PROFESSOR: RENAN MONTEIRO – PENAL

Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2016 - Considere que, depois de feitos os exames necessários, se

MPE-RJ - Estágio Forense
Uma pessoa recebe um tiro de revólver e, após
encaminhada ao hospital, já em recuperação, vem a falecer
por força do desabamento de uma parede de gesso situada
em seu leito.
É correto afirmar que o autor do disparo:
tenha constatado uma das seguintes hipóteses
relativamente à causa da morte de José.
I Apesar dos disparos sofridos pela vítima, a causa
determinante da sua morte foi intoxicação devido ao fato
de ela ter ingerido veneno minutos antes de ter sido
alvejada.

Alternativas II A morte decorreu de ferimentos causados por disparos de

A arma de fogo efetuados por terceiro no mesmo momento
responde pelo resultado, em virtude da teoria da em que João agiu e sem o conhecimento deste.
equivalência dos antecedentes causais adotada pelo Código
Penal de forma absoluta;  III A vítima faleceu em razão dos ferimentos sofridos, os
B quais foram agravados por sua condição de hemofílica.
responde pelo resultado, porque trata-se de uma concausa
superveniente relativamente independente;  IV A morte decorreu de uma infecção hospitalar que
C acometeu a vítima quando do tratamento dos ferimentos
responde pelo resultado, porque assim o desejou e acabou causados pelos tiros.
obtendo o seu intento, ainda que com a colaboração de
uma concausa; 
D
não responde pelo resultado, porque a concausa Nessa situação hipotética, conforme a teoria dos
superveniente quebra o nexo causal determinante;  antecedentes causais adotada pelo CP, João responderá
E pela morte de seu desafeto caso se enquadre em uma das
não responde pelo resultado, porque a sua conduta não hipóteses previstas nos itens
teve o dolo de resultado implementado.
Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: TJ-GO Prova: VUNESP - Alternativas
2021 - TJ-GO - Titular de Serviços de Notas e de Registros - A
Provimento I e II.
Nos exatos termos o art. 13, “caput” do CP, o resultado, de B
que depende a existência do crime, somente é imputável a I e III. 
quem lhe deu causa. Considera-se causa  C
Alternativas III e IV. 
A D
a conduta humana juridicamente relevante. I, II e IV.
B E
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria II, III e IV.
ocorrido.  Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-
C SC - Engenheiro Civil
qualquer ação ou omissão que dependa da voluntariedade Mário, engenheiro civil responsável técnico pela construção
humana. da obra de um viaduto, elaborou o projeto sem as cautelas
D necessárias e permitiu a continuidade de sua execução de
o fato jurídico penalmente qualificado. forma falha, mesmo após alertado de sua instabilidade,
Responder propiciando o desabamento da estrutura em construção e a
morte de um trabalhador. A imperícia de Mário foi
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ- constatada por laudo pericial conclusivo. No curso de ação
BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto penal, restaram comprovadas a materialidade e autoria
João, com a intenção de matar José, seu desafeto, efetuou delitivas.
disparos de arma de fogo contra ele. José foi atingido pelos
projéteis e faleceu.

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No caso em tela, Mário cometeu: O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade do
crime, considera causa a 
Alternativas Alternativas
A A
ato ilícito civil e não criminal, pois o engenheiro não agiu emoção ou a paixão.
com dolo e vontade de matar o trabalhador, razão pela qual B
deve responder na seara da indenização por danos morais;  delação.
B C
ato ilícito civil e não criminal, pois aplica-se a compensação ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
da culpa do trabalhador, que também tinha a obrigação de D
não executar obra com vícios técnicos;  excludente de ilicitude.
C E
homicídio culposo, pois o engenheiro agiu com imperícia, descriminante putativa.
inobservando regra técnica de profissão;  Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-
D PR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2016 - TCE-PR - Analista de
homicídio doloso, pois o engenheiro não agiu com a Controle - Jurídica
necessária perícia que era esperada;  Considerando a relação de causalidade prevista no Código
E Penal, assinale a opção correta. 
crime de dano, excluído o homicídio porque não houve Alternativas
intenção de matar alguém. A
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ- As causas supervenientes relativamente independentes
SC - Analista Jurídico possuem relação de causalidade com conduta do sujeito e
Durante uma discussão entre Carla e Luana, que eram não excluem a imputação do resultado.
amigas, Carla desfere, com intenção de causar lesão leve, B
um tapa na face de Luana, que a havia ofendido. Ocorre As causas preexistentes relativamente independentes não
que, de maneira totalmente surpreendente, Luana vem a possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e
falecer no dia seguinte, em virtude do tapa recebido e da excluem a imputação do resultado.
lesão causada, pois rompeu-se um desconhecido coágulo C
sanguíneo na cabeça, mesmo diante do fraco golpe. Na As causas preexistentes absolutamente independentes
semana seguinte, a família de Luana, revoltada, procura a possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e
Delegacia, narra o ocorrido e afirma ter interesse em ver não excluem o nexo causal.
Carla processada criminalmente.  D
Confirmados os fatos, assim como a intenção de Carla, o As causas concomitantes relativamente independentes não
Ministério Público poderá imputar a Carla a prática do(s) possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e
crime(s) de:  não excluem a imputação do resultado.
Alternativas E
A As causas concomitantes absolutamente independentes
lesão corporal leve dolosa e homicídio culposo; não possuem relação de causalidade com a conduta do
B sujeito e excluem o nexo causal.
lesão corporal seguida de morte; Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TCM-RJ Prova: FCC - 2015 -
C TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro
lesão corporal leve; A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar
D que 
homicídio doloso; Alternativas
E A
homicídio culposo. o resultado, de que depende a existência do crime, só é
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: FCC - 2016 imputável a quem lhe deu causa. 
- SEGEP-MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - B
Administração Tributária - Conhecimentos Gerais não há fato típico decorrente de caso fortuito. 
C
não há crime sem resultado. 
D
a omissão também pode ser causa do resultado. 

