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CRIMINOLOGIA
AULA 01
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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Conceitos.

Prof. Alexandre Herculano


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Conceitos
A origem da palavra Criminologia, hibridismo greco-latino. Esse vocábulo, a
princípio reservado ao estudo do crime, ascendeu à ciência geral da criminalidade,
antes denominada Sociologia Criminal ou Antropologia Criminal.
A criminologia é uma ciência social, filiada à Sociologia, e não uma ciência social
independente, desorientada, ela não é teorética. Em relação ao seu objeto — a
criminalidade — a criminologia é ciência geral porque cuida dela de um modo geral.

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Conceitos
Em relação a sua posição, a Criminologia é uma ciência particular, porque, no seio da
Sociologia e sob sua égide, trata, particularmente, da criminalidade.
É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do crime, da pessoa
do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, que trata de
atestar uma informação válida e contrastada sobre o gênese, dinâmica e variáveis do
crime, contemplando este como problema individual e social, buscando programas de
prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem delinquente
conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao delito. Cabe destacar que
este conceito é bem cobrado nas provas.

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Conceitos
2017 – CESPE – DPU - Defensor Público Federal) A respeito do conceito e dos objetos
da criminologia, julgue o item a seguir.
O desvio ou o delito, objetos da criminologia, devem ser abordados,
primordialmente, como um comportamento individual do desviante ou delinquente;
em segundo plano, analisam-se as influências ambientais e sociais.

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Conceitos

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Conceitos
ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PCSP – VUNESP) São objetos de estudo da Criminologia
moderna ______________, o criminoso, _____________ e o controle social. Assinale
a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
a) a desigualdade social - o Estado
b) a conduta - o castigo
c) o direito - a ressocialização
d) a sociedade - o bem jurídico
e) o crime - a vítima

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Conceitos
DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – PCSP – VUNESP) A criminologia é conceituada como
uma ciência
a) jurídica (baseada nos estudos dos crimes e nas leis) e monodisciplinar.
b) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar.
c) social (baseada somente nos estudos do comportamento social do criminoso) e
unidisciplinar.
d) exata (baseada nas estatísticas da criminalidade) e multidisciplinar.
e) humana (baseada na observação do criminoso e da vítima e unidisciplinar.

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Conceitos
MÉDICO LEGISTA – VUNESP - PCSP) A autonomia da Criminologia frente ao Direito
Penal
a) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas negada pelos estudiosos do segundo.
b) não se concretiza, uma vez que a primeira não é considerada ciência, ao contrário
do segundo.
c) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a primeira desenvolve em
relação ao segundo.
d) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os conceitos da primeira são
emprestados do segundo.
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Conceitos
e) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo objeto e são concretizados
pelo mesmo método de estudo, qual seja, o empírico.

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Conceitos
AGENTE POLICIAL – 2018 – VUNESP) Em relação ao conceito e aos objetos de estudo
da criminologia, é correto afirmar que:
a) a criminologia é o ramo das ciências criminais que define as infrações penais
(crimes e contravenções) e comina as respectivas sanções (penas e medidas de
segurança).
b) a criminologia extrapola a análise do controle social formal do crime,
preocupando-se também com os sistemas informais, e, sob um ponto de vista crítico,
pode até mesmo defender a extinção de alguns crimes para determinadas condutas.

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Conceitos
c) após os inúmeros equívocos e abusos cometidos a partir das visões lombrosianas, a
criminologia moderna afastou-se do estudo sobre o criminoso, pois funda-se em
conceitos democráticos e respeita os direitos fundamentais da pessoa humana.
d) o estudo do crime por parte da criminologia tem por objetivo principal a análise de
seus elementos objetivos e subjetivos indispensáveis à tipificação penal
e) a preocupação com o estudo da vítima motivou a criação da criminologia como
ciência autônoma, sendo este, por consequência, seu primeiro objeto de estudo.

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Conceitos
A criminologia é uma ciência do “ser”, empírica, na medida em que seu objeto
(crime, criminoso, vítima e controle social) é visível no mundo real e não no
mundo dos valores, como ocorre com o direito, que é uma ciência do “dever ser”,
portanto, normativa e valorativa.
A interdisciplinaridade da criminologia decorre de sua própria consolidação
histórica como ciência dotada de autonomia, à vista da influência profunda de
diversas outras ciências, tais como a sociologia, a psicologia, o direito, a medicina
legal, etc.

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Conceitos
A Criminologia é a ciência que estuda:
• As causas e as concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória
da criminalidade;
• As manifestações e os efeitos da criminalidade e da periculosidade
preparatória da criminalidade;
• A política a propor, assistencialmente, à etiologia* da criminalidade e da
periculosidade preparatória da criminalidade, suas manifestações e seus efeitos.
* ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e
origens de um determinado fenômeno.

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Conceitos
(AGENTE POLICIAL – 2018 – VUNESP) Em relação ao método da criminologia, é
correto afirmar que:
a) em razão do volume de dados, a criminologia foca suas análises em
metodologias quantitativas, reservando às ciências jurídicas as metodologias que
têm por base análises qualitativas.
b) o método empírico dominou a fase inicial e pré-científica da criminologia,
cedendo espaço posteriormente ao método dogmático e descritivo, que melhor
se adequa à fase científica e ao reconhecimento da criminologia como ciência
autônoma.

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Conceitos
c) o método dedutivo é priorizado na criminologia por respeito à cientificidade
deste ramo do saber.
d) o método empírico tem protagonismo, por tratar-se a criminologia de uma
ciência do ser.
e) as premissas dogmáticas norteiam as diversas linhas e pensamentos
criminológicos de modo que se permita a sistematização do conhecimento.

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Conceitos
(2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) Afirmar que a criminologia é
interdisciplinar e tem o empirismo como método significa dizer que esse ramo da
ciência
a) utiliza um método analítico para desenvolver uma análise indutiva.
b) considera os conhecimentos de outras áreas para formar um conhecimento novo,
se afirmando, então, como independente.
c) utiliza um método silogístico
d) utiliza um método racional de análise e trabalha o direito penal de forma
dogmática.
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Conceitos
e) é metafísica e leva em conta os métodos das ciências exatas para o estudo de
seu objeto.

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Conceitos
(PCSP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO – VUNESP) Sobre o objeto de estudo da
Criminologia dos dias atuais, assinale a alternativa correta.
a) O ramo da Criminologia que estuda a vítima é denominado Frenologia Criminal.
b) O estudo de desvios de conduta que atentam contra a moral e os bons costumes
não é assunto da Criminologia, por não configurarem crime, na acepção jurídica da
palavra.
c) A Escatologia Criminal estuda os atos pecaminosos praticados por quem escolhe a
vereda do mal.

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Conceitos
d) A Criminologia ocupa-se do estudo do crime, caracterizando-o como simples fato
típico e antijurídico, da mesma forma que o Direito Penal.
e) A Criminologia tem por objeto de estudo o delinquente, o delito, a vítima e o
controle social.

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Conceitos
(2017 – CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto) A respeito do conceito e das
funções da criminologia, assinale a opção correta.
a) A criminologia tem como objetivo estudar os deliquentes, a fim de estabelecer os
melhores passos para sua ressocialização. A política criminal, ao contrário, tem
funções mais relacionadas à prevenção do crime.
b) A finalidade da criminologia em face do direito penal é de promover a eliminação
do crime.
c) A determinação da etimologia do crime é uma das finalidades da criminologia.

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Conceitos
d) A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as
concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade.
e) A criminologia é orientada pela política criminal na prevenção especial e direta
dos crimes socialmente relevantes, mediante intervenção nas manifestações e nos
efeitos graves desses crimes para determinados indivíduos e famílias.

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Conceitos
(VUNESP - PCSP - Agente de Polícia) É correto afirmar que a Criminologia
A) é uma ciência do dever-ser.
B) não é uma ciência interdisciplinar.
C) não é uma ciência multidisciplinar.
D) é uma ciência normativa.
E) é uma ciência empírica.

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Conceitos
(INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VUNESP - PCSP) A ciência que estuda a criminogênese
é chamada de:
a) ciência política.
b) ciência pública.
c) sociologia individual.
d) etiologia criminal.
e) ciência jurídica.

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CRIMINOLOGIA
AULA 02
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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O crime como fato social.

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O crime como fato social.


Vimos que a criminologia não estuda apenas o crime, mas também as circunstâncias
sociais, a vítima, o criminoso, o prognóstico delitivo, etc. Entretanto, é sobre o crime
como fato social que vamos aprofundar agora.

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O crime como fato social.


CRIME

VÍTIMA CRIMINOLOGIA DELINQUENTE

CONTROLE
SOCIAL

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O crime como fato social.


Com a criminologia moderna o núcleo investigativo migrou do homem delinquente
para a conduta criminosa, a vítima e o controle social. Consiste em ciência explicativa
do crime como fenômeno individual e social, examinando o criminoso por sua unidade
biopsicossocial. São as principais características da criminologia moderna:
 caracterização do crime como problema;
 ampliação do objeto do estudo da criminologia (examinando não só o crime e o
criminoso, mas também a vítima e o controle social);
 o saber criminológico tem seu enfoque na prevenção e não exclusivamente na
obsessão de repressão;

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O crime como fato social.


 preocupação com tratamento é substituída pela intervenção, por consistir em
noção mais dinâmica e complexa do fenômeno delitivo;
 não renuncia a uma análise etiológica do delito (de investigação da criminogênese,
ou seja, das causas do delito).

