Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Excepcionalmente, admite-se a prova tarifada, em que cada prova terá o seu valor pré-
estabelecido.
QUESTÃO 02
Acerca dos meios de provas, suas espécies, classificação e valoração, julgue o item a
seguir.
O juiz detém discricionariedade quanto à valoração dos elementos probatórios, porém
é limitado à obrigatoriedade de motivação de sua decisão, com base em dados e
critérios objetivos.
ART. 155 DO CPP
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.
QUESTÃO 03
Acerca da prova criminal, julgue o item subsequente.
O juiz pode condenar o acusado com base na prova pericial, porque, a despeito de ser
elaborada durante o inquérito policial, ela é prova técnica e sujeita ao contraditório das
partes.
ART. 157 DO CPP
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
PROVAS: ILÍCITAS X ILEGÍTIMAS
Provas ilícitas são aquelas obtidas por meio de violação de um direito material. Ex:
interceptação telefônica sem autorização judicial.
Provas ilegítimas são aquelas que infringem regras de direito processual. Ex:
depoimento da testemunha sem ser compromissada.
QUESTÃO 04
Julgue o item subsecutivo, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos.
Consideram-se ilícitas, inadmissíveis no processo penal, as provas que importem em
violação de normas de direito material (Constituição ou leis), mas não de normas de
direito processual.
ART. 157, §§ 1º e 2º
Art. 157, § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos
e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao
fato objeto da prova.
QUESTÃO 05
Julgue o item subsequente, em relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica
e à citação por hora certa.
Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de Processo
Penal, a prova ilícita produzida no processo criminal tem o condão de contaminar todas
as provas dela decorrentes, devendo, entretanto, ficar evidenciado o nexo de
causalidade entre elas, considerando-se válidas, ademais, as provas derivadas que
possam ser obtidas por fonte independente da prova ilícita.
QUESTÃO 06
Com relação a provas, julgue o próximo item.
Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se
beneficiarem o réu.
QUESTÃO 07
Ainda acerca de aspectos diversos do processo penal brasileiro, o próximo item
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Pedro, sem autorização judicial, interceptou uma ligação telefônica entre Marcelo e
Ricardo. O conteúdo da conversa interceptada constitui prova de que Pedro é inocente
do delito de latrocínio do qual está sendo processado. Nessa situação, embora a prova
produzida seja manifestamente ilícita, em um juízo de proporcionalidade, destinando-se
esta a absolver o réu, deve ser ela admitida, haja vista que o erro judiciário deve ser a
todo custo evitado.
ART. 157 DO CPP
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
QUESTÃO 08
Com base no disposto no CPP e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, julgue
os seguintes itens.
A prova declarada inadmissível pela autoridade judicial por ter sido obtida por meios
ilícitos deve ser juntada em autos apartados dos principais, não podendo servir de
fundamento à condenação do réu.
ART. 157 DO CPP
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta
será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá
proferir a sentença ou acórdão.
QUESTÃO 09
A respeito da prova no processo penal, julgue o item subsequente.
A consequência processual da declaração de ilegalidade de determinada prova obtida
com violação às normas constitucionais ou legais é a nulidade do processo com a
absolvição do réu.
ART. 158 DO CPP
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
QUESTÃO 10
No que se refere ao exame de corpo de delito, julgue o item seguinte.
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar
vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto.
ART. 167 DO CPP
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
QUESTÃO 11
Com relação às condutas típicas previstas no Código Penal brasileiro e em leis
específicas, e ainda, no que se refere às disposições gerais sobre a prova (CPP, Cap. I, Tít.
VII), julgue os itens seguintes.
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência do corpo da vítima
em suposto crime de homicídio impede o ajuizamento da ação penal, haja vista a
impossibilidade da realização de exame de corpo de delito, não sendo admitidos, nessa
situação, outros meios de provas.
ART. 159 DO CPP
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre
as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
QUESTÃO 12
No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue o item subsequente.
