida quanto à condição de alfabetização do candidato e
quanto à idoneidade do comprovante por ele apresentado, o juízo eleitoral pode
realizar teste, de forma individual e reservada.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Desse modo, o exercício do mandato eletivo anterior não poderá ser utilizado,
por si só, como prova capaz de comprovar a alfabetização do candidato.

Súmula TSE nº 16
CANCELADA

Súmula TSE nº 17
CANCELADA

Súmula TSE nº 18
Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício,
instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda
eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97.

A imposição de multa eleitoral depende de provocação, ou seja, depende de


representação por parte dos demais partidos, ou candidatos, bem como pelo
Ministério Público.
O poder de política conferido ao Juiz Eleitoral circunscreve-se ao poder
de determinar a remoção de eventuais propagandas que estejam
desrespeitando a legislação eleitoral.

Súmula TSE nº 19
O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou
político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número
no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC no 64/90).

A inelegibilidade em razão de condenação por abuso de poder econômico ou


político está prevista no art. 22, XIV, da Lei de Inelegibilidades. Confira:
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá
representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando
fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial
para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade,
ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de
candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito (...)
13660626716

XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o
Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a
prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem
nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro
ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder
econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação,
determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de
processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras
providências que a espécie comportar;

O que a Súmula faz é esclarecer é o início de contagem do prazo, que será


considerado o dia da eleição em que houve a condenação e termina oito anos
para frente.
Portanto, no caso das eleições de 2016, se terminada em primeiro turno, conta-
se a partir do dia 2/10/2016 e irá findar em 2/10/2024.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 20
A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que trata
o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de convicção, salvo
quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé pública.

O verbete esclarece trata da prova da filiação partidária. Em regra, a


comprovação da filiação se dá por intermédio da informação enviada pelo partido
político, na segunda semana dos meses de abril e de outubro de cada ano,
conforme estabelece o art. 19 da Lei 9.096/1995.
Esse é o meio usual de comprovação. Contudo, de acordo com o TSE essa prova
poderá se dar por outros elementos de convicção constante dos autos, que
possam aferir que a filiação se deu no tempo oportuno.

Súmula TSE nº 21
CANCELADA

Súmula TSE nº 22
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial recorrível, salvo situações de
teratologia ou manifestamente ilegais.

Essa Súmula segue o entendimento do STJ, segundo o qual não é cabível, em


regra, mandado de segurança contra decisão judicial. Há, entretanto,
entendimento jurisprudencial que flexibiliza essa regra para entender que, se a
decisão for teratológica ou manifestamente ilegal, o direito líquido e certo poderá
ser tutelado por mandado de segurança. Situações como essa, capazes de gerar
prejuízo ou dano irreparável em decorrência de decisão judicial, são passíveis de
mandado de segurança.

Súmula TSE nº 23
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado.

No mesmo sentido da Súmula TSE 22, esse verbete explicita que não cabe
mandado de segurança contra decisão judicial já transitada em julgado.
Assim... 13660626716

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

NÃO CABE
MANDADO DE
SEGURANÇA

admite-se a ação
contra decisão
constitucional
judicial
em caso de

transitada em não comporta decisões


decisões ilegais
julgado exceção teratológicas

Súmula TSE nº 24
Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

Essa questão envolve o cabimento de recursos perante o TSE. No caso do recurso


especial, o art. 278, I, do CE, prevê:
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em
que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

Essas são as hipóteses de cabimento. O que faz o entendimento sumulado é


apenas fixar que, não enquadrado nas hipóteses acima, não há se falar em
cabimento do recurso, muito menos para reanálise de provas.
No caso, por mais que a parte alegue que a sentença foi proferida contra expressa
13660626716

disposição de lei ou que houve divergência na interpretação da legislação entre


dois ou mais tribunais, caso seja verificado no contexto prático que a parte
pretende o reexame de matérias de fato e probatórias não caberá o
recurso.

Súmula TSE nº 25
É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso
especial eleitoral.

Esse entendimento sumulado fixa a excepcionalidade do recurso especial no


âmbito do TSE, de modo que somente será cabível o instrumento processual caso
não haja possibilidade de se utilizar de outros recursos ordinários.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 26
É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da decisão
recorrida que é, por si só, suficiente para a manutenção desta.

O presente verbete trata do ônus da impugnação especificada dos recursos.


