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Introdução
- Presunção de Inocência.
- Proteção à não autoincriminação: instituto da traição forçada e coagida pela tortura
(prisão preventiva).
- Contraditório e Ampla Defesa.
- Processo do Lula: não há fatos, mas hipóteses de fatos. Interceptam telefones de toda
sua rede pessoal e profissional. Vai cercando a pessoa e construindo pequenos
elementos, vazando para a imprensa.
Politização do Judiciário
Dois grandes discursos diversos sobre o Direito Penal: métodos, conceitos, finalidades,
diversos.
- É importante estudar a Teoria Oficial da Teoria do Crime e disputar este espaço teórico
dogmático (postura ideológica). O direito penal ainda tem um papel a cumprir em
sociedades desiguais como a nossa. A criminologia vem buscando o direito penal
mínimo.
2. DISCURSO CRIMINOLÓGICO:
CONCEITO DE CRIME
- Conceito Material: lesão de um bem jurídico protegido pelo tipo legal (visão
sociológica).
Discussão preliminar de mais de 100 anos no Direito Penal: qual modelo de fato punível
que vamos trabalhar? BIPARTIDO ou TRIPARTIDO? Muita importante definir.
Crime como ação típica, antijurídica e culpável: desde Ernst Von Beling.
A rigor todo tipo penal deveria estar escrito: é proibido matar, salvo em legítima defesa etc
(Merkel). Mas seria contraproducente.
Descoberta do professora Juarez Cirino dos Santos: nos crimes de imprudência (culposos)
e nos crimes de omissão de ação, não é possível definir a tipicidade sem um juízo de valor da
antijuridicidade.
- Crimes de omissão: não é possível definir o tipo do crime de omissão de ação sem a
antijuridicidade, pois significa a lesão do dever jurídico de agir. E isto não está no tipo,
conforma o tipo.
INJUSTO
CULPABILIDADE
O sujeito aprende as forças do seu instinto e o seu EGO aprende a controlar, em parte, os seus
instintos.
- Sujeito imputável capaz e que conhecia o fato, não tinha o poder de agir conforme o
direito. Reduzir ou extinguir o poder de agir conforme o direito.
- O sujeito inserido numa situação concreta, tem o seu psiquismo e emoções afetadas,
reduzindo ou extinguindo o seu poder de agir conforme o direito e afetando portanto a
sua reprovabilidade.
Fato da consciência.
Provocação culposa da legítima defesa.
Conflito de deveres.
Excesso de Legítima defesa determinado por medo, susto ou perturbação (norma do Direito
Penal Alemão).
Está é a grande questão da sociologia, psicologia, filosofia etc. mas não se discute nas
religiões e no direito penal, que precisam da ideia de castigo e punição, pois sobrevivem em
função disto. Welzel falou no poder de agir de outro modo - ideia de liberdade de vontade.
- Freud: na vida psíquica não existe espaço para a liberdade. Os atos psíquicos são
determinados. A liberdade de vontade é, na melhor das hipóteses, um sentimento
pessoa. Schopenhauer também era determinista.
Obs: a teoria do crime do Direito Penal é a teoria mais bem acabada do direito. Método
com criação racional avançada.
Obs: a ideologia também existe na forma jurídica. Existe luta de classe na discussão jurídica.
TIPO DE INJUSTO
Tipicidade da ação.
Antijuridicidade da ação.
- Ação: substantiva.
- Causalidade.
- Elemento objetivo.
- Francesco Carrara.
Depois o desvalor do fato veio para o tipo legal e ficou o dolo de desvalor de fato na
culpabilidade - dolus malus. Conhecimento do injusto.
- Ação final.
- Elementos subjetivos: volitivo e intelectual fazem parte da ação e logo fazem parte da
ação típica. Não posso pensar na ação sem os elementos subjetivos. Situação de fato
objetiva e situação de fato subjetiva (melhor termo).
- Juarez Cirino dos Santos: teoria finalista da ação funciona para o professor como um
conceito psicossomático do conceito de crime + Welzel estava certo em dizer que a
- Professor não fala mais em conduta, mas só em conceito de ação. Ou realiza uma ação
ou não realiza uma ação devida. Ações dolosas, imprudentes (ações permitidas
realizadas de forma defeituosa). Ação omitida: omissão de uma ação mandada.
- Hans Welzel: introduziu uma teoria que vinha da Grécia e da sociologia, no direito
penal, para pensar na ação humana.
- Roxin: crítica da relevância social, como atributo axiológico, que na verdade permite
- Crítica: não tem sistema próprio, ora se aproxima do finalismo, ora se aproxima do
sistema causal de ação.
- Conceitua ação a partir do conceito de omissão de ação, que podia ser evitada - devida
ou não devida (conceito jurídico).
- Niklas Luhmann.
