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Primeiro Slide
Conceito Legal de crime: Infração penal em que a lei comina pena de reclusão ou
detenção, seja ela isolada ou alternativamente com pena de multa.
Classificação do crime
Crimes de mão própria: Só podem ser praticados pela pessoa indicada no tipo
penal. Vale lembrar que não admite coautoria (colabora com o autor principal), mas,
somente, participação.
Crime comissivo: O tipo penal descreve uma ação proibida. Ou seja, a partir do
momento em que se pratica aquela determinada conduta proibida, se comete crime.
Crime monossubjetivo: Em regra, são cometidos por uma única pessoa, mas que
admitem o concurso.
Crime complexo: Resulta da união de dois ou mais tipos penais. Fala-se, nesse
caso, em crime complexo em sentido estrito (ao pé da letra). Exemplo desse crime é
o roubo, pois há uma fusão entre furto e ameaça, ou furto e lesão corporal.
Crimes materiais: É aquele que exige, para sua consumação, necessita de uma
alteração no mundo exterior, ou seja, um resultado naturalístico.
Crimes formais: É aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, mas que,
para sua consumação, se é desnecessário a presença do resultado naturalístico,
basta a realização de determinada ação.
Crimes de mera conduta: É aquele em que o tipo penal se limita a descrever apenas
a conduta humana que, por si só, já gera a consumação do crime. Não se tem
resultado naturalístico, razão pela qual jamais poderá ser verificado (ex - ato
obsceno).
Obs: Há, também, autores que entendem o crime como: somente, ato típico e ilícito
(teoria bipartida), já que compreendem a culpabilidade como um pressuposto de
aplicação da pena.
TIPO
Espécies de Tipo
Elementos do Tipo
Tipos objetivos: Conjunto dos caracteres objetivos ou materiais do tipo legal do
delito. Isto é, descrevem a ação (núcleo do tipo: verbo), o objeto da ação, os meios
empregados e, em sendo o caso, o resultado, as circunstâncias externas do fato e a
pessoa do autor.
Obs: Sua finalidade básica é fazer com que o agente tome conhecimento de todos
os dados necessários à caracterização da infração penal, os quais farão parte de
seu dolo.
Ex: Art. 159 (“com o fim de obter”); Art. 180 (“em proveito próprio ou alheio.”); art.
155 (“para si ou para outrem”).
Aparecem sob a forma de expressões como “sem justa causa” (art. 244, CP),
“dignidade ou decoro” (art. 140, CP), “honesta”, “meio insidioso ou cruel” (art. 121,
§2º, III, CP).
Estrutura do tipo
TIPO PENAL - Formado, então, pelo: Núcleo (verbo) - a ação; Elementos (objetivos,
subjetivos, normativos); Circunstâncias (somente para as figuras qualificadas ou
privilegiadas).
A) Núcleo
B) Sujeito ativo
C) Sujeito passivo
D) Objeto material
Núcleo - Verbo que descreve a conduta proibida pela lei penal.
1) Uninucleares (tipo simples) - Define uma única conduta típica (ex - 121/CP)
2) Plurinucleares (tipo misto) - Tipo misto alternativo, a prática de mais de um
deles não agrega maior desvalor ao fato. Tipo misto cumulativo - a prática de
mais de uma conduta leva ao concurso material de crimes (soma de penas).
Obs: A pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crimes? Sim, desde que se volte
para a questão ambiental, conforme o artigo 225 da CF, parágrafo 3°.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e
futuras gerações.
1) Formal - sempre o Estado, tendo em vista que qualquer violação da lei penal
transgride interesse a ele reservado pelo ordenamento jurídico.
2) Material - titular do bem ou interesse juridicamente tutelado sobre o qual recai
a conduta criminosa
Obs: Os mortos podem ser sujeitos passivos de crimes? Sim. Em regra, não podem
ser sujeitos passivos de crimes, já que não possuem personalidade civil (não tem
direitos assegurados), exceto em crimes praticados contra o respeito dos mesmos
(mortos). Ou seja, em casos contra o respeito do morto, o de cujus atuaria como
sujeito passivo, no entanto, quem iria pleitear seria a família ou a coletividade.
Como exemplo, no crime de furto (155/CP), o objeto do delito será a coisa alheia
móvel subtraída pelo agente.
Obs: Não confundir o objeto material com o objeto jurídico. O objeto jurídico é o bem
jurídico, ou seja, o valor protegido pela norma penal. Como por exemplo no crime de
homicídio (matar alguém), a objetividade recai sobre a vida humana, no entanto, o
objeto material seria o corpo.
Funções do Tipo
FATO TÍPICO: É o fato humano (ação ou omissão) que se enquadra com perfeição
aos elementos descritos pelo tipo penal.
Ex: sujeito que mata a vítima por caso fortuito (imprevisível e inevitável) ou força
maior (previsível, mas inevitável); tipicidade existe (art. 121, CP), porém não haverá
adequação típica ante a ausência de dolo ou culpa.
Tipicidade Conglobante
Além da tipicidade formal, é necessário que a ação seja antinormativa, ou seja, que
não seja fomentada pelo ordenamento.
CONDUTA:
NEXO CAUSAL
É adotada pelo artigo 13 do CP, tendo em vista que se considera causa qualquer
condição que contribua para a produção do resultado naturalístico.
CAUSAS (concausas)
“Por si só” – significa que somente aqueles resultados que se encontrarem como um
desdobramento natural da ação, ou seja, estiverem, na linha de desdobramento
físico, é que poderão ser imputados ao agente.
Pedro não responderá pelo homicídio doloso, visto que a morte do sujeito passivo
pela colisão da ambulância não se inclui como desdobramento natural de quem é
alvejado por tiros de pistola.