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CURSO DE PEÇAS PROFISSIONAIS - DELEGADO PCAM

PROF. LÚCIO VALENTE

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QUADRO SINÓPTICO DAS CAUTELARES

Cautelares de preservação de provas (Cautelares Investigativas)

• Busca e Apreensão Domiciliar (fundamento: CPP, art.240, § 1° e CF, Art. 5º XI);


• Interceptação de comunicações telefônicas (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I);
• Interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática
(fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º,
• Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89);
• Identificação Criminal (Fundamento: Lei 12.037/09, art. 3º, IV)
• Sigilos financeiro, bancário e fiscal (Fundamento: LC n°105/2001, art. 1º, § 4º)

Cautelares de Preservação de Direitos

• Prisão Preventiva (fundamento: CPP, art. 282, § 2º e CPP, arts 311, 312 e 313);
• Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º).
• Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação
provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º).
• Suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção do Código de Trânsito (fundamento legal: Lei 9.503/97, art.
294).
• Busca e Apreensão de Adolescente Infrator (Art. 106 do ECA, além dos fundamentos
para prisão preventiva).

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Cautelares Reais

• Sequestro de móveis: quando não cabível a busca e apreensão (fundamento: CPP,


art. 132);
• Sequestro de imóveis (fundamento: CPP, art. 127).
• Obs.: o Arresto não pode ser deferido por representação do delegado, pois ocorre
com o processo já em andamento.

Cautelares Especiais

• Medidas da Lei de Organizações Criminosas (Fundamento: Lei 12.850/13)


• Colaboração Premiada (art. 4º, § 2º);
• Infiltração de agentes (art. 10);
• Captação Ambiental (Art. 3°, II).
• Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade
Sexual de Criança e de Adolescente (art. 190-A, I, ECA)

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Entenda quais os atos formais cabíveis ao Delegado:

Durante a condução de procedimentos policiais, existem vários atos cabíveis ao delegado


de polícia, entre eles os mais importantes:

i.Portaria com indiciamento e sem indiciamento

ii.Atos próprios do APF (despacho ordinatório em APF etc.)

iii.Representações por medidas cautelares (ex.: prisão preventiva, busca e


apreensão etc.)

iv.Representações por medidas assecuratórias (ex.: sequestro)

v.Despachos: ordinatórios, indiciatórios etc.

vi.Requerimentos administrativos (ex.: requerimento de informações de dados


cadastrais)

vii.Relatório Final (cumulado ou não com representação por medida cautelar)

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DA PORTARIA

Requisitos necessários à Portaria

• Referência ao documento base da notícia crime (ocorrência, Ofício do MP ou do


Judiciário, Relatório de verificação preliminar, Protocolo etc.)

• Relato sucinto dos fatos

• tipificação, ainda que provisória

• autoria, se for o caso

• as diligências a serem realizadas

• data, local

• autoridade policial subscrevente

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Modelo Genérico de Portaria Sem Indiciamento

PORTARIA

O Delegado de Polícia Civil do Estado[...], com fulcro no art. 144, §4º da CF/88, no
uso da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I(II), do Código de Processo Penal, no art. 2º,
§1º da Lei 12.830/13, e tendo em vista [documento base da noticia], resolve instaurar
inquérito policial, em razão dos fatos seguintes.
Chegou ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária, através do [referência
ao documento base da notícia crime], formalizando a noticia criminis de cognição [i]mediata,
que no dia [tal], no [endereço tal], [ocorreu tal fato penalmente relevante], o Delegado de
Polícia que esta subscreve determina ao cartório desta unidade policial que:

1. Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as providências de


natureza cartorária;
2. juntar as peças vinculadas ao [documento base da notícia crime];

3. Juntar (ou intimar para se realizar ) o termo o depoimento das testemunhas;

4. Juntar (ou intimar para se realizar) as declarações da vítima;

5. juntar oitiva do envolvido;

6. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;

7. proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

8. juntar laudo de exame de corpo de delito e das demais perícias realizadas;

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9. proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade
ou a ordem pública;

10. após, retornem os autos conclusos para novas deliberações.