- Jurgen Habermas: teoria da ação comunicativa.
Interação entre dois ou mais sujeitos capazes de fala e ação numa relação interpessoal como
meio de compreensão da situação, coordenação da ação e socialização dos indivíduos.
Em síntese, podemos dizer então que, para Habermas, a ação comunicativa surge como uma
interação de, no mínimo dois sujeitos, capazes de falar e agir, que estabelecem relações
interpessoais com o objetivo de alcançar uma compreensão sobre a situação em que
ocorre a interação e sobre os respectivos planos de ação com vistas a coordenar suas ações
pela via do entendimento. Neste processo, eles se remetem a pretensões de validade
criticáveis quanto à sua veracidade, correção normativa e autenticidade, cada uma destas
pretensões referindo-se respectivamente a um mundo objetivo dos fatos, a um mundo
social das normas e a um mundo das experiências subjetivas. Para construção deste
conceito, ele se baseou no interacionismo simbólico de Mead, no conceito de jogos de
linguagem de Wittgenstein, na teoria dos atos de fala de Austin e na hermenêutica de
Gadamer.
Excluí fenômenos que: não pertencem a personalidade, como vis absoluta, convulsão
psíquica. Ou de que pertencem a personalidade mas que não se manifestam.
- Concepção sistêmica num discurso jurídico oficial. Não aborda a criminologia. E logo a
crítica da pena é raquítica. Sistema de fato punível a partir da política criminal.
- Problema: ninguém sabe com precisão o que é personalidade. Então como fundamentar
o crime? E os aspectos que se manifestam e não estão sob o controle do ego.
Psicanálise: ora personalidade como ego ora como conjunto do id, ego e superego.
- Unificação.
- Delimitação.
Me permite pensar em fatos naturais que não são causas, pois não tem elemento subjetivo.
Discussão sobre a ação da PJ. Conceito funcionalista x finalista. Ação com atributo humano.
Vis absoluta.
Movimentos reflexos: welzel não considera ação. Roxin considera que é ação. Informação
vem do sistema periférico.
Discussão se ação sob hipnose é ação ou não. Divergem. Sabemos pouco sob hipnose.
Transferência do ego.
DOLO EVENTUAL
- Dolo x Culpa.
- Bipartido.
- Tripartido.
TIPICIDADE
Por que começamos pelo tipo objetivo e pelo resultado numa análise científica? Na
análise dos fatos, começamos pelo que é objetivo para então indagar o subjetivo. Num
cenário de crime, geralmente começamos pelo resultado para então indagar o que aconteceu.
RESULTADO
Causa: Dentre estas condições quais será a causa? Aquela sem a qual o resultado não
teria sido produzido. Eliminação hipotética de Thyrén.
Obs 2. se eu tenho mais de uma ação, eu analiso se, tirarmos todas as ações, desaparece o
resultado. Se sim, cada uma foi produtora do resultado (Welzel)
1) se o marido mata a mulher com veneno entregue pela amante, a ação dolosa daquele
não interrompe a relação de causalidade entre a ação da amante e a morte da esposa,
mesmo que aquele desconheça a finalidade do veneno;
D) Ações que impedem ou excluem cursos causais de salvação da vítima são causas
do resultado, se aqueles cursos causais possuem, probabilidade de certeza para
evitar o resultado típico:
Ex: B morre porque A retém ou desvia a boia lançada para salvá-lo. É uma hipóteses de
interrupção de causalidade dirigida à proteção do bem jurídico.
- Mesmo quando surgem pequenos desvios causais acidentais. Sujeito quer matar vítima
jogando pela ponte, mas morre em razão da contusão da cabeça no pilar da ponte.
Embora exista relação de causalidade, mas o resultado não é imputável ao sujeito pois sua
ação não foi criadora de risco proibido. Ex: sobrinho manda tio viajar pelo mundo de avião,
avião cai.
Exclusão: ACASO, no risco criado se sobrepõem outro que produz o resultado (nexo
de determinabilidade inexistente), não alcance pelo fim de proteção da norma.
Ex. do ACASO: incêndio no hospital depois de disparo de projétil doloso, é acaso que rompe
a imputação objetiva. Roxin: atirar em alguém não aumenta o risco de morrer intoxicado por
fumaça. Eu admito a relação de causalidade, mas excluo na ideia da Teoria do Risco.
Erro médico: posso imputar o fato ao médico a título de imprudência e ao autor do disparo a
título de dolo. Duas modalidades imputação no mesmo fato é perfeitamente possível.
DOLO
- Dimensão emocional.
- Majoritário: Vontade deve ser incondicionada (professor faz crítica pelo dolo eventual
que é conformado).
