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1) Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial determinar que
um indiciado forneça material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA
cujo resultado poderá constituir prova para determinar a autoria de um crime, o
indiciado estará obrigado a cumprir a determinação.
Questão errada, uma vez que viola o princípio do Nemo Tenetur se Detegere, ou princípio da presunção
da inocência.
Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, ninguém é obrigado a se autoincriminar.
e) Nos crimes comuns e nos casos de prisão em flagrante, deverá a autoridade policial
garantir a assistência de advogado quando do interrogatório do indiciado, devendo
nomear defensor dativo caso o indiciado não indique profissional de sua confiança.
incorreta. Não cabe a autoridade policial nomear defensor ao interrogando que não indicar profissional
de sua confiança.
Certo.
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA : TERCEIRO, QUE NAO FAZ PARTE DA CONVERSA, GRAVA SEM
O CONHECIMENTO DOS INTERLOCUTORES. É NECESSÁRIO AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
(1) como meio de prova: quando o fim da apreensão for previamente definido e consistir no
objeto material do delito. Exemplo: a apreensão da substância entorpecente para a
configuração do delito-de tráfico;
(2) como meio de obtenção de prova: quando a busca e apreensão se destinar não a produzir a
prova em si, mas a apreender as provas, tal como se dá com a apreensão de documentos. A
busca e a apreensão, neste caso, é o meio para a obtenção da prova (o documento}.
(3) como medida instrumental, cautelar probatória; quando o ato, em seu aspecto processual,
for revestido de urgência (jumus boni íuris e periculum in mora) e visar assegurarque seja
viabilizada produção probatória que, sem o seu deferimento, não seria possível (necessidade).
10) É indispensável o exame pericial, direto ou indireto, nos casos em que a infração
penal deixe vestígios, não podendo supri-lo a confissão do acusado, facultada ao MP,
ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a indicação de
assistente técnico para atuar na etapa processual após sua admissão pelo juiz e a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais.
Certo. Lembrando que o conceito de "Exame de corpo delito indireto" possui duas acepções na
doutrina:
1ª corrente: Advoga que o exame de corpo delito indireto é qualquer prova que pode suprir a
falta do exame direto, quando a realização deste não for possível em virtude perecimento dos
vestígios. Destarte, não há nenhuma formalidade para a constituição do exame indireto. Ex.:
prova testemunhal, fotografias dos vestígios, etc.
2ª corrente: Defende que o exame de corpo delito indireto é um exame pericial, realizado pelos
experts sobre os depoimentos das testemunhas acerca dos vestígios deixados ou sobre os
documentos pertinentes à materialidade da infração penal.
Art. 158, CPP - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
§ 3º - Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
11) A autoridade policial deve promover as diligências para o devido esclarecimento dos fatos
lesivos a algum direito. Essa averiguação deve ser baseada em procedimentos de
demonstração, os quais dependem da natureza dos fatos. Com relação a esse assunto, julgue o
item a seguir.
Caso haja contradição entre os depoimentos das testemunhas, as confissões dos acusados e as
conclusões técnicas dos peritos, o testemunho das pessoas envolvidas, quando estas estiverem
sob juramento, deve prevalecer sobre as conclusões técnicas dos peritos.
As provas tem o mesmo peso, não existem provas mais importante que a outra! Sem hierarquia.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
CPP NO CAPUT DO ART 155, adotou o sistema do:
Segundo o qual o juiz pode apreciar/AFERIR as provas livremente, MAS TEM QUE MOTIVAR/FUNDAMENTAR SUAS
DECISÕES.
NO ART.155, Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas
na lei civil.
E, por fim, em caso de divergência entre os laudos periciais: os peritos devem registrar no laudo, separadamente,
as conclusões de cada um, ou ainda, redigir cada um o seu laudo. Por conseguinte, o juiz nomeará um terceiro perito
e, se este vier a divergir dos anteriores, poderá ser determinado um novo exame, por outros peritos. Art. 180 e 181, p.
único, CPP.
Princípio da relatividade das provas: nenhuma prova tem valor absoluto, definido a priori. NÃO EXISTE
HIERARQUIA ENTRE AS PROVAS.
Exceção deve ser feita nas provas com relação ao estado de pessoa, em que só se admite a prova documental
(segundo o parágrafo único do Art. 155, somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.").