É possível que, na falta de perito oficial, a prova pericial seja realizada por duas pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área objeto do
exame, nomeadas pelo juiz da causa.
ASSISTENTE TÉCNICO
Art. 159, § 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
(...)
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à
perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua
guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for
impossível a sua conservação.
QUESTÃO 13
No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue o item subsequente.
Admitido, pelo juiz, o assistente técnico, que poderá ser indicado e pago pela parte, terá
este acesso ao material probatório, no ambiente do órgão oficial e na presença do
perito oficial.
ART. 182 DO CPP
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou
em parte.
QUESTÃO 14
No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue o item subsequente.
O juiz não ficará vinculado às conclusões dos peritos exaradas no laudo técnico,
podendo rejeitá-las completamente.
ART. 249 DO CPP
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.
QUESTÃO 15
Tendo em vista que a atividade de segurança é abrangente e envolve técnicas
operacionais, armamento, técnicas de tiro e de defesa pessoal, julgue o item a seguir.
A fim de evitar constrangimentos e garantir os direitos da mulher, a legislação
pertinente veta a realização de busca pessoal em mulher por profissional do sexo
masculino.
BUSCA PESSOAL
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando
houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de
objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada
no curso de busca domiciliar.
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.
QUESTÃO 16
No curso de uma investigação federal de grande porte, o juízo federal autorizou medida de busca e
apreensão de bens e documentos, conforme descrito em mandado judicial, atendendo a representação
da autoridade policial. Na realização da operação, houve dificuldade de identificação e de acesso ao
imóvel apresentado na diligência, por estar situado em zona rural. Nesse mesmo dia, no entanto,
durante a realização de outras diligências empreendidas no curso de operação policial de grande porte,
os agentes chegaram ao sobredito imóvel no período noturno. Apresentaram-se, então, ao casal de
moradores e proprietários do bem, realizando a leitura do mandado, com a exibição do mesmo,
obedecendo às demais formalidades legais para o cumprimento da ordem judicial. Desse modo,
solicitaram autorização dos moradores para o ingresso no imóvel e realização da diligência.
Considerando a situação hipotética acima, julgue os próximos itens, com base nos elementos de direito
processual.
Na execução regular da diligência, caso haja suspeita fundada de que a moradora oculte consigo os
objetos sobre os quais recaia a busca, poderá ser efetuada a busca pessoal, independentemente de
ordem judicial expressa, ainda que não exista mulher na equipe policial, de modo a não retardar a
diligência.
EXAME GRAFOTÉCNICO
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o
seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já
tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver
dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em
arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser
retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade
mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo,
esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa
será intimada a escrever.
QUESTÃO 17
A respeito da prova no processo penal, julgue o item subsequente.
O exame caligráfico ou grafotécnico visa certificar, por meio de comparação, que a letra
inserida em determinado escrito pertence à pessoa investigada. Esse exame pode ser
utilizado como parâmetro para as perícias de escritos envolvendo datilografia ou
impressão por computador.
QUESTÃO 18
Com relação às condutas típicas previstas no Código Penal brasileiro e em leis
específicas, e ainda, no que se refere às disposições gerais sobre a prova (CPP, Cap. I, Tít.
VII), julgue os itens seguintes.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é lícita a gravação de
conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.
ART. 163 DO CPP
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará
para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se
lavrará auto circunstanciado.
QUESTÃO 19
No que se refere ao exame de corpo de delito, julgue o item seguinte.
A autoridade providenciará que, em dia e hora previamente marcados, seja realizada a
diligência de exumação para exame cadavérico, devendo-se lavrar auto circunstanciado
da sua realização.
ACAREAÇÃO
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
(...)
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre
testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias
relevantes.
QUESTÃO 20
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou
a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de
rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia,
onde foi instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Caso declarações de José sejam divergentes de declarações de testemunhas da
receptação praticada, poderá ser realizada a acareação, que é uma medida cabível
exclusivamente na fase investigatória.
TESTEMUNHA
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que
souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência,
sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das
partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as
razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.