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Prof.

: Victor Gabriel de Oliveira Melo


Faculdade Atenas Paracatu/MG
vcool147@hotmail.com
 3.1 Fontes Formais e Materiais
 3.2 Imediatas e Mediatas
 3.3 A Lei como Fonte Formal Imediata
 3.3.1 Técnica Legislativa
 3.3.2 Preceito Primário e Preceito Secundário
 3.3.3 Classificação das Normas Penais
 3.3.4 Caracteres das Normas Penais
 3.4 Da Norma Penal em Branco
 3.5 Da Integração da Norma Penal
 3.6 Formas de Procedimento Interpretativo
(equidade, doutrina, jurisprudência, tratados e
convenções)
• MATERIAIS, SUBSTANCIAIS OU DE
PRODUÇÃO:
É a fonte encarregada de criar a
legislação de Direito Penal;(No BR é a
União - Art. 22, I da CRFB)
• FORMAIS, COGNITIVAS OU DE
CONHECIMENTO:

 É a fonte que corresponde ao


processo de exteriorização
do Direito Penal.
 IMEDIATA: é a Lei material, o
jus scriptum, regra escrita
concretizado pelo Poder
Legislativo em consonância
com a forma determinada na
CF;
 MEDIATAS OU SECUNDÁRIAS:
são os costumes os princípios
gerais do Direito e as
Jurisprudências – (Obs:
Doutrina, Jurisprudência e
Tratados Internacionais).
• FONTE FORMAL IMEDIATA:
Primeiramente, o Direito Penal
exterioriza-se pela Lei, na
qualidade de fonte material ou
de produção. (LEI)
• FONTE FORMAL MEDIATA: Apesar
de não criar, não modificar nem
extinguir normas penais, tal
“fonte”, é de suma importância
para a interpretação da Lei.
COSTUMES: É a reiteração de uma
conduta de modo constante e
uniforme, por força da convicção
de sua obrigatoriedade. Não cria
normas incriminadoras e não ab-
roga leis, apenas fornece
conceitos que o direito
repressivo adota (honra,
decoro);
• PRINCÍPIOS GERAIS DO
DIREITO: São os valores
fundamentais que inspiram a
elaboração e a preservação
do ordenamento jurídico,
supre as lacunas das normas
não incriminadoras;
 JURISPRUDÊNCIA: As decisões
judiciais, não criam direitos,
mas, sim, os declaram, sendo
que constitui-se na decisão
reiterada dos juízes e tribunais
em determinado sentido.
• 3.3.1 TÉCNICA LEGISLATIVA: NORMA PENAL está
contida na LEI PENAL

• Em relação às normas incriminadoras o legislador


utiliza-se da seguinte técnica:
• A fonte da norma penal é a lei penal.
• Porém, a lei penal não se confunde com a norma penal.
• A lei penal é descritiva.Ex.: Art.121 CP
• A norma penal impõe e valora um comportamento. Ex.: Art.
121.Não matarás.
• Por isso quando uma pessoa
comente o crime não viola a lei
penal, mas, sim, a norma
penal. Por sinal, seu
comportamento corresponde
exatamente ao que diz a lei
penal.
• 3.3.2 PRECEITO PRIMÁRIO E PRECEITO
SECUNDÁRIO:

• NORMA PRIMÁRIA OU DE CONDUTA: Define a


norma proibitiva ou mandamental, ou seja,
descreve com objetividade, clareza e precisão a
infração penal.

• NORMA SECUNDÁRIA OU DE SANÇÃO: Descreve a


pena abstrata da respectiva infração penal.
• A norma primária possui 02
preceitos:
• Preceito Primário: É dirigida

a todas as pessoas;
(Praeceptum juris) e
• Preceito Secundário: É a
sanção. (sanctio juris)
• A norma secundária, também, possui
02 preceitos:
• Preceito Primário: Obrigação do

Juiz em aplicar a pena caso


ocorra o comportamento previsto
na lei; e
• Preceito Secundário: Caso não
aplique a sanção, o Juiz
responderá no âmbito
administrativo e penal.
 As normas primárias e
secundárias não são realidades
independentes, são aspectos
de uma totalidade normativa,
sendo que são separadas por
razões didáticas.
• 3.3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS
PENAIS:
 
• NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS: São
aquelas que descrevem os requisitos
essenciais e/ou circunstâncias de um
delito e a respectiva sanção.
• NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS:
Permissivas, Complementares ou
Explicativas, têm como finalidade:

– Tornar lícitas determinadas condutas (art. 23.