Em geral, observe as providências essenciais previstas no art. 6º do CPP:

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento
e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

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Modelo Genérico de Portaria Sem Indiciamento com Justificativa pela Insignificância

PORTARIA

O Delegado de Polícia Civil do Estado [...], com fulcro no art. 144, §4º da CF/88, no
uso da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I(II), do Código de Processo Penal, no art. 2º,
§1º da Lei 12.830/13, e tendo em vista [documento base da noticia], resolve instaurar
inquérito policial, para a completa elucidação dos fatos seguintes.
Chegou, nesta data, ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária, através
do [referência ao documento base da notícia crime], formalizando a noticia criminis de
cognição [i]mediata, que no dia [tal], no [endereço tal], [ocorreu tal fato penalmente
relevante].
Ocorre que, após a análise jurídica desta autoridade policial, e com fulcro no art. 2º,
§6º da Lei 12.830/13, decidiu-se pela não lavratura do respectivo auto de prisão em flagrante,
por falta de atipicidade material, tendo em vista que [justificar juridicamente].
Assim, o Delegado de Polícia que esta subscreve determina ao cartório desta unidade
policial:

1. Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as providências de


natureza cartorária;

2. seja o conduzido colocado imediatamente em liberdade;

3. sejam juntadas as peças vinculadas ao [documento base da notícia crime], os quais,


desde já homologo.

4. sejam juntados aos autos os depoimentos das testemunhas; [ou] intimar a


testemunha fulana de tal para que seja ouvida em cartório;

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5. seja juntado o termo de declarações da vítima, bem como do imputado; [ou] intimar a
vítima fulana de tal para que seja ouvida em cartório;

6. requisito o encaminhamento da vítima para o IML para fins de exame de corpo de


delito (se for o caso);

7. requisito que o aparelho celular apreendido seja encaminhado para a perícia para
realização de exame de constatação de dano (se for o caso);

8. após, retornem os autos a esta autoridade policial para novas determinações.

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Modelo Genérico de Portaria Com Indiciamento

PORTARIA

O Delegado de Polícia Civil do Estado [...], com fulcro no art. 144, §4º da CF/88, no uso
da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I (II), do Código de Processo Penal, no art. 2º, §6º,
da Lei 12.830/13, e tendo em vista o registro da ocorrência policial, resolve instaurar inquérito
policial, com o indiciamento de plano de [fulano de tal], pela prática da conduta descrita
[tipificação].
Tendo chegado, nesta data, ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária,
através do [referência ao documento base da notícia crime], formalizando a noticia
criminis de cognição [i]mediata, que no dia [tal], no [endereço tal], [ocorreu tal fato
penalmente relevante].
O fumus comissi delicti do crime de [tipificação] está demonstrado, ainda que
preliminarmente, no(a) [citar os elementos de materialidade e indícios de autoria].

FUMUS: PEC.ISA (prova existência do crime e indícios suficientes de autoria)

elementos de provas reunidos (apresentados): depoimentos, reconhecimentos,


declarações etc.
Assim exposto, decido indiciar [fulano de tal] pela prática da conduta descrita no [tipo
penal].
Determino, portanto, ao cartório desta unidade policial:
1. Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as providências de
natureza cartorária;

2. juntar as peças vinculadas ao [documento base da notícia crime];

3. Intimar para ser tomado por termo o depoimento das testemunhas;

4. juntar as declarações da vítima;

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5. qualificar o indiciado, fazendo juntar os documentos de vida pregressa;

6. caso não haja apresentação de identificação, proceder à identificação criminal;

7. juntar oitiva do indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no


Capítulo III do Título Vll, do CPP/41, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

8. colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem


alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa [no caso de APF].

9. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;

10. proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

11. juntar laudo de exame de corpo de delito e das demais perícias realizadas;

12. proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade
ou a ordem pública;

13. Após, retornem os autos conclusos para novas deliberações.

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VAMOS TREINAR

CESPE-PCBA (texto adaptado)

Boletim de Ocorrência n.º 345/2021

HISTÓRICO DA OCORRÊNCIA

Em 17/9/2021, sexta-feira, por volta de 0 h 50 min, Douglas Aparecido da Silva foi


alvejado por três disparos de arma de fogo quando se encontrava em frente à casa de sua
namorada, Fernanda Maria Souza, na rua Sem Futuro, casa 12, no bairro Jorge Teixeira,
Manaus.
A ação teria sido intentada por quatro indivíduos que, em um veículo sedã de cor
prata, placa ABS 2222/PB, abordaram o casal e cobraram, mediante a ameaça de armas de
fogo portadas por dois deles, determinada dívida de Douglas, proveniente de certa
quantidade de crack que este teria adquirido dias antes, sem efetuar o devido pagamento.
Consta que, na noite de 16/9/2021, por volta das 21h, a vítima se encontrou com a
namorada, Fernanda, e, após passarem em determinada festa de amigos, seguiram para a
casa de Fernanda, no endereço citado, onde Douglas a deixaria; o casal estava em um
veículo utilitário de cor branca, placa JEL 9601/PB, de propriedade da vítima; na madrugada
do dia seguinte, por volta de 0 h 40 min, quando já estavam parados em frente à casa de
Fernanda, apareceu na rua um veículo sedã de cor prata, em que se encontravam quatro
rapazes, que cobraram Douglas pelo "bagulho" e ameaçaram o casal com armas nas mãos,
quando um dos rapazes deu dois tiros para o alto, momento em que Douglas e Fernanda se
deitaram no chão.
Em ato contínuo, um dos rapazes desceu do carro, chutou a cabeça de Douglas e,
em seguida, desferiu três disparos em sua direção, atingindo-lhe fatalmente a cabeça e o
tórax.
Douglas faleceu ainda no local e os autores se evadiram logo após a conduta.

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Foram indicados dois vizinhos de Fernanda que se encontravam, na ocasião dos fatos, na
janela do prédio vizinho. Durante o plantão desta equipe, foram realizadas tentativas de
localizar e ouvir as referidas testemunhas, sem sucesso.
Fernanda foi ouvida em termo de declarações e alegou conhecer dois dos autores,
em específico os que empunhavam armas: Cristiano Madeira, vulgo Pinga, que portava um
revólver e teria desferido dois tiros para o alto; e o irmão de Cristiano, Ricardo Madeira, vulgo
Caveira, que, portando uma pistola niquelada, desferira os três tiros que atingiram a vítima.
Fernanda afirmou desconhecer os outros dois elementos e esclareceu que poderia
reconhecê-los formalmente, se fosse necessário.
Em pesquisa realizada sobre a placa do veículo, verificou-se que o bem está em nome
da genitora dos suspeitos indicados pela testemunha Fernanda.

• Perícia acionada para o local.


• Vítima recolhida ao IML para fins de exame cadavérico.
• A testemunha Fernanda foi encaminhada ao IML para exame de corpo de delito ad
cautelam.
• À apreciação da autoridade policial.
• O candidato deverá produzir a peça adequada para dar início ao inquérito policial.

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PORTARIA

O Delegado de Polícia Civil do Estado do Amazonas, com fulcro no art. 144, §4º da
CF/88, no uso da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I, do Código de Processo Penal, no
art. 2º, §6º, da Lei 12.830/13, e tendo em vista o registro da ocorrência policial, resolve
instaurar inquérito policial, com o indiciamento de plano de Cristiano Madeira e Ricardo
Madeira (já qualificados na ocorrência policial), pela prática das condutas descritas no art.
15 da Lei 10.826/03 e art. 121, §2º, incisos I e IV do Código Penal.
Chegou ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária, através do Boletim de
Ocorrência n.º 345/2021, formalizando a noticia criminis de cognição imediata, que no dia
17/9/2021, sexta-feira, por volta de 0 h 50 min, Douglas Aparecido da Silva foi morto, após
ser alvejado por três disparos de arma de fogo, quando se encontrava em frente à casa de
Fernanda Maria Souza, sua namorada, na rua Sem Futuro, casa 12, no bairro Jorge Teixeira,
Manaus.
O fumus comissi delicti dos crimes de disparos de arma de fogo em via pública e
homicídio qualificado está demonstrado, ainda que preliminarmente, no depoimento de
Fernanda, namorada da vítima, tendo em vista que ela conhecia os autores e indicaram suas
identificações aos policiais. Além disso, o veículo utilizado para o crime está em nome da
mãe dos imputados, fato que reforça os indícios de autoria. A materialidade do crime será
devidamente demonstrada com a juntada do laudo de local, bem como do laudo cadavérico.
Assim exposto, decido indiciar Cristiano Madeira, vulgo Pinga, que portava um
revólver e teria desferido dois tiros para o alto, pela prática da conduta prevista no art. 15,
da Lei 10.826/03 e pela conduta que encontra adequação ao tipo do art. 121, §2º, incisos I
e IV c/c art. 29, caput, ambos do CPB. e Ricardo Madeira, pela conduta que encontra
adequação ao tipo do art. 121, §2º, incisos I e IV, do CPB.

