Você está na página 1de 19

DISCIPLINA – CRMINOLOGIA

PROFESSOR – CHISTIANO GONZAGA

MONITOR – NAYARA PASSOS PEREIRA

AULA 01

EMENTA:

Criminologia
I- Introdução
II- Conceito
III-Métodos da Criminologia
IV- Objetos da Criminologia
IV.I- Controles sociais
IV.I.I.- Informais
IV.I.I.I- Escola
IV.I.I.II-Família

Bibliografia:

 Pablos Molina- Criminologia.

 Luiz Flávio Gomes- Criminologia.

 Lélio Braga Calhau- Resumo de Criminologia.

 Alessandro Baratta- Criminologia Crítica.

Contatos:

chrisleo12@hotmail.com
Facebook: Christiano Gonzaga Gomes
Twitter: @christianoprof
You Tube: Christiano Gonzaga Gomes

Criminologia

-Criminologia é o estudo do crime.

I- Introdução
Abordagem do fenômeno crime:

CRIME

O crime é enfocado sob três prismas, quais sejam:

CRIME

Direito Penal Segurança Pública Sociológico

I-Direito Penal: aborda o crime tendo em vista o aspecto legal. Crime é o que está escrito na lei.
Crime para o Direito Penal é aquela disposição estática e cristalizada.

Exemplo: Estupro

II-Segurança Pública: Garantia da ordem pública.

Crime seria:

- uma desordem pública.


- abalo da ordem pública
- perturbação social;

III-Sociológico: Descumprimento das expectativas sociais. A criminologia preocupa-se com o


enfoque social do crime

Quando se tem um crime, o autor dele, está violando as expectativas que todos têm de viver em
sociedade.

Jean-Jacques Rousseau: cada indivíduo da sociedade faz um contrato social que seria a doação
de parte da liberdade para o Estado para poder viver em sociedade. Todavia, o indivíduo acredita
que todos irão conviver de forma harmônica, que irá respeitar o direito de terceiro.

Entretanto, se este terceiro, descumpre as expectativas sociais, ele estará cometendo um


crime no aspecto social.

Pensamento de Niklas Luhmann

Niklas Luhmann: Como nós vivemos em sociedade, nós temos que analisar se o
descumprimento de uma expectativa social vai gerar um desequilíbrio da sociedade.

Exemplo: Quando alguém mata, ele gera um desequilíbrio social.

Este equilíbrio deve ser restabelecido. Porém, este restabelecimento dependerá da forma
como o indivíduo irá lutar e pugnar por ele.

-Meios/ Facetas para alcançar o restabelecimento: Pode ser por meio da pena, da medida.

Sistema tem que viver equilibrado.

Luhmann: “Sistema”

Trabalha com o fenômeno da Autopoiese. Este fenômeno seria:


Aitopoiese: Sistema vive de forma harmônica, sendo que ele mesmo se completa

O sistema deve primar pela chamada autopoiese. O grande sistema é composto por
microssistemas (direito, igreja, escola). Se há uma quebra dessas expectativas sociais, exemplo:
crime, gera um desequilíbrio sistêmico. A harmonia que a autopoiese tinha, acaba.

Logo, quando ocorre um crime, o sistema se desestabiliza e a autopoiese diz que o sistema
tem que estar sempre em equilíbrio/harmonia e deve-se primar pela regulamentação.

A criminologia, vem com a ideia de restabelecimento deste sistema. Quando ocorre um crime
tem-se que ter uma reação ao crime. E, através das soluções concedidas pela criminologia,
busca-se a estabilização.

Esta reação pode ocorrer de várias formas:

 Tem-se a reação proposta por Guther Jakobs. Guther Jakobs propôs, em seu
funcionalismo sistêmico

-Direito Penal do Inimigo

 Tem-se a reação proposta por Claus Roxin.

-Proteção ao bem jurídico, sem se esquecer com do criminoso, haja vista que o doutrinador se
preocupa com a ressocialização.

 Tem-se a reação proposta por Silva Sanchez

- Direito Penal em velocidades

Direito Penal do Inimigo- Guther Jakobs

Ideia Central: Supressão de garantias para aplicar medidas, panas, restrições de


liberdade para pessoas que não reconhecem a ordem social. Se o Estado dá garantias para
pessoas que não reconhecem o próprio Estado. Não merecem o respeito social.

Exemplo: EUA trabalha com o Direito Penal do Inimigo. As pessoas que não respeitam
(reconhecem) a ordem social, serão tratadas com o direito penal do Inimigo. São exemplos:

-Terrorista
-Traficante
-Integrantes de organização Criminosa

Cuidado: Direito Penal do Inimigo é diferente de Direito Penal do autor

Direito Penal do autor (Mezger): Forma de violação de garantias constitucionais, mas para punir
alguém pelo que ela é. É punir o indivíduo pela sua condição social.

