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REVISÃO - TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

Primeiro Slide

Teoria do Crime (Tipo e Tipicidade)

Conceito Legal de crime: Infração penal em que a lei comina pena de reclusão ou
detenção, seja ela isolada ou alternativamente com pena de multa.

Conceito Material de crime: Volta-se para o conteúdo do ilícito penal, isto é, há a


análise da conduta danosa e a sua consequência social. É, portanto, o
comportamento humano que causa lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico.

Conceito Formal de crime: É a contradição do fato à norma penal. É a conduta


humana que está contrária ao estabelecido pela lei penal.

Conceito Analítico de crime: Estabelece requisitos para se considerar crime, são


eles: conduta típica, ilícita (ou antijurídica) e culpável. Este é o conceito tripartido ou
tripartite.

Classificação do crime

Crimes comuns: Qualquer pessoa pode praticá-los.


Crimes próprios: São aqueles que só podem ser cometidos por determinadas
pessoas, já que o tipo penal exige uma certa característica do sujeito ativo.

Crimes de mão própria: Só podem ser praticados pela pessoa indicada no tipo
penal. Vale lembrar que não admite coautoria (colabora com o autor principal), mas,
somente, participação.

Crime permanente: A consumação se protrai no tempo (ex - sequestro).

Crime instantâneo: A consumação é imediata (ex - matar alguém).

Crime instantâneo de efeito permanente: a consumação é imediata, mas o resultado


se protrai no tempo (ex - bigamia, casamento de pessoa já casada).

Crime habitual: Depende da reiteração de atos indicativos do estilo de vida do


agente. Isto é, habitualidade/pluralidade de repetição da mesma conduta reprovável.

Crime omissivo: O tipo penal descreve um não fazer proibido. Ou seja, é


considerado crime a omissão de alguma conduta exigida pela lei (ex - prestar
socorro a alguém na sua frente…).

Crime comissivo: O tipo penal descreve uma ação proibida. Ou seja, a partir do
momento em que se pratica aquela determinada conduta proibida, se comete crime.

Crime plurissubjetivo: São aqueles em que a caracterização do tipo penal reclama a


pluralidade de agentes.

Crime monossubjetivo: Em regra, são cometidos por uma única pessoa, mas que
admitem o concurso.

Crime simples: Se amolda em um único tipo penal (ex - furto).

Crime complexo: Resulta da união de dois ou mais tipos penais. Fala-se, nesse
caso, em crime complexo em sentido estrito (ao pé da letra). Exemplo desse crime é
o roubo, pois há uma fusão entre furto e ameaça, ou furto e lesão corporal.

Crimes materiais: É aquele que exige, para sua consumação, necessita de uma
alteração no mundo exterior, ou seja, um resultado naturalístico.

Crimes formais: É aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, mas que,
para sua consumação, se é desnecessário a presença do resultado naturalístico,
basta a realização de determinada ação.
Crimes de mera conduta: É aquele em que o tipo penal se limita a descrever apenas
a conduta humana que, por si só, já gera a consumação do crime. Não se tem
resultado naturalístico, razão pela qual jamais poderá ser verificado (ex - ato
obsceno).

SOBRE A TEORIA TRIPARTIDA DO CRIME (TEORIA TRIPARTITE)

Fato típico: Engloba a conduta (ação ou omissão); resultado; nexo de causalidade;


tipicidade formal.

Antijurídico (ilícito): Quando o agente não atua em estado de necessidade, legítima


defesa, estrito cumprimento do dever legal, exercício regular de um direito. Mera
relação de contrariedade entre o fato típico e a norma.

Culpável: Imputabilidade; potencial consciência de ilicitude; exigibilidade de conduta


diversa.

Obs: Há de forma minoritária, autores que defendem a teoria do crime quadripartida


(fato típico, ilicitude, culpabilidade e punibilidade). No entanto, deve ser afastada,
tendo em vista que a punibilidade não é elemento do crime, mas a consequência de
sua prática.

Obs: Há, também, autores que entendem o crime como: somente, ato típico e ilícito
(teoria bipartida), já que compreendem a culpabilidade como um pressuposto de
aplicação da pena.

TIPO

Conceito de tipo: É a descrição da conduta contrária ao que é posto como proibido


pela lei penal. Não somente, é o fato que se adequa perfeitamente ao que é previsto
em lei.

Espécies de Tipo

Permissivos ou justificadores: Não descrevem fatos criminosos, mas hipóteses em


que estes podem ser praticados. Contém a descrição legal da conduta permitida,
como por exemplo a legítima defesa.

Incriminadores ou legais: Descrevem condutas proibidas. São os tipos penais


propriamente ditos, como por exemplo o furto. Vale lembrar que todo fato
enquadrável em um tipo incriminador, por si só, será ilícito, salvo se também se
enquadrar em um tipo permissivo.

