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Após investigações preliminares realizadas pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, foi
deflagrada a 1ª fase da Operação Prego no Pão que, dentre outros fatos, investigava
supostos ilícitos relacionados à fraude a licitações, corrupção passiva, lavagem de capitais
e organização criminosa. Após o cumprimento de vários mandados de busca e apreensão e
de prisões preventivas, você na qualidade de aluno inscrito no NPJ da FND foi contatado
pela família de Elton Raposo Gonzaga de Medeiros (um dos investigados e alvo da ação
policial) que, por estar em viagem, não foi localizado e, por isso, não foi detido – mesmo
tendo em seu desfavor uma ordem de prisão preventiva expedida pelo juízo da 1ª Vara
Federal do Rio de Janeiro/RJ. Após se dirigir até a Delegacia de Polícia Federal, você
recebe a informação do Delegado responsável por conduzir aquelas investigações que
algumas provas ainda estavam sendo colhidas e que, por esse motivo, você não poderia ter
acesso ao Inquérito Policial que – segundo aquela autoridade policial – era sigiloso, nem
tampouco às medidas cautelares representadas à justiça que igualmente estavam em
segredo de justiça. Diante dessa situação, quais as medidas judiciais cabíveis a serem
adotadas na qualidade de aluno inscrito no NPJ da FND e já constituído pela família de
Elton Raposo Gonzaga de Medeiros?
Redija a(s) peça(s) processual(is) cabível(is) nesse caso concreto, invocando todas as
questões (preliminares e de mérito), fundamentos jurídicos e dispositivos legais e
jurisprudenciais aplicáveis à espécie.
MANDADO DE SEGURANÇA
com fundamento no art. 5º, LXIX, da CR/88 e art. 1º da Lei 12.016/09 e no art.
7º, XIV, da EOAB, contra ato do Exmo. Delegado Federal, ora apontado
como Autoridade Coatora, que negou vista dos autos n. ao seu defensor
constituído, no qual consta como investigado, apesar do constante na súmula
vinculante n. 14 do STF.
1. BREVE HISTÓRICO
Após diversas tentativas infrutíferas na Delegacia Federal de vista
dos autos do inquérito, apesar de ter a procuração em mãos (uma via já juntada
aos autos, e uma em anexo a este writ) foi negada à Defesa argumentando se
tratar de um inquérito tramitando sob segredo de justiça.
Porém, a decisão contraria diretamente a Súmula Vinculante n. 14
do STF, que determina ser direito do defensor do investigado ter acesso a todas
as provas documentadas em procedimento investigatório, seja ele sigiloso ou
não.
3. DA CONCESSÃO DA LIMINAR