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DIREITO PENAL

PARTE GERAL

Prof.: Victor Gabriel de Oliveira Melo


Faculdade Atenas Paracatu/MG
vcool147@hotmail.com
13 - TIPICIDADE
13.1 Teorias da Tipicidade;

13.2 Teorias do Tipo;

13.3 Teoria do Crime Doloso;

13.4 Teoria do Crime Culposo.


13 - TIPICIDADE
Enquanto o tipo é a descrição do
comportamento proibido, a tipicidade
pode ser definida como a incidência de
uma norma (incriminadora) sobre um
suporte fático (conduta humana – ação
ou omissão). Parte da doutrina entende
tipicidade como indício da ilicitude.
Tipicidade é pressuposto da ilicitude,
vez que todo fato ilícito é típico, mas
nem todo fato típico é ilícito.
13.TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A Tipicidade é oriunda do
princípio da reserva legal, o
qual descreve que não há
crime sem lei anterior que
o defina.
13.TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A Tipicidade é a
correspondência entre a
conduta do agente e a
descrição de cada espécie
de infração contida na lei
penal incriminadora.
13.TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Um fato para ser considerado
típico, deve adequar-se a um
modelo descrito na lei penal,
ou seja a conduta deve se
amoldar à descrição legal.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A adequação típica se subdivide
em:

A) Adequação Típica Imediata:


Ocorre quando o fato se subsume
imediatamente no modelo legal,
sem necessidade da ocorrência de
qualquer outra norma. Ex.: Matar
alguém. Homicídio.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
B) Adequação Típica Mediata: É a
adequação que necessita de
complementação de outra norma,
secundária, de caráter extensivo, que
amplie a abrangência da figura típica.
Nesta adequação a conduta não se
amolda direta e imediatamente ao tipo,
necessitando de complemento de outra
norma ampliativa, por exemplo Homicídio
Tentado (Art. 121, c/c Art. 14, II do CP)
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Evolução dos conceitos de tipo:

1) Fase da Independência:

O tipo penal, no tempo do causalismo de


von Liszt e de Beling (final do século XIX e
começo do século XX), era puramente
objetivo ou formal , bastava a causalidade
para que o fato fosse considerado típico.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A tipicidade era enfocada como requisito
neutro por Beling, 1906, exigia:
(a) conduta;
(b) resultado naturalístico (nos crimes
materiais);
(c) nexo de causalidade (nesses crimes
materiais); e
(d) adequação típica (subsunção do fato à
letra da lei).
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Para LFG, o tipo penal era puramente
formal (ou formal-objetivo). O "matar
alguém" significava "causar a morte de
alguém". O eixo do tipo penal residia na
mera causação. Bastava o nexo de
causalidade (entre a conduta e o resultado)
para se concluir pela tipicidade da
conduta. Nessa perspectiva puramente
causalista e formalista não havia dúvida
que, por exemplo, "causar qualquer tipo de
aborto" era um fato típico.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Preponderava, ademais, a teoria
da equivalência dos antecedentes
causais (teoria da conditio sine
qua non). Tudo que concorre para
o resultado é causa do resultado
(diz essa teoria). Cuida-se,
entretanto, de premissa muito
ampla. Ela permite o chamado
regressus ad infinitum.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
2) Fase da ratio cognoscendi da
antijuridicidade:
Surgiu em 1915 com o Tratado de Direito
Penal de Mayer;
Para Mayer a tipicidade não tem
simplesmente função descritiva, mas
indicativa de antijuridicidade.
Este autor entende que quem comete um
fato típico, já antecipa que, provavelmente
também cometeu um ilícito.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Para Mayer a adequação do fato
ao tipo, faz surgir o indício de que
a conduta é antijurídica, o qual, no
entanto, cederá ante a
configuração de uma causa de
justificação.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
3) Fase da Ratio essendi da
antijuridicidade:
Mezger expôs sua ideia de que a
tipicidade está inclusa na
antijuridicidade em 1931, de forma
que para ele o crime é ação
antijurídica e culpável.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Para Mezger, a tipicidade é a
razão de ser (ratio essendi) da
antijuridicidade.
Como se atribui ao tipo a função
constitutiva da antijuridicidade,
negada esta, nega-se ainda a
tipicidade.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
4) Fase Defensiva: Teve como
precursor Beling, o qual destacou
o princípio da legalidade em razão
de sua importância.
A figura delitiva se constitui em:
A) Tipicidade;
B) Antijuridicidade;
C) Culpabilidade.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Em 1930, Beling reformulou sua teoria,
estabelecendo a distinção entre tipo de
delito (Deliktypus) e figura reitora
(Tatbestand).
Deliktypus: Corresponde a todas as
características internas e externas de cada
figura legal.
Tatbestand: é uma figura ideal, não se
encontra no tipo, sendo um modelo
conceitual extraído do acontecimento
externo.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
5) Fase do Finalismo:
Tipicidade Complexa.
Nesta fase há a admissão de
tipos dolosos e culposos, com
dolo e culpa integrantes do
tipo.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
O tipo passa a ser uma realidade
complexa, formada por uma parte
objetiva – tipo objetivo (descrição
legal) – e por uma parte subjetiva –
tipo subjetivo (vontade reitora –
Dolo ou culpa acompanhado de
qualquer outra característica
subjetiva).
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Tipicidade Formal: É a
formalização por parte do
agente da conduta prevista
na lei. Adequação da
conduta ao tipo penal.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Tipicidade Material: É a
concreta lesão ao bem
jurídico tutelado pelo tipo
formal.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A teoria da tipicidade conglobante do
jurista argentino Eugenio Raúl Zaffaroni,
visa explicar a tipicidade (elemento
integrante do fato típico) para o direito
penal.
Até então a tipicidade era compreendida
como: tipicidade formal (descrição legal
do fato típico) e tipicidade material
(adequação do fato a norma).
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Zaffaroni inovou criando o
conceito de tipicidade
conglobante, sendo esta
entendida como a união da
tipicidade material com a
antinormatividade.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Tipicidade formal é a descrição na lei da
conduta formalmente proibida;
Tipicidade material é a efetiva lesão ao
bem juridicamente protegido.
Antinormatividade seria toda conduta
contrária às normas e as suas
determinações;
A tipicidade legal pressupõe a existência
da lei, mas não a esgota;
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A tipicidade penal requer, além da
tipicidade legal, a antinormatividade;
A tipicidade material serve para
materializar o tipo penal, ou seja, só
ocorre quando lesionar o bem jurídico, o
famoso princípio da lesividade, mas para
que ocorra deve violar bem jurídico alheio.
Essa lesão deve ser significante, caso não
seja leva a conduta até o princípio da
insignificância ou bagatela.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
A tipicidade conglobante visa à limitação
da tipicidade legal, posto que pode excluir
do âmbito do típico aquelas condutas que
apenas aparentemente estão proibidas,
como acontece no caso do oficial de
justiça, em que sua conduta se adequa ao
“subtrair para si ou para outrem, coisa
alheia móvel”, mas que não é alcançada
pela proibição “não furtarás”.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Para materializar o tipo precisa-se de uma
lesão, mas se ela for muito pequena, não
há suficiência para lesionar o bem
jurídico, sendo por consequência aplicável
o principio da insignificância, retirando a
tipicidade material, que por fim retira a
tipicidade conglobante, que por sua vez
retira a tipicidade penal, o fato é atípico
para o direito penal.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
Elementos estruturais do tipo:

A) Elementos descritivos: São


identificados pela simples constatação
sensorial, isto é, podem facilmente ser
compreendidos somente com a percepção
dos sentidos. Referem-se a objetos, seres,
animais, coisas ou atos perceptíveis pelos
sentidos.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
B) Elementos normativos: São
aqueles para cuja compreensão é
insuficiente desenvolver uma
atividade meramente cognitiva,
devendo-se realizar uma atividade
valorativa. Implicam um juízo de
valor. Ex.: Coisa alheia. Art. 155.
13 TEORIAS DA TIPICIDADE E
DO TIPO
C) Elementos subjetivos: São dados ou
circunstâncias que pertencem ao
campo psíquico-espiritual e ao mundo
de representação do autor. São
constituídos pelo elemento subjetivo
geral – dolo – e elementos subjetivos
especiais do tipo – elementos
subjetivos do injusto (dolo e culpa).
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Dolo é a intenção, é a
finalidade, vontade de
realização de uma conduta.
O Código Penal define o
crime como doloso, quando
o agente quis ou assumiu o
risco de produzi-lo.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
[...]

O DOLO COMPÕE O TIPO SUBJETIVO.