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Determino, portanto, ao cartório desta unidade policial:

1. Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as


providências de natureza cartorária;

2. juntar as peças vinculadas à ocorrência;

3. juntar termo o depoimento da testemunha Fernanda;

4. proceder à intimação para que os indiciados sejam ouvidos, com observância,


no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, do CPP/41,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;

5. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;

6. expedir ordem de missão para que os policiais desta unidade localizem,


identifiquem e intimem os vizinhos de Fernanda, os quais teriam presenciado
os fatos;

7. juntar laudo de exame de corpo de delito e das demais perícias realizadas;

8. Após, retornem os autos conclusos para novas deliberações.

data, local
Delegado de Polícia

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REPRESENTAÇÕES CRIMINAIS

Estrutura do Modelo Coringa de representações criminais

• Quando pode ser usado?

Em qualquer representação ou relatório (com ou sem pedido de cautelar).

• Posso mudar o modelo?

Sim. Mas deve-se respeitar a estrutura básica.

Obs.: no início, eu sugiro fortemente que você adote o modelo apresentado.

• Posso criar subtópicos?

Sim.

Entenda o que pontua em cada elemento do modelo coringa:

Quais as 5 partes:

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[PARTE 01]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE

Procedimento Sigiloso [se for o caso]

[PARTE 02]

A Polícia Civil do Estado _, nesta, representado por seu Delegado de Polícia subscritor, com
fundamento no art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da Lei 12.830/13, vem,
mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no __, representar pela medida
de __, em face de ___

PARTE [03]

Dos Fatos

Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar [que? quem? quando? por quê? como?
onde? e com que auxílio?]

PARTE [04]

Dos Fundamentos

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A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à [...]. Entretanto, tal direito não é absoluta,
haja vista que [...].
A Lei / Código [...] prevê a possibilidade de decretação da medida [...], desde que
preenchidos os requisitos [...].

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [...]

PARTE [05]

Da Conclusão

Assim exposto, representa-se pela medida em desfavor de [...], com fundamento [dispositivo
legal], colhendo-se previamente a manifestação do Ministério Público.

Em razão da natureza da medida, sem intimação da parte contrária.

Data, Local

Delegado de Polícia

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1. Endereçamento:

Observações:

a. endereçar para o juiz/juízo competente


b. revisar os tópicos de competência

Ex.: CPP, 70} regra geral: resultado (consumação)

Exceção: homicídio (jurisprudência):

João toma facada na Comarca A. É socorrido ao Hospital na Comarca B.


Morre neste hospital.

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JUSTIÇA ESTADUAL:

Ex: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE

Excelentíssimo Senhor Juiz (...)

Obs: Fique atento para apresentar corretamente o endereçamento.

JUSTIÇA FEDERAL:

No caso de competência para processamento e julgamento da Justiça Federal,


lembre-se de apresentar o termo “Seção Judiciária” ou Subseção Judiciária”.

Lembrando que:

Conforme art. 110 da Constituição Federal, cada Estado e o DF constituirá uma seção
judiciária com sede em cada capital. No interior dos Estados a Justiça Federal é
organizada em subseções.