ESPÉCIES DE DOLO
O dolo direto, hoje, se pensa em duas modalidades ligadas aos fins pretendidos pelo
agente/resultados típicos pretendidos pelo agente:
Dolo direto de segundo grau: relacionado aos efeitos secundários representados como
necessários, ainda que lamentados.
- Direito Alemão temos o Caso Thomaz: coloca explosivos nas máquinas do navio,
causando morte dos tripulantes, dado como certo. Fraude para o seguro. Mortes dadas
como certas foram imputadas como dolo de 2º grau.
- Criação que gerou muita controvérsia, hoje, depois de um século, temos um conceito
que permite pensar com certa segurança, mas ainda é difícil a diferenciação com a
imprudência consciente. Na insegurança trabalhe com a imprudência consciente.
Para definir o dolo eventual devemos andar um passo a mais, não basta a representação do
resultado como possível.
- Imprudência inconsciente: nem se quer representa o resultado como possível, ele não
Teorias da Vontade:
Exemplo da doutrina alemã: transporte de valores por determinado sujeito. Ladrões primeiro
tentam meio sem risco letal. Falhando, pegam cinto para desmaiá-lo. Agente morre. Imputo a
morte ou não? Representaram o resultado como possível e consentiram com ele.
ERRO DE TIPO
A utilidade dessa divisão seria para solucionar os problemas de participação. Ex: no furto a
intenção de apropriação é atribuível ao autor; no homicídio a cobiça integra a culpabilidade,
portanto não é atribuível ao partícipe. Esse argumento seria relevante para o Direito penal
brasileiro porque as condições de caráter pessoal somente são atribuíveis ao partícipe se
elementares do tipo (art. 30, CP).
Classificações:
Mezger seguido por Roxin Jescheck e Weigend classifica os tipos penais com características
subjetivas em tipos penais de intenção, de tendência, de atitude e de expressão.
- Intenção que ultrapassa o tipo objetivo para se fixar em resultados que não precisam se
realizar concretamente, mas que devem existir no psiquismo do autor.
O curso causal do fato típico constitui elemento objetivo do tipo, cuja atribuição depende de
Aberratio ictus
Constituem casos especiais de desvio causal do objeto desejado para objeto diferente. As
soluções tradicionais são representadas pela teoria a concretização e pela teoria a
equivalência
Tipos Imprudentes
SOCIEDADE DO RISCO
- Há riscos inerentes à vida atual. Temos que aceitar os riscos em determinados limites.
- Riscos em determinados limites são normais e não podemos fazer juízos excessivos.
Referência ao Direito Alemão: palavra que pode ser traduzida tanto por imprudência quanto
por negligência.
Sendo uma das variantes da teoria da probabilidade, retira o elemento volitivo do conteúdo
do dolo e fundamenta a distinção entre dolo eventual e imprudência consciente no perigo
ocasionado ao bem jurídico, sendo este classificado como perigo desprotegido, protegido e
desprotegido distante.
Tipo penal aberto onde a subsunção fática é realizada pelo juiz no caso concreto.
- O tipo imprudente é construído pelo juiz por meio de uma valoração com base em
parâmetros OBJETIVOS e NORMATIVOS.
- Problema: exijo mais de quem pode menos e exijo menos de quem pode mais.
2. Teoria Individualizadora
Em cada caso eu devo decidir: exigir mais de quem pode mais e menos de quem pode menos.
- Critério que está na lei e que não funciona mais: hipóteses gerais de crimes
imprudentes que se confundem no caso concreto.
"CP: Diz o crime culposo quando o agente dá causa ao resultado por imprudência,
imperícia ou negligência".
- No caso concreto não é óbvio e pouco prática esta diferenciação. O médico pode ter
sido negligente na formação, imprudente na operação e imperito.
Ex: CTB, a preferência é do veículo que vem a direita, sempre. Na rotatória a preferência é de
quem está na rotatória. Sempre.
Critérios:
- Normativas extrapenais.
- Estabeleceu-se modelo do homem prudente.
- Princípio da Confiança.
- Correlação de Risco e Utilidade.
- Dever de Informação (Fábio André Guaragni).
- Juarez Tavares: não admite, pois considera o modelo do homem médio (positivismo
criminológico). Posição minoritária.
- Juarez Cirino dos Santos: a noção de homem prudente é uma noção da vida, conceito
cultural, que não temos dificuldade em definir. Posição majoritária.
Princípio da Confiança
- Risco maior quando cumpre uma atividade social ele é admitido. Quando cumpre uma
finalidade pessoal, não é admitida.
- Sociedade do risco.
- Tecnologia.
- Acesso à informação.
Posição minoritária:
Natureza jurídica para o finalismo: a norma jurídica só pode proibir ações então o resultado
será condição objetiva de punibilidade.
I. Situações de FATALIDADES.
- Autocolocação em perigo.
- Heterocolocação em perigo consentido.
