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Questão 1 - Após uma discussão com Bruno, Rubens resolve adquirir um revólver para
matá-lo. Com animus necandi, Rubens vai até a casa em que Bruno reside e, munido do
revólver, efetua disparos de arma de fogo em sua direção. Os disparos atingem Bruno, que
morre imediatamente. Todavia, em virtude de imprudência, os disparos também atingem o
filho de Bruno, César, que sofre lesões corporais.
Diante dessa situação hipotética e considerando o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça sobre o tema, Rubens deverá responder por
a) homicídio consumado com relação a Bruno e lesão corporal culposa com relação a
César, em concurso formal próprio.
a) homicídio consumado com relação a Bruno e lesão corporal dolosa com relação a César,
em concurso formal próprio.
c) homicídio doloso consumado com relação a Bruno e homicídio doloso tentado com
relação a César, em concurso formal próprio.
d) homicídio doloso consumado com relação a Bruno e lesão corporal culposa com relação
a César, em concurso formal impróprio.
e) homicídio doloso consumado com relação a Bruno e homicídio doloso tentado com
relação a César, em concurso formal impróprio.
JUSTIFICATIVA: No caso de erro de execução – aberratio ictus – aplica-se o elemento
subjetivo do crime principal ao crime secundário, ainda que não tenho querido tal
resultado. Essa previsão está no artigo 73 do CP e vem se consolidando ao longo do
tempo nas jurisprudências dos tribunais.
Quentão 2 - Em relação aos crimes dolosos contra a vida, analise as seguintes afirmações:
I - O crime de homicídio é privilegiado se praticado sob a influência de violenta emoção,
provocada por ato injusto da vítima. E – SÓ SERÁ SE FOR DOMÍNIO DE VIOLENTA
EMOÇÃO.
II - As qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio são incompatíveis entre si, de modo
que é vedado sua imputação simultânea, sob pena de bis in idem. E - O FEMINICÍDIO É
UMA QUALIFICADORA OBJETIVA, SENDO ENTÃO COMPATÍVEL COM
QUALIFICADORAS SUBJETIVAS, QUE PODEM SER NO CASO MOTIVO TORPE.
III. O homicídio é qualificado se praticado com o emprego de arma de fogo. E - DE
ACORDO COM O ARTIGO 121, § 2; VIII, O HOMICÍDIO SERÁ QUALIFICADO SE
PRATICADO COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU PROIBIDO.
Considerando a legislação aplicável e o entendimento dos Tribunais Superiores, está
INCORRETO o que se afirma em
a) II.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) I e III.
Questão 3 - O Código Penal Brasileiro criminaliza três tipos de conduta delitiva contra a
honra. A calúnia, a difamação e a injúria. A calúnia é a falsa imputação de fato criminoso a
outrem (lesão à honra objetiva) e está prevista no seu artigo art. 138. A difamação é a
imputação a alguém de fato ofensivo à sua reputação. Distingue-se da calúnia, porque nesta
o fato imputado é previsto como crime, devendo ser falsa a imputação em regra, o que não
ocorre com a difamação. A injúria é a ofensa à dignidade ou decoro de outrem. Na sua
essência, é a injúria uma manifestação de desrespeito e desprezo, um juízo sobre a honra
da vítima no seu aspecto subjetivo.
A calúnia permite a exceção da verdade, que é a prova da veracidade do fato imputado
como criminoso. A difamação, em princípio, não a admite, mas excepciona casos em que é
admitida, e a injúria não a admite. Por outro lado, o artigo 142 do Código Penal elenca as
situações em que a prática da difamação e da injúria não são puníveis.
De acordo com essa premissa de não punição da difamação e da injúria, julgue as
afirmações a seguir.
I - Não constitui injúria ou difamação punível, a ofensa irrogada em juízo na discussão da
causa pela parte ou por seu procurador. C – EXATAMENTE COMO PREVISTO NO ARTIGO
142, I DO CÓDIGO PENAL.
II - Não constitui injúria ou difamação punível, a opinião desfavorável da crítica literária,
artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar. C –
EXATAMENTE COMO PREVISTO NO ARTIGO 142, II DO CÓDIGO PENAL.
III. Não constitui injúria ou difamação punível, o conceito desfavorável emitido por
funcionário público em apreciação ou informação no cumprimento de dever do ofício. C –
EXATAMENTE COMO PREVISTO NO ARTIGO 142, III DO CÓDIGO PENAL.
É correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas
c) II, apenas
d) I, apenas.
e) I, II e III.
Questão 4 - O direito penal possui duas formas de majorar a sanção penal, as qualificadoras
e causas gerais e especiais de aumento de pena. Nesse contexto, o crime de maus-tratos
tem pena aumentada de 1/3 (art. 136, § 3º do CP) se
a) praticado contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
b) resulta em lesão corporal, ainda que leve.
c) o agente prevalece-se de relações familiares ou domésticas.
d) praticado contra pessoa menor de 14 anos.
e) praticado por agente público.
JUSTIFICATIVA: EXATAMENTE COMO PREVISTO NO ARTIGO 136; § 3º DO CÓDIGO
PENAL.
Questão 5 - Embora o crime de lesões corporais atente contra a pessoa, não se trata de
infração que ofenda a vida, mas a integridade física ou a saúde corporal. Para que se
verifique o crime em tela, é imprescindível que a vítima sofra uma efetiva alteração de seu
corpo ou saúde, de modo a causar-lhe um dano. É possível, inclusive, praticar esse crime
sem que cause dor no ofendido.
Diante disso, considere o caso apresentado a seguir.
Paula estava em uma festa com seu namorado, alguns amigos e seus parentes, quando
percebeu que Cláudia, sua vizinha, estava se insinuando para seu namorado. Insatisfeita
com a situação, Paula agride Cláudia fisicamente, em público. Durante o ato, Paula desfere
contra Cláudia tapas no rosto, puxões de cabelo, chutes, socos etc. Durante o conflito, as
pessoas que se encontravam no local tentam ajudar, separando as duas. Cláudia acabou
tendo suas roupas rasgadas e sofreu lesão corporal de natureza leve. Inconformada com a
situação e alegando que tudo se tratava de fruto da imaginação de Paula, Cláudia, dois dias
após o fato, espera por Paula no portão de sua casa, quando Paula chega do trabalho, se
depara com Cláudia, Cláudia tenta explicar para Paula que tudo se tratou de um mal-
entendido, mas as duas iniciam uma discussão e logo começam a se agredir fisicamente.
Durante o ocorrido, Cláudia encontra, na rua, um pedaço de pau e desfere vários golpes
contra Paula, o que resulta na fratura do braço de Paula. Pelo ocorrido, Paula teve o braço
quebrado e, por recomendação médica, ficará afastada de suas atividades por 60 dias.
A partir do exposto, julgue as afirmações a seguir sobre lesão corporal.
I. A lesão corporal é um crime formal e se consuma com a efetiva ofensa à integridade
corporal ou à saúde, admite a forma tentada e pode ser praticado por qualquer pessoa. E - A
LESÃO CORPORAL É CRIME MATERIAL, pois exige a produção do resultado para fins de
consumação.
II. Na lesão corporal leve, a representação é condição de probabilidade de ação penal, sob
pena de decadência, o que implicará a impossibilidade do MP oferecer a denúncia. E – A
representação de procedibilidade da ação penal, e não de probabilidade.
III. Cláudia responderá por lesão corporal grave, em razão da ofensa à sua integridade
corporal, não poderá por um lapso de mais de 30 dias realizar as tarefas do dia a dia. C –
Conforme previsto no artigo artigo 129, § 1º, I do Código Penal.
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas
e) I e III, apenas.
Questão 7 - João e Carlos procuram Paulo para que, juntos, pratiquem um crime de roubo
de carga. Apesar de se recusar a acompanhá-los na ação delituosa, Paulo oferece a
garagem de sua casa para a guarda da carga roubada, conduta que seria fundamental na
empreitada criminosa, já que João e Carlos não teriam outro local para esconder os bens
subtraídos.
Apenas por terem conseguido o acordo com Paulo, João e Carlos operam a subtração. Ao
chegarem à casa de Paulo, este lhes informa que a garagem estava ocupada naquele
momento e não poderia mais ser utilizada. Assim, o trio que dividiria os lucros procura o
vizinho Pedro e, após contarem o ocorrido, pedem a garagem emprestada por um tempo,
proposta que é aceita por Pedro. Sendo todos os fatos apurados e recuperada a carga na
garagem de Pedro, as famílias de Paulo e Pedro procuram um(a) advogado(a) para saber
acerca da situação jurídica deles.
Na ocasião da assistência jurídica, o(a) advogado(a) deverá esclarecer que
Texto 1
Cleiton exercia, há três meses, a função de vigilante junto à Caixa Econômica Federal, agência localizada na Rua
Barão do Rio Branco, no 1.119, Centro, Campo Grande/MS, sendo responsável também por realizar o
fechamento da agência, não tendo qualquer tipo de acesso ao cofre. Em determinado dia, ao retornar para sua
residência, por volta das 19h, foi abordado por Jack, na Gaudêncio Ajala, Tiradentes, Campo Grande/MS, que,
mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, rendeu o vigilante e ordenou que ficasse
próximo de uma árvore e entregasse seu celular. Na sequência, um Fiat Uno, cor prata, parou ao lado da
vítima, tendo Jack ordenado que Cleiton entrasse no veículo. Ao ingressar no veículo, constatou a presença de
outros três agentes, permanecendo, a partir de então, com a cabeça para baixo e trafegando por cerca de vinte
minutos, parando em local aparentando ser uma favela, com chão de terra e matagal, passando por uma viela.
Durante esse período no veículo, os indivíduos continuaram a ameaçar o declarante, dizendo para o declarante
cooperar, que o dinheiro não era dele, era da agencia, e que no máximo ele seria transferido. A vítima foi
conduzida até um barraco, local em que os agentes passaram a dizer que a vítima seria o gerente do banco e
que sequestrariam sua genitora. Durante o período que permaneceu no cativeiro, diversas pessoas entravam
no cômodo e diziam para cooperar, caso contrário, sua família seria morta. Esclarece que conseguiu distinguir
cerca de seis a oito pessoas, inclusive uma voz feminina, que de início acreditou ser sua genitora, pois os
indivíduos afirmaram que já estavam em poder da família da vítima. Como a vítima creditou que sua família já
estava refém dos criminosos, informou aos indivíduos onde estava sua carteira de trabalho, visando comprovar
que não era gerente do estabelecimento bancário, mas sim vigilante. Por volta das 23h50, dois indivíduos
entraram no cômodo e afirmaram que tinham confirmado a veracidade da profissão da vítima e que ela seria
libertada, porém, exigiram ainda sua cooperação para não avisar a polícia, principalmente a Policia Civil, pois
seus integrantes, estariam em conluio com os criminosos. O vigilante, então, foi levado, por esses dois
indivíduos, pelo mesmo caminho que chegaram ao local e, ao chegarem numa via pública sem saída, exigiram
que a vítima esperasse cerca de vinte minutos e fosse embora, pois teria pessoal deles defronte, na cobertura.
Questão 11 - No texto 1 a ação descoberta pela Polícia Civil, que já vinha monitorando
alguns dos integrantes do grupo criminoso, foi de:
a) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima
b) sequestro;
c) extorsão mediante sequestro
d) roubo com restrição da liberdade da vítima
JUSTIFICATIVA: restrição da liberdade como condição para que a vítima coopere,
colabore, e o criminoso obtenha a vantagem econômica. Artigo 158 - Constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa- § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima,
e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa.
d) No delito de perseguição, o único caso de aumento de pena previsto diz respeito à faixa
etária ou ao sexo da vítima. E – A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
contra criança, adolescente ou idoso; contra mulher por razões da condição de sexo
feminino e mediante concurso de 2 ou mais pessoas ou com o emprego de arma.
Questão 13 - Wilson, por meio de telefone celular, enviou uma mensagem para um número
desconhecido ofertando falso empréstimo a juros baixos. Em 5 de junho de 2021, foi
respondido por Alexandre, de 64 anos de idade, que se interessou pela oferta. Para
concretizar o empréstimo, Wilson solicitou os dados pessoais e bancários de Alexandre, com
senhas, além de um depósito inicial de mil reais. Diante da oferta, Alexandre repassou todas
as informações por mensagens e realizou o depósito. Para sua surpresa, no mesmo dia,
Alexandre observou, em sua conta bancária, um empréstimo consignado, no valor de R$
12.000,00, bem como uma transferência para uma terceira pessoa, mediante PIX, no valor
de R$ 13.145,00, o que deixou sua conta negativada em R$ 1.145,00. Após esse evento,
Wilson não respondeu aos contatos de Alexandre. Com as investigações policiais,
confirmou-se a autoria e a existência do delito.
Diante dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Ao induzir Alexandre em erro para obter vantagem ilícita, Wilson praticou o crime de
estelionato, para o qual a pena prevista é de reclusão de 1 a 5 anos e multa; nessa situação,
é indispensável a representação da vítima.
b) Wilson praticou o crime de furto mediante fraude, com reclusão de 2 a 8 anos e multa, ao
subtrair coisa alheia móvel, mediante engano; nessa situação, é desnecessária a
representação da vítima.
c) Wilson praticou o crime de estelionato simples, com majorante de 1/3 ao dobro; nessa
situação, é indispensável a representação da vítima.
d) Wilson praticou crime de fraude eletrônica, com pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa,
majorada de 1/3 ao dobro; nessa situação, é indispensável a representação da vítima.
e) Wilson praticou crime de fraude eletrônica, com pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa,
com majorante de 1/3 ao dobro; nessa situação, é dispensável a representação da vítima.
JUSTIFICATIVA: Fraude eletrônica § 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)
anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela
vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos
ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento
análogo. Como cometeu crime contra menor de 70 anos, então é indispensável a
representação.
e) É isento de pena aquele que pratica crimes contra o patrimônio em desfavor do cônjuge,
durante a sociedade conjugal, ainda que haja emprego de violência. E - Art. 183 - Não se
aplica o disposto nos dois artigos anteriores: I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou,
em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa.
Questão 16 - Quanto ao delito de apropriação indébita previdenciária, é correto afirmar que:
a) o fato de o agente registrar, apurar e declarar em guia própria ou em livros fiscais o
imposto devido não tem o condão de elidir ou exercer qualquer influência na prática do
delito;
b) há necessidade da indicação de elemento subjetivo especial na conduta desenvolvida
pelo sujeito passivo da obrigação tributária para configuração do delito;
e) por não ser típico o não recolhimento de ICMS em operações próprias, é cabível a
absolvição sumária pelo crime de apropriação indébita tributária.
Questão 17 - Perseu, funcionário da loja Olimpo, tem sua atenção chamada para um
telefone celular de última geração, exibido por Medusa, outra funcionária do
estabelecimento. Ciente de que o salário que ambos recebem não permitiria a aquisição do
referido aparelho, Perseu passa a questionar a origem do bem, sendo informado que
Medusa o havia recebido de presente de Teseu, seu namorado. Perseu, então, monta um
plano para furtar o celular, aproveitando o término antecipado do seu expediente para levar a
bolsa de Medusa. Chegando em casa, constata que no interior da bolsa havia uma carteira
com cartões e sem dinheiro, maquiagem, guarda-chuva, óculos de sol, óculos de grau, fones
de ouvido e o carregador do celular, vindo a descobrir, por terceiros, que o telefone estava
em poder de Medusa, permanecendo o tempo todo no bolso traseiro da sua calça.
Diante do narrado, Perseu:
a) responderá por furto, por erro acidental C - Ocorre erro sobre o objeto quando o
agente supõe que sua conduta recai sobre determinada coisa, sendo que na realidade
ela incide sobre outra. Conquanto parte da doutrina insira o erro sobre a pessoa como
espécie do erro sobre o objeto, opta-se, por vezes, em proceder à distinção entre error
in persona e o error in objeto, referindo-se este último ao erro sobre a coisa,
unicamente.
b) responderá por furto, por erro na execução do crime
c) não responderá por furto, por erro acidental
d) não responderá por furto, por erro na execução do crime;
e) não responderá por furto, por erro de proibição
Questão 18 - Adalberto e Paulo abordaram a vítima Francisca, que dirigia seu veículo, e
anunciaram o assalto. Após renderem a vítima, utilizando arma de fogo, subtraíram-lhe 500
reais, bem como a obrigaram a entregar o cartão bancário, além da senha para que
pudessem realizar saque. Após liberarem a vítima, Adalberto e Paulo foram presos, sem,
contudo, terem conseguido efetuar o saque pretendido.
Nessa situação hipotética, ambos praticaram
a) roubo majorado continuado.
b) roubo majorado consumado e extorsão qualificada tentada em continuidade.
c) roubo majorado consumado e extorsão qualificada consumada em continuidade.
d) roubo majorado consumado e extorsão qualificada consumada em concurso material. C -
Roubo majorado pelo emprego de arma de fogo e crime de extorsão qualificada, pois
foi pela restrição de liberdade da vítima (popularmente conhecida como sequestro
relâmpago) "Após liberarem a vítima, Adalberto e Paulo foram presos, sem, contudo,
terem conseguido efetuar o saque pretendido'. E é extorsão pois a vítima passou a
senha para os criminosos. No roubo, a colaboração da vítima é dispensável.
d) Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso.
E – a pena é aumentada da metade nesse caso.
e) A figura típica do Art. 147-A exige emprego de ameaça à integridade física, não se
perfazendo o delito em caso de ameaça apenas à integridade psicológica. E – A ameaça
poderá ser sobre a integridade física ou psicológica.
A meu ver, nessa situação os seguranças acusados das agressões, devem ser
acusados de homicídio triplamente qualificado com dolo eventual. A primeira qualificadora é
o motivo fútil já que nota-se que o motivo foi insignificante, flagrantemente desproporcional
ou inadequado se cotejado com a ação ou a omissão do agente. A segunda qualificadora
seria meio cruel já que espancar uma pessoa, chutando sua cabeça por tantas vezes
seguidas não pode ser um ato justificado. E a terceira qualificadora seria pelo fato de que a
vítima já estava imobilizada e esse foi um recurso que dificultou a defesa da vítima.