A ideia é simples, não se admite defesa genérica, de modo que o recorrente não
pode apresentar sua defesa com negativa geral das alegações debatidas na
sentença, devendo impugnar especificamente os pontos que entender que
merece reforma.

Súmula TSE nº 27
É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a compreensão da
controvérsia.

Novamente o TSE fixa entendimento por intermédio de Súmula com a pretensão


de evitar que os recursos sejam admitidos na instância superior. Os recursos,
notadamente perante o TSE, guardam a característica da excepcionalidade.
Em face disso, entende-se inadmissível o recurso que não seja compreensível. A
parte recorrente deve ser clara suficiente de forma permitir a identificação da
controvérsia jurídica para que tese possa ser debatida pela Corte.

Súmula TSE nº 28
A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base na
alínea b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante
a realização de cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos
paradigma e o aresto recorrido.

Esse verbete estabelece a forma como deve ser comprovada a divergência


jurisprudência a fim de que seja cabível o recurso especial nos termos do art.
276, I, b, do Código Eleitoral.
Primeiro, lembre-se, o recurso especial será cabível em caso de:
 decisão proferida pelos TREs contra expressa disposição de lei; e
 decisões divergentes na interpretação de lei entre dois ou mais TREs.
13660626716

No caso de divergência entre na interpretação da lei entre dois ou mais TREs, a


parte deverá:
a) cotejar analiticamente os dois julgados que estão divergentes,
apontando no que eles diferente; e
b) demonstrar que os casos são semelhantes, muitos embora os TREs
tenham interpretado a matéria de forma distinta.
Dito de forma simples: para um mesmo caso os TREs interpretaram de forma
diferente a legislação federal.
Justifica-se assim, a atuação do TSE a fim de uniformizar a jurisprudência
eleitoral, a nível nacional.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 29
A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio
jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral.

Essa súmula deve ser lida em consonância com a Súmula TSE 28. Ela estabelece
que a simples divergência entre julgados não enseja o recurso especial. Para que
seja cabível, será necessário também a demonstração de que os casos fáticos
são semelhantes.

Súmula TSE nº 30
Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão
recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.

Ainda sobre os recursos especiais eleitorais, no caso desse verbete o TSE firmou
que, mesmo se houver decisão divergente sobre assuntos fáticos semelhantes
não será cabível o recurso se o TSE já possui tese formada.
Como dito, a pretensão desses recursos é uniformizar o entendimento
jurisprudencial pelo TSE. Se o TSE já fez isso, não é cabível o RESPE como prevê
a Súmula TSE 30.

Súmula TSE nº 31
Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida
liminar.

O recurso especial será utilizado contra acórdão e não contra pedido de medida
liminar. Novamente, basta que você pense que a finalidade do recurso especial é
uniformizar a jurisprudência. Logo, se a decisão é limitar e, portanto, ainda
precária não há se galar em uniformização. Apenas se a decisão for divergente é
que podemos cogitar a uniformização jurisprudencial.

Súmula TSE nº 32
É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao
Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias.

Esse enunciado é importante, pois ele delimita o entendimento de “lei” para fins
13660626716

do cabimento do recurso especial.


De acordo com o art. 276, I, B, do CE, cabe o recurso contra decisão proferida
pelos TREs contra expressa disposição de lei.
Segundo o TSE não são considerados para fins de uniformização em sede de
recurso especial a legislação municipal ou estadual, regimentos internos e normas
partidárias.
Do mesmo modo, outro entendimento fácil de compreender. Lembre-se que esse
recurso é cabível para uniformizar a interpretação da legislação no âmbito
nacional. Se aceitássemos o recurso para discutir a interpretação de lei estadual,
municipal, regimentos internos ou normas partidárias não teríamos uma
uniformização a nível nacional, mas local. Portanto...

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

PARÂMETRO
NORMATIVO PARA O
RECURSO ESPECIAL

não são
considera-se
considerados

leis regimentos normas


lei federal leis estaduais
municipais interno partidárias

Súmula TSE nº 33
Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem
sobre a incidência de causa de inelegibilidade.