- Área de responsabilidade alheia: bombeiro chamado para apagar incêndio, mas um
incêndio imprudente. Posição dominante diz que sim, Jescheck. Roxin diz que não, por
política criminal em razão do dever legal de enfrentar perigo.
- Traumas sobre terceiros: um trauma psíquico não é consequência penal.
- Consequências danosas posteriores: decorrente do acidente de trânsito. Perna dura.
Depois cai em razão desta perna. O autor do acidente não responde por esta situação.
- Atitude inadequada no exercício de uma ação perigosa: não pode estar em atividade
perigosa estando fora do contexto. Psiquicamente ele deve estar presente. Há um estado
psíquico incompatível com a realização daquele tipo de comportamento perigoso.
- Toda vez que alguém faz tudo diferente do que é devido, o tipo penal CAPTA A
CONDUTA POR DIFERENÇA.
CRÍTICA: permanece um dever que embasa a ação, ou seja, reside o elemento normativo
mandamental.
Critério da causalidade
Critério do Risco
Diferença no tipo penal: aparece na técnica adotada pelo legislador para proteção de
determinados bens jurídicos
- Legislador determina ações para excluir a situação de perigo em que se encontra o bem
jurídico.
- Médico liga o aparelho para paciente respirar. Caso ele desligue o aparelho: omissão de
ação.
- Caso a esposa desligue o aparelho: ação.
- Sujeito cai em areia movediça. Amigo joga corda. Mas antes de pegar a corda, ele puxa
antecipadamente = omissão de ação.
- Segundo caso: após o amigo pegar a corda, ele larga a corda = ação.
Não tem problema de tipicidade, pois ela aparece definida no tipo penal.
Armin Kaufmann: na omissão própria temos tipos penais escritos, na omissão imprópria
temos tipos penais não escritos.
- Como é que eu, intérprete, posso criar um tipo penal que o legislador não
estabeleceu, mas que é DEDUZIDO da lei penal? Polêmico. Problema sério de
LEGALIDADE e de analogia in malam parte. Criação de tipos penais pelo intérprete.
- Posição defensiva: A lei é um discurso. Caso lermos que matar alguém é um tipo penal
por ação, então teremos problema de legalidade. Mas se lermos o tipo penal como um
resultado que pode ser produzido por ação ou por omissão de ação, então teremos
uma equivalência jurídica entre ação e omissão de ação.
- Professor Juarez Cirino dos Santos: aponta como maior problema a taxatividade.
Quais são os crimes que permitem a imputação do resultado por omissão de ação
imprópria?
- Juarez Tavares: defende que apenas nos crimes contra a vida e o corpo.
Mas o que me permite dizer isto?
CAUSALIDADE HIPOTÉTICA.
- Não há causalidade real, mas apenas causalidade hipotética, fundada num JUÍZO DE
PROBABILIDADE DE EVITAÇÃO do resultado.
- Se nós somos capazes de afirmar que realizada a ação imaginária o resultado teria sido
excluído = o resultado poderá ser imputado ao omitente.
- Causalidade normativa.
1. Situação típica.
2. Possibilidade física de ação.
3. Exteriorização de um agir diverso (omissão da ação mandada).
Comuns:
1. Situação de Perigo ao Bem Jurídico.
2. Poder concreto de agir para evitar o resultado.
3. Omissão da ação mandada.
4. Posição de Garantidor.
5. Ocorrência do Resultado.
6. GUARANGNI: nexo de evitabilidade.
Estrutura subjetiva
POSIÇÃO DE GARANTIDOR
Ex: a mãe que chega ao clube e entrega o filho ao professor de natação. Ela libera a sua
posição de garante para alguém que a substitui.
- Baseado na lei.
- Na solução da responsabilidade sobre o resultado.
- Comportamento precedente perigoso.
- Aqui a literatura fala de cuidado com relação aos perigos para a vida e corpo.
Pais e filhos, colaterais, cônjuges.
- Proteção: perigos para os filhos.
- Vigilância: das ações dos filhos em relação as outras crianças.
- VIGIAR uma FONTE de perigo de todas as pessoas que entram em contato com esta
fonte de perigo.
Mas é um critério mais inseguro que o critério formal. O critério formal é mais preciso,
estabelecendo três fontes da posição de garantidor.
TENTATIVA DE OMISSÃO
Conceito de Culpabilidade
1. Imputabilidade
2. Conhecimento do Injusto:
- Situações supralegais.
Historicamente
- Ela começa no Direito Penal como um conceito puramente psicológico, desta relação
psíquica do autor com o fato, pela forma de dolo e imprudência, e que tinha como
pressuposto a imputabilidade (já era entender e de determinar-se perante os
impulsos).