Exemplo: Desconfiar porque o indivíduo tem tatuagem no corpo.

Direito Penal em velocidades (Silva Sanchez)

Propõem o Direito Penal em velocidade para mostrar como é que o Direito Penal reage ao
crime.
 Formas de combater o crime:

01)Direito Penal de1º velocidade: Teria a aplicação de pena privativa de liberdade mais
garantias constitucionais.

Esta forma de reação ao crime, é muito lenta. Para aplicar pena privativa de liberdade ao
indivíduo, tem-se que conceder garantias sociais a ela. Quanto mais querer prender, mais
garantias têm-se que conceder.

Exemplo de garantias: recurso, ampla defesa, contraditório.

- O Brasil reage ao crime nesta velocidade.

2º)Direito Penal de 2ª velocidade: Aplica-se uma pena restritiva de direitos. Todavia, para aplicar
a pena restritiva de direitos tem-se que suprimir garantias.

O Brasil reage ao crime nesta velocidade. Como exemplo tem-se a lei 9099/95 (transação penal e
a suspensão condicional do processo são situações de direito penal de segunda velocidade).

3º)Direito Penal de 3ª velocidade: Conjugação de Pena privativa de liberdade, suprimindo as


garantias.  Direito Penal de 3ª velocidade é o “Direito Penal do Inimigo”.

Exemplo: RDD no Brasil.

Direito Penal de 1º Direito Penal de 2º Direito Penal de 3º


velocidade velocidade velocidade
Formas de PPL + GARANTIAS PRD - GARANTIAS PPL - GARANTIAS
combater o
crime

 Criminologia

Conceito

 Edwin Sutherland: Ciência que estuda o fenômeno e as causas da criminalidade, a


personalidade do delinquente, a sua conduta delituosa bem como a maneira de ressocializá-lo.

-Ciência: A criminologia é autônoma. A autonomia da criminologia é diferente do Direito Penal.

-Criminologia seria um apêndice do Direito Penal? NÃO. É uma ciência autônoma. Logo, a
criminologia possui:

01-Método de estudo próprio.


02-Objetos próprios.

 Qual o método de estudo da criminologia?

EMPÍRICO OU PRAGMÁTICO

Método empírico= método experimental. O método de análise é o caso concreto. O método é


INDUTIVO.

Porque estudar o caso concreto é a melhor opção? Por questões sociais e de segurança pública.

Qual o método de estudo do Direito Penal?


MÉTODO LÓGICO ABSTRATO

Utiliza a lei, o código penal para estudar. O método de análise é dedutivo.

(a) (b) Criminologia (c) Direito Penal


(d) Método de Estudo (e) Método empírico/
(f) Método lógico abstrato
pragmático
(g) Método de Análise (h) Dedutivo (i) Caso concreto

 O que a criminologia já ofertou para o Direito Penal brasileiro?

Contribuições que a criminologia ofertou no Brasil

Reforma de 84: A reforma de 84 abeberou-se de vários conceitos da criminologia e fez várias


alterações no Código Penal.

Exemplo: art. 59, caput, do CP- trabalhou o comportamento da vítima como elemento de aplicação
da pena.

Exemplo: art. 16 do CP- Reparação do Dano: O arrependimento posterior gera diminuição de


pena.

Exemplo: Eliminação do Sistema do Duplo-Binário:

Sistema do Duplo-Binário: são as medidas de segurança. Se o agente é doente mental


(inimputável), ele receberá medida de segurança. Se ele é imputável, cumprirá pena. Logo, ou ele
recebe pena ou medida de segurança. Antes o doente mental cumpria a medida de segurança e,
após o seu restabelecimento, ele cumpria pena.

Hoje tem-se o sistema Vicariante ou Alternativo: Aplica-se a pena ou a medida de segurança.

 Quais são os objetos próprios da Criminologia?


01) Crime:

Para a criminologia o crime é algo de desestabilização social, que viola as expectativas sociais.
Algo que causa no indivíduo dor e aflição.

02) Criminoso

03) Vítima

04) Controles Sociais:

Conjunto de instituições que visam promover a submissão de um indivíduo aos seus dogmas,
pensamentos.

4.1-Controles Sociais Informais:

Escola: É um controle social informal (porque não é estatal).

-Escola pode ser criadora de um criminoso.

Exemplo: Bullying.
A criminologia faz um estudo futuro para o impedimento de um crime.

Família: Os pais são exemplos (espelho) para os filhos. Tudo o que o pai faz, o filho repete. Se
o pai promover dogmas errados, fará com que o filho nasça e permaneça em erro.

Igreja: Tem uma atuação extremamente relevante na vida do indivíduo.

