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PARTE GERAL
A expressão
ANTIJURIDICIDADE ainda
existe no Direito Penal, porém a
expressão de melhor utilização
seria ILICITUDE eis que, o
Código Penal foi reformado em
1984 adotando a expressão
ilicitude.
15.1 CONCEITO
A antijuridicidade é a
contradição entre uma
conduta e o ordenamento
jurídico.
15.1 CONCEITO
A excludente referente ao
Estado de Necessidade está
prevista no art. 24 do Código
Penal.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a
dois terços.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
O Estado de Necessidade pressupõe
um conflito de interesses lícitos, onde
para que um dos bens continue a
existir outro deva ser sacrificado,
como, por exemplo, o caso do policial
que efetua disparo contra cão que lhe
atacará, sendo que são requisitos
para sua configuração os seguintes:
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
A ameaça a direito próprio ou alheio;
Em caso de defesa de direito alheio, não é
necessária a autorização do terceiro.
A existência de um perigo atual ou
inevitável;
A inexigibilidade do sacrifício do bem
ameaçado;
Uma situação não provocada
voluntariamente pelo agente;
A inexistência de dever legal de enfrentar o
perigo;
O conhecimento da situação justificante.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
O perigo eventual ou abstrato não
configura o Estado de Necessidade,
como também o perigo possível não
configura, entretanto, o perigo
iminente, poderá configurar a
excludente em estudo.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Se o perigo pode ser evitado,
mas, mesmo assim, o agente
realiza a conduta, não restará
configurado o estado de
necessidade, vez que o perigo
poderia ter sido evitado.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Dificuldades financeiras,
desemprego, etc., não configuram
o Estado de necessidade, vez que
o agente terá outros meios de
superar as dificuldades.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
É preciso que o sacrifício do bem
alheio seja razoável, de acordo com o
senso comum. É o requisito da
proporcionalidade entre a gravidade do
perigo que ameaça o bem jurídico do
agente ou alheio e o dano que será
causado em outro para afastá-lo.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Haverá Estado de Necessidade quando
um bem jurídico de menor valor é
sacrificado para salvar um de maior
valor ou de igual valor, porém, não
haverá quando um bem jurídico de
maior valor for sacrificado para salvar
um de menor valor.
Ex.: Dois náufragos disputam uma
bóia.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Caso fosse razoável ao agente
sacrificar seu bem ameaçado, em face
da maior relevância do direito por ele
violado, não haverá exclusão de
ilicitude, mas sim, diminuição da pena
de 1/3 a 2/3, nos termos do art. 24 do
Código Penal, §2º.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Não se aplica à excludente
quando o sujeito não tem
conhecimento de que age para
salvar um bem jurídico próprio ou
alheio. O conhecimento acerca da
situação de risco é chamado
elemento subjetivo da excludente
de ilicitude.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Estado de Necessidade Justificante:
Tal estado de necessidade ocorre,
quando o bem sacrificado possui valor
inferior ao bem protegido.
Exclui a ilicitude.
A doutrina pátria admite o Estado de
Necessidade Justificante em caso de
sacrifício de bem de igual valor àquele
preservado.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Estado de Necessidade
Exculpante: É aquele em que o
bem sacrificado possui maior ou
igual valor ao bem protegido.
Não exclui a tipicidade e sim a
culpabilidade (inexigibilidade de
conduta diversa - Bitencourt).
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
O Código Penal brasileiro adotou
a teoria unitária, a qual prevê que
somente o Estado de
Necessidade Justificante será
uma causa excludente de
ilicitude.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
O Estado de necessidade exige os
seguintes requisitos:
Perigo atual e inevitável: É o perigo
que está acontecendo no exato
momento em que a ação para salvar
um bem deve ser realizada. A
atualidade do perigo engloba a
iminência do dano. Perigo passado,
não enseja Estado de Necessidade,
enseja vingança.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Não voluntário: A situação de
perigo não foi provocada
intencionalmente por aquele que
age em EN.
Inevitabilidade do perigo por
outro meio: Não há outra maneira
de se evitar o perigo.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Inexigibilidade de sacrifício do
bem ameaçado: O bem ameaçado
não podia ser sacrificado em
razão de seu valor. Observa-se
aqui o princípio da
proporcionalidade e da
razoabilidade.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Direito próprio ou alheio: Pode-se
utilizar o EN para proteção de
direitos do agente ou de outrem
(não se exige relação jurídica).
Obs.: Embora no “Estado de
Necessidade de Terceiro”,
quando se tratar de bens
disponíveis, será necessário o
consentimento do titular do bem.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Elemento subjetivo:
Finalidade de salvar o bem do
perigo: O agente será
amparado pela excludente do
EN, somente caso haja com o
fim de salvar um bem de
perigo.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Ausência do dever legal de
enfrentar o perigo: Não pode se
alegar o EN, em caso de se
possuir o dever legal de enfrentar
o perigo.
Ex.: Bombeiro alega que não vai
entrar em prédio em chamas, pois
há fogo no local.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Minorante (Art. 24, §2° do CP):
Significa que mesmo não se
tratando de Estado de
Necessidade, mas, diante das
circunstâncias, que não
justifiquem o crime, diminui-se a
censurabilidade da conduta,
autorizando a redução da pena.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Teoria adotada pelo CP em relação ao
Estado de Necessidade: Unitária.
Para o CPB, Estado de Necessidade
será sempre uma causa de exclusão
de ilicitude.
Para Bitencourt o Código penal adota a
teoria diferenciadora, ora é causa
excludente de ilicitude, ora é
excludente de culpabilidade.
15.2.1 ESTADO DE
NECESSIDADE
Razoabilidade: Só se admite o
sacrifício de um bem jurídico,
quando não existir qualquer
outro meio que possa salvar
aquele bem, bem como o
sacrifício tem que ser
razoável.
15.2.2 LEGÍTIMA DEFESA
A Legítima Defesa está prevista no art.
25 do Código Penal.
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima
defesa quem, usando moderadamente
dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem.
15.2.2 LEGÍTIMA DEFESA
A Legítima Defesa ocorre
quando o agente, usando
moderadamente dos meios
necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a
direito seu ou de outrem.
15.2.2 LEGÍTIMA DEFESA
São requisitos da Legítima Defesa:
Requisitos objetivos:
A reação de uma agressão injusta
atual ou iminente;
A defesa de um direito próprio ou
alheio;
A moderação no emprego dos meios
necessários à repulsa; e
15.2.2 LEGÍTIMA DEFESA
15.2.2 LEGÍTIMA DEFESA
Estrito Cumprimento do
Dever Legal é uma
excludente de ilicitude que
está prevista no art. 23,
inciso III, do Código Penal.
15.2.3 ESTRITO CUMPRIMENTO DO
DEVER LEGAL
É uma excludente de
ilicitude que está prevista
no art. 23, inciso III, do
Código Penal.
15.2.3 B – EXERCÍCIO REGULAR DE
DIREITO