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QUADRO SINÓPTICO DAS CAUTELARES

Cautelares De Preservação De Provas (Cautelares


Investigativas)

a. Busca e Apreensão Domiciliar (fundamento: CPP, art.240, § 1° e CF, Art. 5º XI);


b. Interceptação de comunicações telefônicas (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I e
CF Art. 5º XII);
c. Interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática
(fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º e CF Art. 5º XII);
d. Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89 e CF Art. 5º, LXI);
e. Identificação Criminal (Fundamento: Lei 12.037/09, art. 3º, IV e CF, Art. 5º LVIII)
f. Sigilos financeiro, bancário e fiscal (Fundamento: LC n°105/2001, art. 1º, § 4º)

Cautelares de Preservação de Direitos

a. Prisão Preventiva (fundamento: CPP, art. 282, § 2º e CPP, arts. 311, 312 e 313; CF
Art. 5º, LXI);
b. Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º).
c. Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação
provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º).
d. Suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção do Código de Trânsito (fundamento legal: Lei 9.503/97, art.
294).
e. Busca e Apreensão de Adolescente Infrator (Art. 106 do ECA, além dos
fundamentos para prisão preventiva).
Cautelares Reais

a. Sequestro de móveis: quando não cabível a busca e apreensão (fundamento: CPP,


art. 132);
b. Sequestro de imóveis (fundamento: CPP, art. 127).
c. Obs.: o Arresto não pode ser deferido por representação do delegado, pois ocorre
com o processo já em andamento.

Cautelares Especiais

a. Medidas da Lei de Organizações Criminosas (Fundamento: Lei 12.850/13)


b. Colaboração Premiada (art. 4º, § 2º);
c. Infiltração de agentes (art. 10);
d. Captação Ambiental (Art. 3°, II).
e. Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a
Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente (art. 190-A, I, ECA)
DICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA

COMO RECONHECER A PEÇA? Faça A Leitura


Exploratória:

a. Tem gente solta: pense em prisão.


b. Falou de arma utilizada no crime e ainda não recuperada, falou de bens etc.:
pense em busca e apreensão.
c. Citou endereço: pense em busca ou captação ambiental
d. Citou CPF: pense em quebra de dados bancários
e. Falou número de telefone: pense em quebra de dados e interceptação telefônica.
f. Falou em um local que tenha relação com os agentes do crime que em tal dia,
tal horário estará vazio: pense em captação ambiental.
g. Falou em e-mail, site, blog, conversas no WhatsApp, Facebook etc.: pense na
interceptação dos dados de informática e telemática.
h. Narrou os fatos com mais de quatro pessoas: já pense em organização
criminosa e as medidas de investigação que estão previstas na Lei 12.850/13.
i. Falou em contas bancárias, crimes financeiros, tributários etc.: pense em
quebra de sigilo financeiro, bancário, fiscal.
j. Esgotou o prazo de investigação: pense em relatório.
k. Falou de testemunha que deseja colaborar: pense em homologação de acordo
de colaboração premiada.
l. Testemunha está sofrendo ameaças: pense em inclusão no programa de
proteção à testemunha e também em preventiva.
m. ORCRIM se comunica em grupos fechados na internet: pense em infiltração
virtual e quebra de sigilo.
ESTÉTICA

a. Letra cursiva tem uma aceitabilidade melhor (cuidado para não errar entre as
maiúsculas e minúsculas se fizer letra de forma!)
b. O cabeçalho fica com uma estética melhor se for apresentado com letra de forma.
c. Margem sempre igual (medir com a falange)
d. Margem direita: nunca ultrapassar e ter cuidado na translineação!
e. Cuidado com a identificação da peça!
f. Nunca indique o número da Vara, número de inquérito, número de processo ou
qualquer outra informação que o comando da questão não fornecer! Essas
informações podem ser consideradas pelo examinador como identificação de peça e
o que ocorreria sua desclassificação no certame.
REPRESENTAÇÃO CORINGA PARA QUALQUER
REPRESENTAÇÃO CRIMINAL 1

MODELO CORINGA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA [...] DA COMARCA DE [...]

Procedimento Sigiloso [se for o caso]

A Polícia Civil do Estado2 [...], representado por seu Delegado de Polícia subscritor, com
fundamento no art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da Lei 12.830/13, vem,
mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no [...]3, representar pela
medida de [...], em face de [...].

DOS FATOS

Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar crime de homicídio qualificado (art.
121…) a morte de José da Silva, já devidamente qualificado, o qual foi atingido por um
disparo de arma de fogo, enquanto saía da sua casa, fato ocorrido no dia 20/10/2021, no
endereço [...]