AULA 02

EMENTA: Na aula de hoje serão abordados os seguintes temas:

I-Controles Sociais
I.I-Controles Sociais Formais
01) Polícia
02) Ministério Público
03) Poder Judiciário:

II-Funções da Criminologia
01) Primária
02)Secundária
03)Terciária

III-Prevenção da Criminologia

IV- Diferença entre Criminologia, Política Criminal e Direito Penal

V-Escolas
V.I-Escola Clássica
V.II- Escola Positivista
V.III- Escola Interacionista/ Etiquetamento/ Label Approach

I-Controles Sociais

I.IControles Sociais Formais

-São aqueles exercidos pelos órgãos estatais.

Exemplo: Policia, MP, Poder Judiciário.

O que são Controles Sociais?

-São aqueles que controles que promovem a criação de um criminoso ou evitam que um
criminoso faça crimes.

-São controles sociais formais:

01) Polícia: Polícia controla o criminoso- rotula, controla. Todavia, nem sempre os taxados
criminosos pelos policiais são condenados posteriormente e são realmente criminosos. A Lei
7.210/84 (Lei de Execução Penal) diz que é direito do preso, definitivo ou provisório, vedar
qualquer tipo de exposição a sensacionalismo, norma esta, nem sempre respeitada pelos
policiais.

Exemplo: autoridade policial apresenta o indivíduo para a sociedade como criminoso.

02) Ministério Público: Quando o promotor denuncia pode, muitas vezes, rotular um inocente.

Exemplo: Quando o promotor de justiça passa a acusar o indivíduo pela sua pessoa e não pelo
ato cometido.

“Este indivíduo é um bandido, traficante....”

Observação: A atuação pejorativa dos órgãos estatais gera uma sociedade discriminatória.

03) Poder Judiciário: Se o juiz condena um agente, o Poder Judiciário cria um criminoso que
pode ser inocente.

Observação: Os controles formais polícia, Ministério Público e Magistratura podem criar


criminosos (através da rotulação). O criminoso sofre um etiquetamento, mesmo após cumprir
pena.

Questão (MP): Os controles sociais formais, Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário, são
órgãos estatais (controles sociais formais) que com seu atuar “criam/estigmatizam” um criminoso?
SIM. A atuação ministerial dentro ou fora da lei vai estigmatizar. Quando acusa, está
estigmatizando. O estigma pode ser legítimo ou não.

II-Funções da Criminologia

 Informar para sociedade, para o Direito Penal acerca do crime/criminoso, a forma de combater.

Informar para a sociedade e para o poder público (por meio de um estudo empírico) sobre
alguns objetos que ela analisa.

Trabalha a prevenção do crime. Impedir que o crime aconteça.

III-A prevenção pode ser:

Atenção: Prevenção do Direito Penal é diferente de Prevenção para a Criminologia.

Lembrando...

Prevenção para o Direito Penal

Prevenção Especial: Aborda o criminoso.


Pode ser denominada de Positiva e Negativa.
.
Prevenção Geral: Aborda a Sociedade
Pode ser denominada de Positiva e Negativa.

Prevenção Especial Prevenção Geral


Positiva É aquela prevenção que faz com que o agente A aplicação da pena gera a
ressocialize. Função Ressocializadora. ideia de integração. Ideia de
que “as pessoas estão juntas
contra o crime”.
Função integradora.
Negativa Impedir que o indivíduo cometa novos crimes. Impedir que o indivíduo.
Transmite a ideia para a
Art. 59, caput do CPaplicação de pena. Função sociedade de: “quem mata é
neutralizadora. preso”.

Função exemplificadora.

Prevenção para a Criminologia:

01)Primária: Prevenção mais eficaz. Combater, prevenir o crime na origem (“cortar o mal pela
raiz”) por meio de políticas públicas (educação, saúde, lazer). Se a sociedade é estruturada, o
índice de crimes é menor- Prevenção mais morosa, longo prazo.

-O crime ainda não surgiu.

02)Secundária: Atua nos focos da criminalidade.

-Tem um enfoque mais imediatista, pois vai atuar depois que o foco criminoso se
manifestou, depois que o crime nasceu em certo local. Atua nos focos de criminalidade. A ideia é
pautada na segurança pública (se a criminalidade é na favela, aumenta-se o policiamento nelas).

-“Apagar o fogo”. O crime já existe.

Exemplo: Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

03)Terciária: Atua em cima do criminoso/condenado, buscando a ressocialização. Atua de forma


imediatista.

-Mostra que o Estado perdeu o combate para o crime.

IV-Criminologia # Política Criminal # Direito Penal

Criminologia: é uma ciência (que possui objetos próprios -crime/criminosos), possui a função
de informar (para sociedade, para o Direito Penal acerca do crime/criminoso e forma de combater)
e prevenir que o crime ocorra. Analisa os conflitos sociais. Salienta-se que o método utilizado é o
empírico.

A criminologia mostra o resultado de toda esta análise para a política criminal.

