Alcança todos os herdeiros legítimos, Apenas os herdeiros necessários
necessários, facultativos, testamentários e (ascendente, descentes e legatários (todos os herdeiros). cônjuge/companheiro sobrevivente) possam ser deserdados. É pedida por terceiros interessados, no Só pode ser imposta por testamento, com prazo de quatro anos da abertura da expressa declaração da causa que motivou o sucessão, e obtida mediante sentença testador a querer privá-lo da herança. judicial. A declaração de indignidade depende da A deserdação repousa na vontade exclusiva iniciativa dos herdeiros, ainda que nada do autor da herança, imposta no tenha manifestado o de cujus sobre o agir testamento, desde que fundada em um reprovável do herdeiro. motivo legal. Nem todos os fatos são anteriores à morte Os suportes fáticos são anteriores à morte do autor da herança. do autor da herança. Termo inicial para propositura da ação de Termo inicial para propositura da ação de indignidade: abertura da sucessão. indignidade: abertura do testamento.
Pontos comuns a indignidade e deserdação:
Possuem uma natureza punitiva.
A pena da indignidade e da deserdação não pode ir além da pessoa. Os descendentes do indigno e do deserdado são convocados a receber o quinhão em nome do excluído, ou seja, representam quem foi afastado. Herdam por direito de representação Obs.: O direito de representação só existe na sucessão legítima. Na sucessão testamentária não. Excluído o herdeiro instituído por testamento, o que lhe foi herdado acresce em favor dos herdeiros legítimos. Obs.: Cônjuge e companheiro são herdeiros necessários, sujeitos a serem deserdado ou declarado indigno. Parentes colaterais, como não são herdeiros necessários, não podem ser deserdados. O jeito de o autor da herança deixá-los fora da sucessão expressamente excluí-los, não precisando indicar qualquer motivo. E, quando não existem herdeiros necessários, basta não contemplá-los no testamento e destinar todos os seus bens a quem desejar. Assim eles ficam fora da sucessão (CC 1.850). O rol de hipótese da deserdação e da indignidade são taxativos (Professor). Tanto na indignidade como na deserdação, é necessária sentença judicial reconhecendo a prática de atos aptos a ensejar a exclusão do herdeiro. Não há exclusão automática ou imediata A deserdação imposta no testamento, por si só, não basta para que o herdeiro seja excluído. É preciso que o juiz reconheça que o desejo do testador de deserdar herdeiro necessário se justifica. Quando do trânsito da sentença, declarando a indignidade ou ratificando a deserdação, é que o herdeiro perde a condição de herdeiro. Por isso ele deve devolver os frutos e rendimentos dos bens que recebeu. O prazo prescricional da ação declaratória de indignidade e de deserdação é o mesmo: quatro anos (CC 1.815 § 1º e 1.965 parágrafo único). Como se trata de direito potestativo, o prazo é decadencial. Ainda que o agir do herdeiro tenha sido indigno e mesmo que o testador o tenha deserdado, a inércia para a propositura da ação simplesmente faz desaparecer as causas de exclusão e o herdeiro é contemplado com o seu quinhão hereditário, como se nada tivesse feito de errado.