13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Teoria da Vontade: Para tal
teoria o dolo é vontade
dirigida ao resultado. Para
Carrara o dolo “consiste na
intenção mais ou menos
perfeita de praticar um ato
que se conhece contrário à
lei”.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
A essência do dolo deve estar
na vontade de realizar a ação e
obter o resultado.

Tal teoria destaca a vontade da


produção do resultado (o CP
adota a teoria da vontade em
relação ao dolo direto).
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Nesta teoria necessita-se
de vontade da produção do
resultado, e da consciência
da ilicitude da conduta.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
A vontade, para essa teoria, como
critério aferidor do dolo eventual,
pode ser traduzida na assunção do
risco de produção de um
resultado, possível, na medida em
que a assunção do risco constitui
um consentir em produzir o
resultado.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Teoria da Representação:
Para esta teoria, para que
exista o dolo é suficiente a
representação subjetiva ou
previsão do resultado como
certo ou provável.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Teoria do consentimento ou
assentimento: Nesta teoria
chega-se à conclusão de que
dolo é, ao mesmo tempo,
representação e vontade.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Vontade esta que, embora não dirigida
diretamente ao resultado previsto como
provável ou possível, permite sua
ocorrência, ou assume o risco de
produção deste resultado.
A representação é necessária mas não
suficiente à existência do dolo, e
consentir na ocorrência do resultado, é
uma forma de querê-lo.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Elementos do Dolo:

A) Cognitivo ou intelectual:


Consiste na
consciência/representação daquilo
que se pretende praticar, tal
consciência deve ser atual, devendo
estar presente no momento da ação.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

B) Elemento volitivo: Constitui-se


na vontade de realização do tipo
objetivo. A vontade,
incondicionada, deve abranger a
ação ou omissão (conduta), o
resultado e o nexo causal.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
No dolo direto o agente quer a produção do
resultado, em tal instituto existem três
aspectos:
1) Representação dos meios e consequências.

2) Querer a ação, o resultado.

3) Anuir, com as consequências como certas,


necessárias ou possíveis, decorrentes dos
meios escolhidos.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Segundo a redação do Código Penal
(artigo 18, inciso I), é dolosa uma ação
quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo. A doutrina
jurídica observa que o Código Penal
Brasileiro adotou as Teorias da Vontade e
do Assentimento, respectivamente, para
caracterizar uma ação dolosa, e portanto,
este subdivide-se em duas modalidades -
dolo direto e dolo eventual:
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Dolo Direto de 1° Grau: É a


vontade direcionada, a
intenção específica de
realizar certa conduta e
obter determinado
resultado (Teoria da
vontade);
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Dolo Direto de 2° Grau: Ocorre
quando o agente atua com
intenção/finalidade de produzir
certo resultado, mas
reconhece que outros
resultados, com certeza, se
produzirão e quanto à estes
resultados responderá a título
de dolo direto de 2° grau.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Ex.: Bomba em avião, onde o


autor quer matar uma pessoa,
mas matará várias outras.
Aplica-se o concurso formal
imperfeito, determinando as
somas das penas de cada
crime realizado.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Dolo Eventual é aquele em


que o agente não tem
intenção de gerar o
resultado, porém atua de
acordo com três
elementos:
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Primeiro: É a previsão
(passa na cabeça) concreta
do resultado.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Segundo: Consentimento,
indiferença quanto a
eventual produção do
resultado (Teoria do
consentimento).
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

Terceiro: Age assumindo o


risco da ocorrência do
resultado.
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO

O dolo eventual é
incompatível com a
tentativa em face da
ausência de vontade
quanto ao resultado (Teoria
do assentimento);
13 – TEORIA DO CRIME DOLOSO
Dolo geral: O indivíduo quer um resultado
e atua buscando este resultado, vindo a
conseguir a obter o resultado pretendido,
porém comete outra ação a qual provoca
o resultado. Ex.: Atira-se na vítima,
pensando que a mesma já estava morta,
joga-se ela no rio, vindo a mesma a morrer
afogada.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
A Culpa decorre da
inobservância do dever
objetivo de cuidado
manifestada numa conduta
produtora de um resultado não
pretendido, mas objetivamente
previsível.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Há crime culposo quando o
agente não quer, nem assume
o risco de produção de um
resultado previsível, mas que
mesmo assim ocorre.
13 – TEORIA DO CRIME CULPOSO
A tipicidade de uma
conduta culposa decorre de
uma conduta descuidada.
13 – TEORIA DO CRIME CULPOSO
O delito culposo contém,
em lugar do tipo subjetivo
(vontade), uma
característica normativa
aberta: o desatendimento
ao cuidado objetivo
exigível ao autor.
13 – TEORIA DO CRIME CULPOSO
O crime culposo apresenta os seguintes
elementos constitutivos:
A) Inobservância do cuidado objetivo
devido: Consiste no reconhecimento do
perigo para o bem juridicamente
tutelado, é preocupar-se com as
consequências que uma conduta
descuidada pode produzir. Impõe-se aqui
um dever de abster à pratica de uma
conduta que possa lesar o BJT.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
B) Produção de um resultado e nexo
causal: É indispensável que a
inobservância do cuidado devido, gere o
resultado.
Somente será crime culposo caso haja o
resultado e este tenha se dado em razão
de inobservância do cuidado devido.
A inevitabilidade do resultado exclui a
própria tipicidade (não responderá nem
por crime culposo).
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
C) Previsibilidade objetiva do resultado: É
a possibilidade de qualquer pessoa
mediana (homem médio) no momento da
ação, levando em consideração as
circunstâncias do caso concreto prever o
resultado.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
D) Conexão interna entre desvalor
da ação e desvalor do resultado: É
a configuração do resultado
decorrente da inobservância do
cuidado devido, ou, em outros
termos que a ação seja a causa do
resultado.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
OS ELEMENTOS DO TIPO PENAL CULPOSO SÃO:
CONDUTA
RESULTADO INVOLUNTÁRIO
NEXO CAUSAL
TIPICIDADE
QUEBRA DO DEVER OBJETIVO DE CUIDADO (Se
dá por imprudência, negligência ou imperícia)
PREVISIBILIDADE OBJETIVA (Possibilidade de
se antever o resultado)
AUSÊNCIA DE PREVISÃO (O agente nota,
percebe que o resultado irá ocorrer)
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Modalidades de Culpa:

A) Imprudência: É a prática


de uma conduta arriscada
ou perigosa. Fazer o que
não devia fazer;
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
B) Negligência: É a falta de
precaução, a indiferença do
agente, que, podendo
adotar as cautelas
necessárias, não o faz.
Deixar de fazer o que
deveria fazer;
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
C) Imperícia: É a falta de
capacidade ou aptidão
despreparo ou insuficiência de
conhecimento para a pratica
de um ato (arte, profissão ou
ofício). É o agente que deveria
saber aquilo e não sabe.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
A imperícia é a falta de capacidade
técnica para o exercício de profissão, arte
ou ofício e não se confunde com a
inobservância da regra técnica do
profissional que a possui, sendo que isto é
imprudência ou negligência do
profissional causa de aumento de pena no
homicídio culposo e na lesão corporal
culposa.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Culpa consciente: É a culpa
com previsão concreta em que
o agente não aceita, repudia o
resultado previsto e só atua
com a convicção e certeza da
sua não ocorrência, por
confiar em suas habilidades
pessoais.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Ex.: Artista de circo que utiliza-se de
facas para acertar um alvo e, este
último possui, geralmente, uma pessoa
no anteparo. Caso o atirador de facas
acerte a pessoa, ele responderá pelo
crime praticado a título de culpa, sendo
esta culpa consciente.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Culpa inconsciente: A culpa
inconsciente caracteriza-se
pela ausência absoluta do
nexo psicológico entre o autor
e o resultado de sua ação,
ante a inexistência de
previsibilidade subjetiva.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Culpa imprópria: É aquela decorrente de
erro, e de erro culposo. O agente age,
querendo o resultado, porém em razão de
erro evitável, sua conduta é punida como
culposa. Ex.: A, ameaçado de morte por B,
A estava andando na rua, quando vê B
tentando tirar algo da cintura, A
rapidamente saca sua arma e mata B,
porém vem notar que B estava pegando
seu celular.
13 – TEORIA DO CRIME
CULPOSO
Crime preterdoloso: É aquele em que o
resultado vai além da previsibilidade do
agente. O agente age com dolo no
antecedente e culpa no consequente. Ex.:
Agente dá um soco no rosto da vítima, que
cai ao solo e bate a cabeça no meio-fio,
vindo a morrer. Agente responder por
lesão corporal seguida de morte (Art. 129,
§ 3° do CP).

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