Política Criminal: Conjunto de ideias sistematizadas. Utiliza as ideias da criminologia,


sistematiza e a partir disso, cria leis regras que ela entende útil e eficaz para que a sociedade viva
de forma harmônica. Para isto, ela precisará de uma técnica legislativa.
Logo em suma a política criminal é uma técnica de filtragem realizada pelos legisladores.
Pega o núcleo de conhecimentos, formas de prevenção e analisa qual a melhor. Filtrar qual a
melhor forma de combater o crime.

Esta técnica legislativa irá escolher as melhores leis, regras para sedimentar o direito penal. Para
isto é necessária sabedoria legislativa. A Criminologia fará uma filtragem: “qual o conflito
social importante, qual a melhor forma de filtrar? ”

Quem faz esta filtragem são os legisladores. Quais legisladores? Congresso Nacional,
Senador e Deputado federal. Legisladores Federais.

-Cuidado:
Art. 22, I, da CR/88

Art. 22. CR/88 Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;

Precisa de lei ordinária federal para alterar pena e criar crime.

Direito Penal: é a escolha feita, ou seja, a lei. A lei que reputou ser melhor para determinado
caso.

Aqui, tem-se o Código Penal. O Código Penal que utiliza o método lógico-abstrato/dedutivo
para aplicar a lei.

O Direito penal é uma técnica estática, seca, fria e cristalizada.

-Política do Dever Ser: se A deve ser B. Se matou, pena de 6 a 20 anos.

Observação: A criminologia utiliza a política do SER, e não do DEVER SER como o Direito Penal.

Conclusão: A Criminologia estuda o direito em movimento, oxigena o Direito Penal.

V-Escolas da Criminologia/ Marcos Teóricos

V.I)Escola Clássica:

-O ponto inicial é a análise da lei. Busca o criminoso no Código Penal. Os objetos crime e
criminoso estão no Código Penal.

Observação: Este estudo é equivocado pois, confunde criminologia e Código Penal. Aqui a
criminologia não é uma ciência autônoma.

-Paradigma: Surgiu o princípio da Legalidade. Logo, a legalidade é o paradigma desta


Escola. Referida Escola é defendida por Cesare Beccaria (Livro “Dos delitos e das Penas”).

-Cesare Beccaria: “As penas não devem ser doces nem amargas, as penas devem ser
aplicadas” (Certeza da punição e princípio da Legalidade).

-Método de Estudo: Trabalha o método lógico-abstrato, dedutivo (não se preocupa os


aspectos sociais). Analisa o Código Penal.

- Está pautada no livre arbítrio. Todo homem nasce livre e, se comete um crime, este
crime deve ser imputado a ele como uma manifestação do seu livre arbítrio/vontade. O
fundamento punitivo é o livre arbítrio. Se descumpre a lei, código penal. Esta ideia se contrapõe
ao Determinismo Social.

-Logo está escola repudia a ideia determinismo social (o meio determina o homem).

V.II) Escola Positivista:

Observação: Escola Positivista Direito Penal (Norberto Bobbio) # Escola Positivista na


Criminologia.

-Paradigma: Seu paradigma é denominado Etiológico. Etiologia é estudar a causa, a


origem do crime/ criminoso.

-Não busca o crime/criminoso no diploma legal. Busca o surgimento do crime de forma


empírica. Estuda o crime/criminoso na sociedade (conforme o caso concreto).

-“Estuda o criminoso ser humano”.

-Criminologia começou a ter método próprio, autonomia, objetos próprios


(crime/criminoso). A criminologia, nesta escola passa a ser uma escola independente.

Estudiosos da Escola Positivista:

01)Cesare Lombroso (Obra: “O homem delinquente”): O ser humano, o criminoso dependendo


dos seus aspectos biológicos pode-se taxar o indivíduo como criminoso.

Criminoso Nato: Nasceu para ser criminoso.

-Começou a implementar o aspecto biológico do criminoso, levando em consideração


características pessoais, por exemplo: pessoas que tinham zigomas salientes (rosto quadrado);
fronte fugidia; insensibilidade a dor; mão grande; barba por fazer, tatuagem, dentre outras-
criminoso nato (quem possuía ditas características já poderia ser preso antes de cometer algum
crime).

-Ao invés de esperar o indivíduo cometer crimes, ele será preso (pelas condições ele iria
cometer crimes).

Crítica a Cesare Lombroso: Foi estudar o criminoso nas penitenciarias do Sul da Itália. O
estudo deveria ter sido realizado na sociedade.

Assim, Cesare Lombroso Referidos conceitos (viés de Cesare Lombroso) permitem o


surgimento da Teoria do Direito Penal do autor (Mezger)- Deve punir a pessoa pelo que ela é,
pelo que ela aparenta ser (pessoa de classe social baixa, negros e outros).

02) Mezger : -Teoria do Direito Penal do Autor: Punir o indivíduo pela sua condição pessoal
(Também denominado pelo Direito Penal de Culpabilidade de AUTOR.).