Sem maiores dificuldades quanto a esse verbete. A ação rescisória tem por
finalidade desconstituir a sentença transitada em julgado, com eventual reanálise
da matéria.
No âmbito eleitoral, ela bem prevista no art. 22, I, “j”, do CE, ao prever o
cabimento da ação rescisória nos casos de inelegibilidade, desde que seja
intentada no prazo de 120 dias a contas da decisão irrecorrível, ou seja, a partir
do momento em que transita em julgado. Reforçando o teor do Código Eleitoral,
o TSE editou a súmula que estamos analisando para informar que ela será cabível
apenas em ações que versem sobre inelegibilidade. Essa ação poderá ser
proposta pelo candidato ou pelo MP.

Súmula TSE nº 34
Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra
13660626716

ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral.

A presente súmula fixa que não cabe ao TSE julgar mandado de segurança contra
ato de membro do TRE. Nesse caso, a competência é do próprio órgão colegiado
do TRE!

Súmula TSE nº 35
Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato
normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

O presente verbete trata da reclamação.


No âmbito do TSE a reclamação é cabível em várias situações:

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

 reclamações contra obrigações impostas por lei aos partidos políticos,


quanto à contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos (alínea f
do inc. I do art. 22 do CE)
 reclamações contra seus próprios juízes que, no prazo de 30 dias, não
julgarem os feitos que lhes forem distribuídos (alínea i do inc. I do art. 22
do CE)
 reclamações contra decisões do TSE com a finalidade de garantir a
competência da Corte ou a autoridade de suas decisões (parágrafo único
do inc. V do art. 15 do RI-TSE).
Dessas três hipóteses nos interessa a última.
Essas decisões referidas na terceira hipótese abrange apenas decisões de cunho
jurisdicional, não abrangendo as decisões que envolvam o exercício da função
consultiva, uma vez que possuem caráter meramente interpretativo e orientativo,
logo não possuem a força vinculante que tem a decisão judicial. Do mesmo modo,
não é cabível reclamação contra ato normativo do TSE.
Logo

de decisão jurisdicional
cabe
(função jurisdicional)

RECLAMAÇÃO
CONTRA DECISÃO DO
TSE de consulta (função
consultiva)

não cabe

de ato normativo
(função normativa)

13660626716

Súmula TSE nº 36
Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições
federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal).

Essa Súmula é fundamental. Para memorizá-la, cabe um esquema:

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

contra decisão do TRE que


decida sobre inelegibilidade

contra decisão do TRE que


CABE RECURSO ORDINÁRIO decida sobre expedição ou
anulação de diploma

contra decisão do TRE que


decida sobre perda de mandato
eleito nas eleições federais ou
estaduais

Súmula TSE nº 37
Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra
expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais.

O presente verbete trata da ação contra expedição de diploma para as eleições


federais e estaduais. Como a expedição de diploma é da competência do TRE nas
eleições estaduais e federais (leia-se, para os cargos de Governador, vice-
Governador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senadores da República),
em caso de recurso (o denominado RCED) será cabível originariamente perante
o TSE.

Súmula TSE nº 38
Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo
necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.

O litisconsórcio é instituo processual que prevê a ampliação subjetiva da demanda


em um dos polos. Por exemplo, se tivermos dois ou mais autores na mesma ação
teremos um litisconsórcio ativo. Agora, se houver dois ou mais réus, o
litisconsórcio será passivo.
13660626716

Esse litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário. No litisconsórcio


facultativo, a parte autora pode decidir se irá demandar contra todos os réus ou
se apenas contra um deles. Agora, no litisconsórcio passivo necessário é dever
da parte demandar contra todos.
No caso dessa Súmula, fixou o TSE que quando se tratar de ação visando à
cassação de registro de diploma ou de mandato é necessário que a ação seja
intentada, em litisconsórcio passivo necessário, contra o membro titular e contra
o vice. Logo, titular e vice serão réus em ações que visam à cassação do registro,
do diploma ou do mandato, pois a decisão afeta a ambos necessariamente.

Súmula TSE nº 39
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Mais uma súmula envolvendo litisconsórcio! Nesse caso, o TSE firmou


entendimento no sentido de que não é necessário formar litisconsórcio para o
registro de candidatura.

Súmula TSE nº 40
O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de
diploma.