CP);
– Afastar a culpabilidade (art. 26, CP);
– Esclarecer determinados conceitos (art. 327,
CP); e
– Fornecer princípios gerais para aplicação da
lei penal (art. 59, CP).
• 3.3.4 CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS
PENAIS:

• EXCLUSIVIDADE: Somente a Lei Penal


define crimes e comina penas.
• IMPERATIVIDADE: Exige uma determinada
conduta de todas as pessoas, e caso haja
descumprimento, aquele que cometeu a
conduta será submetido à devida sanção
• GENERALIDADE: A norma penal
atua para toda a coletividade,
possuindo efeito erga omnes.
• ABSTRATA E IMPESSOAL: A
norma dirige-se a fatos
futuros, não endereçando seu
mandamento proibitivo.
• NORMAS PENAIS EM BRANCO: são
aquelas que necessitam de
complementação para que se possa
compreender o âmbito de aplicação
de sua norma primária.
 É necessário que sua norma de
conduta (primária) seja
completada por outra norma,
depende de um complemento
normativo para a exata
compreensão do delito, pois,
caso contrário, não há como
compreendê-la.
• As normas penais em branco podem
ser: 
 HOMOGÊNEAS: O complemento é
oriundo da mesma fonte legislativa
que criou a norma penal em branco.
Ex.: Art.237 do CP e Art. 1521 I a VII
do CC.
 HETEROGÊNEAS: O complemento não
provém do mesmo órgão legislador
que criou a norma penal em branco.
Ex. Droga.Portaria 344 ANVISA.
• A CONTRÁRIO SENSU: A norma
completa, ao contrário da norma
penal em branco, é aquela que
para o seu entendimento ou para a
sua compreensão não é necessário
um complemento normativo.
 ANALOGIA: é uma forma de
auto- integração da norma, com
a finalidade de aplicar em uma
hipótese não prevista em lei a
disposição legal a um caso
semelhante. A Analogia pode
ser:
ANALOGIA LEGAL: Ocorre quando
uma situação não está prevista
no ordenamento jurídico e é
aplicada uma lei.

ANALOGIA JURÍDICA: Ocorre


quando uma situação não está
prevista no direito e é aplicado
um princípio geral do direito.
 DIFERENÇA ENTRE ANALOGIA E
INTERPRETAÇÃO: Na analogia há
ausência de texto legal e na
interpretação se tem um texto legal
obscuro ou incerto, cujo sentido exato
procura descobrir;
 DIFERENÇA ENTRE ANALOGIA E
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: A analogia
visa à aplicação da lei lacunosa e a
interpretação extensiva visa aplicação
do sentido da norma;
 DIFERENÇA ENTRE ANALOGIA E
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA: São coisas
distintas. A primeira supre uma lacuna e a
segunda interpreta o texto legal, levando em
consideração, casos semelhantes. A analogia
pode, ainda, ser: 
 IN BONAN PARTEM: em benefício da parte
 IN MALAN PARTEM: em prejuízo da parte
 No âmbito das normas penais, a analogia só
pode ser utilizada no primeiro caso.
• Apesar de o Direito Penal não exigir
nenhum método de interpretação em
específico, a interpretação não pode
desvincular-se do ordenamento jurídico,
como, também, dos fundamentos do
Estado Democrático de Direito. A
interpretação pode ser realizada das
seguintes formas:
• QUANTO ÀS FONTES:
Autêntica: Nova lei para
esclarecer o conteúdo de uma lei
anterior;
Jurisprudencial: Decisões
reiteradas de um tribunal acerca
de um tema; e
Doutrinária: Livros.
• QUANTO AOS MEIOS:
Literal

Histórica

Sistemática
• QUANTO AOS RESULTADOS:
Declarativa

Extensiva

Restritiva

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