Cada prova deverá ser analisada em conformidade com todo o conjunto probatório (análise global das
provas). Impossível, portanto, afirmar que, em tese, um testemunho valerá mais que uma confissão ou que uma perícia
médica valerá mais que um testemunho. Será o juiz a valorar as provas conforme o conjunto probatório, podendo
atribuir maior valor a quaisquer dos meios probatórios.
12) No foro penal, o relatório do médico perito, denominado laudo pericial médico-
legal, somente poderá ser solicitado pela autoridade competente até o momento da
sentença.
Errada. Pode-se requerer laudo durante o curso do processo judicial, que não termina,
necessariamente, com a prolação da sentença. Está no inciso I, parágrafo 5º do Art. 159, do
CPP.
15) Por determinação legal, o exame necroscópico ou cadavérico deve ser realizado
pelo menos seis horas após o óbito. Todavia, tal obrigatoriedade é dispensada se
houver evidência da morte, como ausência de movimentos respiratórios,
desaparecimento do pulso ou enregelamento do corpo.
Certo. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
16) Não se faz distinção entre corpo de delito e exame de corpo de delito, pois ambos
representam o próprio crime em sua materialidade.
Errado.
CORPO DE DELITO: São os elementos sensíveis deixados pelo crime (vestígios);
18) Considere que em determinada ação penal foi realizada perícia de natureza
contábil, nos moldes determinados pela legislação pertinente, o que resultou na
elaboração do competente laudo de exame pericial. Na fase decisória, o juiz discordou
das conclusões dos peritos e, de forma fundamentada, descartou o laudo pericial ao
exarar a sentença. Nessa situação, a sentença é nula, pois o exame pericial vincula o
juiz da causa.
Errada. A adoção do sistema do livre convencimento regrado (ou motivado) implica a não-
vinculação do Juiz à qualquer prova produzida. Desse princípio decorre o sistema liberatório de
apreciação da prova pericial. Esta previsão se encontra no art. 182 do CPP: O juiz não ficará
adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
OBS: Não poderá rejeitar o exame de corpo de delito
21) Em um bar, Gustavo, com intenção de matar e munido de uma faca, entrou em
luta corporal com Adriano. Durante a luta, três copos e duas garrafas foram
quebrados, uma cadeira foi danificada, uma parede foi suja de sangue, a faca
ensanguentada caiu em cima de uma mesa e, por fim, a vítima caiu morta no chão.
Tendo como referência a situação hipotética acima, é correto afirmar que o corpo de
delito é constituído:
a) apenas pelo corpo da vítima.
b) apenas pelos três copos e pelas duas garrafas quebradas.
c) apenas pela faca ensanguentada.
d) apenas pelo sangue na parede e pelo cadáver da vítima.
e) pelos três copos e pelas duas garrafas quebradas, pela cadeira danificada, pelo sangue na
parede, pela faca ensanguentada e pelo cadáver da vítima.
Macete pra não esquecer: Corpo de delito é o cenário e seus atores !
Tudo que tiver relação com o fato típico é corpo de delito. Por exame de corpo de delito
compreende-se a perícia destinada à comprovação da materialidade das infrações que deixam
vestígios. A própria nomenclatura utilizada – “corpo de delito” – aliás, sugere o objetivo dessa
perícia: corporificar o resultado da infração penal, de forma a documentar o vestígio,
perpetuando-o como parte do processo criminal. E por vestígio, entende-se qualquer mudança
do ambiente do crime em virtude do cometimento do próprio crime.
24) De acordo com a Lei n.º 9.807/1999, que trata de Programas de Proteção a
Vítimas e Testemunhas, assinale a opção correta.
a) Estão excluídos da proteção os ascendentes e os dependentes que tenham convivência
habitual com a vítima ou a testemunha.
ERRADO. Art. 2º, § 1º A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro,
ascendentes, descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou
testemunha, conforme o especificamente necessário em cada caso.
b) Estão incluídos nessa proteção os condenados que estejam cumprindo pena, uma vez que é
dever do Estado proteger a integridade física do preso.
