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ATIVIDADES CRÍTICAS

1. Coleta de dados; 2. Chegada ao local; 3. Verificação da necessidade do apoio policial militar; 4. Constatação da
infração penal de menor potencial ofensivo; 5. Contato com a pessoa indicada no atendimento policial militar; 6.
Contenção e separação das pessoas envolvidas; 7. Verificação da necessidade de adotar procedimentos
específicos em razão de vedação legal e/ou da circunstância em que se encontra a pessoa envolvida; 8. Busca
pessoal; 9. Reconhecimento da droga ilegal; 10. Avaliação do tipo de dano; 11. Arrolamento de testemunhas; 12.
Preservação da cadeia de custodia dos objetos apreendidos.
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
VOLTADA À LAVRATURA DO

TCO 1º Ten QOC PM Vitor


RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar obtenha os dados
necessários ao conhecimento da natureza do
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
atendimento policial militar e seu grau de risco; 1. Analisar a viabilidade da lavratura do TCO e o
2. Que as pessoas envolvidas sejam orientadas interesse da pessoa autuada em prestar o
sobre o procedimento do TCO; compromisso de comparecer ao JECrim;
3. Que o TCO lavrado seja enviado e recepcionado 2. Registrar o atendimento policial militar;
pelo Juizado Especial Criminal (JECrim); 3. Preencher os termos necessários de acordo com o
4. Que a guarnição constate o número de pessoas atendimento policial militar, conferindo as
envolvidas e se estão armadas; respectivas assinaturas;
5. Que a ação policial militar seja imparcial, 4. Informar ao comandante imediato sobre a
respeitosa, segura e eficaz; lavratura do TCO;
6. Que a infração penal seja cessada; 5. Providenciar o envio do TCO ao JECrim, via sistema
7. Que o policial militar mantenha o controle do de registro informatizado;
atendimento; 6. Informar às pessoas envolvidas sobre as
8. Que a integridade do patrimônio seja providências do TCO, agendamento da audiência,
preservada; disponibilidade dos termos assinados e o número
9. Que seja localizado e apreendido o objeto ilícito; do registro do atendimento policial militar;
10. Que seja identificado e autuado o infrator da lei. 7. Liberar as pessoas envolvidas.
DOCUMENTOS OPERACIONAIS E ASPECTOS
REFERENTES A SUA CONFECÇÃO
BOLETIM DE OCORRÊNCIA NA FORMA DE
TERMO CIRCUNSTANCIADO (BO-TC)

Documento operacional destinado ao registro de


infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, os crimes
de menor relevância, que tenham a pena máxima
cominada em até 02 (dois) anos de cerceamento de
liberdade ou multa. O referido registro deve conter a
qualificação dos envolvidos e o relato do fato. Será
lavrado pelo policial militar que primeiro tiver
conhecimento da ocorrência, nos termos da Lei n.º
9.099/95 e posteriormente remetido ao JECrim pelo
Oficial Gestor.
MANIFESTAÇÃO DA VÍTIMA

