Ação: é a conduta positiva. A norma penal indevidamente, independente
do crimes comissivos é Proibitiva (ex: “não da ocorrência de qualquer matarás). modificação no mundo exterior). Omissão: é a conduta negativa. A norma Em regra, crimes dolosos. Mas Penal dos crimes omissivos é Mandamental não impede que o legislador crie ou imperativa (determina uma ação, tipo omissivo improprio. punindo aquele que se omite). Impróprios(impuros ou comissivos por omissão): a norma mandamental decorre Omissão Penalmente Relevante de cláusula geral, prevista no artigo 13, §2°, do Código Penal, dispositivo que Teorias da Omissão estabelece as hipóteses em que alguém Naturalística ou causal: Deverá se possui o dever jurídico de impedir o imputar um resultado a um omitente resultado. O não fazer será penalmente sempre que sua inação lhe der causa. relevante apenas quando o omitente possuir a obrigação de agir para impedir a Nexo de causalidade: quando ocorrência do resultado (dever jurídico). pudendo agir pra evitar, deixa de Mais do que um dever genérico de agir, fazê-lo. aqui o omitetente tem dever jurídico de evitar a produção do evento. Normativa ou Jurídica: O nexo entre omissão e resultado é jurídico ou Poder de Agir: Salienta-se que irá normativo (deriva da existência de um responder pelo crime não apenas quando dever jurídico de agir par evitar o tinha o dever de agir, mas quando devia e resultado). podia agir para evitar o resultado. É necessário avaliar o caso concreto. Nesse Não existe um nexo rela/relação de sentido, a questão 18 da prova da DPE/AP causalidade entre a omissão e o (2018) considerou correta a seguinte resultado. afirmativa: (C) a falta do poder de agir gera CP no art. 13, § 2º (“A omissão é atipicidade da conduta. penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para V Dever legal ou imposição evitar o resultado (...)”). legal: quando o agente tiver, por lei, obrigação de Espécies de Crimes Omissivos proteção, cuidado e vigilância (ex.: mãe com Próprios (ou puros): ocorre o relação aos filhos descumprimento de norma imperativa, V Dever de garantidor ou que determina a atuação do agente. “garante”: quando o Existe um dever genérico de agir que agente, de qualquer forma, não é observado pelo destinatário da assumiu a norma. Este dever, aliás, é dirigido a responsabilidade de todos indistintamente (dever de impedir o resultado (não solidariedade). apenas contratualmente). V Ingerência na norma: Crimes de mera conduta (basta quando o agente criou, que o sujeito tenha se omitido com seu comportamento anterior, o risco da ocorrer sempre de modo justo, ocorrência do resultado. atendendo à função do Direito (ex: a pessoa que joga um Penal. cigarro aceso em matagal V Funcionalismo racional- obriga-se a evitar eventual teleológico: Para o primeiro, incêndio). a função do Direito Penal seria a de promover a proteção subsidiária de bens Crimes de Conduta Mista jurídicos. Acrescenta que o Estado não cria delitos, O tipo penal descreve uma conduta apenas os reconhece, de inicialmente positiva, mas a consumação modo que não dispõe de um se dá com uma omissão posterior. (ex.: poder absoluto na tarefa de art. 169, parágrafo único, II, do CP). decidir o que é ou não crime; cabe-lhe, na verdade, verificar aquilo que deve ser tratado como delito segundo Teorias da Ação os anseios sociais. V Funcionalismo sistêmico: a função do Direito Penal é V Teoria causal ou naturalista: reafirmar a autoridade do (Von Liszt) A ação seria mera Direito. A pena surge como exteriorização do pensamento. fator que ratifica a Para se afirmar que existe uma importância do respeito à ação basta a certeza de que o norma violada, enfatizando a sujeito atuou voluntariamente. O necessidade de sua que quis (ou seja, o conteúdo de obediência. Ao contrário de sua vontade) é por ora irrelevante: Roxin, esse autor não propõe o conteúdo do ato de vontade limitações materiais ao somente tem importância no alcance da lei penal. problema da culpabilidade Duas teorias da ação foram desenvolvidas V Teoria finalista da ação: ação é a à luz do funcionalismo: a teoria conduta humana consciente e personalista da ação (“ação é voluntária dirigida a uma exteriorização da personalidade humana”) finalidade (Welzel) e a teoria da evitabilidade individual V Teoria social da ação (Jescheck e (“ação é realização de resultado Wessels): ação é a conduta individualmente evitável”) positiva socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade e dirigida a uma finalidade. Causalidade nos crimes V Teorias funcionais: O que omissivos realmente importa, para esse pensamento, é definir quais os Crimes Omissivos: Não tem nexo de critérios jurídicos de imputação de causalidade. O que determina a ligação um resultado a uma conduta, de entre a conduta omissiva do agente e o tal modo que a atribuição da responsabilidade penal possa resultado lesivo é o nexo estabelecido pela lei (normativo).
Omissão própria:
Nexo normativo: incide para
estabelecer o elo entre a conduta omissiva e a omissão tipificada (basta que exista um tipo penal punindo a abstenção e que esta ocorra por parte elo agente). Determinados crime omissivos próprios podem estar ligados a resultados naturalísticos, majorantes/qualificadoras do delito. Ex: omissão de socorro, punida mais rigorosamente quando da não ação ocorre lesão grave ou morte da vítima.
Omissão Impropria:
Crime de resultado material: exige
um nexo entre a ação omitida e o resultado. Esse nexo, no entanto, não é naturalístico (a omissão não causou o resultado). O agente não causa diretamente o resultado, mas permite que ele ocorra abstendo-se de agir quando deveria e poderia fazê-lo para evitar a sua ocorrência. Nexo de evitação; sobre o qual se deve empregar um juízo hipotético semelhante àquele utilizado no nexo causal: se, imaginada a ação devida, o resultado deixasse de ocorrer, existe o nexo (de evitação), imputando-se o resultado ao omitente (o sujeito não causou o resultado, mas como não o impediu, é equiparado ao verdadeiro causador).
Crimes Comissivos: nexo de causalidade
nos crimes que resultem modificação no mundo exterior (resultado naruralísrico).