Ex: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA __VARA FEDERAL (OU VARA


CRIMINAL FEDERAL) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO/SP

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Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Seção Judiciária

TRIBUNAL DO JÚRI:

Quando ocorrer crimes contra a vida, indique da forma completa:


“Vara Criminal do Tribunal do Júri” (é melhor do que Vara do Júri)

Ex: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI


DA COMARCA DE [...]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA


DE [...]

JUIZADOS ESPECIAIS:

“Vara Criminal do Juizado Especial de Violência Doméstica” ou “Juizado Especial


Criminal …”

Ex: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DE


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DA COMARCA DE [...]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CRIMINAL DA COMARCA DE [...]

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Obs: Somente indique Vara de Entorpecentes se o comando da questão te indicar que


naquela comarca existe essa vara (ou ainda indicar que é o Juízo prevento). Da mesma
forma a Vara Especializada em Delitos de Trânsito.

Obs2: Estude sempre a Lei de Organização Judiciária do local onde irá fazer a prova.

Obs3: Fique atento também para o caso de o comando da questão apontar que algum
investigado possui foro privilegiado. Dessa forma, você deverá endereçar ao Tribunal
de Justiça, Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal.

2. Preâmbulo:

“A Polícia Civil do Estado ____, nesta, representado por seu Delegado de Polícia
subscritor, com fundamento no art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da
Lei 12.830/13, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no
____, representar pela medida de ____, pelo prazo (se for o caso), em face de ___, no
endereço tal (se for o caso)”

• Lei Complementar Estadual n.º 85/2008


O preâmbulo deve conter:

1. Quem está representando: A Polícia Civil do Estado ____, nesta, representado


por seu Delegado de Polícia subscritor ou A Polícia Federal, …..

2. Amparo constitucional e amparo legal referente às atribuições de Delegado de


Polícia: art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da Lei 12.830/13. (as
atribuições da Polícia Federal encontram-se previstas no §1º do art. 144); Lei
Complementar Estadual n.º 85/2008
3. Fulcro da medida: Art. 311, 312, 313 do Código de Processo Penal (no caso de
prisão preventiva, por exemplo). Deve ser indicado o fundamento que permite,
dentro da lei, a representação daquela medida.

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4. Nome da medida: Prisão Temporária, Prisão Preventiva, Busca e Apreensão


Domiciliar, Quebra dos sigilos de dados telefônicos etc. Não “abrevie” o nome
da medida. Por exemplo: é melhor apresentar “representação pela medida de
Prisão Preventiva” em vez de “representa pela Preventiva”. São detalhes, mas
que podem ser descontados da pontuação.

5. Em face de quem (ou o que) a medida está sendo representada. No caso de


Prisão Preventiva, por exemplo: “representa pela Prisão Preventiva em face de
Lúcio Valente”. No caso de Busca e Apreensão domiciliar, deve-se indicar o
endereço completo conforme foi fornecido pelo comando da peça.

OBS: Veja se existe alguma legislação estadual ou se na Constituição Estadual tenha


alguma previsão acerca do poder de representação do Delegado de Polícia. Essa
indicação não costumava ser pontuada, porém em provas recentes foi quesito do
espelho de pontuação.

3.Fatos
• use um ou, no máximo, 2 parágrafos
• Trata-se de / Cuida-se de / O presente inquérito foi iniciado para apurar.
• NUNCA, NUNCA, NUNCA use "O MESMO".

Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar crime de homicídio qualificado (art.
121…) a morte de José da Silva, já devidamente qualificado, o qual foi atingido por um
disparo de arma de fogo, enquanto saída da sua casa, fato ocorrido no dia 20/10/2021, no
endereço [...]

Segundo as investigações, o crime foi cometido por João Pereira, uma vez (...).

Motivos; Cirscunstâncias etc.

