PROCESSO PENAL

INQUÉRITO POLICIAL - ART 4º AO 23º DO CPP

DEFINIÇÃO: É UM PROCEDIMENTO (CONJUNTO DE ATOS/DILIGÊNCIAS) ADMINISTRATIVO

ESCRITO, SIGILOSO E NÃO CONTRADITÓRIO A CARGO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA E QUE TEM
POR FINALIDADE APURAR A PRÁTICA DE UMA INFRAÇÃO PENAL E A RESPECTIVA AUTORIA.

OBS: INQUÉRITO NÃO É PROCEDIMENTO JUDICIAL! INQUÉRITO É PROCEDIMENTO

ADMINISTRATIVO!

O PROCESSO JUDICIAL É FEITO POR UM JUÍZ !

PERSEPÇÃO CRIMINAL

1ª FASE: INVESTIGATIVA/INQUÉRITO (PRESIDIDA POR UM DELEGADO, POR ISSO O INQUÉRITO

É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO) + 2ª FASE: PROCESSO JUDICIAL (PRESIDIDA POR
JUÍZ!)

OBS: DELEGADO É PARTE DO EXECUTIVO!

PROCESSO ESCRITO: Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

O PROCESSO DEVE SER ESCRITO PARA FIM DE CONSULTA POR OUTRAS AUTORIDADES

PROCESSO SIGILOSO: Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à

elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

O SIGILO NÃO É ABSOLUTO, PORTANTO NÃO SE DEVE MANTER O INQUÉRITO EM SIGILO

PARA:

- O INDICIADO;

POIS QUANDO A PESSOA É INDICIADA, JÁ FOI FEITO A FUNDAMENTAÇÃO DO CASO PELO

DELEGADO.

- AO ADVOGADO; (ART 7º, INCISO XIII AO XV, E PARÁGRAFO 1º DA LEI 8096/94)

LEI 13245/16 ART 7º INCISO XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças
e tomar apontamentos, em meio físico ou digital.

§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos
direitos de que trata o inciso XIV.

§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do
advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não
documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia
ou da finalidade das diligências.
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de
autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno
investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do
responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da
defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz
competente.” (NR)

Art. 14. CPP - O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

SUMULA VINCULANTE 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso

amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

OBS: O ADVOGADO NÃO PODE REQUERER INFORMAÇÕES SOBRE DILIGÊNCIAS AINDA EM

ANDAMENTO!

- MP e JUÍZES

NÃO CONTRADITÓRIO

OFICIALIDADE

O INQUÉRITO POLICIAL DEVE SER REALIZADO POR UM ÓRGÃO OFICIAL DO JUDICIÁRIO

(POLÍCIA FEDERAL OU CIVIL)

A POLÍCIA JUDICIÁRIA É COMPOSTA PELA POLÍCIA CÍVIL (ESTADO) E POLÍCIA FEDERAL

(UNIÃO) E É DEFINIDA POR TER CARÁTER INVESTIGATIVO, OU SEJA, AGE QUANDO EXISTE A
SUSPEITA DE UMA CRIME.

POLÍCIA ADMINISTRATIVA SÃO AS POLÍCIAS MILITARES. SÃO CARACTERIZADAS PELO CARÁTER

ADMINISTRATIVO, OU SEJA, PREVINIR DELITOS.

OBS: O FORMATO DO INQUÉRITO POLICIAL DEPENDE DO TIPO DE AÇÃO PENAL QUE O

DELITO LEVA.

AÇÃO PENAL PODE SER PÚBLICA OU PRIVADA (CONDICIONADA OU INCONDICIONADA).