É o meio pelo qual a vítima registra o seu interesse em


representar ou não contra o autor. Nos crimes de ação
penal privada ou pública condicionada à representação,
esse termo é indispensável. Contudo, a manifestação da
parte deve ocorrer mesmo quando recusar o
prosseguimento da ação penal, vez que assim
elaborando, os policiais que atenderam a ocorrência
estarão se salvaguardando de qualquer questionamento
posterior quanto à omissão. Nesse caso, havendo recusa
de assinatura por razões diversas (como embriaguez),
poderá ser suprida por testemunha ou vídeo anexado ao
TCO.
MANIFESTAÇÃO DA VÍTIMA
INFRAÇÕES PENAIS DE AÇÃO PENAL PRIVADA OU
CONDICIONADA, SENDO A VÍTIMA MENOR DE 18
ANOS
• Sendo a vítima, ao tempo da prática infração penal, menor de 18 anos, o exercício do
direito de representação ou a manifestação do interesse de queixa caberá ao
responsável legal.
• Nestas ocorrências, o policial militar atendente deverá colher no Termo de
Manifestação da vítima a assinatura do responsável legal pela vítima (pais, tutor ou
curador), notificando-o de que deve acompanhar o menor nas audiências judiciais.
• Não comparecendo um responsável legal pela vítima, o policial atendente da
ocorrência deverá no relatório do Termo Circunstanciado presumir a manifestação
(representação ou interesse de queixa) em favor da vítima.
• Em sendo caso de lavratura de BO-TC, não deve ser marcada data de audiência para
o autor, comprometendo-o a comparecer quando intimado pelo JECrim, pois o
Juizado precisará nomear um curador ou intimar primeiro o representante legal para
ratificar ou não a manifestação presumida pelo policial atendente, para só então,
decidir acerca da audiência.
TERMO DE COMPROMISSO DE
COMPARECIMENTO
O termo atende o estabelecido pela Lei 9.099/95 no parágrafo único do artigo 69,
afirmando que ao autor do fato que for imediatamente encaminhado ao juizado ou
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança.
Essencial que o autor do fato assine o termo se comprometendo a comparecer em juízo
no dia e hora marcados. Deve ser assinado pelo Policial Militar que fizer o registro e por
duas testemunhas (quando possível).
Deve constar no TCC a informação de que o autor do fato deve comparecer na audiência
acompanhado de advogado, constando a advertência de que não o fazendo, ser-lhe-á
nomeado defensor público.
Identificado como autor de infração penal, a situação preliminar do autor é a de preso,
assim devendo ser considerado pelo policial. Portanto, deve ser devidamente identificado
e revistado, ficando sob custódia do policial, cabível inclusive o uso de algemas, se
necessário, para segurança das partes ou manutenção da custódia. Assentindo em
comparecer ao juizado, mediante assinatura do Termo de Compromisso de
Comparecimento, não será lavrado o Boletim de Ocorrência na modalidade de Prisão em
Flagrante, desconstituindo-se a prisão e sendo liberado o autor após a finalização do BO-
TC. Caso contrário, não concordando, será conduzido diante do Delegado de Polícia para
a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante.
REQUISIÇÃO PARA EXAME DE
CORPO DE DELITO

A principal prova pericial é o exame de corpo delito, pois é o conjunto de elementos que
materializam o crime. Para efeitos da Lei 9.099/95, na falta do Exame de Corpo de Delito, este
pode ser suprido pelo boletim de atendimento médico ou mesmo o prontuário de atendimento
hospitalar. Referente ao instrumento que produziu a lesão, esse deve ser apreendido e
encaminhado até a OPM para servir como elemento da materialidade do crime. Consoante o
Art. 158 do CPP, nos crimes em que restam vestígios deve ser realizada a perícia, mas a lei
admite que, em desaparecendo os vestígios, suprime a falta da prova técnica (material) pela
testemunhal (Art. 167 do CPP).
Preenchimento da Requisição para Exame de Corpo de Delito
(1) Registrar o número do Termo Circunstanciado de Ocorrência ao qual está atrelado este
documento;
(2) Será preenchido e entregue à vítima para que este se dirija ao Instituto Médico Legal – IML,
ou Médico designado.
OUTROS
TERMO DE APREENSÃO E/OU DEPÓSITO
a) Registrar o número do Termo Circunstanciado de Ocorrência ao qual está atrelado este
documento;
b) Será preenchido em todos os casos em que haja materiais envolvidos na prática
delituosa. Cabe ressaltar que o termo de depósito será utilizado apenas nos casos em
que necessitará de FIEL DEPOSITÁRIO, mediante autorização do oficial gestor ou outro
Oficial designado pelo Comandante do Comando Regional.