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O crime como fato social.


A criminologia radical, que vamos estudar mais a frente, busca esclarecer a relação
crime/formação econômico-social, tendo como conceitos fundamentais relações de
produção e as questões de poder econômico e político. Já a criminologia da reação
social é definida como uma atividade intelectual que estuda os processos de criação
das normas penais e das normas sociais que estão relacionados com o
comportamento desviante.
O campo de interesse da criminologia organizacional compreende os fenômenos de
formação de leis, o da infração às mesmas e os da reação às violações das leis.

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Para Lélio Braga “a interdisciplinaridade não é um simples monólogo de especialistas,
implica graus sucessivos de cooperação e coordenação crescentes, interações:
reciprocidade de intercâmbios. O trabalho interdisciplinar leva ao enriquecimento de
cada disciplina, profissão, área de saber pela incorporação de resultados de uma
especialidade por outras, da partilha de métodos e técnicas, contribuindo assim para o
fim do imperialismo disciplinar” e “não basta aos juízes de direito, promotores de
justiça, delegados de polícia, psicólogos e assistentes sociais trabalharem no mesmo
prédio no estudo do fenômeno criminal. É preciso manter um diálogo aberto com os
outros profissionais procurando interagir com outras áreas materialmente, não
somente no sentido formal, da boca pra fora, sem estar internamento comprometido
com isso”.
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Fiquem atentos, pois o método multidisciplinar não pode ser confundido com o
interdisciplinar, pois o primeiro está relacionado ao trabalho em parcerias, porém com
visão distinta sobre o mesmo problema, enquanto o segundo está relacionado a uma
verdadeira integração e cooperação entre as ciências.

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VUNESP - PCSP - Agente de Polícia) É correto afirmar que a Criminologia
contemporânea tem por objetos
A) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social.
B) a tipificação do delito e a cominação da pena.
C) apenas o delito, o delinquente e o controle social.
D) apenas o delito e o delinquente.
E) apenas a vítima e o controle social.

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2015 - VUNESP - PC CE - Delegado) Os objetos de estudo da moderna criminologia
estão divididos em
a) três vertentes: justiça criminal, delinquente e vítima.
b) três vertentes: política criminal, delito e delinquente.
c) três vertentes: política criminal, delinquente e pena.
d) quatro vertentes: delito, delinquente, justiça criminal e pena.
e) quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e controle social.

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O crime como fato social.


2018 - VUNESP - PC-SP - Investigador de Polícia Civil) A Criminologia é a ciência
a) teorética que tem por objeto o estudo das ciências penais e processuais penais e
seus reflexos no controle social, propondo soluções para redução da criminalidade.
b) teorética alicerçada na análise dos antecedentes sociais da criminalidade e dos
criminosos, que estuda exclusivamente o crime, propondo soluções para redução da
criminalidade.
c) empírica e teorética, alicerçada no estudo das ciências penais e processuais penais
e seus reflexos no controle da criminalidade, tendo por objeto a redução da
criminalidade.

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d) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar que tem por
objeto de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento delitivo, a
vítima e o controle social das condutas criminosas.
e) conceitual e abstrata, que se dedica ao estudo das armas de fogo e suas munições;
das armas brancas e demais armas impróprias, objetivando o controle social e a
redução da criminalidade.

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FCC – TRT 15ª REGIÃO) Sobre a criminologia é INCORRETO afirmar:
A) estuda crimes socialmente relevantes, tendo interesse em estudar homicídios
dolosos e roubos.
B) moderna tem como meta erradicar as causas do crime, pois desta forma também se
estará eliminando os seus efeitos
C) tem como um dos objetivos orientar a política criminal na prevenção especial e
direta dos crimes socialmente relevantes
D) é uma ciência que trata do delito, do delinquente e da pena

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E) é um conjunto de conhecimentos que estuda o fenômeno e as causas da
criminalidade, a personalidade do delinquente e sua conduta delituosa, incluindo
também a maneira de ressocializá-lo

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VUNESP - PCSP - 2014) Para a aproximação e verificação de seu objeto de estudo, a
Criminologia dos dias atuais vale-se de um conceito
A) empírico e interdisciplinar.
B) dedutivo e dogmático.
C) dedutivo e interdisciplinar.
D) dogmático e lógico-abstrato
E) empírico e lógico-abstrato.

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Seguindo, é importante destacarmos que Ferri se sobressaiu nos estudos sobre
criminologia através dos fatores sociológicos.
Ao contrário do que defendia Lombroso, não acreditava que o delito era produto
exclusivo de patologias individuais. Entendia que a criminalidade originava-se de
fenômenos sociais. Assim defendeu as causas do crime como sendo individuais ou
antropológicas (constituição orgânica e psíquica do individuo, características pessoais
como raça, idade, sexo, estado civil, etc.) físicas ou naturais (clima, estação,
temperatura, etc.) e sociais (opinião pública, pobrza, família, moral, religião,
educação, alcoolismo, etc.).

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(2019 - CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto) A explicação do crime como
fenômeno coletivo cuja origem pode ser encontrada nas mais variadas causas sociais,
como a pobreza, a educação, a família e o ambiente moral, corresponde à perspectiva
criminológica denominada
A) sociologia criminal.
B) criminologia da escola positiva.
C) criminologia socialista
D) labeling approach, ou etiquetamento.
E) ecologia criminal.
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AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP - PCSP) Dos autores a seguir, o que pertenceu à
Escola Positiva da criminologia e foi chamado de “discípulo de Lombroso” foi
a) James Wilson.
b) Hans Gross.
c) Francesco Carrara.
d) Enrico Ferri.
e) Giovanni Carmignani.

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Ferri defendia também, a teoria dos “substitutivos penais”, pois para ele a pena, por si
só, seria ineficaz, se não viesse precedida ou acompanhada das oportunas reformas
econômicas, sociais, etc., orientadas por uma analise cientifica e etimológica do delito.
Ele foi além dos estudos e conclusões de Lombroso (que focava nos aspectos
antropológicos do delinquente), defendendo a tese de que a delinquência decorria
também de fatores sociais e físicos (além dos fatores antropológicos). Sendo assim,
segundo Ferri, são causas do crime: Causas Antropológicas: organismo individual,
psique, idade, raça, sexo etc.; Causas Físicas: estações do ano, temperatura etc.; Causas
Sociais: religião, família, trabalho, círculo de amizade, opinião pública, densidade
demográfica etc.

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Enrico Ferri foi o idealizador da chamada Lei da Saturação Criminal!
Quanto à tipologia, Ferri acreditava na existência de seis categorias de delinquentes:
nato, louco, habitual, ocasional, passional e involuntário ou imprudente. Mas apesar
das tipologias, acreditava na combinação da vida cotidiana e nas características de
diferentes tipos em uma mesma pessoa. Sustentou ainda, a tese da pena
indeterminada e da indenização da vítima como medida de caráter penal.
O marco em sua carreira foi à publicação do livro “Sociologia Criminal”.
Foi o maior crítico do livre-arbítrio da Escola Clássica, defendia o afastamento da
responsabilidade moral do criminoso, para a adoção da responsabilidade social. Ele foi
o criador da chamada “sociologia criminal”.
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(PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP - PCSP) Este autor foi o criador da chamada
“sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos antropológicos,
físicos e culturais. Trata-se de
a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.

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O crime como fato social.


O fato social
O fato social é um conceito sociológico que diz respeito às maneiras de agir dos
indivíduos de um determinado grupo e da humanidade em geral.
Segundo Émile Durkheim os fatos sociais mostram a maneira de agir das pessoas pela
influência que eles exercem sobre elas.
Os fatos sociais são conjuntos de hábitos pessoais, por meio de suas ações, que
permitem a identificação de uma consciência coletiva, a qual age por trás dos
indivíduos, influenciando as suas ações de alguma maneira.

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Segundo Durkheim, é “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior; ou, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade
dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações
individuais que possa ter”
O sociólogo francês Émile Durkheim construiu o seu pensamento em cima do que
chamou de fatos sociais.
A educação é um fenômeno sociológico que molda o indivíduo de acordo com a
consciência coletiva. O intuito da educação formal não é somente ensinar ao aluno as
ciências, mas também a cultura e as normas sociais esperadas de um indivíduo que
vive em determinada sociedade, a fim de que ele consiga integrar-se ao grupo social. A
educação é um fato social.
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O crime como fato social.


Todas as sociedades desenvolvem sistemas de educação, sejam eles nos moldes da
educação formal (fornecida pela escola), sejam no âmbito familiar, pois todas as
sociedades cultivam o hábito de responsabilizar os adultos pela preparação da criança
para a vida em sociedade.
Os fatos sociais podem ser normais ou doentio. Os fatos sociais normais são aqueles
que decorrem do desenvolvimento da sociedade dentro de uma norma comum, de um
padrão comum da vida que visa o aprimoramento dos indivíduos e a manutenção da
coesão desses e da vida em sociedade. O fato social normal preza por uma ordem
institucional e da vida individual e mantém em funcionamento os laços solidários que
unem os indivíduos de um grupo.