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO

PROCEDIMENTO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA

(ART 5º CPP)

AÇÃO PENAL PÚBLICA É IMPETRADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

- DE OFÍCIO {O DELEGADO BAIXA A PORTARIA(ATO QUE O DELEGADO EXPEDE PARA

INSTAURAR O INQUÉRITO) E INSTAURA O INQUÉRITO}

- PODE SER INSTAURADO POR REQUERIMENTO DA VÍTIMA OU POR REQUISIÇÃO DO MP OU

JUIZ. (O LEGISLADOR UTILIZA VERBOS DIFERENTES PARA VÍTIMA, MP E AUTORIDADE
JURÍDICA, OU SEJA, JUÍZ. PARA A VÍTIMA O DELEGADO PODE PONDERAR, PARA MP E
AUTORIDADE JURÍDICA REQUISITAR SIGNIFICA ORDEM), PORÉM SALVO EM FLAGRANTE
ILEGALIDADE O DELEGADO PODE NEGAR INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO AO MP E JUÍZES.

- MEDIANTE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE. NESSE CASO, A PEÇA INICIAL É O PRÓPRIO

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, OU SEJA, O INQUÉRITO É INSTAURADO
AUTOMATICAMENTE COM O AUTO.

- MEDIANTE DELAÇÃO IDENTIFICADA. ART 5º CPP § 3º Qualquer pessoa do povo (NÃO É A

VÍTIMA) que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

OBS: A NOTÍCIA ANÔNIMA POR SI SÓ NÃO É APTA A INSTAURAR UM INQUÉRITO POLICIAL,

PORÉM PODE DESENCADEAR INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES PARA ENTÃO CUMINAR EM UM
INQUÉRITO.

PROCEDIMENTOS PARA AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA

- PELO CONSENTIMENTO (REPRESENTAÇÃO) DO OFENDIDO

- POR DENÚNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

PORTANTO, O DELEGADO NÃO PODE INSTAURAR O INQUÉRITO DE OFÍCIO, POIS DEPENDE

DE CONSENTIMENTO DA VÍTIMA OU DENÚNCIA DO MP!

PROCEDIMENTO PARA SE INSTAURAR AÇÃO PRIVADA

- PELO CONSENTIMENTO DA VÍTIMA

CRIMES DE AÇÃO PRIVADA SÃO AQUELES QUE ATACAM DIRETAMENTE OS DIREITOS DA

VÍTIMA.

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

Consiste na autorização constitucional (artigo 5º, inciso LIX) que possibilita à vítima ou seu
representante legal ingressar, diretamente, com ação penal, por meio do oferecimento da
queixa-crime, em casos de ações públicas, quando o Ministério Público deixar de oferecer a
denúncia no prazo legal (artigo 46 do Código de Processo Penal). Ressalta-se que a titularidade
da ação penal nesse caso não é da vítima. Uma vez oferecida a queixa pelo ofendido, o
Ministério Público poderá aditá-la, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em
todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo,
no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Nesse tipo de ação
é inadmissível a ocorrência do perdão ofertado pelo querelante (artigo 105 do Código Penal),
caso contrário, o Ministério Público deve retomar o seu lugar como parte principal.

Fundamentação:

 Artigo 5º, inciso LIX, da Constituição Federal

 Artigo 100, parágrafo 3º, do Código Penal
 Artigos 29 do Código de Processo Penal
ART 5º § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. PORTANTO, SE O CRIME
FOR CONTRA PESSOA, SOMENTE A PRÓPRIA PESSOA PODERÁ PROCEDER COM AÇÃO
PRIVADA, SE FOR CONTRA INCAPAZ, SOMENTE O TUTOR DA GUARDA PODERÁ PROCEDER, SE
FOR CRIME CONTRA DIREITOS DE UMA PESSOA JÁ MORTA, SOMENTE OS HERDEIROS LEGAIS
PODERÃO PROCEDER.

DILIGÊNCIAS (ART 6º E 7º CPP)

DILIGÊNCIAS SÃO AÇÕES TOMADAS PELO DELEGADO DURANTE A INVESTIGAÇÃO E

MONTAGEM DO INQUÉRITO.