A Súmula TSE 40, na mesma toada, prevê que não é necessário ao partido político
estar em litisconsórcio na ação que versar sobre cassação de diploma de partido
político.
Assim, agregando as Súmulas 38, 39 e 40, temos:

cassação de registro

necessário cassação de diploma

LISTISCONSÓRCIO
cassação de mandato
ENTRE TITULAR E VICE

facultativo registro de candidatura

Súmula TSE nº 41
Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por
outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de
inelegibilidade.
13660626716

Esse verbete é interessante, pois ela prevê o respeito à esfera e competência de


cada órgão. Como sabemos, não apenas outros órgãos eleitorais (como os Juízes
Eleitorais e TREs) como também os tribunais de contas possuem competência
para tratar de assuntos que podem levar à inelegibilidade.
O que prevê essa Súmula é que essas decisões que não cabe ao TSE analisar o
acerto ou desacerto da decisão proferida.

Súmula TSE nº 42
A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de obter a
certidão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu, persistindo
esses efeitos, após esse período, até a efetiva apresentação das contas.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Nesse verbete entendeu o TSE que a não prestação de contas de campanha


impede a emissão da certidão de quitação eleitoral.

Súmula TSE nº 43
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candidato,
nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas
para as condições de elegibilidade.

A Súmula TSE 43 é bastante relevante. Como sabemos, os candidatos devem


registrar a candidatura até as 19 horas do dia 15/8. Após essa data não podem
mais requerer o registro. Se apresentado o registro com alguma irregularidade
mas, por razões supervenientes, ainda que fora do prazo essa condição restar
comprovada, não haverá qualquer prejuízo.
Por exemplo, o candidato efetua o pedido de registro no prazo (ou seja, antes
das 19h do dia 15/8). Até o momento em que o pré-candidato formulou o pedido
havia decisão judicial que o tornava inelegível, contudo, dois dias depois essa
decisão é cassada ou reformada.
Nesse caso, essa decisão posterior e superveniente é benéfica ao candidato e
será considerada para fins de registro, não obstante no momento do pedido ele
estar inelegível.

Súmula TSE nº 44
O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90 não afasta o poder geral de cautela conferido ao
magistrado pelo Código de Processo Civil.

De acordo com a Lei de Inelegibilidades, o órgão colegiado do tribunal ao qual


couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas relativas a
representação, condenações penais, condenação por abuso de poder econômico,
corrupção eleitoral, suspensão dos direitos político, improbidade administrativa
ou desfazimento de vínculo conjugal simulado (decisões essas que , admite-se,

a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em


caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da
pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente
13660626716

requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso.

Súmula TSE nº 45
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde
que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

A presente súmula assegura ao Juiz eleitoral, ao analisar o pedido de registro de


candidatura, a prerrogativa de conhecer de causas de inelegibilidade que possam
não ser estar declaradas ainda, bem como declarar a aula de condições de
elegibilidade, desde que observado o devido processo legal.
Nesse contexto, fica patente o caráter jurisdicional de tal análise. O juiz não ficará
adstrito à conferência dos documentos apresentados, podendo investiga-lo e,

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

inclusive – se respeitado o contraditório e ampla defesa – poderá declarar


inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade.

Súmula TSE nº 46
É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e fundamentada
autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a
relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação cabível,
em que poderá requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos dados
relativos aos rendimentos do doador.

Entre as possibilidades probatórias em sede de representação, permite-se à


Justiça Eleitoral aceitar a prova produzida pelo MP por intermédio de quebra de
sigilos fiscal.

Súmula TSE nº 47
A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição de
diploma, fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se
infraconstitucional, superveniente ao registro de candidatura, e que surge até a data do
pleito.

Vimos que o afastamento de inelegibilidades ou constatação de condição de


elegibilidade podem beneficiar o candidato em sede de registro de candidatura.
Aqui a situação é diversa e envolve o recurso contra a diplomação.
Nesse caso, o candidato já está registrado e, após a eleição, sofreu recurso contra
a expedição do diploma – o RCED. Entre as hipóteses de cabimento está a
inelegibilidade superveniente autoriza a interposição do recurso.

Súmula TSE nº 48
A retirada da propaganda irregular, quando realizada em bem particular, não é capaz de
elidir a multa prevista no art. 37, § 1º, da Lei nº 9.504/97.

A presente súmula trata da distinção entre a atuação administrativa e


jurisdicional da Justiça Eleitoral. No primeiro caso, a atuação da Justiça para
remoção de propaganda irregular é administrativa e poderá ser exercida de ofício.
Outra coisa é a aplicação de multa por propaganda irregular, que é hipótese que
envolve aplicação da função jurisdicional.
13660626716

O verbete trata especificamente da possibilidade de aplicação de multa, ainda


que realidade a propaganda irregular em bens particulares.

