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PROCESSO PENAL- PROVAS

Súmula 455. STJ. A decisão que determina a produção antecipada de provas com
base no art.366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do tempo. (Ressalva STJ. RHC. Julgado 2016: Policiais,
tendo em vista que com o decurso do tempo há a possibilidade de o mesmo esquecer o
fato, por estar lidando comumente com crimes, ou seja, o simples fato de ser policial já
demonstra urgência na oitiva deles).

Julgados sobre a serendipidade no STF (Adimitindo)

O crime achado =, ou seja, a infração penal desconhecida e, portanto, até aquele


momento não investigada, sempre deve ser cuidadosamente analisada (...). A prova
obtida mediante interceptação telefônica, quando referente a infração penal diversa da
investigada, deve ser considerada lícita se presentes os requisitos constitucionais e
legais. (HC, SP).

Informativo 816 STF. O STF fixou a seguinte orientação: a norma escrito no art.400
do CPP comum aplica-se, a partir da publicação da ata do presente julgado, aos
processos penais militares, aos processos penais eleitorais e a todos os procedimentos
penais regidos por legislação especial incidindo somente naquelas ações cuja instrução
não se tenha encerrado.

Súmula 574 STJ. Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a


comprovação de sua materialidade, é suficiente a perícia realizada por amostragem do
produto apreendido, nos aspectos externos do material, e é desnecessária a
identificação dos titulares dos direitos autorais violados ou daqueles que o
representarem.

SOBRE A CONDUÇÃO COERCITIVA- ADPF 395 E 444 DF. STF. Julgados em


2018. Proíbe a condução coercitiva para fins de interrogatório, com base nos
fundamentos: Dignidade da pessoa humana, Presunção de não culpabilidade;
Liberdade de Locomoção; Não auto-incriminação; A legislação prevê o direito de
ausência do investigado ou acusado ao interrogatório.

HC STF. 101.021. No interrogatório do réu, onde o mesmo deverá se retirar da sala,


para que seja feito separadamente, o advogado/defensor da parte contrária poderá
formular perguntas.
HC.STF.Art.191. CPP. No caso de réu atuar em causa própria, na hora do
interrogatório do corréu deverá se retirar mesmo assim e para este ato específico
deverá constituir novo advogado, ou o juiz nomeará um defensor.

Súmula 545. STJ. Quando a confissão for utilizada para a formação do


convencimento do julgador, o réu fará jus a atenuante prevista no Art.65, III, d do CP.

Súmula 630. STJ. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime do


tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado,
não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. Ou seja,
deverá confessar que estava traficando, quando se tratar de confissão de uso não
incidirá a atenuante.

Súmula 155.STF. É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da


expedição de precatória para inquirição de testemunha.

Súmula 273, STJ. Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se


desnecessária a intimação da data da audiência no juízo deprecado.

O artigo 226 do CPP encerra uma recomendação e não uma exigência a ser seguida,
em relação ao procedimento para o reconhecimento de pessoas, conforme assente
entendimento deste tribunal. STJ. Julgado de 01.06.2017.

STF. 25.06.2020. Não há como se acolher a pretensão no sentido de que seria


necessariamente do STF a competência para apreciar o pedido de Busca e
Apreensão a ser cumprida nas dependências da Casa Legislativa. As imunidades
parlamentares visam a salvaguardar a independência do exercício dos respectivos
mandados congressuais, de modo que não são passiveis de extensão em favor de
outros agentes públicos ou funções alheias as estritas atividades parlamentares. Por
essa razão, não há impedimento normativo de que integrantes de polícia
legislativa sejam diretamente investigados em Primeiro grau, na medida em que
referidas funções públicas não se inserem no rol taxativo a legitimar a competência
penal originária desta suprema Corte.

Em 2014, no julgamento do EREsp 617.428, por unanimidade, a Corte Especial do


STJ estabeleceu que a prova emprestada não pode se restringir a processos em que
figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade,
sem justificativa razoável para tanto. De outro lado, a prova emprestada,
independentemente de ser testemunhal, pericial ou outra natureza, ingressa no
processo de destino como prova documental.
É desnecessária prova pericial para a comprovação da materialidade do crime de
uso de documento falso. Precedentes (HC 133.813/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI,
QUINTA TURMA, julgado em 25/05/2010, DJe 02/08/2010)

Os delitos de porte ou posse de arma de fogo, acessório ou munição, possuem natureza


de crime de perigo abstrato, tendo como objeto jurídico a segurança coletiva, não se
exigindo comprovação da potencialidade lesiva do armamento, prescindindo,
portanto, de exame pericial (HC 366.292/SE, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 27/06/2017)

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. QUADRILHA, CONCUSSÃO E


CORRUPÇÃO PASSIVA. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. NULIDADE.
INCOMPETÊNCIA DA AUTORIDADE JUDICIAL. MÁCULA NÃO
CARACTERIZADA. DESPROVIMENTO DO RECLAMO. 1. Nos termos do artigo
1º da Lei 9.296/1996, a competência para deferir a interceptação telefônica no curso do
inquérito policial é do juiz competente para a ação principal. 2. Prevalece na doutrina e
na jurisprudência o entendimento segundo o qual a competência para autorizar a
interceptação telefônica no curso das investigações deve ser analisada com cautela,
pois pode ser que, inicialmente, o magistrado seja aparentemente competente e apenas
no curso das investigações se verifique a sua incompetência. 3. A descoberta, no
decorrer da execução das interceptações telefônicas, de que os delitos investigados
foram praticados fora dos limites territoriais de jurisdição da autoridade que
deferiu a medida, não tem o condão de nulificar as provas já colhidas. (...) 5.
Recurso improvido (RHC 49.057/PR, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA
TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014)

"Havendo necessidade de renovação do prazo da interceptação, esta deve se dar antes


do decurso do prazo fixado na decisão originária, evitando-se uma solução de
continuidade  na captação das comunicações telefônicas. Como o controle judicial
deve ser prévio, seja  no tocante à concessão inicial da interceptação, seja em
relação à renovação do prazo, se as interceptações se prolongarem por período
"descoberto" de autorização judicial, os elementos aí obtidos devem ser
considerados INVÁLIDOS, por violação ao preceito do art. 5°, XII, da Constituição
Federal.

-Já foi cobrado nos temas de prova: Em relação à aplicação da lei no  espaço,
vigora o princípio da absoluta territorialidade da lei processual penal. O princípio
da absoluta territorialidade se aplica ao DIREITO PROCESSUAL PENAL; O
princípio da territorialidade temperada se aplica ao DIREITO PENAL.

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