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DA RIXA
Rixa
É importante destacar que ainda que haja um capítulo próprio que o define, ele
abarca a mesma característica dos artigos anteriores, ou seja, um crime de perigo.
Com relação aos agentes é importante salientar que sujeito ativo e passivo se
confundem na ação: em outras palavras, a rixa é um crime plurisubjetivo1,
recíproco e que faz-se necessário no mínimo a participação de três pessoas.
Se houver morte, independente de quem tenha lhe dado causa, todos responderão
pelo resultado pelo simples fato de ter participado dela.
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Aquele crime que exige a sua ação em concurso.
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CAPÍTULO V
Calúnia
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.
§1º. Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa imputação, a propala ou divulga.
Exceção da verdade
Renúncia (art. 104) e o perdão (arts. 105 e 106) que tem como consequência a
extinção da punibilidade (art. 107, V).
Já para o sujeito passivo, podemos admitir os inimputáveis, ainda que eles não
tenham a capacidade cognitiva para cometer crimes, a imputação falsa de fato
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definido como crime preenche o requisito do tipo. O que conforma o tipo penal em
análise.
Com relação a honra objetiva e subjetiva, Bitencourt nos ensina que é um critério
meramente acadêmico, não tendo comprovação ontológica.
Entretanto alude que o sujeito passivo de tais crimes podem ser quaisquer pessoas,
inclusive inimputáveis, menores e etc.
Os mortos podem ser caluniados, e nesta seara o sujeito passivo serão os seus
parentes.
Até mesmo os ditos desonrados, infames e depravados podem ser sujeito passivo
dos crimes, pois a honra enquanto bem imaterial é alcançável a todos.
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Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Exceção da verdade
Considerações:
Qualquer pessoa pode cometer esse crime, com exceção da pessoa jurídica.
Sujeito passivo também podem ser os inimputáveis, desde que tenham capacidade
de entender que estão sendo ofendidos. Havia uma discussão jurisprudencial se a
pessoa jurídica poderia ser polo passivo, hoje é mais cediço o entendimento de que
sim, é possível que possa figurar no polo passivo.
O bem jurídico é a honra, no entanto o tipo penal limita aos casos de dignidade ou
decoro.
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Injúria real, definida no §2º do art. 140 é dos chamados crimes complexos pois, dois
bens jurídicos são protegidos. Por exemplo vias de fato representam somente os
meios pelos quais se busca atingir o fim de injuriar, de ultrajar o desafeto.
As pessoas jurídicas aqui não podem ser sujeito passivo, pois ainda predomina o
entendimento de que esta não tem honra subjetiva, mas apenas objetiva.