NOMINADA - SÃO AS DILIGÊNCIAS PREVISTAS EM LEI, COMO POSSÍVEIS E REGULAMENTADAS.

INOMINADAS - SÃO AQUELAS QUE MESMO NÃO PREVISTAS EM LEIS SÃO ACEITÁVEIS
MORALMENTE SUA REALIZAÇÃO.

ART 6º IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.

X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma

deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (NA INTENÇÃO DE DAR
ENCAMINHAMENTO A ESSES DEPENDENTES)

ART 7º CPP : Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta
não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS OU RECONSTITUIÇÃO DO CRIME É ONDE O DELEGADO

SIMULA A SITUAÇÃO PARA ENTENDER MELHOR O CRIME. SE A REPRODUÇÃO SIMULADA DOS
FATOS PODE VIR A FERIR A MORALIDADE OU ORDEM PÚBLICA , SERÁ VEDADA SUA
REALIZAÇÃO.

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA AUTOINCRIMINAÇÃO FORÇADA "NEMO TENETUR SE DE

TEGERE" - "É VEDADO FORÇAR UMA PESSOA A PRODUZIR PROVA CONTRA SI MESMO"

ENCERRAMENTO

SE DÁ POR UMA PEÇA CHAMADA RELATÓRIO (PEÇA DESCRITIVA, PORÉM SE O DELEGADO

DEIXAR PARA INDICIAR PESSOAS NO RELATÓRIO, ESSE RELATÓRIO SERÁ FUNDAMENTADO).

PRAZO DE FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO

Art. 10 CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.

PARÁGRAFO ÚNICO. OS PRAZOS A QUE SE REFERE ESTE ARTIGO PODEM SER DUPLICADOS
PELO JUIZ, OUVIDO O MINISTÉRIO PÚBLIC, MEDIANTE PEDIDO JUSTIFICADO DA AUTORIDADE
DE POLÍCIA JUDICIÁRIA.

ÂMBITO ESTADUAL: SE O INDICIADO ESTIVER PRESO, O PRAZO SERÁ DE 10 DIAS

IMPRORROGÁVEIS, CONTUDO, SE O JUÍZ QUISER PRORROGAR O PRAZO, TERÁ QUE SOLTAR O
SUSPEITO. SE O INDICIADO ESTIVER SOLTO, O PRAZO SERÁ DE 30 DIAS PRORROGÁVEIS.

ÂMBITO FEDERAL: SE O INDICIADO ESTIVER PRESO, O PRAZO SERÁ DE 15 DIAS

PRORROGÁVEIS DE MAIS 15 DIAS, CONTUDO, A PARTIR DOS 30 DIAS E TIVER QUE
PRORROGAR O PRAZO O JUÍZ DEVE MANDAR SOLTAR O SUSPEITO. SE O SUSPEITO ESTIVER
SOLTO, 30 DIAS PRORROGÁVEIS.

EXCESSÕES:

1) LEI DE DROGAS 11.343/06, ART 51. O INQUÉRITO POLICIAL SERÁ CONCLUÍDO NO PRAZO DE
30 DIAS PRORROGÁVEIS POR ATÉ MAIS 30 DIAS, SE O INDICIADO ESTIVER PRESO E DE 90
DIAS PRORROGÁVEIS, QUANDO SOLTO.

2) LEI 1.521/51. CRIMES CONTRA ECONOMIA POPULAR

§ 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) deverão terminar no
prazo de 10 (dez) dias. (INDEPENDENTEMENTE DO SUSPEITO ESTAR PRESO OU SOLTO!)

§ 2º. O prazo para oferecimento da denúncia será de 2 (dois) dias, esteja ou não o réu
preso.

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO

É UM ATO COMPLEXO (NECESSITA DA MANIFESTAÇÃO DE DUAS VONTADES) NECESSITANDO

MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E ACEITAÇÃO DO JUIZ.

Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

OBS: O DELEGADO DE POLÍCIA NÃO PODE DETERMINAR O ARQUIVAMENTO DE UM ATO DE

INQUÉRITO POLICIAL EM HIPÓTESE ALGUMA!

DIVERGÊNCIAS ACERCA DO ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

CONJUNTO PROBATÓRIO MÍNIMO NECESSÁRIO PARA PROPOSITURA DE AÇÃO PENAL É O

MESMO QUE JUSTA CAUSA.

Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
OBS: QUANDO O MP NÃO TEM JUSTA CAUSA E NEM DILIGÊNCIAS A FAZER, DESSA FORMA O
MP PODE PEDIR O ARQUIVAMENTO. APÓS O PEDIDO DE ARQUIVAMENTO O PEDIDO DEVERÁ
SER ENVIADO A APRECIAÇÃO DO JUIZ.

OBS: O JUIZ É GUARDIÃO DO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE! SE ELE DISCORDAR DO

PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DO MP E CONSIDERAR QUE TEM JUSTA CAUSA, ELE DEVE
INFORMAR AO MP QUE HÁ PROVAS SUFICIENTES PARA PROMOVER A AÇÃO.

1ª HIPÓTESE DE DIVERGÊNCIA - QUANDO O MP ENVIA A DENÚNCIA AO JUIZ, ACHANDO TER

CONJUNTO PROBATÓRIO MÍNIMO NECESSÁRIO PARA PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL, E O
JUIZ SE NEGA A RECEBER A DENÚNCIA POR ESTA SE MANIFESTAR INEPTA OU INCOMPLETA.
NESSE CASO O MINISTÉRIO PÚBLICO PODE RECORRER A JUIZADO DE SEGUNDA INSTÂNCIA.

OBS: SE A DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FOR REJEITADA COM BASE NO CÓDIGO DE

PROCESSO PENAL, O RECURSO CABÍVEL SERÁ O "R S E" RECURSO EM SENTIDO ESTRITO NUM
PRAZO DE 5 DIAS. SE A DENÚNCIA FOR REJEITADA NO JUIZADO O RECURSO CABÍVEL É O
RECURSO DE APELAÇÃO NUM PRAZO DE 10 DIAS.

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada (PELO JUIZ) quando:

I - for manifestamente inepta (FALTAR REQUISITOS MÍNIMOS PARA PROPOSITURA DA AÇÃO);
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal

2ª HIPÓTESE DE DIVERGÊNCIA - QUANDO O MP ACHA NÃO TER JUSTA CAUSA NEM

DILIGÊNCIAS A FAZER E CONSIDERA ARQUIVAR A DENÚNCIA. SE O JUIZ CONCORDAR EM
ARQUIVAR, O PROCESSO SERÁ ARQUIVADO, CASO CONTRÁRIO, O JUIZ ENVIARÁ O PROCESSO
PARA O PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA (CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO) QUE
TERÁ, DE ACORDO COM O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, TRÊS OPÇÕES, PORÉM DE ACORDO
COM A DOUTRINA UMA OPÇÃO ALÉM DAS TRÊS DO ART 28º CPP.

Art. 28. CPP Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de
considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de
informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia1, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la2, ou insistirá no pedido de arquivamento3, ao qual só
então estará o juiz obrigado a atender.

ALÉM DAS OPÇÕES EXPRESSAS NO ART 28 CPP, A DOUTRINA DIZ QUE O PROCURADOR
GERAL PODE SOLICITAR NOVAS DILIGÊNCIAS.

SE NO ÂMBITO FEDERAL UM PROCURADOR DA REPÚBLICA FAZ O PEDIDO DE

ARQUIVAMENTO E O JUIZ FEDERAL DISCORDA, O PROCESSO SERÁ ENVIADO À CÂMARA DE
COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. ESTAS CÂMARAS ESTÃO
SITUADAS EM BRASÍLIA.