Elementos do Tipo
Tipos objetivos: Conjunto dos caracteres objetivos ou materiais do tipo legal do
delito. Isto é, descrevem a ação (núcleo do tipo: verbo), o objeto da ação, os meios
empregados e, em sendo o caso, o resultado, as circunstâncias externas do fato e a
pessoa do autor.

Obs: Sua finalidade básica é fazer com que o agente tome conhecimento de todos
os dados necessários à caracterização da infração penal, os quais farão parte de
seu dolo.

Tipos subjetivos: Conjunto de caracteres subjetivos ou anímicos (próprio da alma)


do tipo legal do delito. Isto é, pertencem ao campo psíquico-espiritual e ao mundo
da representação do autor. Uma parte do dolo é destacada e inserida
expressamente no tipo penal.

Ex: Art. 159 (“com o fim de obter”); Art. 180 (“em proveito próprio ou alheio.”); art.
155 (“para si ou para outrem”).

Obs: Tem como finalidade investigar o ânimo e a vontade do agente.

Tipos normativos: Seu significado não se extrai da mera observação, sendo


imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural, política, religiosa, bem
como de qualquer outro conhecimento humano. Ou seja, para sua compreensão é
necessário a realização de um juízo de valor.

Aparecem sob a forma de expressões como “sem justa causa” (art. 244, CP),
“dignidade ou decoro” (art. 140, CP), “honesta”, “meio insidioso ou cruel” (art. 121,
§2º, III, CP).

OBS: Os tipos normativos são chamados de anormais, porque alargam o campo da


discricionariedade do julgador, perdendo um pouco sua característica básica de
delimitação.

Estrutura do tipo

TIPO PENAL - Formado, então, pelo: Núcleo (verbo) - a ação; Elementos (objetivos,
subjetivos, normativos); Circunstâncias (somente para as figuras qualificadas ou
privilegiadas).

Elementos específicos do Tipo

A) Núcleo
B) Sujeito ativo
C) Sujeito passivo
D) Objeto material
Núcleo - Verbo que descreve a conduta proibida pela lei penal.

1) Uninucleares (tipo simples) - Define uma única conduta típica (ex - 121/CP)
2) Plurinucleares (tipo misto) - Tipo misto alternativo, a prática de mais de um
deles não agrega maior desvalor ao fato. Tipo misto cumulativo - a prática de
mais de uma conduta leva ao concurso material de crimes (soma de penas).

Sujeito ativo - Aquele que pode praticar a conduta descrita no tipo.

1) Crimes comuns - cometidos por qualquer pessoa.


2) Crimes próprios - exigem uma qualidade especial do agente (ex - peculato no
artigo 312/CP, ser um funcionário público…)

Obs: A pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crimes? Sim, desde que se volte
para a questão ambiental, conforme o artigo 225 da CF, parágrafo 3°.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e
futuras gerações.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Sujeito passivo: divide-se em formal e material.

1) Formal - sempre o Estado, tendo em vista que qualquer violação da lei penal
transgride interesse a ele reservado pelo ordenamento jurídico.
2) Material - titular do bem ou interesse juridicamente tutelado sobre o qual recai
a conduta criminosa

Obs: Os mortos podem ser sujeitos passivos de crimes? Sim. Em regra, não podem
ser sujeitos passivos de crimes, já que não possuem personalidade civil (não tem
direitos assegurados), exceto em crimes praticados contra o respeito dos mesmos
(mortos). Ou seja, em casos contra o respeito do morto, o de cujus atuaria como
sujeito passivo, no entanto, quem iria pleitear seria a família ou a coletividade.

Objeto material - Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa.

Como exemplo, no crime de furto (155/CP), o objeto do delito será a coisa alheia
móvel subtraída pelo agente.
Obs: Não confundir o objeto material com o objeto jurídico. O objeto jurídico é o bem
jurídico, ou seja, o valor protegido pela norma penal. Como por exemplo no crime de
homicídio (matar alguém), a objetividade recai sobre a vida humana, no entanto, o
objeto material seria o corpo.

Funções do Tipo

Função garantidora: Decorrência da previsão constitucional ao princípio da reserva


legal. É vedada qualquer responsabilização penal que não seja prevista no tipo
penal. Logo, o agente só será responsabilizado penalmente se cometer condutas
proibidas ou deixar de cometer as que lhe são impostas.

Função fundamentadora: A previsão de uma conduta criminosa por um tipo penal


fundamenta o direito de punir do Estado quando o indivíduo viola a lei penal.

Função selecionadora: É ligada ao princípio da fragmentariedade (o direito penal só


deve se ocupar com ofensas realmente graves aos bens jurídicos protegidos); cabe
também ao tipo selecionar as condutas que deverão ser proibidas ou impostas pela
lei penal sob a ameaça de sanção.

FATO TÍPICO: É o fato humano (ação ou omissão) que se enquadra com perfeição
aos elementos descritos pelo tipo penal.

TIPICIDADE: É a subsunção (inclusão, enquadramento à norma legal) da conduta


praticada no mundo real ao modelo descritivo na lei. Ou seja, é a correspondência
entre uma conduta da vida real e o tipo legal de crime constante na lei penal
(tipicidade formal). A tipicidade material é a efetiva lesão a um bem jurídico.

Tipicidade e Adequação típica: A tipicidade é a mera adequação formal entre um


fato e outro. A adequação típica, porém, implica um exame mais aprofundado do
que a mera correspondência objetiva. Nesta, se investiga a existência (ou não) da
vontade, para somente, então, efetuar o enquadramento.

Ex: sujeito que mata a vítima por caso fortuito (imprevisível e inevitável) ou força
maior (previsível, mas inevitável); tipicidade existe (art. 121, CP), porém não haverá
adequação típica ante a ausência de dolo ou culpa.

Adequação típica de subordinação imediata ou direta: Perfeita adequação entre a


conduta do agente e o tipo penal incriminador (crimes dolosos consumados).

Adequação típica de subordinação mediata ou indireta: Ainda que, embora o agente


atue com vontade de praticar a conduta proibida, seu comportamento não consegue
se adequar diretamente a essa figura típica. Sendo assim, por não ocorrer a
adequação de forma direta, é utilizado a norma de extensão para adequar o fato ao
tipo, sem a qual é impossível enquadrar a conduta.

Tipicidade Conglobante

Fórmula corretiva da tipicidade formal, para que se alcance a verdadeira tipicidade


penal (encontrada por Zaffaroni).

Além da tipicidade formal, é necessário que a ação seja antinormativa, ou seja, que
não seja fomentada pelo ordenamento.

Tipicidade penal: tipicidade formal + tipicidade conglobante (antinormatividade +


tipicidade material). A tipicidade material significa que não basta que a conduta do
agente se amolde ao tipo legal, é preciso que lesione ou coloque em risco bens
jurídicos penalmente relevantes.

Por meio da tipicidade conglobante, situações consideradas tradicionalmente como


típicas, mas enquadráveis nas excludentes de ilicitude, passariam a ser tratadas
como atípicas pela falta de tipicidade conglobante.

Observação: A antinormatividade é uma análise feita com base no caso concreto.


Se houver, em qualquer que seja a parte do ordenamento jurídico hierarquicamente
equivalente, a validez de determinada ação, não será considerada antinormativa.
Portanto, não considera-se aexistência de tipicidade penal, logo, não há crime.

Elementos do Fato Típico

CONDUTA:

É um agir humano, ou um deixar de agir, de forma consciente e voluntária, dirigido a


um fim.

Dolo e culpa figuram no fato típico.

Teoria clássica - modificação do mundo exterior; dolo e culpa se alojam na


culpabilidade.

Características da conduta - comportamento humano, consciente num movimento


ou abstenção de movimento corporal; voluntariedade.

Ausência de conduta - se não houver consciência e vontade, não há conduta. Nessa


situação, não haverá crime por ausência de conduta. Hipóteses: inconsciência (falta
de capacidade psíquica de vontade, como sonambulismo, hipnose, crise epiléptica
etc); Coação física irresistível.
RESULTADO:

É, segundo a teoria naturalística, a modificação no mundo exterior causada pela


conduta do agente.
De acordo com o resultado naturalístico, as infrações penais se classificam em:

a) Crime material - o tipo descreve a conduta e o resultado naturalístico, sendo


este necessário para a consumação (ex - 121/CP, exige a morte da vítima).
b) Crime formal - o tipo descreve a conduta e o resultado naturalístico, mas este
não é necessário para a sua consumação (ex - 159/CP, extorsão mediante
sequestro).
c) Crime de mera conduta - o tipo penal não faz nenhuma alusão ao resultado
naturalístico, limitando-se a descrever a conduta punível independente de
qualquer modificação no mundo exterior.

Existe, também, a teoria normativa ou jurídica, no que tange ao conceito de


resultado do crime. Para esta teoria, todos os crimes possuem resultado
(naturalístico ou jurídico).

De acordo com o resultado jurídico, os crimes se classificam em:

a) De dano ou de lesão - efetiva lesão ao bem jurídico.


b) De perigo - a consumação se dá apenas com a exposição do bem jurídico a
uma situação de risco.

NEXO CAUSAL

É a ligação entre a conduta e o resultado naturalístico. Possui relevância apenas


nos crimes materiais, pois estes existem para a sua consumação a produção do
resultado naturalístico.

