O documento discute os conceitos de tipicidade formal e material, e como a tipicidade penal é composta por esses dois elementos. Também apresenta as principais teorias sobre a relação entre tipicidade e ilicitude no direito penal brasileiro.
O documento discute os conceitos de tipicidade formal e material, e como a tipicidade penal é composta por esses dois elementos. Também apresenta as principais teorias sobre a relação entre tipicidade e ilicitude no direito penal brasileiro.
O documento discute os conceitos de tipicidade formal e material, e como a tipicidade penal é composta por esses dois elementos. Também apresenta as principais teorias sobre a relação entre tipicidade e ilicitude no direito penal brasileiro.
ilicitude. CONCEITO: tipicidade penal é igual a tipicidade formal mais a tipicidade Teoria da Identidade Teoria da absoluta material. dependência (ratio essendi): tipicidade como essência da ilicitude. Estando TIPICIDADE FORMAL – juízo de adequação presente a tipicidade haverá ilicitude, são entre o fato e a norma. Por ela, analisar- inseparáveis, ilicitude tipificada. TODO fato se-á se o fato praticado pelo agente se típico NECESSARIAMENTE é ilícito. encaixa no modelo do crime.
• TIPICIDADE MATERIAL (SUBSTANCIAL) –
é a lesão ou perigo de lesão ao bem TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS jurídico tutelado pela norma. Não basta a DO TIPO conduta se encaixar no modelo legal de crime, mas sim se é capaz de causar uma Tipo Total de Injusto- o tipo penal é lesão ou um perigo de lesão ao bem composto de elementos positivos jurídico. (expressos) aos quais se somam elementos negativos (implícitos), quais sejam, causas Obs: No princípio da insignificância o fato é excludentes de ilicitude. Para que o atípico em razão da falta de tipicidade comportamento do agente seja típico não material. basta realizar os elementos positivos expressos no tipo, mas não pode EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA configurar qualquer dos elementos Corpus delicti: Em Roma, o crime era negativos. corpus delicti, ou seja, crime era apenas os vestígios materiais. Não existia uma análise TIPICIDADE CONGLOBANTE fragmentada do crime Tipicidade penal é a soma entre tipicidade Fase da independência do tipo: (Beling) O formal e tipicidade conglobante, esta estudo do crime foi dividido em três partes: composta pela tipicidade material e Tipicidade, Ilicitude e Culpabilidade. As antinormatividade do ato (ato não duas primeiras de natureza objetiva, pois determinado ou não incentivado por lei). dizem respeito ao fato. Já a culpabilidade, TIPICIDADE LEGAL – subsunção do fato à por ser do agente, possuía natureza norma subjetiva. ANTINORMATIVIDADE – relação de Teoria Indiciária (ratio cognosendi): A contrariedade entre o fato praticado pelo tipicidade é um indício da ilicitude, ou seja, agente e o ordenamento jurídico como um acarreta uma presunção de ilicitude. todo. Contudo, trata-se de presunção relativa (iuris tantum) admite-se prova em Assim, para se falar em tipicidade não contrário (exclusão da ilicitude). basta violar o tipo penal, é necessário transgredir o ordenamento jurídico como OBS: a Teoria Indiciária acarreta a um todo. inversão do ônus da prova no tocante às excludentes da ilicitude. A acusação não Imagine as seguintes situações hipotéticas: precisa provar que o fato é ilícito, basta 1ªSituação: provar que é um fato típico. Ao provar a tipicidade, presume-se que o fato é ilícito, João deve R$ 15.000,00 para Pedro, este consegue, através de um processo judicial, busca e apreensão do carro de João, a fim acusado quando "existirem circunstâncias de saldar a dívida. O oficial de justiça que excluam o crime ou isentem o réu de dirige-se até a casa de João, com o intuito pena, ou mesmo se houver fundada de cumprir o mandado, levando o bem. A dúvida sobre sua existência”. Em resumo: conduta do oficial é uma subtração havendo dúvida, deve o réu ser condenado (inversão da posse) para outrem (para (não se aplicando o in dubio pro reo); no Pedro) de coisa alheia móvel (carro de caso de dúvida razoável, o réu