Súmula TSE nº 49
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério
Público impugnar o registro inicia-se com a publicação do edital, caso em
que é excepcionada a regra que determina a sua intimação pessoal.
O presente verbete esclarece o início do prazo para o Ministério Público impugnar
o registro de candidatura. Da publicação do edital com a lista de candidatos
registrados, o MP possui prazo de 5 dias para ajuizar a AIRC – ação de

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

impugnação ao registro de candidatura. Esse termo inicial somente não será


observado se for determinada a intimação pessoal do parquet.
Para a prova...

CONTADO DA
PUBLICAÇÃO DA
PRAZO PARA A AIRC 5 DIAS LISTA DE
CANDIDATOS
REGISTRADOS

Súmula TSE nº 50
O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento regular
de seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta
a ausência de quitação eleitoral.

O pagamento de multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do


cumprimento do parcelamento, ainda que após o prazo para o registro de
candidatura, mas antes do julgamento da ação afasta a ausência da condição de
elegibilidade. O que não é admissível, é o pagamento ada multa ou parcelamento
após a decisão transitada de indeferimento.

Súmula TSE nº 51
O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se afastarem os
eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.

O procedimento de registro de candidatura tem por finalidade precípua aferir se


o pré-candidato preenche todas as condições de elegibilidade e não incorre em
nenhuma das hipóteses de inelegibilidades.
Assim, de acordo com o entendimento do TSE não será o momento adequado
para o candidato registrando discutir eventuais vícios na prestação de contas de
campanha ou partidárias. Essas matérias devem ser analisadas em
procedimentos próprios, cabendo, em sede de registro da candidatura, apenas a
averiguação quanto ao preenchimento das normas eleitorais para fins do
exercício regular da capacidade eleitoral passiva.
13660626716

Súmula TSE nº 52
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que
examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

Em sentido semelhante à Súmula TSE 39, esse verbete retrata o respeito à esfera
e competência de cada órgão. Como sabemos, cada órgão eleitoral possui
competência específica para tratar da filiação partidária dos seus domiciliados.
Desse modo, o que prevê a Súmula que é que essas decisões não podem ser
analisadas, quanto ao acerto ou desacerto, pelo TSE.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 53
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse
para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de
eventuais irregularidades havidas em convenção.

De acordo com o art. 3º da Lei de Inelegibilidade a legitimidade para a impugnar


o registro de candidatura é do partido político, da coligação e do Ministério
Público. Veja:
Art. 3º Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público,
no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro de candidato,
impugná-lo em petição fundamentada.

O TSE, em interpretação extensiva, prevê que o filiado a partido político, ainda


que não seja candidato também possui legitimidade e interesse para apresentar
a AIRC referente a irregularidades havidas na convenção partidária.
Veja que a legitimidade é específica e está relacionada ao partido do qual é
integrante que escolheu determinado filiado. Em face dessa escolha, havendo
irregularidade, poderá ajuizar a AIRC para que a matéria seja analisada
judicialmente.

Súmula TSE nº 54
A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses
antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu
afastamento de fato.

Essa Súmula é muito relevante e fixa o prazo de desincompatibilização para


servidor público ocupante de cargo em comissão. Para esses servidores o prazo
de desincompatibilização é sempre de 3 meses conforme estabelece o verbete.
Mais importante do que isso é a previsão de que o servidor deve se exonerar
definitivamente do cargo para que possa concorrer ao cargo político-eletivo.

Súmula TSE nº 55
A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao
deferimento do registro de candidatura.
13660626716

O verbete acima estabelece uma regra de presunção relativa, segundo a qual a


CNH gera presunção e que pessoa é alfabetizada, condição de elegibilidade.

Súmula TSE nº 56
A multa eleitoral constitui dívida ativa de natureza não tributária, submetendo-se ao prazo
prescricional de 10 (dez) anos, nos moldes do art. 205 do Código Civil.

A Súmula TSE 56, por sua vez, acaba com discussão acerca da natureza jurídica
da penalidade decorrente de aplicação de multa. De acordo com o entendimento
do TSE essa multa tem natureza não tributária pelo que o prazo prescricional é
de 10 anos.
Em face disso, após a aplicação da multa, a Fazenda Pública tem 10 anos para
promover a execução sob pena de prescrição da exigibilidade do crédito devido.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 57
A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da quitação eleitoral,
nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/97, pela Lei nº
12.034/2009.

Entre as condições para obtenção da certidão de quitação eleitoral é a prescrição


de contas de campanha para aqueles que desejam concorrer a cargos político-
eletivos.
O que nos diz o verbete é que essa prestação de contas não precisa,
necessariamente, está julgada, mas deve ser apresentada. O julgamento não é
condição para aferição da regularidade que ficará sob efeito resolutivo, em caso
de desaprovação.

Súmula TSE nº 58
Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a
prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena
imposta pela Justiça Comum.

Entre as regras de competência, devemos inserir o entendimento exarado na


Súmula TSE 58. De acordo com esse verbete é da competência da Justiça Eleitoral
avaliar a prescrição da pretensão punitiva ou executória de candidato em face do
registro de candidatura.
Por exemplo, determinada pessoa foi condenada por homicídio e cumpre pena.
Os efeitos eleitorais dessa pena na elegibilidade da pessoa será aferida pela
Justiça Eleitoral, não pelo Poder Judiciário Comum (estadual ou federal). Assim,
a declaração da extinção da pena imposta pela Justiça Comum será aferida, para
fins de elegibilidade, pela Justiça Eleitoral.

Súmula TSE nº 59
O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a
inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos
secundários da condenação.

Em sintonia com a Súmula TSE 58, presente enunciado deixa claro que os efeitos
secundários da condenação na área eleitoral devem ser definidos pelo Poder
13660626716

Judiciário Eleitoral. Assim, a extinção da pena pela Justiça Comum não extingue
eventuais restrições eleitorais à pena aplicada.

Súmula TSE nº 60
O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 deve ser contado
a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento
da sua declaração judicial.

A Súmula TSE 60 traz uma regra simples!


Quanto à contagem do prazo de inelegibilidade pela prática dos crimes previstos
nos itens do art. 1, I, “e”, a Lei de Inelegibilidade são constados da data em que
ocorrer a prescrição da pretensão executória e não da declaração judicial.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 61
O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90
projeta-se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade,
restritiva de direito ou multa.

A Súmula TSE 61 prevê como se dá o cálculo da inelegibilidade por 8 anos pela


prática dos crimes previstos nos itens do art. 1, I, “e”, a Lei de Inelegibilidade.
O início do prazo lega em consideração o término do cumprimento da pena,
independentemente de essa pena ser privativa de liberdade ou restritiva de
direitos.

Súmula TSE nº 62
Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se
defende, e não pela capitulação legal atribuída pelo autor.

A Súmula TSE 62 prevê que eventual pedido formulado perante o Poder Judiciário
eleitoral levará em consideração os fatos que foram imputados e não a
capitulação legal atribuída pelo autor.

Súmula TSE nº 63
A execução fiscal de multa eleitoral só pode atingir os sócios se preenchidos os requisitos
para a desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 do Código Civil, tendo
em vista a natureza não tributária da dívida, observados, ainda, o contraditório e a ampla
defesa.

O presente enunciado trata da desconsideração da personalidade jurídica em caso


de multa imposta à pessoa jurídica. A desconsideração é admissível, contudo,
deve observar a caracterização necessária do art. 50 do CC. Confira:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade,
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica.

Portanto, para que seja possível a desconsideração da personalidade jurídica é


necessária demonstração do abuso da personalidade, com caracterização do
13660626716

desvio de finalidade ou confusão patrimonial.


Se isso for identificado na ação de cobrança da multa eleitoral é possível ingressar
com o pedido de intervenção de terceiros previsto no NCPC, denominado de
incidente de desconsideração de personalidade jurídica (arts. 133 a 137) a fim
que haja ampliação do polo executado da demanda para cobranças dos sócios.

Súmula TSE nº 64
Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de
inelegibilidade, é cabível o recurso ordinário.

Sem maiores dificuldades, você deve memorizar a literalidade desse verbete que
prevê que o recurso cabível contra ação que discute condições de elegibilidade e
inelegibilidade no mesmo acórdão será o recurso especial para o TSE.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Súmula TSE nº 65
Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida.

Em regra, o recurso apresentado antes da decisão é denominado de


extemporâneo. Contudo, em face do princípio da celeridade eleitoral, se já
prolatada a decisão mas ainda não publicada é cabível o recurso por força do
entendimento do TSE.