Teoria da equivalência dos antecedentes (ou da conditio sine qua non):

É adotada pelo artigo 13 do CP, tendo em vista que se considera causa qualquer
condição que contribua para a produção do resultado naturalístico.

Cuida-se de fatores que podem interpor-se no nexo causal entre a conduta e o


resultado, de modo a influenciar no liame (ligação) causal.

Procedimento hipotético de eliminação de Thyrén:

Causa é todo antecedente que suprimido mentalmente, impediria a produção do


resultado como ocorreu.
Ex: o agente desfere uma facada (conduta de matar) na vítima. Em decorrência dos
ferimentos causados pela facada (nexo causal) resulta a morte (resultado), ou seja,
o agente deu causa ao resultado morte. Se suprimirmos mentalmente a facada
(antecedente) o resultado não teria ocorrido “como ocorreu”.
OBS: Para evitar limites ao regresso ad infinitum na investigação da causa, a
legislação e a doutrina apontam como certos limites ou complemento, como a
análise do dolo e culpa, bem como os critérios de imputação objetiva.

CAUSAS (concausas)

Causa preexistente absolutamente independente: Causas anteriores à conduta.


Exemplo - efetuar disparos com a intenção homicida em pessoa que falecera
minutos antes (a morte anterior configura a causa preexistente).

Causa concomitante (ou simultânea) absolutamente independente: Ocorre numa


relação de simultaneidade com a conduta do agente. Exemplo - atirar em pessoa
que, no exato momento, sofre ataque cardíaco fulminante e que não guarda relação
alguma com o disparo (o infarto é a causa concomitante).

Causa superveniente absolutamente independente: Ocorrida posteriormente à


conduta do agente e que com ela não possui relação de dependência alguma.
Exemplo - A e B discutem no interior de uma loja, oportunidade em que B saca uma
arma e alvejando-o com um ferimento grave, que certamente o levaria à morte.
Após o disparo, o prédio no qual ambos se encontravam desaba, comprovando a
causa mortis de A devido ao soterramento. Exemplo 2 - ministrar veneno na comida
da vítima e, antes que este faça efeito, esta vem a ser atropelada (causa
superveniente, neste caso, o agente só responde pelos atos praticados, ou seja,
tentativa de homicídio).

Causa relativamente independente: são as que, agregadas à conduta, conduzem à


produção do resultado. (Conduta do agente + causa relativamente independente =
resultado).

Causa preexistente relativamente independente: a causa já existia antes mesmo do


comportamento do agente e, quando com ele conjugada, produz o resultado.
Exemplo - João queria causar a morte de Paulo e sabendo da sua condição de
hemofílico, desfere-lhe um golpe de faca em uma região não letal que, conjugado
com sua situação particular, vem a falecer.

1 situação: Se o agente desejava a morte da vítima “animus necandi”, responderá


pelo delito de homicídio doloso;
2 situação: Se embora o agente, sabendo da condição de hemofílico da vítima,
desejasse somente causar-lhe lesões, agindo tão somente com “animus laedendi”,
responderá por lesão corporal seguida de morte;
3 situação: Se o agente, desconhecendo a hemofilia queria ferir a vítima,
agredindo-a com um soco na região do tórax e esta, em razão de sua condição,
vem a falecer devido à eclosão de um processo interno de hemorragia, o agente
responderá pelo crime de lesões corporais simples.

Causas concomitantes relativamente independentes: É a causa que, numa relação


de simultaneidade com a conduta do agente e com ela conjugada, também é
considerada produtora do resultado. Exemplo - “A” desfere um tiro em “B”, no exato
instante em que este está sofrendo um colapso cardíaco, provando que a lesão
contribuiu para a eclosão do êxito letal.

Causa superveniente relativamente independente: ocorrida após a conduta do


agente, e que com ela tenha ligação.

Art. 13, §1o, CP:


§(1o) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação
quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se
a quem os praticou.

“Por si só” – significa que somente aqueles resultados que se encontrarem como um
desdobramento natural da ação, ou seja, estiverem, na linha de desdobramento
físico, é que poderão ser imputados ao agente.

Ex: Pedro efetua certeiros disparos em João. No trajeto ao hospital, a ambulância se


vê envolvida em um acidente, vindo João a falecer em virtude da colisão.

Pedro não responderá pelo homicídio doloso, visto que a morte do sujeito passivo
pela colisão da ambulância não se inclui como desdobramento natural de quem é
alvejado por tiros de pistola.

Se, por um momento, Pedro viesse a falecer em decorrência de infecção hospitalar


em razão dos ferimentos sofridos, a hipótese estaria na mesma linha de um
desdobramento natural da conduta inicial, vindo João a responder por homicídio.

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