- Virada do século 19 para o século 20 temos uma época rica, com o surgimento da
sociologia e psicologia. Durkheim, Marx, Weber, Freud, etc.
Obs. Exemplo clássico do cocheiro que cumpre a ordem do patrão e segue por caminho
perigoso. Exemplo da parteira que atestava que as crianças nasciam na segunda-feira.
- Inicialmente a inexigibilidade não foi aceita para os crimes dolosos. Aos poucos,
contudo, foi sendo construída situações.
Obs. Discussão à época de que tal causa legal de exculpação aos crimes dolosos causaria
insegurança jurídica. Mas nos crimes imprudentes era pacífico. Aos poucos, foi descobrindo-
se situações de exculpação capazes de tornar inexigível o comportamento diverso, reduzindo
ou diminuindo a capacidade de agir de outro modo.
Finalismo:
Vai até Franz Von Liszt que falava em "determinação conforme o motivo".
Para o prof. Juarez ainda tenho um comportamento metafísico, mas tem a qualidade de trazer
uma dimensão empírica e dimensão normativa.
Ex: até o cachorro tem capacidade de autodireção, ele pode ir onde quer. Além disto, você
pode ensinar ele algumas normas e ele compreende.
Eu sou responsável pelo meu comportamento por que existe uma OUTRA pessoa. Relação
do EGO-ALTER. A sobrevivência do EGO necessita do respeito do ALTER.
Obs: Freud construiu uma técnica que liberou as pessoas do sentimento de culpa. Através da
fala achamos a resistência. Afetos estrangulados. Liberação dos afetos.
IMPUTABILIDADE
- CONTROLAR OS INSTINTOS
Sem dúvida, existe capacidade de compreensão do caráter ilícito dos fatos com relação aos
crimes graves contra a vida e patrimônio.
Mas nos crimes contra a paz pública, incolumidade pública, administração da justiça etc. já
não é claro.
Crimes tributários, contra ordem econômica, eles não sabem que é ilícito. Não se intui o
injusto, como defendem alguns. Só se você conhecer a lei.
Movimento antipsiquiátrico
Modelo de normalidade da saúde mental = uso da psiquiatria como forma de controle social.
Perturbação mental como causa meramente fisiológica, como uma doença mental.
- Doença mental.
EMOÇÃO E PAIXÃO
Princípio equivocado: o que gera a capacidade psíquica é a emoção. A emoção e paixão são
fenômenos psíquicos normais que determinam as ações humanas. Sob pena de violar o
princípio da culpabilidade.
Exemplo: não se pune o excesso de legítima defesa em razão de medo, susto ou perturbação.
CP Alemão.
Quem escreveu o artigo: "escutou o galo mas não faz ideia onde ele está".
Ex: vai ao bar antes de ir para casa, para encher a cara e ganhar coragem para bater na esposa.
Caso no estado anterior não tinha dolo, pode ser imputado a título de imprudência.
- Problema do sujeito que age na ação anterior sem dolo mas na posterior pratica
crime: na Alemanha: criação de um crime próprio com pena mais leve.
O que deve povoar o psiquismo do sujeito para dizer que ele tem o conhecimento do injusto?
Teorias sobre o Conhecimento do Injusto (pouco discutido no Brasil) para o agente ser
culpável.
Sujeito deve saber que o seu comportamento é punível por uma lei penal positiva.
O sujeito precisa saber que infringe uma lei penal positiva, não precisa saber o artigo.
- Doutrina alemã, Juarez Cirino, Alaor Leite e Luiz Greco, aderiram completamente
esta teoria da Punibilidade do Fato.
- Pela REFLEXÃO:
Para delitos que violam direitos humanos é possível chegar a sua antijuridicidade por
reflexão.
OU
- Pela INFORMAÇÃO:
Para os delitos contra administração pública, saúde pública, etc. ou direito penal especial,
legislação extravagante, só é possível ter conhecimento do injusto por meio da informação.
I. Atual: já foi utilizada, mas gerou dificuldades para trabalhar com pessoas que se
colocam de propósito em situações de ignorância (Cegueira Deliberada diz respeito a
elementos do tipo objetivo usualmente, mas posso também me colocar em ignorância
quanto a ilicitude do que faço) (Ignorância afetada - Direito Canônico).
- É a teoria ainda usada pelo professor Juarez Cirino dos Santos, em razão da necessidade
de punição apenas de quem SABE se que o que faz é ilícito (teoria da punibilidade do
fato).
- Para crimes que atentam contra direitos humanos? Posso chegar por REFLEXÃO.
Evitável: considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência do erro
se era possível TER (reflexão) ou ATINGIR (informação) o conhecimento do injusto.
- Como saber se era possível TER ou ATINGIR o conhecimento? Juiz vai se basear
nas provas colacionadas. Mas é uma tarefa difícil. Mas não conhece as teorias do objeto
do conhecimento do injusto.