ERRADO. Art. 2º, §2º Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja personalidade ou conduta
seja incompatível com as restrições de comportamento exigidas pelo programa, os condenados
que estejam cumprindo pena e os indiciados ou acusados sob prisão cautelar em qualquer de
suas modalidades. Tal exclusão não trará prejuízo a eventual prestação de medidas de
preservação da integridade física desses indivíduos por parte dos órgãos de segurança pública.
d) A solicitação visando ao ingresso nesse programa poderá ser encaminhada ao órgão executor
pelo interessado, por representante do MP, pela autoridade policial que conduz a investigação
criminal, pelo juiz competente para a instrução do processo criminal ou por órgãos públicos e
entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos.
CORRETO. Art. 5o A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada ao
órgão executor:
I - pelo interessado;
V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos.
a) Na opinião do STJ, a chamada de corréu não pode ser levada em conta pelo juiz como um
meio de prova, mesmo que em harmonia com o conjunto probatório dos autos.
ERRADA - Na opinião do STJ, a chamada de corréu não pode ser levada em conta pelo juiz
como um meio de prova, mesmo que em harmonia com o conjunto probatório dos autos. O STJ
admite a delação do Corrél desde que haja um conjunto probatório.
b) De acordo com a jurisprudência do STF, quando da prisão cautelar de um advogado, deve-se
atentar para as garantias trazidas no Estatuto da OAB, inclusive a que impõe recolhimento em
sala de Estado-Maior que, em nenhuma hipótese, pode ser gradeada.
ERRADA - De acordo com a jurisprudência do STF, quando da prisão cautelar de um advogado,
deve-se atentar para as garantias trazidas no Estatuto da OAB, inclusive a que impõe
recolhimento em sala de Estado-Maior que, em nenhuma hipótese, pode ser gradeada. não
existe impedimento quanto gradeamento.
c) Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se necessária intimação da data
da audiência no juízo deprecado
ERRADA - Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se necessária intimação
da data da audiência no juízo deprecado. conforme sumula: 273 do STJ
d) O STF, hodiernamente, não vem admitindo a ratificação dos atos decisórios praticados por
órgão jurisdicional absolutamente incompetente.
ERRADA - O STF, hodiernamente, não vem admitindo a ratificação dos atos decisórios
praticados por órgão jurisdicional absolutamente incompetente. O STF admite a ratificação dos
atos decisórios por órgão jurisdicional absolutamente incopetente.
e) Durante o julgamento em sessão plenária do júri, não será permitida a leitura de documento
ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de três
dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
CERTA – Durante o julgamento em sessão plenária do júri, não será permitida a leitura de
documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência
mínima de três dias úteis, dando-se ciência à outra parte (art. 479 CPP).
C) No exame por precatória, a nomeação dos peritos é feita no juízo deprecante, qualquer que
seja a natureza da ação penal.
- ERRADO - Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação
poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Súmula 455, STJ: "Adecisão que determina a produção antecipada de provas com base no art.
366 do CPP deveser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero
decurso do tempo."
Súmula 376, STJ: "Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra
ato de juizadoespecial."
Súmula 347, STJ: "Oconhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão."
Súmula 140, STJ: "Compete à Justiça Comum ESTADUAL processar e julgar crime em que o
indígena figure comoautor ou vítima."
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, podendo suprilo a confissão do acusado. Art. 158, CPP- Quando a infração deixar
vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-
lo a confissão do acusado.
Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios,a prova
testemunhal poderá suprir lhe a falta. CRIMES TRANSEUNTES: São os que não deixam vestígios
(injúria verbal, por exemplo).CRIMES NÃO TRANSEUNTES: são os que deixam vestígios
(homicídio, furto).
O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de dez (10) dias, podendo este prazo ser
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
A prova, no Processo Penal, incumbirá a quem alega (CPP, art. 156). Contudo, é correto afirmar:
a) As provas derivadas daquelas consideradas ilícitas são sempre válidas e devem ser
recepcionadas sem ressalvas, sendo inadmissíveis só aquelas efetivamente ilícitas. ERRADA
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser
obtidas por uma fonte independente das primeiras.
b) Quando a infração deixa vestígios, a confissão do acusado supre o exame de corpo de
delito. ERRADA
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
c) O juiz, de ofício, não pode ordenar a realização de provas antes do início da ação penal,
porque passa a presidi-la apenas depois do recebimento da denúncia. ERRADA. Art. 156. A
prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: