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Universidade Estácio de Sá

Direito Processual Civil III–Turno da Noite


Professora Larissa Clare Pochmann da Silva
AV1 – 2020-2

NOME PATRICK DE ARAUJO VIEIRA


MAT. 201801009597
NOTA____________________________________________________

1) No julgamento do recurso interposto por Joana, após a sustentação oral, o Relator pediu
vista dos autos, vindo, na sessão de julgamento seguinte, a proferir seu voto. O Desembargador
Afrânio, que votaria em seguida, pediu vista. Porém, constatou que era suspeito no caso, sendo
substituído. Foi designado um Desembargador para substituir, que proferiu voto acompanhando
o Relator e, então, o último a votar no caso, o Desembargador Pedro pediu vista dos autos e
proferiu voto divergente. Ao escutar o voto do Desembargador Pedro, o Desembargador que
substituiu Afrânio decidiu mudar o voto proferido. Seria possível a alteração do voto já proferido
no julgamento?

No caso sub examen, o Diploma Processual Civil permite a alteração do voto até a
proclamação do resultado pelo presidente. Tal possibilidade está positivada no art. 941, §
1º  do NCPC.
Caso o desembargador Afrânio, que fora substituído, houvesse proferido seu voto, este não
poderia ser alterado, conforme dispositivo supramencionado.

2) A empresa ABC ajuizou uma ação em face da empresa XYZ, tendo o seu pleito
indenizatório sido julgado parcialmente procedente. Apenas a parte autora interpôs recurso de
apelação. Porém, intimada a oferecer contrarrazões, a empresa XYZ consulta-lhe sobre a
viabilidade de interposição de recurso adesivo. Como você responderia a essa consulta?
Responda, destacando os requisitos para a interposição do recurso adesivo.

No caso em tela, responderia que seria possível a interposição de recuso adesivo. O recurso
adesivo encontra-se disciplinado no art. 997 do NCPC. Sendo subordinado ao recurso
principal, que no caso seria a apelação. O recurso em comento possui os mesmos requisitos
de admissibilidade do recurso principal devendo ser dirigido ao órgão perante o qual o
recurso independente fora interposto, sendo admissível na apelação, recurso extraordinário
e recurso especial, e não sendo conhecido se houver desistência ou inadmissibilidade do
recurso principal.

3) Rita de Cássia interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça e, no


cômputo do prazo de 15 (quinze) dias úteis desconsiderou a existência de feriado local no Estado
do Rio de Janeiro. Seu advogado considerou que, como feriado não era dia útil, não precisaria
computar no prazo e nem mesmo juntar qualquer comprovação no momento da interposição.
Agiu corretamente? Justifique.

O advogado não agiu corretamente, pois conforme previsto no art. 1.003, § 6º do NCPC o
mesmo deveria comprovar a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
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4) João Pedro ajuizou uma ação em face da empresa XYZ, que tramitou perante a 1ª Vara
Cível da Comarca da Capital. O juízo proferiu sentença em 21 de agosto de 2020, extinguindo o
processo sem resolução do mérito, sendo que a intimação do advogado de João Pedro ocorreu
em 25 de agosto de 2020. O autor interpôs, então, recurso de apelação, no dia 18 de setembro,
tendo o juízo decidido que não exerceria o juízo de retratação e inadmitiria o recurso de apelação
interposto. Agiu corretamente o juízo? Justifique.

No caso em exame a interposição da apelação fora intempestiva, pois correu após o prazo
de 15 dias a partir da intimação do advogado. No entanto, nas palavras de Marcus Vinicius
Rios Gonçalves (2019), mesmo a intempestividade constituindo vício insanável o Enunciado
551-FPPC, aduz: “(art. 932, parágrafo único; art. 6º; art. 10; art. 1.003, §6º) Cabe ao
relator, antes de não conhecer do recurso por intempestividade, conceder o prazo de cinco
dias úteis para que o recorrente prove qualquer causa de prorrogação, suspensão ou
interrupção do prazo recursal a justificar a tempestividade do recurso. (Grupo: Recursos
(menos os repetitivos) e reclamação)” Dessa forma, deveria o juízo deveria conceder o
prazo de 5 dias úteis para apresentação da justificativa.

5) Mário, Josefa, Pedro, Carlos, José, João e Augusto ajuizaram ação em face de Joaquim.
Regularmente citado, o réu alegou a necessidade de limitação do litisconsórcio ativo, já que se
trataria de litisconsórcio facultativo. Porém, este pleito foi indeferido pelo juiz. Joaquim
consultou seu advogado, que disse que ele deveria aguardar a sentença para impugnar esta
decisão. A orientação do advogado foi correta? Justifique.

Não, pois o magistrado proferiu uma decisão interlocutória. Com efeito, o art. 1.015, VIII
do NCPC prevê o agravo de instrumento contra decisão interlocutória de rejeição do
pedido de limitação do litisconsórcio.

Boa prova! Cada questão vale 1,6.

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