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O fato social doentio ou patológico é aquele que se desenvolve fora da norma, como
uma doença. Ele é perigoso, e quando atinge uma dimensão maior, pode afetar
negativamente a sociedade. Os fatos sociais patológicos podem ser, por exemplo, o
homicídio, infanticídio, etc.

Quando uma sociedade vê-se tomada pela criminalidade e pela violência, é possível
dizer que há o efeito de um fato social patológico, que foge da normalidade esperada
por uma sociedade. A violência e a criminalidade generalizadas são sintomas de uma
patologia social.

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O crime como fato social.


Émile Durkheim foi o primeiro pensador a estudar o suicídio como um fato social. Em
sua visão, o suicídio é uma ação individual intencional e consciente que decorre da
morte do indivíduo que age.
Para Émile Durkheim o suicídio pode ser considerado um fato social normal ou um
fato social patológico. Se ele for praticado em situação de anomia social, trata-se de
um fato patológico. Segundo ele, existem três tipos de suicídio:
 Suicídio altruísta: quando o indivíduo abdica de sua própria vida em prol de uma
causa maior que ele, enxergando nela um motivo pelo qual se vale a pena morrer;

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O crime como fato social.


 Suicídio egoísta: é praticado por uma motivação egoísta, ou seja, não social. O
indivíduo enxerga a sua existência como algo que não compensa a vida no meio
social;
 Suicídio anômico: é aquele que acontece em situações de anomia social, ou seja,
de caos e desordem da sociedade, como crises econômicas, sociais e morais.

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O crime como fato social.


Os pressupostos ou noções fundamentais de Émile Durkheim:
- Os fatos sociais devem ser tratados como coisas;
- A análise dos fatos sociais exige reflexão prévia e fuga de ideias pré-concebidas;
- O conjunto de crenças e sentimentos coletivos são a base da coesão da sociedade;
- Destaca o estudo da moral dos indivíduos; e

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A própria sociedade cria mecanismos de coerção internos que fazem com que os
indivíduos aceitem de uma forma ou de outra as regras estabelecidas (a explicação
dos fatos sociais deve ser buscada na sociedade e não nos indivíduos – os estados
psíquicos, na verdade, são consequências e não causas dos fenômenos sociais)

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CRIMINOLOGIA
AULA 03
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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O crime como fato social.


Fatores Sociais de Criminalidade
Há, segundo estudiosos, vários fatores sociais que podem desencadear a
criminalidade, são eles:
• sistema econômico;
• pobreza;
• miséria;
• malvivência;
• fome e desnutrição;

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O crime como fato social.


• civilização;
• cultura;
• educação;
• escola;
• analfabetismo;
• migração e imigração;
• política;
• etc.
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O crime como fato social.


A situação econômica é forte influência nos fenômenos da criminalidade, temos
políticas salariais arbitrárias; grandes indústrias fechando suas portas por estarem
passando por crises; atividade comercial na expandindo; desempregos e dificuldade de
achar colocação no mercado de trabalho; aumento velado da inflação e especulação,
aumentando o baixo poder aquisitivo popular e finalmente sob o escudo protetor da
justiça, muitos acumulam riquezas, pelas leis que fazem para proteger a coletividade, e
que, na verdade camuflam a impunidade dos potentados da exploração da economia
popular. A resultante é que a maioria dos explorados parte para o crime, multiplicando-
se tão vorazmente que a criminalidade toma, segundo Liszt, “um caráter patológico-
social”.

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O crime como fato social.


A influência da pobreza sobre o crime acontece de forma indireta. Sentimentos nobres
são destruídos com a pobreza. Muitos advogados ressalvam-se na defesa de seus
clientes tendo esse princípio.
Os assaltantes, de um modo geral, são indivíduos semi-analfabetos, pobres ou ainda
miseráveis. Não possuindo formação moral adequada, são tidos como refugo da
sociedade, onde nutrem ódio e aversão pelos que possuem bens, especialmente os
grandes patrimônios, como mansões e automóveis luxuosos. Nutrindo essa revolta de
não possuir tais bens e vivendo na pobreza, adquire-se um sentido de violência, onde
esta insatisfação, de inconformidade os leva a atos anti-sociais, desde uma pixação de
muro até a conclusão de um crime bárbaro, pois o fato é que estes não se apiedam das
vítimas, matando-as por uma desarmada defesa.

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A má distribuição de riquezas, as crises econômicas, a destruição de sentimentos
virtuosos são algumas das causas da criminalidade.
A miséria é a pobreza levada ao máximo da intensidade. É a condição daqueles
que tem ainda menos ou nada. Figurando dentro das mínimas condições de
sobrevivência ou dignidade. Sendo alvos fáceis para a trilha do crime.
Outra coisa, sob a nomenclatura de vadiagem ou vagabundagem, os mal viventes
não passam de um subproduto das sociedades desumanas em que vivem. Ou ainda,
não passam, na maioria, de pessoas mentalmente anormais, perturbadas ou
fisiologicamente doentes.

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O crime como fato social.


Existe outro grupo de mal viventes que se originam nas famílias de alcoólatras, e
por serem incapazes para o trabalho regular adentram frequentemente na embriagues,
perdendo a noção de dignidade.
A fome de que se trata é aquela crônica, isto é, a falta de ter o que comer no dia a
dia do indivíduo, impulsionando à prática de delitos. A nutrição incompleta, faltando às
vitaminas A e D, produz o raquitismo, doença grave, que coloca a criança em condição
inferior em relação as demais, podendo levá-la à deformações corporais que na vida
escolar começará a aparecer complexos de inferioridade, ou outros, que terá reação
negativa contra seus colegas, agindo com ressentimentos que mais tarde podem ser
extensivos à sociedade.

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Muitas dessas crianças submetidas à inferioridade física e intelectual, incapazes para o
trabalho e vários aspectos de uma vida normal (prática de esportes), podem mais
tarde seguir um caminho para a delinquência. Sendo a desnutrição, ou a alimentação
inadequada, alguns autores citam que em razão de estragos psicossomáticos que
costumam produzir, pode ser fator que predispõe ou é determinante de
criminalidade.
As classes sociais, tradicionalmente se dividem em: classe baixa, classe média e classe
alta.

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A classe baixa ou inferior é aquela estufada por todos os tipos de carência,
principalmente carência cultural e econômica. A classe média ou burguesia,
intermediária, é formada por pequenos comerciantes, operários categorizados,
profissionais liberais, microempresários, etc. A classe alta ou superior é a grande
manipuladora das demais, constituída pela aristocracia do dinheiro, mesmo que
desonesto.
Não significa que a classe alta e média não tenha seus criminosos, é a classe
baixa que detém maior criminalidade, verifica-se esta afirmação pelo número de
indivíduos nos presídios. Porém, a classe alta tem um dos piores criminosos, aqueles
chamados de “colarinho branco”, que dificilmente são encarcerados, mas é tão nocivo
para a sociedade, quanto para os órgãos públicos, tamanhos suas forças corruptoras.

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O lar, a casa, onde o indivíduo vive com sua família nem sempre oferece o melhor e
calmo aconchego; ao contrário, muitas vezes ele é o modelo (protótipo) da infância, o
lugar despudorado e o exemplo de maldade humana.
Dado o número de horas que dedicam ao trabalho para a manutenção das
necessidades mínimas da família, muitos pais “abandonam” o lar, por falta de tempo.
Desses lares desfeitos, como ocorre com filhos de pais divorciados, grandes são os
números de jovens autores de atos antissociais. As mulheres cometem menos crimes
que os homens. Entretanto, quando delinque, costuma ser mais cruel que o homem.

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Rua, logradouros públicos, os baixos e vãos de viadutos e pontes são espécies de locais
onde os maus exemplos de uma vida promíscua dos que ali vivem, trazem tudo de ruim
para a sociedade. Das crianças que iniciam com os drogados, ou seja, cheirando cola,
terminando por assaltar e matar. A rua é a própria fábrica a criar modelos de
marginalização. Resultando contraventores, meninas precocemente prostituídas,
ladrões (infanto-juvenis ou adultos), toxicômanos, tudo do que pior pode existir.
O excesso da industrialização eleva à criminalidade, sendo razão principal a
aglomeração forçada de elementos de condições pessoais diferentes, vistos sob o lado
racial, educacional e econômico.

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Nas cidades onde a indústria é pouco desenvolvida ou modernizada, os índices de
criminalidade são significadamente menores, São lugares pacatos. Porém, nas regiões
industrializadas, existem indivíduos que por não atenderem as condições de emprego
especializado ou não possuírem condições exigidas do progresso da produção, passam
a viver à margem do industrialismo e não encontrando o mais primário trabalho,
tendem à marginalização.
A migração e a imigração sempre trazem consequências para a convivência social.
Tanto para aqueles que chegam, quantos para aqueles que já estão situados no lugar
escolhido pelos imigrados e migrados.

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Esse convívio pode gerar conflitos sociais, pois novos costumes, usos, valores e hábitos
são trazidos para dentro da nova coletividade escolhida.
A dificuldade de absorver novos imigrantes e migrantes no mercado de trabalho
provoca o aumento da pobreza e da miséria, sendo fatores que desencadeiam a
criminalidade. A mobilidade de um grupo de pessoas de um país a outro, influi na
criminalidade da segunda geração de imigrantes, estatisticamente é maior nos filhos
de pais de nacionalidades diferentes. Há um conflito de cultura, pois são obrigados a
viver duas vidas distintas: uma em casa e outra no trabalho, na rua ou na escola.

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É sabida que a organização política dos países exerce grande influência sobre a vida dos
indivíduos formadores de diversos grupos sociais. Podemos perceber isso com a
realidade do atual governo no Brasil e as manifestações nas ruas.
Nos regimes totalitários são propícios os crimes de atos de terrorismo, sequestro
político, assaltos a bancos, tendo uma motivação política, religiosa, ideológica, etc. Em
contrapartida, o tirano que está no poder totalitário também pratica crimes contra o
povo oprimido, normalmente crime de tortura, execuções sumárias, contra idealistas
que não concordam com a situação política implantada, promovendo através de novos
grupos organizados, revoltos contra a ordem dominante, praticando delitos específicos.

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(Polícia Civil - SP - 2013 - Auxiliar de Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a
alternativa correta quanto aos fatores condicionantes e desencadeantes da
criminalidade.
A) A migração pode causar dificuldades de adaptação em face das diferenças culturais,
hábitos e valores, bem como um excedente de mão de obra, propiciando uma alta taxa
de desemprego, o que influencia na criminalidade.
B) O desrespeito entre as pessoas quanto a raça, cor, sexo e etnia não são fatores
relevantes que propiciam a criminalidade na sociedade.

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C) O crescimento populacional ordenado ou planejado, a presença do poder público em
todas as áreas sociais e a educação de qualidade são fatores desencadeantes da
criminalidade.
D) As condições desfavoráveis de habitação e moradia propiciam a promiscuidade, o
desaparecimento de valores, o desrespeito ao próximo e a baixa autoestima, portanto,
não são fatores desencadeantes da criminalidade.
E) A distribuição de renda adequada, a mão de obra qualificada e um sistema de ensino
de qualidade favorecem a criminalidade.

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(2014 - VUNESP - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) A respeito dos fatores
condicionantes e desencadeantes da criminalidade, é correto afirmar que
A) apenas os jovens pobres cometem crimes, o que não é o caso dos jovens de classes
sociais mais abastadas.
B) a desagregação familiar vivida por uma criança ou adolescente necessariamente o
conduzirá a uma carreira criminosa na vida adulta.
C) de acordo com as estatísticas, a mulher comete menos crimes que o homem.
D) não há qualquer constatação de aumento na prática de crimes em períodos de
guerras ou revoluções.
E) a baixa produtividade escolar, o analfabetismo e o precoce abandono escolar são
características raramente observadas nos criminosos de classes sociais baixas.
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(2014 - VUNESP - PC-SP) Pode-se citar como um dos fatores sociais desencadeantes da
criminalidade:
A) as condições favoráveis de habitação ou moradia.
B) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco.
C) a migração, pela facilidade de adaptação em hábitos e culturas locais.
D) o crescimento populacional ordenado e planejado.
E) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio.

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CRIMINOLOGIA
AULA 04
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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Instituições Sociais Relacionadas com o Crime:


As Polícias, o Poder Judiciário, o Ministério
Público, os Sistemas Penitenciários, etc.

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O Controle Social
Toda convivência mínima em sociedade precisa de mecanismos e de instrumentos que
assegurem a harmonia de seus membros. Busca-se a prevalência dos padrões de
comportamento sociais dominantes.
Nesse sentido, podemos destacar o conceito do professor Paulo Sumariva que define
controle social como “o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que
pretendem promover a submissão dos indivíduos aos modelos e normas de convivência
social”.

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O Controle Social
A sociedade possui dois sistemas de controle: Controle/Agentes de controle social
INFORMAL e Controle/Agentes de controle social FORMAL. Vejamos cada um:

- Controles INFORMAIS:
São constituídos por aqueles indivíduos ou grupos responsáveis pela formação da base
humana fundamental, caráter pessoal do indivíduo (sociedade civil), possuindo
finalidade preventiva e educacional.
Podemos citar como exemplos: família, escola, igreja, profissão, círculo de amizades, a
opinião pública etc.

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O Controle Social
- Controles FORMAIS:
Trata-se da chamada ultima ratio, de modo à intervir sempre que os mecanismos de
controle informal falharem na prevenção da criminalidade.

São exemplos: Polícias, Poder Judiciário, Ministério Público e a Administração Pública,


conjunto de agentes denominados como Sistema da Justiça ou Justiça Criminal.

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O Controle Social
O Controle Social formal é classificado por seleções / instâncias:
 Primeira Seleção: Apresenta-se com o início da persecução penal, visando esclarecer
a autoria, materialidade e circunstâncias do crime. Caracteriza-se pela atuação da
Polícia Judiciária (Polícia Civil e Federal). Já cai em concursos o fato de que a Polícia
Civil é polícia judiciária integrante do controle social formal (justamente por este
motivo, o objeto de estudo da criminologia que melhor representa a atuação da
polícia judiciária é o controle social).
 Segunda Seleção: Caracteriza-se pela atuação do Ministério Público, com a oferta da
denúncia em face do delinquente.

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O Controle Social
 Terceira Seleção: Com a tramitação do processo judicial (recebimento da peça
acusatória até a condenação definitiva), caracteriza-se com a participação do Poder
Judiciário.

OBS: algumas bancas de concursos, seguindo parte da doutrina, ainda incluem na 3ª


seleção de controle formal as Forças Armadas e a Administração Penitenciária.

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O Controle Social

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O Controle Social
(INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VUNESP - PCSP) É órgão da segunda seleção da
instância formal de controle social:
a) Ministério Público.
b) Polícia Judiciária.
c) Poder Judiciário.
d) Administração Penitenciária.
e) Polícia Administrativa.

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O Controle Social
(2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) A moderna criminologia se
dedica, também, ao estudo do controle social do delito, tendo este objeto
representado um giro metodológico de grande importância. Assinale a alternativa
correta:
A) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de
exercer o controle social primário.
B) polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições
encarregadas de exercer o controle social informal.
C) a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições
encarregadas de exercer o controle social formal.

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O Controle Social
D) família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de
exercer o controle social terciário.
E) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de
exercer o controle social secundário.

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O Controle Social
(VUNESP - PCSP – Atendente de Necrotério Policial) Assinale a alternativa que
contém o ente que exerce ou fomenta os controles sociais informais sobre a vida dos
indivíduos:
A) Poder Judiciário.
B) Polícia.
C) Sistema Penitenciário.
D) Ministério Público.
E) Escola.

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O Controle Social
(VUNESP - PCSP – Fotógrafo Criminalístico) Assinale a alternativa que indica um dos
objetos de estudo da criminologia moderna.
A) O controle social.
B) A justiça.
C) O direito penal.
D) O desiquilíbrio psicológico.
E) A lei.

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O Controle Social
(FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP) Assinale a alternativa que indica um dos
objetos de estudo da criminologia moderna.
a) O controle social.
b) A justiça.
c) O direito penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.

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O Controle Social
(VUNESP - PC-SP – Atendente de Necrotério Policial) Assinale a alternativa que
aponta o ente que exerce ou fomenta, concomitantemente, os controles formal e
informal sobre a vida em sociedade.
A) Poder Judiciário.
B) Família.
C) Policiamento Comunitário.
D) Clubes de Serviço.
E) Forças Armadas.

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O Controle Social
Como exemplo de policiamento comunitário, podemos citar as Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs), Programa Educacional de Resistência às Drogas; as rondas
constantes realizadas pela Polícia Militar; as reuniões dos conselhos de segurança do
bairro (CONSEG); etc.
Aprofundando mais um pouco, fala-se em primeira seleção do controle social formal
em face da atuação de seus órgãos de repressão jurídica, isto é, da atuação da polícia
judiciária. Pode-se afirmar que, quando ocorre um crime, surge para o Estado o poder
dever e exercitar o ius puniendi em desfavor do criminoso.

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O Controle Social
(2018 – FUMARC – PCMG – Escrivão de Polícia Civil) A respeito dos objetos da
Criminologia, analise as assertivas abaixo:
(...)
III. O controle social consiste em um conjunto de mecanismos e sanções sociais que
pretendem submeter o indivíduo aos modelos e às normas comunitários. Para alcançar
tais metas, as organizações sociais lançam mão de dois sistemas articulados entre si: o
controle social informal e o controle social formal.

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O Controle Social
Formas de Controle Social – “Lélio Braga Calhau”
Sanções formais (aplicadas pelo Estado) e sanções informais (não possuem
coercibilidade)

Controle positivo (incentivos, prêmios oferecidos, etc.) e controle negativo (aplicações


de sanções - reprovação)

Controle interno (aquele que vai sendo incutido em nossas vidas com o passar do
tempo) e controle externo (ação da sociedade ou do Estado – aplicação de multas no
trânsito)

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O Controle Social
(2018 – VUNESP – PCSP – Investigador de Polícia Civil) É correto afirmar que a Polícia
Civil é uma:
A) Polícia Administrativa, que integra o controle social formal
B) Polícia Administrativa, que integra o controle social formal e informal
C) Polícia Judiciária, que não integra o controle social
D) Polícia Judiciária, que integra o controle social formal
E) Polícia Judiciária, que integra o controle social informal

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O Controle Social
(VUNESP - PCSP - 2018) É correto afirmar que o controle social formal é representado,
entre outras, pelas seguintes instâncias:
A) Igreja, Família e Opinião Pública
B) Escolas, Igreja e Polícia.
C) Forças Armadas, Polícia e Escola.
D) Polícia, Forças Armadas e Ministério Público.
E) Família, Escola e Ministério Público.

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O Controle Social
(VUNESP - PCSP - 2018) É correto afirmar que atualmente o objeto da criminologia
está dividido em quatro vertentes, a saber:
A) vítima, criminoso, polícia e controle social.
B) polícia, ministério público, poder judiciário e controle social.
C) crime, criminoso, vítima e controle social.
D) polícia, ministério público, poder judiciário e sistema prisional.
E) forças de segurança, criminoso, vítima, controle social.

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O Controle Social
(VUNESP - PCSP - 2013) A criminologia entende o crime como um fenômeno:
A) social
B) ideológico
C) subjetivo
D) objetivo
E) político

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O Controle Social
(FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP) Os métodos científicos utilizados pela
Criminologia, como ciência empírica e experimental que é, são, dentre outros:
a) jurídicos e escritos.
b) físicos e naturais.
c) biológicos e sociológicos.
d) costumes e experiências.
e) documentados e teses.

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O Controle Social
(ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP - PCSP) O método científico utilizado pela
Criminologia é o método biológico e ____________, como ciência empírica e
_____________ que é. Completam as lacunas do texto, correta e respectivamente:
a) Experimental - jurídica
b) Sociológico - experimental
c) físico - social
d) filosófico - humana
e) psicológico – normativa

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CRIMINOLOGIA
AULA 05
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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Classificação de tipos criminosos: criminoso nato;


criminoso ocasional; criminoso habitual ou
profissional; criminoso
passional; criminoso alienado; criminoso menor
(delinquência juvenil)

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Classificações dos criminosos


Cesare Lombroso, médico e antropólogo de formação, é considerado o pai da
criminologia. Sua obra “Tratado Antropológico Experimental do Homem
Delinquente” é considerada a primeira compilação sistematizada nessa área. Junto
com Enrico Ferri e Raffaele Garofalo, Lombroso foi um dos grandes representantes
da criminologia positivista.

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Classificações dos criminosos


O pensamento de Cesare Lombroso foi fortemente influenciado pelas teorias
de Darwin. Nesse sentido, Lombroso chegou a dizer que os criminosos eram
“o elo perdido”, um ser que estava em um ponto intermediário entre o
macaco e o homem.

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Classificações dos criminosos


Cesare Lombroso e o criminoso nato
Para Cesare Lombroso, era possível determinar se alguém era criminoso analisando
suas características corporais. De acordo com sua abordagem, o criminoso apresenta
traços de inferioridade orgânica e psíquica que são visivelmente evidentes.

No caso do criminoso nato, este se caracteriza, do ponto de vista físico, pelas


seguintes características: crânio pequeno, grande órbita ocular, testa inclinada,
protuberância na parte inferior traseira da cabeça. Do ponto de vista psicológico, é
insensível, impulsivo e não sente remorso.

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Classificações dos criminosos


Criminoso louco moral
De acordo com Cesare Lombroso, o criminoso louco moral raramente é
internado em centros de atenção psicológica especial. Em contrapartida, com
frequência são encontrados em prisões e prostíbulos. São astutos,
antipáticos, vaidosos e egoístas.

Do ponto de vista físico, se parecem ao criminoso nato, com mandíbula


proeminente. Seu rosto apresenta várias assimetrias. No entanto, nesse caso,
não é fácil identificá-lo por sua aparência, mas sim pelo seu comportamento.
Fingem insanidade e desde a infância podemos identificar neles essa forma
de ser.
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Classificações dos criminosos


Criminoso epilético
Para Lombroso, a epilepsia era um indício de criminalidade. Essa
criminalidade poderia se manifestar da maneira habitual, com convulsões, ou
sem nenhuma manifestação aparente. Em ambos os casos, estaríamos
falando de um dos criminosos mais perigosos.

Eles se caracterizam por serem amantes dos animais, destrutivos e vaidosos.


Lombroso também afirma que teriam tendência ao suicídio e que, junto com
os loucos morais, são os únicos que buscam se associar para cometer crimes.

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Classificações dos criminosos


Criminoso louco
Cesare Lombroso faz uma distinção entre os loucos criminosos e os
criminosos loucos. Os loucos criminosos seriam pessoas doentes que não
raciocinam e não são responsáveis por seus atos. Os criminosos loucos, em
contrapartida, cometem um delito e, em seguida, enlouquecem na prisão.

Ele indica que há três tipos de criminosos loucos: o alcoólatra, o histérico e o


mattoide. O primeiro é aquele que fica bêbado e comete delitos. O histérico
apresenta uma grande tendência a mentir e uma inclinação natural ao
erotismo. O mattoide, por sua vez, está na linha que separa a sanidade da
loucura, e comete crimes por impulso.
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Classificações dos criminosos


Criminoso passional

O criminoso passional age por impulso e é motivado por paixões nobres. Não
apresenta características físicas particulares que o identifiquem, salvo a
idade, que varia entre 20 e 30 anos.
Esse tipo de criminoso é extremamente afetuoso e sente grande comoção
após cometer o delito. Às vezes, tenta o suicídio. Os motivos que o levam a
cometer um crime podem ser três: luto, infanticídio e paixão política.

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Classificações dos criminosos


Criminoso ocasional

Lombroso diz que os criminosos ocasionais são classificados em três grupos:


os pseudocriminosos, os criminalóides e os criminosos profissionais. Os
primeiros cometem delitos que podem ser de três tipos: involuntários, sem
perversidade (motivados quase sempre pela necessidade) e em defesa
própria.
Os criminalóides são aqueles que cometem delitos motivados ou
pressionados pelas circunstâncias. Em condições normais, não cometeriam o
crime, embora apresentem uma certa predisposição. Por fim, os criminosos
profissionais são aqueles que combinam atividades legais com delitos.
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Classificações dos criminosos


Classificação de Cândido Motta:

Ocasionais: São aqueles que decorrem da influência do meio, isto é, são


pessoas que acabam caindo em tentação devido a alguma circunstância
facilitadora. Os crimes mais comuns desse tipo de delinquente são o furto e o
estelionato. Em geral, mostram arrependimento posterior e tendem a não
reincidir.

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Classificações dos criminosos


Habituais: São os “profissionais do crime”. Normalmente se iniciam no crime
durante a adolescência ou até mesmo durante a infância e progressivamente
adquirem habilidades mais sofisticadas. Praticam todo tipo de crime. Em
geral não apresentam arrependimento e não raro utilizam a violência com o
intuito de intimidar a vítima. Tendem a reincidir no crime.

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Classificações dos criminosos


Impetuosos: São aqueles que cometem crimes movidos por impulso emotivo,
sem premeditar seu contento. Cometem crimes impelidos por paixões
pessoais, fanatismo político e social. Os principais exemplos desse tipo de
criminoso são os que se envolvem em crimes passionais ou crimes que
ocorrem em uma discussão de trânsito. O criminoso impetuoso costuma se
arrepender em seguida.

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Classificações dos criminosos


Fronteiriços: São os criminosos que se enquadram em zona fronteiriça entre a
doença mental e a normalidade. São indivíduos que delinquem devido a
distúrbios de personalidade. Em geral são pessoas frias, insensíveis e sem
valores ético-morais. Em geral cometem crimes com extrema violência e
específicos. A reincidência é uma realidade bem próxima.

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Classificações dos criminosos


Loucos: Criminosos: São pessoas que possuem doença mental que
compromete completamente sua autodeterminação. Em geral agem
sozinhos, impulsivamente, sem premeditação ou remorso. Em face da lei
penal, são considerados inimputáveis.

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Classificação de Guido Arturo Palomba


(VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) Do ponto de vista criminológico, o criminoso
fronteiriço é aquele que é considerado:
a) inimputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe
entre a higidez e a insanidade mental.
b) semi-imputável pela lei penal, também conhecido doutrinariamente por idiota.
c) imputável pela lei penal, tendo sua conduta caracterizada pelo transporte de
produtos controlados, tais como armas de fogo e drogas ilícitas, do exterior para o
Brasil ou vice-versa.

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Classificação de Guido Arturo Palomba


d) inimputável pela lei penal, também conhecido doutrinariamente por oligofrênico.
e) semi-imputável pela lei penal, pois seu estado psicológico situa-se na zona limítrofe
entre a higidez e a insanidade mental.

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Classificação de Guido Arturo Palomba


(2018 - NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia) Marque a alternativa CORRETA, no que
diz respeito à classificação do criminoso, segundo Lombroso:
a) Criminoso louco: é o tipo de criminoso que tem instinto para a prática de delitos, é
uma espécie de selvagem para a sociedade.
b) Criminoso nato: é aquele tipo de criminoso malvado, perverso, que deve sobreviver
em manicômios.
c) Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas
passionais, geralmente é nervoso, irritado e leviano.