- Obs. Do professor: num país pouco escolarizado, o juiz tem pouco critério para afirmar
a inevitabilidade. Os sujeitos tem pouca capacidade de acesso à informação e de sua
compreensão.
- Histórico:
Antiga teoria causal de crime, havia duas espécies de erro (Beling), no Brasil até 1984,
trabalhava-se com duas espécies de erro:
Depois faz-se diferença entre: erro de direito penal x erro de direito extrapenal.
Havia a Teoria do Dolo: em que o sujeito deve ter a consciência do fato + consciência do
desvalor do fato. Eu não separo o dolo. Então qualquer erro excluí o dolo, não importa se é
sobre o fato ou sobre a antijuridicidade do fato. Mas a teoria não tem pouca aceitabilidade,
embora alguns ainda a defendam.
- Finalismo:
- Erro de Tipo: qualquer espécie de erro excluí o dolo. Não interessa se ele é evitável ou
inevitável. E se o erro for inevitável excluirá também a imprudência. Erro sobre os
pressupostos fáticos da ação, sobre os elementos de fato da ação típica.
Teorias da Culpabilidade:
I. Limitada:
- Não sabe que existe a lei. As demais hipóteses de validade ou eficácia da lei são de
menor importância no Brasil.
Quanto ao CIDADÃO ele pode usar arma caso tenha porte? Ou pode usar violência? Não
pode empregar força incomum violenta ou armas. Cabe ao Estado a titularidade da violência.
Mas caso use arma pode ser hipótese de erro de proibição indireto.
É importante, pois libera o juiz da análise se o erro era evitável ou inevitável para excluir o
dolo. É tratado como um erro de tipo em razão do erro sobre o fato. Jurisprudência aloca
como erro de tipo. Teoria dominante da Alemanha (Teoria da Culpabilidade Limitada).
Legítima defesa:
Art. 28 do CP: não excluí a imputabilidade a emoção e a paixão. Não exclui a imputabilidade,
mas pode excluir, sim, a exigibilidade de conduta diversa.
Relativo direito de crítica: não pode criticar a justiça ou não da ordem, a conveniência ou
não da ordem etc. mas ele pode discutir se a ordem for ILEGAL.
Obs: sujeito atacado em sua vida, leva a intenso medo e susto, e dispara arma de fogo de
forma incontrolável. Todos os disparos dolosos.
No âmbito subjetivo: o sujeito pode TER consciência do excesso ou NÃO TER consciência
do excesso. Ou seja, ser tanto doloso como culposo.
Em situações de ação rápida eu não posso seguir o que é consciente ou inconsciente. O
sujeito percebe que estão disparando a mais, mas ele não consegue parar em razão da carga
emocional.
Extensivo: emprega de meio necessário mas de forma imoderada. Após a vítima cair, ele
continua disparando. Já passou a situação concreta da agressão.
Intensivo: emprego do meio desnecessário. uso de arma para se defender, mas bastaria o
punho. Dependerá da capacidade física de cada um.
Teoria dominante: se não existe uma situação de legítima defesa então não existem limites
suscetíveis de excesso.
Roxin: nós temos que partir do pressupostos da equivalência dos efeitos, duma representação
errada e duma representação correta. Uma representação errada e correta tem o mesmo efeito
psíquico. Ela produz uma reação de auto-defesa produzida pelo instinto de sobrevivência.
Obs: os excessos de legítima defesa são enquadrados de legais pois são excessos no instituto
previsto legalmente.
SUPRALEGAIS
Obs: desvio do trem desgovernado. Morte dos doentes mentais pelos médicos nazistas,
salvando a maioria.
Ex. situações dos marginalizados sociais, onde pai e mãe de família se veem em situações de
conflito de deveres para subsistência.
"Em condições anormais de vida = o crime é um fato normal. Reação animal contra
uma violência estrutural.".
Zaffaroni: coculpabilidade. Nos mostra que o Estado é responsável pela condições adversas
da vida. Injustiça das condições adversas de vida. Se não há alternativa, não há culpabilidade,
- Teoria Unitária de autor: a pena se satisfaz com a simples contribuição causal para o
resultado. Existe ainda hoje no código da Dinamarca, Áustria, Itália etc.
Não faz distinção clara entre os autores e partícipes: é importante pois diz quem contribui de
forma mais poderosa ou não ao crime.
A norma do CP permite que se trabalhe com as teorias do domínio do fato, para distinguir
entre autor e partícipe (único objetivo da teoria). Teoria do Domínio do fato:
- Autor: quem tem o CONTROLE da realização do tipo penal: pode decidir sobre a
continuidade ou paralização.
- Partícipe: não tem o controle da realização do tipo penal; instigação ou cumplicidade.