Súmula TSE nº 66
A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato indeferimento do
registro ou o cancelamento do diploma, sendo necessário o exame da presença de todos os
requisitos essenciais à configuração da inelegibilidade, observados os princípios do
contraditório e da ampla defesa.

O art. 26-X, §2º, prevê que se mantida a condição de que derivou a


inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar, no uso do poder geral de
cautela, não gera, e imediato, o indeferimento do registo ou cancelamento do
diploma, sendo necessária a presença de todos os requisitos essenciais para a
configuração da inelegibilidade.

Súmula TSE nº 67
A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos
pelo sistema majoritário.

A Súmula TSE 67 esclarece celeuma em torno do art. 22-A da Lei 9.504/1997.


Esse dispositivo da Lei das Eleições fixa as situações em que a desfiliação gera a
perda do mandato, mas não distingue se essas hipóteses se aplicam aos cargos
majoritários ou proporcionais.
Essa discussão foi eliminada com a redação da Súmula TSE 67 que
esclareceu que a perda do mandato em razão de desfiliação imotivada
aplica-se apenas aos cargos majoritários.

Súmula TSE nº 68
A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento
de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral.
13660626716

A Súmula TSE 68 prevê que as astreintes (multa para execução forçada) de


decisões eleitorais são executadas pela União, no caso, pela Fazenda Nacional.

Súmula TSE nº 69
Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90
têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número
no oitavo ano seguinte.

A inelegibilidade em razão de abuso de poder econômico e por corrupção eleitoral


tem, como início da contagem do prazo de 8 anos, o dia da eleição em que houve
a condenação e termina oito anos para frente.

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

Portanto, no caso das eleições de 2016, se terminada em primeiro turno, conta-


se a partir do dia 2/10/2016 e irá findar em 2/10/2024.
Veja:
h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que
beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem
condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135,
de 2010)
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por
doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do
diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)

Importante registrar que essa forma de contagem do prazo é muito semelhante


à que vimos na Súmula TSE 19.

Súmula TSE nº 70
O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato
superveniente que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97.

A Súmula TSE trata do encerramento superveniente da causa de inelegibilidade,


o que afasta a impossibilidade de concorrer ao pleito eleitoral, desde que ocorram
antes da data das eleições.

Súmula TSE nº 71
Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da consequente interposição
de agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo quanto ao recurso
especial, dentro do mesmo tríduo legal.

Para finalizar, a Súmula TSE 71 prevê que do ajuizamento do recurso especial


haverá juízo de admissibilidade pelo Presidente do TRE respectivo. Se esse juízo
de admissibilidade for negativo, o recorrente poderá agravar da decisão com a
finalidade de deslocar a admissibilidade para o âmbito do Tribunal.
13660626716

Desse modo, uma vez apresentado o agravo de instrumento, antes de o


Presidente do TRE determinar a remessa dos Autos para o Tribunal superior,
abrirá vistas à parte contrária para ciência do agravo de instrumento e também
das contrarrazões. Nesse caso, compete à parte recorrida o dever de apresentar
não apenas a resposta ao agravo de instrumento, mas, também, desde já,
apresentar as contrarrazões.
Isso é exigido porque se a o recurso for admitido no âmbito do TSE, o órgão
desde já passará para o julgamento do recurso especial.
Finalizamos a análise de todas as Súmulas!

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 25

13660626716 - victor matera


Direito Eleitoral para Concursos
Curso Regular
Aula Extra - Prof. Ricardo Torques

3 - Considerações Finais
A pretensão desse encontro é bastante objetivo, qual seja: analisar as 71 súmulas
do TSE, para atender ao questionamento específico que possa ser feito em
relação a esse assunto na sua prova.
Não trouxemos questões para essa aula por um motivo muito simples, não há
questão específica. A matéria foi editada em junho de 2016 e não houve cobrança
em provas de concurso desde então.
Com os novos verbetes acreditamos que esses entendimentos serão cobrados em
prova. De toda forma, a cobrança será, com grande probabilidade, literal, assim
devemos compreender a ideia desses novos verbetes.
Qualquer dúvida, permaneço à disposição no fórum do nosso curso!
Ricardo Torques

rst.estrategia@gmail.com

bit.ly/eleitoralparaconcursos

13660626716

Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 25

13660626716 - victor matera

Você também pode gostar