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DIREITO PENAL X POLITICA CRIMINAL X CRIMINOLOGIA

1) Direito Penal:
a) Analisa os fatos humanos indesejáveis, definem quais devem ser rotulados como
crime ou contravenção, anunciando suas respectivas penas;
b) Ocupa-se do crime enquanto norma.
Ex: define como crime lesão no âmbito doméstico e familiar.
2) Criminologia:
a) Ciência Empírica que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o comportamento da
sociedade;
b) Ocupa-se do crime enquanto fato.
Ex: quais os fatores contribuem para a violência doméstica e familiar.
3) Política Criminal (um braço da criminologia):
a) Trabalha estratégias e meios de controle social da criminalidade;
b) Ocupa-se do crime enquanto valor.

A Criminologia sempre tem um cunho opinativo, ou seja, ela subministra informações


verificadas empiricamente à Política Criminal, a qual tem um cunho decisivo que, por sua
vez, decide as políticas criminais a serem seguidas, as quais são transformadas em leis e
executadas pelo Direito Penal, que teria um cunho operativo.

1) Criminologia: Etapa Explicativa;


2) Política Criminal: Etapa Decisiva;
3) Direito Penal: Etapa instrumental.

Política Criminal é uma disciplina que estuda estratégias estatais para


atuação preventiva sobre a criminalidade, e que tem como uma das principais finalidades o
estabelecimento de uma ponte eficaz entre a criminologia, enquanto ciência empírica, e o
direito penal, enquanto ciência axiológica.
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Teoria de Jesús-Maria Silva Sánchez (velocidade do D.penal)

1 velocidade: infrações penais mais graves, punidas com privação da liberdade.


Processo penal mais lento, mas com tds as garantias constitucionais e processuais
preservadas.

2 velocidade: relativização dos direitos, processo mais rápido, mas garantias


preservadas(lei 9099)

3 velocidade: defende a punição mais rigorosa com pena de privação de liberdade e


menos garantias processuais e constitucionais(diretio penal do inimigo)

4 velocidade: está ligado ao direito internacional para crimes contra a


humanidade(TPI), genocídio, guerra(neopunitivismo) (há divergências)
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CIÊNCIAS

etiologia criminal : estudo das causas delito


Criminogênese: é a ciência que tenta explicar as manifestações criminosas humanas
através de Teorias.

criminologia: ciência empírica e interdisciplinar que tem por objetivo o crime, o


criminoso, a vítima e o controle social do comportamento delitivo e que provê uma
informação válida, contrastada e confiável sobre a gênese.

A sociologia criminal: é um ramo da sociologia que estuda a motivação e a


perpetuação do crime na sociedade.
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CONCEITO DE CRIME PARA CRIMINOLOGIA

Crime direito penal: conceito pode ser (tripartida ou bipartida)


Tripartida - fato típico, ilícito e culpável.

Crime para criminologia: É um problema social e comunitário, que abrange 4


elementos:

a) INCIDÊNCIA MASSIVA: a conduta criminosa não pode ser um fato isolado, ainda
que socialmente reprovável;
b) INCIDÊNCIA AFLITIVA: o delito deve ser algo ruim, capaz de causar
prejuízo/dor à vítima ou à sociedade;
c) PERSISTÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL: o fato deve ser durável no tempo e no
espaço em determinado local;
d) INEQUÍVOCO CONSENSO: é necessário um inequívoco consenso de que tal ato
deva ser considerado como crime.
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OBJETOS DA CRIMINOLOGIA

Criminologia: Ciência empírica e Interdisciplinar, que se ocupa do Estudo do crime, do


criminoso, da vítima e do controle social.

Empirismo: Análise observação da realidade ( processo indutivo) experimental.


Ciencia do ser.

Criminologia: Direito Penal:

- Ciência do Ser Ciência do dever ser


- Método indutivo Método dedutivo
- Empírico e interdisciplinar Normativo, lógico e abstrato
- Sai do particular para o geral Sai do geral para o particular.

Política criminal: A ponte eficaz entre o direito Penal e a criminologia.

Criminologia (objeto e método)

Objetos: DELITO, DELINQUENTE, CONTROLE SOCIAL E VÍTIMA

Método: EMPÍRICO E INTERDISCIPLINAR.


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MODELO DE RESPOSTA AO DELITO

TEORIA DA REAÇÃO SOCIAL

A ocorrência da ação criminosa gera uma reação social (estatal) em sentido contrário, no
mínimo proporcional àquela. Da evolução das reações sociais ao crime prevalecem
hordiernamente três modelos: dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador).

Modelo dissuasório (direito penal clássico): repressão por meio da punição ao agente
criminoso, mostrando a todos que o crime não compensa e gera castigo. Aplica-se a pena
somente aos imputáveis e semi-imputáveis, pois aos inimputáveis se dispensa tratamento
psiquiátrico.

Modelo ressocializador: intervém na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando
punição, mas também lhe possibilitando a reiserção social. Aqui a participação da sociedade é
relevante para a ressocialização do infrator, previnindo a ocorrência de estigmas.

Modelo restaurador (integrador): recebe também a denominação de "justiça restaurativa" e


procura restabelecer, da melhor maneira possível, o status quo ante, visando a reeducação do
infrator, a assistência à vítima e o controle social afetado pelo crime. Gera a restauração,
mediante a reparação do dano causado.

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