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um
terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Casos de impunibilidade
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
De <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>
A teoria tem dificuldade em explicar a coautoria, que não realiza a ação do tipo.
A teoria mediata também tem dificuldade em ser explicada aqui, pois o sujeito pratica o
crime por meio de interposta pessoa.
- Autor: quem age com ANIMO DE AUTOR e quer o FATO COMO PRÓPRIO.
- Partícipe: age com o ANIMO DE SOCI, quer o fato COMO ALHEIO.
- Objetiva material.
- Objetiva subjetiva.
Roxin considera hoje: aplica-se apenas no delitos gerais de autoria (crime comum). Que não
exigem qualidade especial do autor.
- Não se aplicam aos DELITOS DE DEVER: autor só pode ser aquele portador do
dever jurídico e que lesione este dever jurídico, o particular não pode ser autor, mas
pode ser partícipe (instigação e contribuição).
Partícipes:
- Autoria Direta:
- Autoria Mediata:
Alemães: trazem exemplos históricos do Nazismo. Ordens cumpridas com absoluto rigor.
Ditadura militar: ocuparam o poder por 21 anos. O domínio vinha pelo TERROR e qual era o
terror? Os porões da ditadura.
Requisitos:
I. Poder de Comando.
II. Desvinculação do direito pelo aparato de poder.
III. Fungibilidade do executor.
IV. Disposição essencialmente elevada dos executores ao fato.
Obs: não cabe para empresas. Roxin aceita para organizações criminosas. Criminologia faz
crítica ao conceito de crime organizado.
- Coautoria
De <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>
Exemplos:
Excesso quantitativo:
Excesso qualitativo:
Pena e Sociedade
- Retribuição.
- Prevenção GERAL e POSITIVA.
- Absoluto fracasso a pena como prevenção. Com retribuição ela ocorre.
Mas será que não existe uma alternativa para além do econômico? Sim, tem relação
econômica, mas não é um conceito econômico.
O PODER não se dá e nem se troca, mas se EXERCE com ATOS. Não é manutenção de
relações econômicas, mas ele é uma RELAÇÃO DE FORÇA (conceito original de Foucault).
- Poder como GUERRA mesmo na paz social. Não há suspensão dos efeitos da guerra,
mas uma reinscrição permanente das relações de força nas instituições, economia,
linguagem, corpos, em tudo.
- É democrático? A justiça não se faz mais em nome de Deus, mas em nome do Povo. A
pena como retribuição é sempre retribuição da culpabilidade, por isto deve ser
proporcional ao crime. Mas eu consigo demonstrar a culpabilidade? Problema da
liberdade humana. Logo eu aplico pena fundada no mito da liberdade de agir de
outro modo (indemonstrável).
- Kant: pena como imperativo categórico. Como uma lei da causalidade. Para que a
culpa do sangue não recaia sobre o povo que não puniu seus culpados.
- Se formos analisar qual a única função que a pena, no final, realmente cumpre, é da
retribuição, a prevenção é meramente retórica, legitimadora da pena.
- Extrai-se uma utilidade da pena. Não era punir porque pecou, mas punir para que não
peque.
- As penitenciárias passaram a contar com profissionais sociais e da saúde, com a
esperança de que com a execução da pena, sejam evitados os crimes futuros.
Especialmente pelas práticas ressocializadoras.
- Discurso alienante.
- Primeira teoria com Feurbach: o poder penal espera que a ameaça da pena
desestimule pessoas a praticarem crimes.
- Aqui a pena não tem limite: quanto maior a pena, maior a intimidação. A culpabilidade
entra como limitação de pena.
- Os penalistas hoje não acreditam na ameaça penal, mas o legislador acredita muito.
Num direito penal simbólico.
- Integração sistêmica. Ela cresce com o fracasso da prevenção especial positiva ter
sido um fracasso.
- Jakobs: não admite a ideia de bem jurídico. O Direito para ele tem função de
Complexos funcionais: passam a ser principalmente protegidos pelo Direito Penal. Passa por
uma fase de ADMINISTRATIVIZAÇÃO do Direito Penal. Crescem os crimes contra a adm.
Pública. Preocupação com os sistemas. ABSTRATIVIZAÇÃO. Perda a proteção do bem
jurídico. Deixa de ser um direito penal ultima ratio.
- Zaffaroni:
- Juarez Cirino dos Santos: o Direito Penal ainda tem uma função a cumprir, como a
proteção de bem jurídico. O bem jurídico permite uma limitação da punição bem com a
proteção de valores humanos. E a culpabilidade como limitação da pena.
Jakobs:
Não interessa qual é a norma, basta existir uma norma. A pena esgota-se aqui independente
do conteúdo.
Pena como CONTRADIÇÃO oposta a contradição da norma pelo crime às custas do autor.