merece ser João), claramente típica, mas está absolvido. Deste modo, foram acobertada pela excludente de ilicitude do relativizados os efeitos da teoria da estrito cumprimento do dever legal. indiciariedade no ônus probatório. Zaffaroni considera tal hipótese verdadeiro absurdo, não é razoável afirmar que um oficial de justiça, que está cumprindo uma ADEQUAÇÃO TÍPICA decisão judicial, em estrito cumprimento de dever legal, prática fato típico, porém É a tipicidade formal colocada em prática. lícito. Defende que o fato é atípico, pois Espécies embora o oficial de justiça viole a norma penal, não está violando o ordenamento a) Imediata ou Subordinação Imediata: O jurídico como um todo. Ao contrário, está fato praticado pelo agente se encaixa seguindo o que o ordenamento jurídico diretamente no tipo penal. Em outras determina. palavras, não há necessidade de utilização de nenhuma outra norma penal. O STJ, na AP 638, adotou a Tipicidade Conglobante. Exemplo: “A” matou “B”, a conduta encaixa-se, perfeitamente, no art. 121 do OBS.: A consequência trazida pela CP. tipicidade conglobante foi migrar o estrito cumprimento de um dever legal e o b) Mediata ou de Subordinação Mediata exercício regular de direito incentivado da ou Ampliada ou Por Extensão: O fato exclusão da ilicitude para a causa de praticado pelo agente não se encaixa exclusão da tipicidade (do fato típico). A diretamente no tipo penal. O fato não legitima defesa e estado de necessidade encontra correspondência direta na norma continuam na ilicitude, pois não são penal, é necessário utilizar uma norma de determinados nem incentivados. São extensão da tipicidade. somente tolerados por lei. No Brasil, ocorre em três situações: Na relação tipicidade x ilicitude, qual Norma de extensão temporal: teoria norteia nosso ordenamento permite a aplicação da norma jurídico? De acordo com a doutrina penal a um momento anterior à majoritária, o Brasil seguiu a teoria da consumação. indiciariedade ou da ratio cognoscendi. Assim, provada a tipicidade, há indícios de TENTATIVA ilicitude (ou antijuridicidade). Essa suspeita provoca uma consequência importante: o Art. 14, II - tentado, quando, iniciada a ônus da prova sobre a existência da causa execução, não se consuma por de exclusão da ilicitude é da defesa (de circunstâncias alheias à vontade do agente quem alega). Por exemplo, “A” disfere três disparos de Código de Processo Penal (Lei n° arma de fogo contra “B”, mas, por 11.690/2008), o juiz deve absolver o circunstância alheias a vontade de “A”, “B” não morre. Perceba que a conduta de “A” a) tenha por lei obrigação de cuidado, não se encaixa no art. 121 do CP, uma vez proteção ou vigilância; que a vítima não morreu. Assim, é b) de outra forma, assumiu a necessário fazer uso de uma norma de responsabilidade de impedir o resultado; extensão, em nosso exemplo é o art. 14, II do CP que prevê a tentativa. Na denúncia c) com seu comportamento anterior, criou seria capitulado como art. 121, caput, c/c o risco da ocorrência do resultado. art. 14, II ambos do CP.
Norma de extensão pessoal da
tipicidade: permite aplicação da lei penal a pessoas diversas dos autores.
PARTICIPAÇÃO
Art. 29 - Quem, de qualquer modo,
concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
O art. 29 do CP é utilizado para o concurso
de pessoas como um todo, mas a norma de extensão aplica-se apenas em relação ao participe.
O coator realiza o núcleo do tipo, para ele a
adequação típica é imediata.
O participe concorre de qualquer modo
para o crime, mas sem executá-lo. Por exemplo, “A” contrata “B” para matar “C”. Perceba que “A” não executou o crime, apenas mandou matar. “B” será denunciado pelo art. 121, §2º, I do CP e “A” será denunciado pelo art. 121, §2º, I c/c art. 29, caput, ambos do CP.
Norma de extensão causal: prevê
que a conduta que, num primeiro momento, só poderia ser praticada por uma ação, passa a poder ser praticada por omissão.
RELEVÂNCIA DA OMISSÃO
Art. 13, § 2º - A omissão é penalmente
relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem
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