CCR É UM ÓRGÃO QUE DENTRE OUTRAS ATRIBUIÇÕES TEM A ATRIBUIÇÃO DE APRECIAR ESSA
DIVERGÊNCIA ENTRE MINISTÉRIO PÚBLICO E JUÍZES FEDERAIS
DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRIO POLICIAL

O ARQUIVAMENTO PODE SER REVISTO, SE APARECEREM NOVAS PROVAS! O DELEGADO

PODE ENVIAR NOVAS PROVAS AO MP E O MESMO DESARQUIVAR O PROCESSO PERANTE AO
JUIZ.

Art. 18. CPP - Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.

OBS: O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POR FALTA DE PROVAS NÃO GERA COISA JULGADA
MATERIAL, PORTANTO NÃO IMPEDE A REABERTURA DO CASO, NA MAIORIA DOS CASOS!
POIS O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO É IMPREVISÍVEL, VISTO QUE PODEM APARECER
NOVAS PROVAS NO FUTURO.

O DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO É IMPREVISÍVEL!

SUMULA 524 STF - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do
promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

Rebus Sic Stati Bus - teoria da imprevisão

Coisa julgada material é a impossibilidade de modificação da sentença naquele

mesmo processo ou em qualquer outro, posto que a matéria em análise cumpriu todos
os trâmites procedimentais que permitem ao Judiciário decidir a questão em definitivo.

Coisa julgada formal é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo

processo, como consequência da preclusão dos recursos. Depois de formada a coisa
julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que se convença de
posição contrária a que tinha anteriormente adotado.

1ª HIPÓTESE EM QUE O ARQUIVAMENTO GERA COISA JULGADA MATERIAL -

QUANDO O FUNDAMENTO DO ARQUIVAMENTO FOR A ATIPICIDADE MANIFESTA
DA CONDUTA DO AGENTE.

2ª HIPÓTESE EM QUE O ARQUIVAMENTO GERA COISA JULGADA MATERIAL -

QUANDO O FUNDAMENTO DO ARQUIVAMENTO FOR UMA CAUSA EXTINTIVA DA
PUNIBILIDADE DE ACORDO COM O ART 107 CP.

Art. 107 CP - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes, definidos nos
Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso anterior, se
cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o
prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de 60 (sessenta) dias a contar
da celebração;
(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO

SÃO TODAS AS CONTRAVENÇÕES INDEPENDENTEMENTE DA PENA MÁXIMA E TODOS OS

CRIMES EM QUE A PENA MÁXIMA SEJA DOIS ANOS, COM MULTA OU SEM MULTA. O QUE
IMPORTA É A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE MÁXIMA!

EM CASO CASOS DE INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL INSTAURA-SE O TCO (TERMO

CIRCUNSTANCIAL DE OCORRÊNCIA), AO INVÉS DO INQUÉRITO POLICIAL.

CARACTERÍSTICAS DO TCO

É UM PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO SIMPLIFICADO, INSTAURADO NO ÂMBITO DOS

JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, DESTINADOS A APURAR INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO, DIGA-SE DE MENOR COMPLEXIDADE PROBATÓRIA.

OBS: NÃO É VEDADA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL PARA INFRAÇÕES DE MENOR

POTENCIAL OFENSIVO, DEPENDE DA DECISÃO DO DELEGADO DE POLÍCIA.

OUTRAS FORMAS DE INVESTIGAÇÃO E A DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL

CPI, INVESTIGAÇÃO DO MP E ETC..

AÇÃO PENAL (ART 24 ao 62 CPP)

CONCEITO: É O INSTRUMENTO ATRAVÉS DO QUAL A PARTE PROVOCA O ESTADO (JUIZ) PARA

QUE ELE POR INTERMÉDIO DE UM PROCESSO SE MANIFESTE SOBRE A PRETENÇÃO PUNITIVA
(JUS PUNIENDI).