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Classificação de Guido Arturo Palomba


d) Criminoso por paixão: este aponta uma tendência hereditária, possui hábitos
criminosos influenciados pela ocasião.
e) Criminoso louco: é o criminoso sórdido com deficiência do senso moral e com
hábitos criminosos influenciados pela situação.

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A Mulher Criminosa
Lombroso, expoente da Escola positiva, publicara em 1893 um livro que tratava da
delinquência feminina, chamado “A Mulher Delinquente, a Prostituta e a Mulher
Normal”.
Na mitologia grega, a mulher, enquanto delinquente, detinha posição privilegiada,
visto que sua conduta criminosa era justificada pela paixão ou pelo ciúme, assim como
ressalta Alessandro Baratta quando diz que “a questão feminina tornou-se um
componente privilegiado da questão criminal”.

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A Mulher Criminosa
Bordieu (1999), quando a qualifica como “violência suave, insensível, invisível a suas
próprias vítimas, que se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas da
comunicação ou do conhecimento, ou, mais precisamente, do desconhecimento, do
reconhecimento ou, em última instância, do sentimento”.
Como exemplo, temos a condutada praticada por Medeia, que assassinou os próprios
filhos em vingança ao marido infiel, que, embora tenha sido repugnante, justificou-se
pelo ciúme.

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A Mulher Criminosa
O que fica aparente é que afigura feminina emerge como autora, e, ao mesmo tempo,
vítima do crime. Autora por ter praticado uma conduta típica, ilícita e culpável, e vítima
porque o Estado deixa de ser, em relação a ela, garantidor de direitos, surgindo assim a
co-culpabilidade estatal.
Adentrar na emoção que norteia a criminalidade feminina - que pratica o infanticídio,
por exemplo, justificado pelo estado puerperal - constitui um desafio.
O art. 123 do Código Penal não passa de mera ficção jurídica para justificar o homicídio
praticado pela mãe contra o próprio filho. Parte dos estudiosos da medicina legal não
reconhece como alterações psíquicas o estado puerperal na motivação do crime.

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A Mulher Criminosa
A emoção e a paixão não excluem o crime, embora sejam integrantes da psicologia
humana. Apenas o atenuam, a depender do caso concreto, pois o art. 28, I do vigente
Código Penal brasileiro é bem claro: “Não excluem a imputabilidade penal: a emoção
ou a paixão”.
Freud dizia que havia nas mulheres uma quase ausência de formação de superego que,
no homem, pode conduzir a repressão dos impulsos (FERNANDES, 2010).
Atualmente, a originalidade do comportamento delinquencial feminino, atestado com
os dados estatísticos, são amplamente inferiores aos praticados por homens.
Lombroso alegava que “a mulher seria duas vezes mais fraca que o homem e, por
tanto, pelo menos duas vezes menos criminosa”. E continua: “a inferioridade
delinquencial da mulher também decorria de certa falta de habilidade e de inaptidão”.

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A Mulher Criminosa
É sabido que o aborto e o infanticídio atingem o ponto máximo das cifras negras, uma
vez que raramente se chega ao conhecimento da polícia tais práticas delituosas. O
ordenamento jurídico penal, de forma frequente, enquadra certos crimes como
propriamente femininos, como exemplo, é o caso daqueles decorrentes da
prostituição.
O comportamento delitivo feminino encontra-se com mais frequência nos crimes
contra o patrimônio, tráfico de drogas e na corrupção de menores, pelo menos os que
são etiquetados. É notável também o baixo índice de reincidência das mulheres
criminosas, uma vez que, geralmente, atuam por indução ou, mais uma vez, por
paixão.

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A Mulher Criminosa
É certo que as mulheres cometem menos crimes que os homens, mas isso não quer
dizer que sejam menos punidas ou condenadas. Em todo caso, no campo da
Criminologia, nada atesta de que elas sejam mais ou menos sociáveis que os homens,
mas para os dados estatísticos, no total, as mulheres representam apenas 6,4% da
população carcerária do Brasil.
A população carcerária feminina subiu de 5.601 para 37.380 detentas entre 2000 e
2014, um crescimento de 567% em 15 anos, e, em sua maioria é por tráfico de drogas,
motivo de 68% das prisões (dados do CNJ).

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A Mulher Criminosa
O estudo da delinquência feminina é importante na medida em que se deve tirar as
detentas da invisibilidade, assim como declarou o coordenador do Departamento de
Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário:
“quando abordamos o sistema prisional, é necessário reconhecer que a mulher
pertence a um dos grupos mais vulneráveis, em um segmento já vulnerável, que é a
população carcerária. Esquecemos, muitas vezes, que sobre a mulher recai uma
reprovação moral que vai muito além do crime que ela praticou, tornando a sanção
muito mais pesada para ela do que para os homens”.

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CRIMINOLOGIA
AULA 06
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO


DEMOCRÁTICO DE DIREITO

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

A prevenção criminal poderá será ser feita de várias formas a depender do caso
começado de forma legislativa (leis), administrativa (polícias) e judicial (cumprimento
das leis) desta forma o conhecimento da criminalidade deve ser objeto de estudo
pautado na Criminologia pois deve-se buscar a fundo toda a essência criminal para
posteriormente desenvolver técnicas de Política Criminal.
A prevenção da infração penal poderá ser geral positiva, visando a intervenção na
pessoa do delinquente com a sua recolocação na sociedade de forma a ressocializá-lo
através da credibilidade institucional dos órgãos do Estado com a devida correção, este
meio de prevenção visa atingir a sociedade como todo com o objetivo de reforçar os
valores da ordem democrática do Estado.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

O método de prevenção geral negativa visa afirmar e impor o valor do Estado


Democrático de Direito a sociedade, pois ela direcionada em específico a pessoa do
criminoso, onde através da penalização o Estado demonstra que o crime será
amplamente punido.
Há, também, a prevenção direta que é a afirmação do próprio Direito Penal através de
sua força repressora e punitiva e a indireta que visa apenas proporcionar a sociedade
condições de vida e qualidade de vida através de programas de cultura, lazer e outros.
Entre a prevenção criminal geral e a especial existe uma diferença que não pode ser
esquecida, pois a primeira é a afirmação do poder do Estado em face da sociedade
como um conglomerado de pessoas e a segunda voltada apenas para a pessoa do
indivíduo criminoso.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Assim, entende-se por prevenção delitiva o conjunto de ações que visam evitar a
ocorrência do delito. Seja através da educação, meios tecnológicos empregados, etc. A
noção de prevenção delitiva não é algo novo, suportando inúmeras transformações
com o passar dos tempos em função da influência recebida de várias correntes do
pensamento jusfilosófico.
O saber criminológico, no Estado Democrático de Direito, orienta-se pela conduta
prevencionista, uma vez que seu objetivo máximo é evitar o delito e não a simples
punição.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Para que possa alcançar esse verdadeiro objetivo do Estado de Direito, que é a
prevenção de atos nocivos e consequentemente a manutenção da paz e harmonia
sociais, mostra-se irrefutável a necessidade de dois tipos de medidas: a primeira delas
atingindo indiretamente o delito e a segunda, diretamente. Em regra, as medidas
indiretas visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime só seria
alcançado porque, cessada a causa, cessam os efeitos.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

(2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Assinale a alternativa correta sobre o


atual estágio de desenvolvimento dos estudos criminológicos, em relação ao conceito
de prevenção da infração penal e ao respeito ao Estado Democrático de Direito.
a) Não há evidências ou estudos que demonstrem que investimentos tecnológicos nas
polícias contribuem para a redução dos crimes.
b) Não há evidências ou estudos que demonstrem que o aumento do número de
esclarecimento de crimes e prisões contribuiu para a redução dos crimes.
c) Campanhas de orientação às vítimas de crimes sexuais com o objetivo de que
denunciem os agressores acabam por aumentar a vulnerabilidade das vítimas.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

d) As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser


equiparadas aos homicídios dolosos em geral para fins criminológicos, em virtude de
relacionarem-se a condicionantes criminais diversas.
e) Medidas destinadas a priorizar atendimento policial a determinados tipos de crimes
ou vítimas em decorrência da gravidade ou vulnerabilidade não devem ser adotadas
sob pena de violação à igualdade de todos perante a lei.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

(VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático de


Direito, e as medidas adotadas para alcançá-la são:
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e
indiretamente o delito
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o
criminoso
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o
delinquente direta e indiretamente
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e
indiretamente
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e
indiretamente
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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Segundo Nestor Sampaio, trata-se de excelente ação profilática, que demanda um


campo de atuação intenso e extenso, buscando todas as causa possíveis da
criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou específicas. Tais ações indiretas
devem focar dois caminhos básicos: o indivíduo e o meio em que ele vive.
Em relação ao indivíduo, devem as ações observar seu aspecto personalíssimo,
contornando seu caráter e seu temperamento, com vistas a moldar e motivar sua
conduta.
O meio social deve ser analisado sob seu múltiplo estilo de ser, adquirindo tal atividade
um raio de ação muito extenso, visando uma redução de criminalidade e prevenção;
até porque seria utopia zerar a criminalidade. Todavia, a conjugação de medidas
sociais, políticas, econômicas etc. pode proporcionar uma sensível melhoria de vida ao
ser humano.
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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

A criminalidade transnacional, a importação de culturas e valores, a globalização


econômica, a desorganização dos meios de comunicação em massa, o desequilíbrio
social, a proliferação da miséria, a reiteração de medidas criminais pífias e outros
impelem o homem ao delito.
Porém, da mesma forma que o meio pode levar o homem à criminalidade, também
pode ser um fator estimulante de alteração comportamental, até para aqueles
indivíduos com carga genético-biológica favorável ao crime. Nesse aspecto, a
urbanização das cidades, a desfavelização, o fomento de empregos e reciclagem
profissional, a educação pública, gratuita e acessível a todos etc. podem claramente
imbuir o indivíduo de boas ações e oportunidades.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Na profilaxia indireta, assume papel relevante a medicina, por meio dos exames pré-
natal, do planejamento familiar, da cura de certas doenças, do uso de células-tronco
embrionárias para a correção de defeitos congênitos e a cura de doenças graves, da
recuperação de alcoólatras e dependentes químicos, da boa alimentação, etc., o que
poderia facilitar, por evidente, a obtenção de um sistema preventivo eficaz.
Por sua vez, Nestor Sampaio, arfirma que as medidas diretas de prevenção criminal
direcionam-se para a infração penal em formação, ou seja, no chamado iter criminis.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Prevenção primária; prevenção secundária; prevenção terciária

O Estado de Direito, ao objetivar a prevenção da criminalidade em prol da paz e da


harmonia social, utiliza-se de duas importantes medidas como combate ao delito:
ações indiretas e diretas.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Assim, aprofundando mais um pouco, as medidas indiretas agem sobre o crime de


forma mediata, procurando cessar as causas e os efeitos do delito. Tais medidas
buscam as causas possíveis da criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou
específicas. As atuações indiretas devem se concentrar tanto no indivíduo quanto no
meio em que ele vive; algo que a Criminologia Moderna chama de prevenção primária
e terciária.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

(CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens.


Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à chamada prevenção
primária.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Quanto ao indivíduo, as ações devem observar sua característica pessoal, contornando


seu caráter e seu temperamento, em busca do ajuste de sua conduta. Procura-se
analisar o meio social sob seu múltiplo estilo de ser, de forma ampla, visando uma
redução de criminalidade e a sua prevenção. Observa-se que a associação de medidas
sociais, políticas e econômicas, entre outras, pode proporcionar uma sensível melhoria
de vida ao ser humano.
O meio no qual o indivíduo está inserido pode levá-lo à criminalidade. A importação de
culturas e valores, a globalização econômica, a criminalidade transnacional; associadas
à desorganização dos meios de comunicação em massa, ao desequilíbrio social e à
proliferação da miséria são responsáveis por impulsionar o homem ao delito.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Entretanto, esse mesmo meio pode estimular boas ações e oportunidades, seja por
meio da urbanização das cidades, da desfavelização e do fomento de empregos; seja
pela reciclagem profissional e pela educação pública, gratuita e acessível a todos.
Já as medidas diretas de prevenção criminal possuem o foco na infração penal in
itinere ou em formação (iter criminis). Destaca-se a importância das medidas de ordem
jurídica, como as referentes à efetiva punição de crimes graves, incluindo os de
colarinho branco; a repressão implacável às infrações penais de toda a natureza,
substituindo o direito penal nas pequenas infrações pela adoção de medidas de cunho
administrativo; a atuação da polícia ostensiva em seu papel de prevenção, manutenção
da ordem e vigilância; o aparelhamento e treinamento das polícias judiciárias para a
repressão delitiva em todos os segmentos da criminalidade; entre outras.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Pelo fato de agirem eminentemente nos delitos, as ações diretas são denominadas
pela Criminologia de prevenção secundária.
Parece ser mais correta esta última vertente, sendo difícil conceber uma justiça
restauradora em delitos de elevada gravidade, a exemplo de infrações penais como o
homicídio, latrocínio, etc. Apesar disso, Molina afirma que os procedimentos
conciliatórios recuperaram a face humana do conflito criminal, redefinindo o próprio
ideal de justiça que refuta o caráter excludente do castigo através de uma proposta de
soluções alternativas, cuja solidariedade e construtivismo deverão nortear as partes na
celebração de compromissos.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

O modelo integrador redefine o próprio ideal de justiça. Concebe o crime como


conflito interpessoal concreto, real, histórico, resgatando uma dimensão que o
formalismo jurídico havia neutralizado. Orienta a resposta do sistema mais à reparação
do dano que o infrator causou a sua vítima, às responsabilidades deste e às da
comunidade, do que ao castigo em si.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

(Criminologia – 2018) Julgue os itens com base na Criminologia.


A Teoria da Reação Social prevê a reação social estatal por meio de três modelos
distintos: primário, secundário e terciário.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Há, também, a Teoria da Pena que reconhece a pena como uma espécie de retribuição,
de privação de bens jurídicos, imposta ao delinquente em razão do ilícito cometido. O
estudo da pena constata a existência de três grandes correntes: teorias absolutas,
relativas e mistas.
As teorias absolutas encaram a pena como um imperativo de justiça, negando fins
utilitários. As teorias relativas ensejam um fim utilitário para a punição, sustentando
que o crime não é causa da pena, mas ocasião para que seja aplicada. Já as teorias
mistas conjugam as duas primeiras, sustentando o caráter retributivo da pena.
A prevenção geral vislumbra a pena como intimidadora daqueles que são propensos a
cometer delitos. Já a prevenção especial analisa o delito sob os fatores endógenos e
exógenos, em busca da reeducação do indivíduo e de sua recuperação.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

A prevenção geral da pena instala-se sob dois ângulos: o negativo e o positivo. Pela
prevenção geral negativa, conhecida como prevenção por intimidação, a pena serve
para que todos os membros do grupo social observem uma dada condenação e não
venham a cometer uma prática delituosa. A prevenção geral positiva ou integradora
busca sensibilizar a consciência geral, disseminando o respeito aos valores mais
importantes da comunidade e, por conseguinte, à ordem jurídica.
No Estado Democrático de Direito, o poder político estatal é juridicamente limitado,
isto é, apenas pode ser exercido inserido em determinadas restrições definidas pela
ordem jurídico-política constitucional, marcada pelas dimensões de legalidade,
separação de poderes e proteção aos direitos fundamentais.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Tal modelo de organização política de poder pressupõe que os indivíduos têm certos
direitos indispensáveis à própria existência e ao desenvolvimento da personalidade
humana, que constituem verdadeiras barreiras de proteção contra a utilização
arbitrária do poder do Estado. O indivíduo é considerado como efetivo sujeito de
direito frente à comunidade e do próprio Estado, cuja atividade deve estar norteada
pelos princípios e garantias impostas pela Constituição Federal.
A atuação repressiva do Estado em face dos indivíduos que praticam condutas
tipificadas como crimes é uma atividade indispensável para a manutenção da ordem
jurídico-política.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Porém, no Estado Democrático de Direito, o exercício do poder punitivo estatal é


juridicamente limitado pela instituição de amplas garantias que devem nortear a
edificação e a aplicação da política criminal, como o devido processo legal, o
contraditório, a ampla defesa, a presunção de inocência, o juiz natural, a motivação
das decisões, etc.
Dessa forma, o processo penal constitui é o instrumento pelo qual o Estado exerce o
seu poder punitivo, buscando a aplicação da pena ao autor da infração.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Por outro lado, o processo também pode ser visualizado sob o aspecto da tutela dos
direitos fundamentais, ou seja, como uma garantia do indivíduo de que não será
submetido a uma pena sem a observância dos direitos fundamentais previstos na
Constituição Federal. Com efeito, em uma ordem constitucional fundada na instituição
de amplas garantias e direitos individuais, como é o caso do Estado brasileiro, o
processo penal deve necessariamente se desenvolver visando à efetivação dessas
premissas.
O Estado possui o monopólio da aplicação da lei penal. Porém, existem regras
constitucionais e legais que limitam e determinam como a lei penal possa ser aplicada.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Para tanto, deve o Estado Administração, nos crimes de ação penal pública, após a
produção de uma prova mínima, levar o caso ao Estado Juiz, para que este se
manifeste sobre a aplicação ou não da sanção penal ao caso concreto.
A atuação do Estado encontra na Constituição federal e nas leis limitações que
impedem que o Estado produza todo tipo de prova em face dos acusados. O Estado é o
primeiro a ter de respeitar, então, essas limitações.
Prevenção de crime é um conceito aberto. Para alguns é dissuadir o delinquente a não
cometer o ato, para outros é mais, importa inclusive na modificação de espaços físicos,
novos desenhos arquitetônicos, aumento da iluminação pública com o intuito de
dificultar a prática do crime e para um terceiro grupo é apenas o impedimento da
reincidência.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Há três tipos de prevenção, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor
relevância etiológica dos programas, seja quanto aos destinatários aos quais se dirigem
nos instrumentos e os mecanismos que utilizam.
Vou destacar um quadro que vai ajudar a responder muitas questões, pois esta parte é
bem cobrada em concursos públicos.