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4.Fundamentos

PEC.ISA (fumus comissi delicti)

PEC: prova da existência do crime


ISA: indícios suficientes de autoria

O fumus comissi delicti do crime de homicídio qualificado (art. 121, §2º, incisos I e IV) está
demonstrada [descrever as provas]
• Laudos
• Testemunhos
• Reconhecimentos
• Apreensões

A Constituição Federal de 1988, no art. 5º, inciso XI, garante o direito à inviolabilidade de
domicílio. Entretanto, tal direito não é absoluto, tendo em vista que a ninguém é dado o
direito de usar proteções constitucionais como salvaguarda de práticas ilícitas. Nesse
sentido, a própria Carta admite que, com a devida autorização judicial, a polícia possa
realizar buscas residenciais durante as investigações policiais.

A Lei / Código [...] prevê a possibilidade de decretação da medida [...], desde que
preenchidos os requisitos [...].

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [...]

• o autor se evadiu
• é necessária a apreensão de algum objeto em poder do autor (ex.: arma do crime)

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• alguma atividade específica para as investigações (ex.: realizar entrevista dos


suspeitos de forma concomitante, evitando que haja combinação de versões)
• garantia/segurança de testemunhas
• etc.

5. Pedido / Conclusão

Assim exposto, represento a Vossa Excelência:

a. pela decretação da medida cautelar de prisão temporária, prevista na Lei


7.960/89, após oitiva do ilustre membro do Ministério Público, pelo prazo de 30 dias.
b. pela (...)

[Termos em que pede deferimento]

Data, local

Delegado de Polícia
Periculum (fundamento em si)

• Cláusula Constitucional

A Constituição Federal de 1988 garante [mencionar o direito]. Entretanto, é assente que a


ninguém é dado o direito de utilizar garantias constitucionais como salvaguarda para práticas
ilícitas.

A Lei 7.960/89 prevê a possibilidade de temporária, durante a investigação criminal, desde


que preenchidos os requisitos legais. No presente caso, trata-se de crime listado naquela
lei, o que possibilita, em tese, a sua aplicação.

Assinalo, além disso, que a prisão temporária, caso decretada, será importante [por que
você precisa?]

• reunir outras provas

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• garantir segurança testemunhas


• evitar que o autor destrua provas

PENSE ASSIM: "Excelência a medida é necessária e adequada porque [benefícios] ou


porque senão [prejuízos]"

• Como enriquecer a peça na fundamentação?

Use as 3 mulheres (lei, doutrina e jurisprudência)

• É crime de natureza hedionda;


• Prazo dilatado 30 dias
• debater as qualificadoras
etc.

Periculum

Identificando qual a peça:

Como reconhecer a peça. Faça a LEITURA EXPLORATÓRIA:

• Tem gente solta: pense em prisão.


• Falou de arma utilizada no crime e ainda não recuperada, falou de bens
etc: pense em busca e apreensão.
• Citou endereço: pense em busca
• Citou CPF: pense em quebra de dados bancários
• Falou número de telefone: pense em quebra de dados e interceptação
telefônica.
• Falou em um local que tenha relação com os agentes do crime que em tal
dia, tal horário estará vazio: pense em captação ambiental.
• Falou em e-mail, site, blog, conversas no whatsapp, facebook etc: pense
em interceptação dos dados de informática e telemática.

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• Narrou os fatos com mais de quatro pessoas: já pense em organização


criminosa e as medidas de investigação que estão previstas na Lei
12.850/13.
• Falou em contas bancárias, crimes financeiros, tributários etc: pense em
quebra de sigilo financeiro, bancário, fiscal.
• Esgotou o prazo de investigação: pense em relatório.
• Falou de testemunha que deseja colaborar: pense em homologação de
acordo de colaboração premiada.
• Testemunha está sofrendo ameaças: pense em inclusão no programa de
proteção à testemunha e também em preventiva.

São dicas que ao longo da sua preparação você já irá pensar de forma automática e
já vai eliminando hipóteses.

Estética:

• Letra cursiva tem uma aceitabilidade melhor (cuidado para não errar entre as
maiúsculas e minúsculas se fizer letra de forma!)
• O cabeçalho fica com uma estética melhor se for apresentado com letra de
forma.
• Margem sempre igual (medir com a falange mesmo)
• Margem direita: nunca ultrapassar e ter cuidado na translineação!
• Cuidado com a identificação da peça!
• Nunca indique o número da Vara, número de inquérito, número de processo ou
qualquer outra informação que o comando da questão não fornecer! Essas
informações podem ser consideradas pelo examinador como identificação de
peça e o que ocorreria sua desclassificação no certame.