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E decorrência de septicemia originada por infecção
o Código Penal adotou a teoria da equivalência das bacteriana contraída em razão dos ferimentos, apesar do
condições. rigoroso tratamento médico a que fora submetido. 
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TCE-CE Prova: FCC - 2015 -
TCE-CE - Conselheiro Substituto (Auditor) Fátima submeteu-se a uma cirurgia, após haver sido
O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio sine gravemente ferida por Eliana, que pretendia matá-la, e, já
qua non (condição sem a qual não). Por ela,  bastante debilitada pelos ferimentos sofridos, morreu em
Alternativas razão de hemorragia no curso do procedimento cirúrgico
A realizado por médico imperito. 
imputa-se o resultado a quem também não deu causa.
B Considerando as situações hipotéticas acima apresentadas,
a causa dispensa a adequação para o resultado. assinale a opção correta.
C Alternativas
a ação e a omissão são desconsideradas para o resultado. A
D O médico imperito e Eliana, autora das lesões, podem
responder, em concurso de pessoas, pelo resultado morte. 
tudo que contribui para o resultado é causa, não se
distinguindo entre causa e condição ou concausa. B
E Abel deve responder por homicídio, pois, se não houvesse
disparado o tiro contra Bruno, este não teria sido internado
a omissão é penalmente irrelevante.
no hospital e, portanto, não teria morrido em decorrência
Ano: 2015 Banca: FMP Concursos Órgão: DPE-
do desabamento do prédio. 
PA Prova: FMP Concursos - 2015 - DPE-PA - Defensor
Público Substituto C
A é esfaqueada por B, sofrendo lesões corporais leves. Daniel deve responder por tentativa de homicídio, pois a
Socorrida e medicada, A é orientada quanto aos cuidados a septicemia não foi, no caso em questão, decorrência
tomar, mas não obedece à prescrição médica e em virtude natural dos ferimentos produzidos em Carlos. 
dessa falta de cuidado, o ferimento infecciona, gangrena, e D
ela morre. Assinale a alternativa CORRETA.  Eliana deve responder por homicídio se for comprovado
Alternativas que a hemorragia poderia ter sido contida, não fosse a
A gravidade do estado de Fátima, em decorrência da lesão
B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa produzida por Eliana.
superveniente absolutamente independente.  Ano: 2011 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC -
B 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia
Considerando-se a relação de causalidade,
B responde pelo ato de lesão praticado, visto se tratar de
é INCORRETO afrmar que
causa concomitante relativamente independente. 
C
Alternativas
B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa
A
concomitante absolutamente independente. 
o Código Penal adota a teoria da equivalência dos
D
antecedentes causais.
B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa
B
preexistente relativamente independente. 
a superveniência de causa relativamente independente
E
exclui o crime quando, por si só, produzir o resultado,
B responde pelo ato de lesão anteriormente praticado, visto
podendo, entretanto, os fatos anteriores serem imputados
se tratar de causa superveniente relativamente
a quem os praticou.
independente, que por si só produziu o resultado.
C
Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-
o agente que efetua disparo de arma de fogo contra
MA Prova: CESPE - 2013 - TJ-MA - Juiz
outrem, atingindo-o e, arrependido, leva a vítima para o
Abel, com intenção de matar, disparou um tiro de revólver
hospital, vindo esta a falecer, em razão de infecção
contra Bruno, que foi socorrido e, dias depois, faleceu em
hospitalar, responde pelo crime de homicídio consumado.
decorrência do desabamento do prédio do hospital onde
convalescia dos ferimentos causados pelo disparo.  D
pratica crime comissivo por omissão, o delegado de polícia
Carlos foi esfaqueado por Daniel, que pretendia matá-lo, e, que, de forma indulgente, deixa de lavrar auto de prisão em
embora tenha resistido às feridas, morreu dias depois, em fagrante no qual o conduzido é seu vizinho.