-Modificou o livre- arbítrio, a pessoa nascia presa a certos aspectos biológicos. O criminoso
tinha algumas características pessoais, tinha uma força fora do comum, insensibilidade a dor,
desvio mental. Guinou o método pragmático, do caso concreto, prático, indutivo.

-
Observação: Direito Penal do Autor # Direito Penal de Ato

-Direito Penal de ato: Punir o indivíduo pelo crime que ela cometeu.
03) Emrico Ferri: Foi o precursor da análise sob aspecto social.

- Não abandona completamente a ideia de déficit psicológico e biológico. O criminoso é um


ser anormal. Este agente anormal deve ser tratado. Este tratamento permite o surgimento das
medidas de segurança. Todavia, estas medidas propostas por Ferri deveriam ser aplicadas de
forma indeterminada.

O Brasil incialmente adotou as medidas de segurança de forma indeterminada, todavia, o


STF agora entende que esse prazo deve ser determinado e não pode ultrapassar o tempo da
pena.

- Ferri estudou o criminoso na sociedade. Logo, ele acrescentou um aspecto social.


Percebeu que o crime é um fenômeno social.

- Surgimento do Determinismo Social: Faz a análise do aspecto social, e mostra que os


seres anormais que serão tratados pelos meios de segurança, são produtos do meio. Este
determinismo irá gerar a vulnerabilidade (este ser anormal é vulnerável as intemperes sociais).

-Vulnerabilidade # Livre Arbítrio.

- Ferri aduz que o indivíduo, por ser um ser anormal (vulnerável) não pode ser tratada
conforme o código Penal. Todavia, este modo de atuar é questionável, pois é sabido que o livre
arbítrio existe.

04) Rafael Garofalo (Obra: “Criminologia”):

-Os aspecto biológico e social existem, todavia, o criminoso tem um Déficit Moral.

O criminoso tem um certo desvio de caráter, ele não consegue fazer uma distinção do
certo e o errado. O Criminoso tem seu aspecto moral reduzido (tem um problema biológico: déficit
de moralidade).

-Prega a eliminação, isto é, PENA DE MORTE. Prega a retirada do criminoso do convívio


social através do isolamento- não fala em ressocialização, somente em isolamento. Pena de
morte.

- Rafael Garofalo trabalha o aspecto da prevenção especial do Direito Penal negativa-


neutralizar o indivíduo (preocupa com o criminoso).

V.III) Escola Interacionista/ Etiquetamento/ Label Approach

- Escola que abandona totalmente o aspecto biológico e moral.

-Paradigma é social. Trabalha apenas o determinismo Social. O determinismo Social é o


único e exclusivo fator do surgimento do crime. O Criminoso nasce bom, livre e o meio corrompe.
Este aspecto social é muito ligado a vulnerabilidade. O indivíduo é vulnerável pelo meio que ela
nasceu. Aqui a vulnerabilidade não é só para o ser anormal, mas sim para todos os indivíduos que
nasçam no meio propício ao desencadeamento de crimes.

-Com a ideia de vulnerabilidade surge a Teoria da CoCulpabilidade.


Teoria da CoCulpabilidade:
Fundamentos:666 (art. 6º da CR/88 e art. 66 do CP).

Art. 6º da CR/88 -“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,


o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição”.

Em virtude dos descumprimentos dos deveres do Estado, o indivíduo fica vulnerável


(propensa ao crime).

Teoria da Co-culpabilidade (Zaffaroni): O Estado que descumpriu os seus deveres,


irá, a partir da pessoa do juiz, aplicar por exemplo uma Pena ao indivíduo que praticou o crime.

-Este aspecto social tem que fazer uma espécie de meia culpa. Zaffaroni propõem que
tem-se que juntar o art. 66 do CP para o Estado-Juiz aplicar a chamada atenuante inominada.

-Atenuante Inominada: O Estado confessar o erro (não ter proporcionado o indivíduo as


suas garantias). Tem que compensar a vulnerabilidade diminuindo a pena.

- O Brasil adota essa teoria: Art. 6° da CF- Direitos fundamentais + Art. 66 do CP-
atenuante inominada.

Art. 66 do CP- A pena poderá ser ainda atenuada em razão de


circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei.

Questão de Prova: A teoria da Co-culpabilidade permite a análise de duas grandezas


inversamente proporcionais? SIM. Quanto maior a vulnerabilidade do agente, menor a
culpabilidade (pena).

Culpabilidade (Pena)

Vulnerabilidade

Atenção: Teoria da Co-culpabilidade às avessas (não foi Zaffaroni que propos)

-Pautada no art. 59 do CP. Agora inverte-se as grandezas. Quanto maior a pena,


menor a vulnerabilidade.

Culpabilidade (Pena)

Vulnerabilidade

Art. 59 do CP- O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à


conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias
e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena
aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento
da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra
espécie de pena, se cabível.

Exemplo: Crimes de “Colarinho Branco”.

AULA 03

EMENTA:
Na aula de hoje serão abordados os seguintes temas:

I-Escolas da Criminologia

I.I- Continuação da Escola Interacionista/ Etiquetamento/ Label Approach


I.I.I- Escola de Chicago
Teorias
01) Teoria das Janelas Quebradas
02) Teoria da Tolerância Zero
03) Movimento da Lei e Ordem:
II- Escola da Criminologia Crítica/ Reação Social ou Radical
III- Escola Minimalista
IV- Escola Abolicionista
V-Vitimização
V.I-Espécies:
01)Vitimização Primária
02)Vitimização Secundária
03) Vitimização Terciária
VI-Modelos de Reação ao Delito
01)Modelo Clássico/Dissuasório
02) Modelo Ressocializador
03)Modelo Conciliador/Restaurativo/Integrador

I-Escolas da Criminologia

I.I-Continuação da Escola Interacionista/ Etiquetamento/ Label Approach

Porque esta escola é denominada Escola Interacionista/ Etiquetamento/ Label Approach?

-Esta escola relaciona os controles sociais como forma de rotular os indivíduos. A igreja,
Escola, família, Polícia, Poder Judiciário rotulam o indivíduo.

Exemplo: Fernandinho Beira-MarTraficante.

-Diz a Escola Interacionista que quando o indivíduo é rotulado, dificilmente este rotulo será
retirado dele.

-Rótulos devem ser evitados.

-Quando for realizada uma acusação, a Criminologia aduz que não deve ser utilizada a
expressão “Traficante, criminoso, bandido”. Estas expressões não punem o autor pelo ato
cometido.

 Culpabilidade de Ato # Culpabilidade de Autor


-Culpabilidade de Ato: Não devemos usar expressões que rotulem o criminoso. Punir pelo
ato.

-Culpabilidade de Autor: Punir o indivíduo pelo que ele é, não pelo que ele fez.

I.I.I- Escola de Chicago (está dentro da Escola Interacionista):

-Trabalha com as Teorias sociológicas. Ideia de interação social no aspecto ecológico e


urbanístico.

-Passou a preocupar-se com o surgimento do crime e do criminoso conforme aspecto


ecológico (meio ambiente, ambiente de convívio entre os seres vivo) e urbanístico

Como ela mostra o surgimento do crime?

-A sociedade de Chicago poderia ser vista como três círculos concêntricos.

Centro Cívico

Subúrbio

Periferia

No meio, onde se tem o centro (Centro econômico) denominado Cívico, tem-se poucos
delitos.

-No centro Cívico onde se concentra o centro econômico, o índice de criminalidade é


reduzido haja vista o policiamento ostensivo, pessoas vigiando umas às outras, tem-se o Estado
presente. Aonde o Estado se faz presente não tem crime.

Já na segunda camada, Subúrbio (local aonde os indivíduos que trabalham no centro
Cívico residem), começaram a se ver alguns crimes tendo em vista o afastamento do Estado.

Na última camada, tem-se a periferia. Na periferia o índice de crimes é muito maior. Aqui
tem-se os denominados MARGINAIS (estão ás margens da sociedade). Tem-se uma ausência
total de Estado.

Observação: Quanto mais o Estado se faz presente, menor o índice de crimes.

-O combate ao crime deveria ser feito na periferia (aonde se tem o foco criminoso). O
Estado deve se fazer presente na Periferia.

-Na periferia a Escola começou a identificar:

01-Uma espécie de subcultura delinquente: Na periferia existe uma sociedade paralela.

-Os integrantes da periferia passam a viver como se aquele ambiente fosse um Estado
paralelo.

Exemplo: Traficante manda fechar as escolas.


-Subcultura delinquente: O criminoso, compete com a cultura dominante. Estado paralelo
pronto para o crime. Estado paralelo compete com o Estado de Direito (democrático e
reconhecido) na produção de normas e leis.

02-Gangues:

Questão de prova: O fenômeno das gangues, que surge dentro da escola de Chicago ele é
possível de ser analisado dentro de uma situação de subcultura delinquente? SIM. As gangues
surgem na periferia dentro da ideia de subcultura delinquente.

 Teorias que surgiram com a Escola de Chicago

01)Teoria das Janelas Quebradas/ Broken Windows (George Kelling):

- Aonde tem um ambiente sujo e feio, em que há um descuido social, tem-se o facilitador
para o cometimento de crimes.

- Quanto mais destruído o lugar, maior a chance do crime acontecer tendo em vista a
inexistência da presença estatal. A arquitetura da sociedade influencia diretamente na incidência
de crimes.

-Para impedir o surgimento do crime, o combate tem que ser nascedouro. Se alguém
quebrou a janela de uma casa, ela tem que ser punida. O primeiro ato tem que ser punido.