Niklas Luhmann:
- Discurso crítico: a ideologia crítica não é dominante. Não tem a mesma difusão da
ideologia dominante.
- Pesquisa: 7,5% dos adolescentes eram responsáveis por 61% dos crimes. Se
neutralizarmos os 7.5% reduzimos da metade a criminalidade.
I. Reincidente Específico.
II. Passou 01 ano dos últimos 02 na prisão.
III. Condenação anterior a idade de 16 anos.
IV. Passou por instituição de menor infrator.
V. Fez uso recente de drogas.
VI. Fez uso de drogas na adolescência.
VII. Está sem emprego nos últimos dois anos.
- Uso das condições de vida do condenado para decidir sobre pena e livramento
condicional.
- Marx:
Sistema Feudal para Sistema Capitalista: camponeses foram expulsos da terra. Deixados às
margens. Formaram bandos que cometiam crimes. Para contê-los: sistema cria uma polícia
para controle do povo.
Objetivos reais da pena: proteção dos privilégios. Luta contra as classes oprimidas. Como
garantia de dominação de pena.
- Sistema punitivo como algo concreto. Todo sistema de produção descobre um sistema
de punição que garanta sua continuidade.
- Direito Penal: tem a única função da proteção das relações de propriedade e promove a
violência institucional. Caracterizado na seletividade. Cárcere como função declarada é
um fracasso, mas nas funções reais é um sucesso.
TENTATIVA E CONSUMAÇÃO
Teorias da Tentativa
- A estrutura dos tipos penais é formada por elementos objetivos (fáticos) e elementos
subjetivos (psíquicos): portanto uma teoria da tentativa atual deve carregar ambos
elementos.
I. Teoria Objetiva:
Proveniente da teoria causal da ação e do modelo objetivo do injusto. Distingue o início das
ações preparatórias das ações executivas pelo critério OBJETIVO do início da execução.
O TIPO DA TENTATIVA
OBJETO DA TENTATIVA.
TENTATIVA INIDÔNEA
- Crime impossível.
- Erro de tipo ao contrário.
DELITO DE ALUCINAÇÃO
- Erro de proibição ao contrário: o sujeito imagina ser crime a ação atípica realizada
por ele.
Existem várias teorias para explicar a exclusão de pena da desistência da tentativa, como: a)
Politica Criminal; b) Graça; c) Fins da pena.
Para a teoria da Graça, seria uma recompensa ao autor por suspender a execução ou evitar
o resultado do tipo do injusto. WELZEL.
1. SITUAÇÃO JUSTIFICANTE
2. AÇÃO JUSTIFICADA
Pressupõe atuação do funcionário público nos estritos limites do dever, sem ruptura dos
limites na aplicação da lei e no cumprimento de ordens.
2.1 Ruptura dos limites do dever na aplicação da lei: dogmática moderna desenvolveu o
conceito de uma antijuridicidade especial para o funcionário público, cujos limites ampliados
poderiam justificar ações que, dentro dos limites comuns do conceito, seriam antijurídicas.
A juridicidade da ação pode ser excluída somente em erros graves indicadores de culpa
grosseira que seriam capazes de deslegitimar a ação, ex. oficial de justiça entra na casa
errada.
b) intervenções oficiais sem observância dos pressupostos legais não geram dever de
tolerância;
c) a boa-fé do funcionário público pode excluir o dolo, mas não exclui a antijuridicidade da
ação e, assim, não faz o injusto virar justo;
a) ordens superiores antijurídicas de evidente natureza típica não são obrigatórias para
o subordinado, que responde pelo injusto praticado: Ex. delegado manda policial espancar
suspeito para obter confissão;
Justifica as ações do cidadão comum definidas como direito e exercidas regularmente pelo
titular.
1. SITUAÇÕES JUSTIFICANTES
b) o direito de castigo.
Legítima defesa nos tipos de imprudência: tem por objeto efeitos não dolosos produzidos
como riscos típicos dos meios empregados na legítima defesa dolosa (ex. o agressor é ferido
acidentalmente por disparo de arma do agredido com finalidade de intimidação). Se o
resultado não doloso da situação de legítima defesa seria justificado por dolo, então, com
maior razão, é justificado por imprudência. Os elementos subjetivos na legítima defesa
imprudente não é clara: segundo Haft, se o tipo de imprudência não tem elementos
subjetivos, então, por relação de simetria, as justificações também não têm elementos
subjetivos.
Estado de necessidade nos tipos de imprudência: pode ocorrer em ações de proteção que
lesionam proibição de perigo abstrato ou concreto (ex. bêbado atropela pedestre ao conduzir
acidentado grave para hospital, evitando morte certa deste).
Consentimento do titular do bem jurídico nos fatos de imprudência: Pode ser real ou
presumido.