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ALGUMAS PEÇAS MONTADAS COM O MODELO CORINGA

PEÇA DE PRISÃO PREVENTIVA

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ VARA (...) DA


COMARCA DE (...)

1. Exemplo 1: Preâmbulo sem relatório final

A Polícia Civil do Estado [...], por intermédio da autoridade de polícia judiciária ao final
assinado, no uso de suas atribuições, sobretudo no art. 144, §4º, da CF e do 2º, §1º da
Lei 12.830/2013, com fundamento no art. 282, § 2º e nos arts. 311, 312 e 313, todos do
CPP, vem à presença de Vossa Excelência representar pela prisão preventiva, em
desfavor de [nome do representado]

2. Exemplo 2: Preâmbulo com relatório final

A Polícia Civil do Estado [...], por intermédio da autoridade de polícia judiciária ao final
assinado, no uso de suas atribuições, sobretudo no art. 144, §4º, da CF e do 2º, §1º da
Lei 12.830/2013, vem a presença de Vossa Excelência apresentar Relatório Final (art.
10, §1º) c/c Representação por Prisão Preventiva, com fundamento no art. 282, § 2º e
nos arts. 311, 312 e 313, todos do CPP, em desfavor de [nome do representado]

DOS FATOS

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Trata-se de [...]
Cuida-se de [...]
O presente inquérito apura [...]

FUNDAMENTOS

Do Fumus Comissi Delicti:

Tipificação

PEC.ISA
Prova Existência do Crime: todos os elementos de prova que demonstram que o crime
ocorreu (ex.: laudo de local, cadavérico etc.)

Indícios Suficientes de Autoria: todos os elementos de prova que demonstram que


fulano é autor do crime (ex.: reconhecimentos, provas testemunhas, prova DNA, laudo
papiloscópico etc.).

Do Cabimento da Prisão Preventiva (citar, pelo menos, uma das hipóteses)

• crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4


(quatro) anos;

• condenação por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado,


ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP;

• crime que envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência;

• identificação civil;

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• Descumprimento da medida cautelar imposta: havendo o descumprimento de


qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.

• Descumprimento das medidas protetivas da Lei Maria da Penha


Obs..: neste caso, apontar também o art. 20 da Lei 11.340/06.

Do Periculum in Mora (ou in libertatis)

A medida cautelar é necessária para (indicar uma ou mais hipóteses):

Garantia da ordem pública

Suspeito que, se solto, continuará a praticar crimes (ex.: estuprador em série);

Garantia da ordem econômica.

Evitar que um grupo criminoso continue a dilapidar o erário ou a afetar o mercado com
condutas ilícitas (ex.: cartéis de postos de combustíveis).

Conveniência da instrução penal

Suspeito que ameaça ou chantageia testemunhas ou, ainda, que tenha influência sobre elas;
destrói provas, ou de qualquer forma, impede a produção probatória.

No caso de descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão, previstas nos


art. 282 e seguintes do CPP.

Do Pedido
Ante o exposto, após oitiva do Ministério Público, requer-se [descrever a(s) medida(s)
cautelar(es) ]

Por oportuno, encaminhem-se os autos ao Poder Judiciário, na forma do art. 10, §1º
do CPP.

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Termos em que espera deferimento.


Local, data e ano.
Delegado da Polícia

Observações sobre a Preventiva na Maria da Penha

CPP, Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Lei 11.340/06, Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal,
caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, a requerimento do
Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO Juizado da Violência


Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de [...]

A Polícia Civil do Estado da Paraíba, por intermédio da autoridade de polícia judiciária


ao final assinado, no uso de suas atribuições, sobretudo no art. 144, §4º, da CF e do
2º, §1º da Lei 12.830/2013, com fundamento no art. 20 da Lei 11.340/06 e 313, inciso III
do CPP, vem à presença de Vossa Excelência representar pela prisão preventiva, em
desfavor de [nome do representado]

DOS FATOS

Trata-se de [...]
Cuida-se de [...]
O presente inquérito apura [...]