-Por menor que seja o crime, por menor que seja a conduta, ela deve ser punida.

02) Teoria da Tolerância Zero

-O Prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, pregou a tolerância zero para o combate a
criminalidade.

-Quando a tolerância zero foi aplicada, a criminalidade diminuiu.

-Questão: Disserte sobre a Teoria das Janelas Quebradas. E se a pedra vem de dentro?
Quando o Estado joga a pedra?

- Se um funcionário público comete crimes? Quando quem está dentro comete crimes?
Quando a pedra vem de dentro o tratamento é diferenciado.

03) Movimento da Lei e Ordem

- Quando existe um Estado de Direito, dificilmente haverá crimes.

- Anarquia (inexistência de Estado de Direito): Segundo a Escola de Chicago, a Anarquia


permite a maior incidência de crimes. A anarquia deve ser vedada, o Estado deverá ter Lei e
Ordem.

04)Al Capone:

-O Al Capone atuava na periferia. A periferia como não tinha Estado. O Al Capone


contrabandeava a bebida. Distribuía bebida na periferia. O Al Capone quando viu que seria pego,
ele migrou a suas atividades criminosas para o Centro Cívico. Percebeu que a ação no centro
cívico teria que ser mais discreta e sorrateira. Ele começou a praticar crimes de “colarinho
branco”. O Al Capone não foi pego por contrabando de bebidas, mas sim, por sonegação de
tributos.

O Estado vai para a periferia para combater os crimes de colarinho azul, desguarnece a
segurança do Centro Cívico e assim, propicia a incidência de crimes de colarinho branco (Cifras
douradas e Cifras Negras).

II- Escola da Criminologia Crítica/ Reação Social ou Radical:

- Esta escola aborda o surgimento do crime e o criminoso com base no fenômeno


denominando Luta de Classes.

- Karl Marx (um dos seus idealizadores)

-Karl Marx aduz que a sociedade é vista como uma pirâmide. No topo da pirâmide estariam
os ricos/patrões. Em baixo da pirâmide estariam os pobres e os empregados.

Ricos/Patrões

Crimes/Luta de
classes

Pobres/Empregados

-Segundo a Escola Critica o Crime surge na luta do rico com o pobre. Quem é rico quer
ficar cada vez mais rico. Quem é rico vai cometer crime de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro,
corrupção, fraude em licitação dentre outros (crimes de colarinho branco).

-Pobre, para obter ascensão na pirâmide, irá praticar os crimes de furto, roubo, estelionato,
tráfico, dentre outros (crimes de colarinho azul).

-Luta incessante das classes, permite o surgimento do crime. A solução para esta escola é
acabar com a “Luta de Casses”.

-O Direito Penal é instrumento de dominação: quando o rico comete os crimes de


colarinho branco, o Direito Penal prevê muitos benefícios. O Direito Penal só serve para frear o
intento criminoso do Pobre. O Direito Penal seria um instrumento de dominação da massa. O
Direito Penal deveria penalizar ricos e pobres. Enquanto o Direito Penal for instrumento de
dominação não haverá sociedade justa.

Exemplo: art. 1º da lei 8137/90- o indivíduo que sonega R$ 20 milhões de reais tem pena de
reclusão. Todavia tem o benefício previsto no art. 9º da lei 10684/03 que é, extinção da
punibilidade da sonegação fiscal com a reparação do dano (pagamento) parcelamento fiscal em
20 anos com juros de 0,01% ao mês.

Exemplo: O indivíduo furta um celular no valor de R$400,00. Neste caso, se o indivíduo reparar o
dano, o art. 16 do CP autoriza uma diminuição de pena.

- O Direito Penal é instrumento de dominação? SIM.


III) Escola Minimalista

- O Direito Penal deve preocupar-se apenas com os bens jurídicos mais relevantes (caro).
Esta escola não prega a abolição do Direito Penal.

- O Direito Penal é importante quanto ele trabalha de forma subsidiária- atua nos casos
mais importantes, em que os demais ramos forem insuficientes.

- Nelson Hungria prega que Direito Penal deve ser usado “como o soldado de reserva”.

- O Direito Penal tem que ter um viés fragmentário, isto é, só vai tutelar alguns bens (vida,
patrimônio, integridade física).

- O Direito Penal não pode se preocupar com crimes de menos importância sob pena dele
quedar-se INEFICAZ.

- Exemplo: Infração Penal Embriagues em Público.

- Prega um Direito Penal que atua somente em casos extremos -ULTIMA RATIO-. O
Direito Penal sendo visto como a última hipótese de aplicação da lei.

IV- Escola Abolicionista

- Prega o fim (abolição, extinção) do D. Penal. A escola diz que o sistema penal está falido

- Cifras negras ou Cifras ocultas da criminalidade: Quando estar-se se fazendo a


investigação, descobre-se 10% do que aconteceu.

- Zaffaroni (“Manual do Direito Penal Brasileiro”): utilizar uma máquina estatal cara para
pegar 10% dos crimes. Se os crimes Cifras Negras- crimes não conhecidos pelas estatísticas
oficiais são infinitas vezes maiores que os Cifras Dourada (Cifras de Ouro).

- Zaffaroni prega a administrativização do D. Penal, ou seja, o Direito Administrativo iria


substituir o D. Penal.

- Troca da PPL por medidas do Direito Administrativo. O Direito Administrativo é mais


célere.

Exemplo: Dano ambiental- ao invés de se utilizar o Direito Penal, utilizaria se uma multa cominada
com o fechamento da empresa.

- Justiça Restaurativa (Consensual): Prega que haja um consenso entre autor e vítima.
Que exista uma reparação do conflito. Esta reparação pode ser feita através de conversa, de
pagamento. Reparação do dano como forma de solução dos conflitos sociais.

-O Zaffaroni prega a administrativização do D. Penal e a Justiça Restaurativa para todo o


Direito Penal.

V-Vitimização

- O Comportamento da vítima pode ser fundamental ao cometimento do crime. A vítima


pode ser caráter preponderante para o surgimento do crime. Estudar o comportamento da vítima
como algo importante/relevante para o surgimento do crime.

Exemplo: Bullying.
 V.I- Espécies:

01)Vitimização Primária: É quando a vítima sofre uma lesão no bem jurídico.

Exemplo: No crime do artigo 213 do CP- Bem jurídico violado: Dignidade Sexual.

Exemplo: Artigo 157 do CP  Bem jurídico violado: Patrimônio.

02) Vitimização Secundária: Uma vez que a vítima sofreu lesão no seu bem jurídico, ela irá
procurar o sistema penal. A vítima ao procurar o sistema penal quer ser acolhida, todavia, muitas
vezes isto não ocorre. O indivíduo (delegado de polícia, promotor, juiz, mal preparado, não acolhe
a vítima maltrata, humilha), ela se torna vítima pela segunda vez. A forma como o sistema penal
lida com a vítima.

03) Vitimização Terciária: Cifras Negras/Ocultas.

- Vítima passa a não mais confiar do Direito Penal, e no sistema penal. Permite o
surgimento das cifras negras tendo em vista que o indivíduo ao ser vítima do sistema penal, passa
a não confiar mais no sistema penal. A vitimização será de toda a sociedade (todos serão vítimas
em potencial do meliante solto).

Vitimização Individual Vitimização Coletiva

VI-Modelos de Reação ao Delito

Formas de combate ao crime:

01)Modelo Clássico/Dissuasório:

- Este modelo visa a retribuição do mal causado pelo crime com mal pela pena. Aplicar
pena para retribuir o mal causado pelo crime (Hegel).

- Aplicação de pena para que o indivíduo que cometeu o crime sinta “na pele”.

- Artigo 59, caput do CP Ideia de reprovação é a mesma de retribuição.

Art. 59 do CP - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à


conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias
e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:

- Em parte, o Direito Penal adotou a chamada retribuição? SIM. Em parte retribuição, em


parte prevenção (ressocializar).
 Quem são os participantes do Modelo Clássico/Dissuasório: Estado (enquanto aquele que
pune) e o criminoso (punido).

- Critica: Este modelo exclui a vítima.

02) Modelo Ressocializador:

- A vítima irá ter participação na ressocialização do criminoso. O criminoso, após cumprir a


pena, irá conviver com a vítima novamente.
- Este modelo visa a prevenção do crime  Artigo 59, caput, do CP.

Art. 59 do CP - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à


conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias
e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra
espécie de pena, se cabível.

- O Brasil adotou o modelo ressocializador para a reação ao delito? SIM. Posso


ressocializar o réu? PODE E DEVE.

- Temos que ter formas de reinserir o indivíduo na sociedade.

- Aspecto Social – reinserção social: Permite o trabalho externo, remição, saída


temporária.

 Quem são os participantes do Modelo Ressocializador: Estado, criminoso e a vítima (social).

03)Modelo Conciliador/Restaurativo/Integrador

- Zaffaroni: Busca a restauração do crime, da sociedade, por meio do fator de reparação do


dano.

- Reparação de forma ampla (moral e material).

-Terceira via do Direito Penal: Busca a reparação do dano. Não visa a aplicação de
pena ou medidas, mas reparar o dano que o criminoso causou a alguém.

-O Direito Penal brasileiro adoto: Transação Penal (lei 9.099/95), Composição civil do
dano.

O DIREITO PENAL ADOTOU OS TRÊS MODELOS.

 Quem são os participantes do Modelo Conciliador/Restaurativo/Integrador: Vítima e criminoso.

- O Estado não participa, o Estado não pune, não aplica pena.

- Privatização dos conflitos.

Você também pode gostar