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Ano: 2004 Banca: ESAF Órgão: MPU Prova: ESAF - 2004 - III e IV.
MPU - Técnico Administrativo Responder
No tocante à relação de causalidade, prevista no art. 13 do
Código Penal, pode-se afirmar que 
Alternativas
A Gabarito Comentado (1)
a superveniência de causa relativamente dependente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado.
B
a omissão é penalmente relevante quando o omitente não  Comentários (23)
podia e não devia agir para evitar o resultado.  Aulas (4)
C  Estatísticas
a superveniência de causa relativamente independente não  Cadernos
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado.  Criar anotações
D  Notificar Erro
o resultado, de que depende a existência do crime,
somente é imputável a quem lhe deu causa. 45
E Q2002649
se considera causa somente a ação sem a qual o resultado Direito Penal Tipicidade , Conduta: ação / omissão , Nexo de
teria ocorrido. Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: MPE- causalidade 
SE Prova: FCC - 2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Ano: 2019 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de Guarapuava -
Público – Área Administrativa PR Prova: FAUEL - 2019 - Prefeitura de Guarapuava - PR -
Considere:  Procurador
O Código Penal dispõe que: “Art. 13 - O resultado, de que
I. O agente fere a vítima, diabética, que, levada ao hospital depende a existência do crime, somente é imputável a
vem a falecer em decorrência de diabete agravada pelo quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
ferimento.  sem a qual o resultado não teria ocorrido”. Sobre o tema,
assinale a alternativa CORRETA. 
II. O agente fere a vítima num morro coberto de gelo, a Alternativas
qual, impossibilitada de locomover-se pela hemorragia, vem A
a falecer em decorrência de congelamento.  Não se adotou no Brasil a teoria conditio sine qua
non (condição sem a qual não).
III. O agente fere a vítima com um disparo de arma de fogo B
e esta, levada ao hospital, vem a falecer em decorrência de A cadeia causal tornar-se aparentemente infinita se não
veneno que havia ingerido antes da lesão.  sofrer qualquer limitação, de modo que não se adota no
Brasil a teoria da equivalência dos antecedentes causais.  
IV. O agente fere a vítima com disparo de arma de fogo. A C
vítima, levada ao hospital, vem a falecer em decorrência de A teoria da equivalência dos antecedentes causais é
incêndio.  limitada pela proibição do regresso, de modo que não é
possível retroceder além dos limites de uma vontade livre e
Tendo em conta a relação de causalidade física, o agente consciente, dirigida à produção do resultado. 
responderá por homicídio consumado na situação indicada D
SOMENTE em OAno: 2010 Banca: TRT 3R Órgão: TRT - 3ª Região
Alternativas (MG)Prova: TRT 3R - 2010 - TRT - 3ª Região (MG) - Juiz do
A Trabalho
IV. Em relação aos elementos constitutivos do crime, assinale a
B proposição INCORRETA: 
I e II. Alternativas
C A
I e III. O resultado, de que depende a existência do crime,
D somente é imputável a quem lhe deu causa.
III. B
E

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A coação irresistível e a estrita obediência a ordem, não Gabarito Comentado (0)
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, são causas
excludentes de culpabilidade.
C
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, é causa  Comentários (25)
excludente de punibilidade;  Aulas (4)
D  Estatísticas
O arrependimento eficaz pelo agente é sempre causa  Cadernos
excludente de punibilidade  Criar anotações
E  Notificar Erro
A omissão é penalmente relevante quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado.  60
Responder Q164795
Direito Penal Tipicidade , Nexo de causalidade 
 Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: MPE-RS Prova: FCC - 2008 -
MPE-RS - Assessor - Direito
Gabarito Comentado (0) Paulo foi até a casa de Pedro e ministrou-lhe dose letal de
veneno, retirando-se, em seguida, do local. Antes de Pedro
começar a sentir os efeitos do veneno, o teto do imóvel
desabou e Pedro foi atingido por uma viga, vindo a falecer
 Comentários (34) por traumatismo craneano. Nesse caso, Paulo
 Aulas (6) Alternativas
 Estatísticas A
 Cadernos responde por tentativa de homicídio, pois causa
 Criar anotações superveniente por si só produziu o resultado. 
 Notificar Erro B
responde por homicídio porque deu início à execução desse
59 delito, que veio a se consumar. 
Q204013 C
Direito Penal Tipicidade , Conduta: ação / omissão , Nexo de responde por homicídio porque a causa superveniente
causalidade  encontrava-se na linha de desdobramento da sua conduta. 
Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TCM-BA Prova: FCC - 2011 - D
TCM-BA - Procurador Especial de Contas não responde por nenhum delito porque o evento morte
A disposição legal contida no art. 13, parágrafo segundo do ocorreu em decorrência de causa superveniente
CP, segundo a qual a omissão apresenta valor penal quando absolutamente independente. 
o agente devia e podia agir para evitar o resultado, E
corresponde corretamente à ideia ou ao conceito de  responde por lesões corporais por ter feito Pedro ingerir
Alternativas substância nociva à sua saúde.
A supramencionado artigo faz distinção entre condição,
causalidade normativa.  causa e concausa. 
B
possibilidade de punição superveniente de causa
independente ao delito. 
C
causalidade entre a omissão e o resultado naturalístico. 
D
desnecessária conjugação do dever legal e possibilidade
real de agir. 
E
regra aplicável somente aos crimes omissivos próprios. 
Responder

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