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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA – INSTITUIÇÕES DE DIREITO

NOÇÕES DE DIREITO PENAL


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LUGAR DO CRIME

Do mesmo modo que foi abordado sobre o tempo do crime, no lugar do crime é
possível estabelecer três teorias:

a) Teoria da atividade (ou da ação): para esta teoria, o lugar do crime é o local
em que ocorreu a ação ou a omissão pouco importando o local em que
ocorreu o resultado;

b) Teoria do resultado (ou do evento): para esta teoria, o lugar do crime é o


local em que ocorreu o resultado não importando o local da ação ou
omissão;

c) Teoria da ubiquidade (teoria pura da ubiquidade, mista, híbrida ou unitária):


para esta teoria, o lugar do crime é tanto o local da ação ou da omissão
quanto o local em que se produziu ou que se deveria produzir o resultado. É
a teoria adota pelo Código Penal Penal, que em seu art. 6º prescreve:
“Considera se praticado o crime no lugar em que ocorreu a aç ão ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir se o
resultado. ”
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IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS
O Brasil aderiu à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (Decreto n.
56.435/65) e consoante esta convenção: “o agente diplomático gozará de
imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado” (art. 31). Além disso, “a
pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma
forma de detenção ou prisão” (art. 29).

Cumpre salientar que esta imunidade à jurisdição penal abrange toda e qualquer
infração penal que venha a ser praticada. Os chefes de governo estrangeiros e os
respectivos ministros das relações exteriores gozam da mesma imunidade dos
agentes diplomáticos.

No que concerne aos agentes diplomáticos, a imunidade abrange:


• Chefes de governo ou de Estado estrangeiro e sua família e membros de sua
comitiva;
• Os funcionários do corpo diplomático e sua família;
• Embaixador e sua família;
• Funcionários das organizações internacionais quando em serviço;
• Cônsul, em relação a atos praticados no exercício de sua função.
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TEORIA DO CRIME
CONCEITOS DE CRIME
Dentre os conceitos de crime mais utilizados, podemos citar os conceitos: formal,
material, criminológico e analítico, sendo este último o mais aceito em doutrina.

CONCEITO ANALÍTICO OU ESTRATIFICADO


Denominado estratificado porque vai dividir o conceito de crime em elementos, é
o mais aceito, englobando os conceitos material e formal. Existem várias teorias
que buscam explicar como é este conceito. Contudo, a mais acolhida, tanto no
Brasil quanto no exterior, é a teoria tripartida ou tripartite.

TEORIA TRIPARTIDA
Para esta teoria o crime possui três elementos: fato típico, ilicitude e
culpabilidade. A análise do caso deve ser feita nesta ordem, primeiro analisa se há
fato típico, depois se é ilícito e por último se é culpável.
Majoritariamente se utiliza as expressões ilicitude e antijuridicidade como
sinônimas.
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TEORIA DO CRIME
ELEMENTOS DO CRIME
Analisaremos os elementos do crime com base na teoria tripartida que é a
majoritária. FATO TÍPICO, ILICITUDE E CULPABILIDADE.

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante. É uma ação ou omissão, dolosa
ou culposa.
a. Exclusão da conduta humana penalmente relevante
a. Movimentos reflexos;
b. Estados de inconsciência: como por exemplo sonambulismo e a
hipnose.
c. Coação (força) física irresistível: também conhecida como vis
absoluta, a força física irresistível exclui a conduta penalmente
relevante e, portanto, a tipicidade da conduta.
b. Dolo. O agente tem vontade de praticar a conduta e produzir o
resultado.
c. Culpa. O agente tem vontade de praticar a conduta, mas não tem a
vontade de produzir o resultado.
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado. É a violação ao bem jurídico tutelado pela norma. Deste
modo, todo o crime possui resultado jurídico, já que todo crime viola
algum bem jurídico. Existem duas formas de violação do bem jurídico,
pode ser por meio da lesão ou ofensa (maioria dos crimes) ou pela
exposição do bem jurídico ao perigo de lesão (minoria) e assim, nos dois
casos teremos resultado jurídico (Um exemplo de crime de mera
conduta é o porte ilegal de armas).
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1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade. É o elo entre a conduta e o
resultado, ou seja, é o vínculo que une a conduta ao resultado. Embora a
expressão nexo causal seja bastante aceita em doutrina, o Código Penal,
em seu art. 13, optou por utilizar a expressão relação de causalidade.
Exemplo é: vamos supor que A pede a B, seu vizinho, um machado
emprestado, alegando que irá cortar lenha. B, que não vê problema em
emprestar a ferramenta, a entrega a A. Entretanto, A não utiliza o
machado para cortar lenha, mas para assassinar seu outro vizinho, com
o qual tem uma rixa por conta de um cachorro. Não há nexo entre a
conduta de B e o assassinato.
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade. É a descrição da conduta na lei penal. Não há pena sem lei
anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal.
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1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE. Significa a contrariedade do fato típico ao ordenamento jurídico.
Majoritariamente se entende que as expressões ilicitude e antijuridicidade
são sinônimas.
a) Excludentes de ilicitude. São também chamadas de justificantes ou
causas de justificação. Podem ser:
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2) ILICITUDE. Significa a contrariedade do fato típico ao ordenamento jurídico.


Majoritariamente se entende que as expressões ilicitude e antijuridicidade
são sinônimas.
a) Excludentes de ilicitude. São também chamadas de justificantes ou
causas de justificação. Podem ser:
a) Gerais: se aplicam genericamente, não sendo previstas
especificamente para alguns crimes e se dividem em:
a) Legais
I. Estado de necessidade;
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE. Significa a contrariedade do fato típico ao ordenamento jurídico.


Majoritariamente se entende que as expressões ilicitude e antijuridicidade
são sinônimas.
a) Excludentes de ilicitude. São também chamadas de justificantes ou
causas de justificação. Podem ser:
a) Gerais: se aplicam genericamente, não sendo previstas
especificamente para alguns crimes e se dividem em:
a) Legais
I. Estado de necessidade;
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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TEORIA DO CRIME

2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade. Consoante o art. 24 do Código
Penal: “Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.” O marido para
salvar a esposa, dirige veículo, mesmo sem habilitação,
para levá-la ao hospital. Quem atira em um cachorro que
está prestes a atacá-lo.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude.
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade;
II. Legítima defesa. Conforme o art. 25, CP “Entende-se em
legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a
direito seu ou de outrem.” A legítima defesa permite ao
agente reagir a uma injusta agressão a fim de proteger bens
jurídicos próprios ou alheios, desde que usando
moderadamente dos meios necessários. Assim, a legítima
defesa pressupõe os critérios de moderação e necessidade.
Moderação se refere à proporção entre a agressão e a
reação, e a necessidade à identificação da reação adequada
e suficiente para repelir a agressão injusta. Exemplo: a
legítima defesa ocorre quando alguém, para se proteger,
atira no criminoso que o ameaçava com uma arma.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal. Podemos defini-lo
como uma causa excludente de ilicitude que beneficia os
agentes públicos que atuam em estrita observância dos
ditames das normas jurídicas. Exemplo: Invasão de
domicílio por policial com mandado judicial.
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito. Consiste na permissão dada
pelo ordenamento jurídico para que as pessoas pratiquem
determinadas condutas típicas em certas situações.
Exemplo disso é a luta de boxe, cujo objetivo é justamente
nocautear o adversário. Ofendículas: instrumentos
empregados comumente para a defesa de propriedades a
exemplo de arames farpados, cacos de vidro, cercas
elétricas, etc. Em doutrina, temos duas correntes (Legítima
defesa preordenada ou Exercício regular de direito)
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido.
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2) ILICITUDE.
a) Excludentes de ilicitude
a) Gerais
a) Legais
I. Estado de necessidade.
II. Legítima defesa;
III. Estrito cumprimento do dever legal;
IV. Exercício regular de um direito;
b) Supralegais: Consentimento do ofendido. Exemplos: tatuagens
realizadas por terceiro. Aquele que inutiliza coisa de terceiro,
ainda que a pedido deste, pratica conduta típica de dano
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade.
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE
1) Imputabilidade.
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

1) FATO TÍPICO. Desdobra-se em outros quatro elementos:


a. Conduta humana penalmente relevante
b. Resultado
c. Nexo causal ou relação de causalidade
d. Tipicidade
2) ILICITUDE
1) Excludentes de ilicitude
3) CULPABILIDADE. Culpabilidade é sinônimo de reprovabilidade, ou de
reprovação e, assim, se refere ao juízo de reprovabilidade. Tecnicamente, é
definida como um juízo de reprovação pessoal que recai sobre o autor do
fato típico e ilícito que, podendo se comportar consoante o direito opta por
se comportar de maneira contrária a ele.
1) Imputabilidade.
2) Exigibilidade de conduta diversa
3) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