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Prevenção PRIMÁRIA
A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para neutralizá-lo antes
que o problema se manifeste. (através de uma socialização proveitosa de acordo com
os objetivos sociais).
Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de política cultural,
econômica e social, que capacitem os cidadãos de condições sociais que os ajudem a
superar de forma produtiva eventuais conflitos. Se, principalmente os governantes
dedicassem atenção, respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da
sociedade a sua efetiva parcela de contribuição.
O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é que não há
cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento dessa cicatriz que de uma
forma ou de outra causa enormes prejuízos ao País.

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Prevenção SECUNDÁRIA
A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito acontece, nem
antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, pelo controle dos meios de
comunicação, da implantação da ordem social e se destina a atuar sobre os grupos e
subgrupos que apresentam maior risco de protagonizarem algum problema criminal.

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Prevenção TERCIÁRIA
A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, (população), o
condenado. A terciária é a aplicação de reclusão sobre o individuo criminoso. Nesse
caso a “ressocialização” é voltada apenas para o infrator, no ambiente prisional. Das
três modalidades de prevenção a terciária é a que possui o mais acentuado caráter
punitivo.
Como a prevenção terciária só se dá depois do cometimento do crime, agindo só na
condenação, ela é insuficiente e parcial, pois não neutraliza as causas do problema
criminal, além do que a plena determinação da população carcerária, assim como os
altos índices de reincidência não compensam o déficit da prevenção terciária e suas
carências.

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CRIMINOLOGIA
AULA 07
PROFESSOR ALEXANDRE HERCULANO

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO
(2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) No Estado Democrático de
Direito a prevenção criminal é integrante da agenda federativa passando por vários
setores do Poder Público, não se restringindo à Segurança Pública e ao Judiciário.
Com relação à prevenção criminal, assinale a afirmativa correta:
A) A prevenção primária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de
protagonizar o problema criminal, se relacionando com a política legislativa penal e
com a ação policial.
B) A prevenção secundária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e
social, atuando, por exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar
social.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO
C) A prevenção terciária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de
protagonizar o problema criminal, se relacionando com a política legislativa penal e
com a ação policial.
D) A prevenção secundária tem como destinatário o condenado, se orientando a evitar
a reincidência da população presa por meio de programas reabilitadores e
ressocializadores.
E) A prevenção primária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e
social, atuando, por exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar
social.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO
(2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a
doutrina apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado
democrático de direito. A respeito de prevenção, julgue o item seguinte.
A prevenção primária do delito ocorre por meio de implementação de medidas
efetivas voltadas à ressocialização do apenado.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO
(2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a
doutrina apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado
democrático de direito. A respeito de prevenção, julgue o item seguinte.
A prevenção terciária do delito aponta suas diretrizes ao efetivo implemento das
políticas sociais pelo estado social de direito, que consiste na adoção de medidas mais
eficazes de prevenção ao delito.

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PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE


DIREITO
(2018 - VUNESP - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) Assinale a alternativa que
apresenta um exemplo de política de prevenção criminal prioritariamente terciária.
a) Previsão do direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua sentença
penal, mediante trabalho, estudo ou leitura.
b) Instalação de câmeras de videomonitoramento em um estabelecimento que foi alvo
de diversos roubos.
c) Melhoria na regulação do sistema financeiro para prevenção às práticas de lavagem
de dinheiro.
d) Programas de educação aos jovens para prevenção ao uso de drogas.
e) Instalação de iluminação pública em locais com alto índice de criminalidade.

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DIREITO
(2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) A instalação, na cidade de São Paulo, de
câmeras de videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas
de veículos e cruzamento com banco de dados criminais, com o objetivo de
identificar veículos utilizados ou que foram objeto da prática de crimes pode ser
definida, no âmbito do conceito de Estado Democrático de Direito e dos modernos
conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida prioritariamente de
prevenção
a) secundária.
b) básica.
c) quaternária.
d) terciária.
e) primária.
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DIREITO
(VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se por prevenção primária
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis.
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco.
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou
social.
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua
etiologia.
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu
acontecimento.

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DIREITO
Prevenção primária:
- Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra;
- Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos;
- Reclama prestações sociais e intervenção comunitária;
- Limitações práticas: falta de vontade política e de conscientização da sociedade.

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DIREITO
Prevenção secundária:
- Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança pública;
- Atua na exteriorização do conflito;
- Opera a curto e médio prazo;
- Dirige-se a setores específicos da sociedade.

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DIREITO
Prevenção terciária:
- Destinatário: população carcerária;
- Caráter punitivo;
- Objetivo: evitar a reincidência;
- Intervenção tardia, parcial e insuficiente.

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DIREITO
(2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Telecomunicações e Eletricidade) É correto
afirmar que as medidas voltadas à população carcerária, com caráter punitivo e com
desiderato na recuperação do recluso para evitar, por meio da ressocialização, sua
reincidência,
a) integram a prevenção primária, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação
do criminoso, diminuindo-se os indicadores criminais.
b) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores
criminais, entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção.
c) são relevantes para a criminologia e integram a prevenção terciária, visando à
recuperação do criminoso.

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DIREITO
d) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à
recuperação do criminoso, entretanto não podem ser consideradas como medidas de
prevenção.
e) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à
recuperação do criminoso, entretanto não podem ser consideradas como medidas de
prevenção.

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DIREITO
(2018 - VUNESP - PC-SP - Papiloscopista da Polícia Federal) O saber criminológico, no
Estado Democrático de Direito, tem por objetivo evitar a ocorrência do delito;
portanto, são aspectos importantes de prevenção terciária
a) o policiamento, a assistência social e o conselho tutelar.
b) a educação, a religião e o lazer.
c) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários.
d) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o civismo.
e) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho.

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DIREITO
(2018 - VUNESP - PC-BA - Delegado de Polícia) Assinale a alternativa que contém um
exemplo de prevenção de infrações penais preponderantemente primária.
a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com
altos índices de criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que
jovens daquele local, em especial em situação de risco, envolvam-se com a
criminalidade.
b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a
autoestima e a cidadania suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de
ações de caráter preventivo, educativo e ressocializador, atuando, assim, na
humanização, a fim de que referido público valorize a liberdade e passe a fazer
escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere.

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DIREITO
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e
avenidas da cidade de Salvador para identificação de veículos relacionados a algum
tipo de crime.
d) Bloqueio que impeça a ativação e utilização de aparelhos de telefonia celular
subtraídos do legítimo proprietário por meio de uma conduta criminosa.
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada
cidade com a finalidade de reduzir os índices criminais no município.

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DIREITO
(2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) Dados publicados em dezembro de 2017
pelo Ministério da Justiça mostram que o Brasil tem uma taxa de superlotação nos
estabelecimentos prisionais na ordem de 197,4%.
Agência de Notícias, Empresa Brasil de Comunicação.
Sob o enfoque da prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, a
superlotação carcerária aludida no fragmento de texto anterior é um problema que
prejudica a:
I prevenção primária.
II prevenção secundária.
III prevenção terciária.

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DIREITO
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item II está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens I e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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DIREITO
(2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) A criminologia reconhece que não basta
reprimir o crime, deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores
criminais. Considerando essa informação, assinale a opção correta acerca de
prevenção de infração penal.
a) Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do crime não previne o delito: a
falta das estruturas físicas sociais não obstaculiza a execução do plano criminal do
delinquente.
b) A prevenção terciária do crime implica na implementação efetiva de medidas que
evitam o delito, com a instalação, por exemplo, de programas de policiamento
ostensivo em locais de maior concentração de criminalidade.

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DIREITO
c) No estado democrático de direito, a prevenção secundária do delito atua
diretamente na sociedade, de maneira difusa, a fim de implementar a qualidade dos
direitos sociais, que são considerados pela criminologia fatores de desenvolvimento
sadio da sociedade que mitiga a criminalidade.
d) Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e iluminação pública, quando
oferecidos à sociedade de maneira satisfatória, são considerados forma de prevenção
primária do delito, capaz de abrandar os fenômenos criminais.
e) A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência da prevenção primária
do delito, uma vez que ela atua diretamente na pessoa do recluso, buscando evitar a
reincidência penal e promover meios de ressocialização do apenado.

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DIREITO
(2017 - CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia) Considerando que, para a criminologia, o
delito é um grave problema social, que deve ser enfrentado por meio de medidas
preventivas, assinale a opção correta acerca da prevenção do delito sob o aspecto
criminológico.
a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais sem
fins lucrativos, com a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma das
formas de prevenção terciária do delito.
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas,
uma vez que o trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento
dissuasório, que opera no processo motivacional do infrator.

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DIREITO
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, uma
vez que opera, etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de medidas
dissuasórias e a curto prazo, dispensando prestações sociais.
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as
atividades policiais de investigação de determinado estado, devido ao grande número
de homicídios não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa consistirá
diretamente na prevenção terciária do delito.
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e
dissuasórias atuantes sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a
reincidência.

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DIREITO
(VUNESP - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção criminal secundária é aquela
que atua
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e
estudo, evitando sua reincidência.
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação
policial, programas de apoio e controle das comunicações.
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos
individuais e sociais.
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e
segurança.
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com
programas psicológicos e de assistência social.
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OBRIGADO!

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