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FUNDAMENTOS

Do Fumus Comissi Delicti:

Tipificação

PEC.ISA
Prova Existência do Crime: todos os elementos de prova que demonstram que o crime
ocorreu (ex.: laudo de local, cadavérico etc.)

Indícios Suficientes de Autoria: todos os elementos de prova que demonstram que


fulano é autor do crime (ex.: reconhecimentos, provas testemunhas, prova DNA, laudo
papiloscópico etc.).

Do Cabimento da Prisão Preventiva (citar, pelo menos, uma das hipóteses)

• crime que envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência;

• Descumprimento das medidas protetivas da Lei Maria da Penha

Obs..: neste caso, apontar também o art. 20 da Lei 11.340/06.

Do Periculum in Mora (ou in libertatis)

A medida cautelar é necessária para (indicar uma ou mais hipóteses):

Garantia da ordem pública

Suspeito que, se solto, continuará a praticar crimes (ex.: estuprador em série);

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Conveniência da instrução penal ou da aplicação da lei penal

Suspeito que ameaça ou chantageia testemunhas ou, ainda, que tenha influência sobre elas;
destrói provas, ou de qualquer forma, impede a produção probatória.

Do Pedido

Ante o exposto, após oitiva do Ministério Público, requer-se [descrever a(s) medida(s)
cautelar(es) ]

Local, data e ano.


Delegado da Polícia

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PEÇA DE QUEBRA DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA / QUEBRA DE SIGILO


TELEFÔNICO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ DODA COMARCA DE


(...)

A Polícia Civil do Estado [...], por intermédio da autoridade de polícia judiciária ao final
assinado, no uso de suas atribuições, sobretudo no art. 144, §4º, da CF e do 2º, §1º da
Lei 12.830/2013, com fundamento no art. 3º, inciso I, da Lei nº 9296/96, e, em respeito
ao artigo 5º, XII, da Constituição Federal, vem à presença de Vossa Excelência
representar pela quebra de dados telefônicos, bem com pela interceptação telefônica,
pelo prazo 15 dias, do(s) terminal(ais) [...], pertencentes a [indicar o nome do alvo, se
indicado no texto]

DOS FATOS

Trata-se de [...]
Cuida-se de [...]
O presente inquérito apura [...]

FUNDAMENTOS

Do Fumus Comissi Delicti:

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PEC.ISA
Prova Existência do Crime: todos os elementos de prova que demonstram que o crime
de [TIPIFICAR] ocorreu (ex.: laudo de local, cadavérico etc.)

Indícios Suficientes de Autoria: todos os elementos de prova que demonstram que


fulano é autor do crime (ex.: reconhecimentos, provas testemunhas, prova DNA, laudo
papiloscópico etc.).

Do Cabimento da Medida Cautelar

A inviolabilidade de dados e das comunicações telefônicas é garantia constitucional,


prevista no art. 5º, inciso XII, da CF/88, mas referido sigilo pode ser afastado, segundo
o mesmo dispositivo, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

Conforme demonstrado, há indícios razoáveis da autoria ou participação em infração


penal apenada com reclusão, tendo em vista que [...]

Ressalta-se, além disso, que a prova não pode ser feita por outros meios disponíveis,
já que [...]

Portanto, com o deferimento da medida de interceptação pelo prazo de 15 dias, será


possível que [...]

Por oportuno, a quebra de sigilo dos dados telefônicos, cujo fundamento está
diretamente ligado ao art. 5º, XII, tendo em vista a não aplicação da lei especial, será
útil, tendo em vista [...]

Da Conclusão

Diante do exposto, com fulcro nos dispositivos legais acima citados, representa-se
pela expedição de mandado de interceptação telefônica, pelo período de 15 (quinze)
dias, do terminal [...], devendo as operadoras disponibilizar condições técnicas para

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o monitoramento, bem como da quebra de dados de comunicação vinculados ao


referido terminal.

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