TERMO DE CONSTATAÇÃO PRELIMINAR DE DROGA


É o documento que atesta que a substância apreendida revela, pela coloração, consistência,
cheiro, bem como pelas suas características, ser positiva para a caracterização da droga,
legitimando assim a lavratura do TCO. Observação relevante diz respeito à possibilidade de
que este termo seja feito por pessoa idônea, e não necessariamente por perito oficial,
conforme prevê a Lei de Drogas (11.343/03) em seu artigo 50, §1°. O laudo definitivo deve
ser realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (§3º, in fine), sendo necessário que
o Oficial Gestor ou Praça auxiliar designado pelo Comandante do Comando Regional faça o
encaminhamento do material para ser analisado por aquele órgão.
DADOS GERAIS E IDENTIFICADORES
DA OCORRÊNCIA
CABEÇALHO: em que está sendo enquadrada a conduta (13) Município:
Número do Termo Circunstanciado apontada na descrição do fato. (14) UF: Sigla da Unidade da Federação.
Data/Hora do Fato (c) CEP: (15) CEP:
Data/Hora da Comunicação: relativas ao (16) Ponto de Referência:
momento em que a Polícia Militar é ENVOLVIDOS: (17) Profissão:
comunicada do fato ou em que o flagrou. (1) Envolvido: assinalar a qualidade da (18) Local de trabalho:
Data/Hora do Atendimento: relativas ao participação (testemunha, vítima ou (19) Endereço Trabalho:
momento inicial de realização dos autor do fato). (20) Ponto de Referência:
procedimentos policiais operacionais (2) Nome: (21) Telefones:
Data/Hora do Encerramento (3) Nome social/apelido (22) E-mail
(4) Data de Nascimento: (23) Condições físicas: Apontar a
LOCAL: (5) RG/CNH: existência de lesões corporais ou sem
(a) Logradouro: (6) CPF: lesão aparente. Sempre que houver
(b) Ponto de Referência (7) Filiação lesões, indicar o local delas, exemplo:
(8) Sexo: corte de aproximadamente 10 cm na
FATO: (9) Naturalidade: parte da frente da coxa direita, etc. se
(b) Descrição do Fato: (10) Estado Civil: possível também descrever outros sinais
(b) Enquadramento Legal: registrar o (11) Endereço (Tipo de Logradouro): e sintomas (equimose, hematoma, etc.).
dispositivo legal (artigo e lei) (12) Bairro:
HISTÓRICO
O Relatório lavrado pelo policial militar que atender a ocorrência, em que deverão ser
observados os seguintes princípios:
(1) Ser claro e completo o suficiente para oportunizar ao Ministério Público subsídios
para oferecimento ou não da transação penal, além de permitir a elaboração da
denúncia;
(2) Fornecer ao Ministério Público e ao magistrado os elementos para instrução do
feito e para sentença;
(3) Ser objetivo e descritivo, indicando todas as circunstâncias consideradas relevantes;
(4) Conter relato das partes envolvidas, mesmo sobre fatos não presenciados pelo
policial, que destacará serem tais informações produzidas pela parte, sob sua
responsabilidade. Não havendo tais declarações, deve o agente registrar que não
houve declarações das partes;
(5) As versões, brevemente e clara, serão consignadas na seguinte ordem: Relato do
Policial, Vítima, Testemunhas, Autor do fato e conclusão do Policial;
(6) Pode conter, desde que assinaladas, como tais, opiniões e impressões do próprio
agente policial sobre o fato (indicação de que as partes demonstravam exaltação ou
medo, por exemplo, podem ser exploradas na audiência de instrução e julgamento,
desde que tal fato chegue ao conhecimento da autoridade judicial);
(7) Os policiais militares responsáveis pela lavratura do Termo Circunstanciado de
Ocorrência não devem constar como “envolvidos” na ocorrência;
HISTÓRICO
(8) As testemunhas, quando da lavratura do BO-TC, não serão intimadas; a presença ou
não de outras testemunhas do fato deverá constar como observação neste campo,
visando evitar que, na fase judicial, ocorra o arrolamento de testemunhas não-
presenciais do fato. As testemunhas devem ser compromissadas e assinar logo após o
término do parágrafo destinado à sua versão dos fatos;
(9) Nos delitos formais ou de mera conduta (aqueles onde a ação do autor é a própria
consumação do delito, não exigindo resultado material, tais como, violação de
domicílio, porte entorpecentes, ameaça, calúnia, difamação, etc.), é necessário que o
atendente, ao relatar o fato, descreva, pormenorizadamente, a conduta praticada,
inclusive referindo gestos, palavras, sinais e ações realizadas, pois a essência do delito
é a ação do autor;
(10) O relatório deve ser impessoal, completo e autônomo. É a primeira manifestação
de autoridade pública sobre o fato e assim deve ser valorizado por quem o elabora;
(11) O relatório será lavrado consignando-se a versão dos envolvidos do fato, uma em
cada parágrafo, seguida da assinatura do envolvido: Ex.: - A vítima, Beltrano, relata
que(...); - A testemunha, compromissada, Ciclano, informa que (...); - O autor, Fulano,
afirma que (...);
(12) Presume-se fidedignidade de todas as afirmações da autoridade que relata os
fatos, salvo quando antecipadamente ressalve que decorre de informação das partes;
(13) O relatório tem vital importância na apreciação do fato, eis que o procedimento é,
essencialmente, informal e oral. Muitas vezes, este será o único documento produzido
na instrução do feito. Deverá primar pelo conteúdo. 64702681

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