3) CULPABILIDADE.
a) Imputabilidade. Imputar é atribuir. É a aptidão para se atribuir
responsabilidade penal a alguém. A regra é que possamos atribuir
responsabilidade penal às pessoas. Contudo, comporta três exceções:
Menoridade, Portador de doença mental, Embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou de força maior (embriaguez fortuita)
a) Menoridade;
b) Portador de doença mental;
c) Embriaguez completa;
b) Exigibilidade de conduta diversa
c) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

3) CULPABILIDADE.
a) Imputabilidade.
b) Exigibilidade de conduta diversa. Se refere à expectativa existente de que
o autor do fato típico e ilícito atuasse de uma maneira diferente daquela
que agiu, isto é, em consonância com a ordem jurídica, e não de forma
contrária. Assim, a conduta somente será considerada culpável, se for
possível exigir do agente uma conduta diversa:
a) Coação moral irresistível;
b) Obediência hierárquica;
c) Potencial consciência da ilicitude
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TEORIA DO CRIME

3) CULPABILIDADE.
a) Imputabilidade.
b) Exigibilidade de conduta diversa
c) Potencial consciência da ilicitude. Para que haja culpabilidade, não
necessita que o agente conheça a ilicitude, basta que ele tenha
condições de conhecê-la. Exemplo: olandês, habituado a consumir
maconha no seu país de origem, acredita ser possível utilizar a mesma
droga no Brasil, equivocando-se quanto ao caráter proibido da sua
conduta.
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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES COM


RELAÇÃO AO SUJEITO ATIVO
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Os crimes se classificam, quanto ao sujeito ativo, em comuns,


próprios e de mão própria:

Crime comum: é aquele que não exige nenhuma qualidade


específica do sujeito ativo para sua prática.

São exemplos os delitos de homicídio, de furto e de estupro.


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Crime próprio: é aquele que exige determinada qualidade do sujeito


ativo para sua prática. Apenas uma certa classe de pessoas pode
praticar a conduta.

São exemplos o peculato, no qual se exige a qualidade de


funcionário público (crime funcional); o autoaborto, que só pode ser
praticado pela própria grávida; e o delito de entrega de filho menor
a pessoa inidônea, o qual só pode ser praticado pelos genitores.
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Crime de mão própria: é aquele que somente pode ser praticado


pela própria pessoa, por si mesma.

Mais do que a qualidade pessoal, é preciso uma atuação pessoal.


Via de regra, não se admite coautoria.

O falso testemunho (mentir depois de ter se comprometido a dizer a


verdade em um processo) é um exemplo: só o Huguinho pode
cometer o perjúrio se foi ele quem jurou dizer a verdade.

A principal diferença entre o crime de mão própria e o crime


próprio é que este, por sua vez, exige uma qualidade especial do
sujeito; qualidade esta exigida no próprio tipo penal.
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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO


AO RESULTADO
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Este critério leva em conta a necessidade de resultado naturalístico


para a consumação, distinguindo os delitos em materiais, formais e
de mera conduta.

Crime material: é aquele que prevê um resultado naturalístico como


necessário para sua consumação. São exemplos o crime de
homicídio (é necessário que alguém esteja morto) e o crime de
dano (é preciso que o dano material ocorra). Há quem o chame de
crime de resultado.

É importante destacar que estamos falando de resultado material,


concreto, pois resultado jurídico todo crime tem.
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Crime formal: é aquele que descreve um resultado naturalístico,


cuja ocorrência é dispensável para a consumação do delito. Também
denominado de delito de tipo incongruente.

É o caso da extorsão mediante sequestro.


Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Nesse caso o crime é considerado consumado no momento do
sequestro, o pagamento ou não do resgate pouco importa, o sujeito
já responderá pelo crime no momento do sequestro. O pagamento,
caso ocorra, é chamado de exaurimento e pode influenciar na pena
do criminoso.
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Crime de mera conduta: é aquele cujo resultado naturalístico não


pode ocorrer, porque sequer há a sua descrição. Podemos tomar
como exemplo o crime de ato obsceno, assim como o de violação de
domicílio.

Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou


exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou


contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa
alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

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