1
Este modelo poderá ser usado para qualquer representação, bastando que se adeque a fundamentação com base no
Quadro Sinóptico, conforme modelos exemplos que disponibilizei mais abaixo.
2
Respeitáveis professores indicam que a fórmula mais técnica seria começar com a autoridade, e não com a instituição,
como a seguir: O Delegado de Polícia da Polícia Civil X [...]. No entanto, não vejo problemas no formato aqui
apresentado, que acho mais formal e adequado.
3
Ver Quadro Sinóptico das Cautelares.
DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à [...]. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

A Lei / Código [...] prevê a possibilidade de decretação da medida [...] *, desde que
preenchidos os requisitos [...].

*Quadro Sinóptico das Cautelares

Cautelares de preservação de provas (Cautelares Investigativas)

● Busca e Apreensão Domiciliar (fundamento: CPP, art.240, § 1° e CF, Art. 5º XI);


● Interceptação de comunicações telefônicas (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I);
● Interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática
(fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º,
● Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89);
● Identificação Criminal (Fundamento: Lei 12.037/09, art. 3º, IV)
● Sigilos financeiro, bancário e fiscal (Fundamento: LC n°105/2001, art. 1º, § 4º)

Cautelares de Preservação de Direitos

● Prisão Preventiva (fundamento: CPP, art. 282, § 2º e CPP, arts. 311, 312 e 313);
● Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º).
● Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação
provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º).
● Suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção do Código de Trânsito (fundamento legal: Lei 9.503/97, art.
294).
● Busca e Apreensão de Adolescente Infrator (Art. 106 do ECA, além dos fundamentos
para prisão preventiva).
Cautelares Reais

● Sequestro de móveis: quando não cabível a busca e apreensão (fundamento: CPP,


art. 132);
● Sequestro de imóveis (fundamento: CPP, art. 127).
● Obs.: o Arresto não pode ser deferido por representação do delegado, pois ocorre
com o processo já em andamento.

Cautelares Especiais

● Medidas da Lei de Organizações Criminosas (Fundamento: Lei 12.850/13)


● Colaboração Premiada (art. 4º, § 2º);
● Infiltração de agentes (art. 10);
● Captação Ambiental (Art. 3°, II).
● Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade
Sexual de Criança e de Adolescente (art. 190-A, I, ECA)

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque as medidas investigativas


até agora realizadas não foram suficientes para reunir elementos de materialidade e
autoria do crime que ora se apura.

DA CONCLUSÃO

Assim exposto, representa-se pela medida [...] em desfavor de [...],  com fundamento
[dispositivo legal], colhendo-se previamente a manifestação do Ministério Público4.

Em razão da natureza da medida, sem intimação da parte contrária [no caso de medida
sigilosa]

Local, Data
Delegado de Polícia

4
Não deixe de mencionar o Ministério Público.
MODELO 01

PRISÃO TEMPORÁRIA5

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

O art. 1º da Lei 7.960/896 prevê a possibilidade de decretação de prisão temporária, pelo


prazo de cinco dias [ou 30 dias, se hediondo ou equiparado]7, desde que imprescindível
para a investigação e que o crime investigado seja listado como um daqueles passíveis
dessa medida cautelar.

Somem-se a isso, outros dois elementos estabelecidos pelo STF, quando da decisão nas
ADINs 4.109 e 3.360, quais sejam, a prisão for justificada em fatos novos ou

5
Atualizada com as decisões do STF: ADI 4.109; ADI 3.360.
6
Em caso de crime hediondo, citar também o art. 2º, §4º, da Lei 8.072/90. Neste caso, o prazo inicial será de 30 dias (e
não de 5 dias).
7
No caso de crime hediondo ou equiparado, citar o art. 2º, §4º, da Lei 8.072/90.
contemporâneos que fundamentem a medida, e for adequada à gravidade concreta do
crime.

Nesse sentido, a prisão é imprescindível porque [...].

O crime [...] é passível da medida ora pleiteada, conforme a Lei de Prisão Temporária [e/ou
Lei de Crimes Hediondos].

Há fatos contemporâneos que fundamentam a cautelar, na medida em que [...].

A forma de execução demonstra a gravidade concreta do crime, tendo em vista que [...].

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai garantir que
elementos de prova sejam colhidos/que o autor possa ser inquirido sobre os fatos etc.]
MODELO 02

PRISÃO PREVENTIVA

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

O CPP, art. 282, § 2º e CPP, arts. 311, 312 e 313, preveem a possibilidade de decretação
de prisão preventiva para garantia da ordem pública8, na hipótese da prática de crimes
dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos9,
requisito que se adequa aos fatos ora apurados, tendo em vista a prática em tese de crime
de latrocínio consumado.

O perigo e existência concreta de fatos que justifiquem a aplicação da medida adotada


estão demonstrados (CPP, art. 312, §2º).  

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai garantir a proteção
de vítimas e testemunhas/evitar que provas sejam destruídas etc.]

8
e/ou garantia da ordem econômica, da aplicação da lei penal etc.
9
Ver as outras hipóteses no CPP, art. 313.
MODELO 03

PRISÃO PREVENTIVA POR QUEBRA DE MEDIDAS


PROTETIVAS DA LEI MARIA DA PENHA

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

O CPP, art. 282, § 2º e CPP, arts. 311, 312 e 313 e art. 20 da Lei 11.340/06, preveem a
possibilidade de decretação de prisão preventiva se o crime envolver violência doméstica e
familiar contra a mulher para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.

O perigo e existência concreta de fatos que justifiquem a aplicação da medida adotada


estão demonstrados (CPP, art. 312, §2º).  

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai garantir que o
suspeito não ponha a vítima em perigo etc.].
MODELO 04

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à intimidade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

A Lei 9.296/96, art. 3º, permite a interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de


informática e telemática, pelo prazo inicial de quinze dias, desde que haja indícios
razoáveis da autoria ou participação em infração penal, a prova não puder ser feita por
outros meios disponíveis e o fato investigado constituir infração penal punida com reclusão.

No presente caso, as medidas de interceptação telefônica, bem como de quebra de dados


de comunicação telefônica são adequadas e necessárias porque [ex.: vai permitir
identificar os demais envolvidos, colher elementos de materialidade e autoria etc.].
MODELO 05

CAPTAÇÃO AMBIENTAL

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à intimidade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

A Lei 9.296/96, art. 8º-A10, permite a captação ambiental de sinais eletromagnéticos,


ópticos ou acústicos, pelo prazo inicial de quinze dias, quando a prova não puder ser feita
por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e houver elementos probatórios
razoáveis de autoria e participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam
superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas.

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai permitir identificar o
teor das tratativas do plano criminoso etc.].

10
Em caso de ORCRIM, citar também o art. 3º, inciso II da Lei 12.850/13.
MODELO 06

INFILTRAÇÃO VIRTUAL

DOS FUNDAMENTOS

A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo


[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à intimidade. Entretanto, tal direito não é
absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito de usar normas constitucionais como
escudo para práticas criminosas.

O art. 10-A da Lei 12.850/13 permite, desde que autorizado judicialmente, a ação de
agentes de polícia infiltrados virtuais, na internet, pelo prazo inicial de 6 meses, com o fim
de investigar os crimes previstos nessa Lei e a eles conexos, praticados por organizações
criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas
dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os
dados de conexão ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas11.

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai permitir identificar
os demais envolvidos, colher elementos de materialidade e autoria etc.].

11
Esses dados devem ser fornecidos pelo texto da prova e, neste caso, devem ser reproduzidos pelos alunos no corpo da
peça.
MODELO 07 [MODELO COMBINADO]

PRISÃO TEMPORÁRIA E BUSCA E APREENSÃO

DOS FUNDAMENTOS
A materialidade e os indícios de autoria do crime de [tipo penal] estão demonstrados pelo
[...].

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade e à inviolabilidade de


domicílio. Entretanto, tal direito não é absoluto, haja vista que a ninguém é dado o direito
de usar normas constitucionais como escudo para práticas criminosas.

O art. 1º da Lei 7.960/8912 prevê a possibilidade de decretação de prisão temporária, pelo


prazo de cinco dias [ou 30 dias, se hediondo ou equiparado]13, desde que imprescindível
para a investigação e que o crime investigado seja listado como um daqueles passíveis
dessa medida cautelar.

Somem-se a isso, outros dois elementos estabelecidos pelo STF, quando da decisão nas
ADINs 4.109 e 3.360, quais sejam, a prisão for justificada em fatos novos ou
contemporâneos que fundamentem a medida, e for adequada à gravidade concreta do
crime.

Nesse sentido, a prisão é imprescindível porque [...].

O crime [...] é passível da medida ora pleiteada, conforme a Lei de Prisão Temporária [e/ou
Lei de Crimes Hediondos].

Há fatos contemporâneos que fundamentam a cautelar, na medida em que [...].

12
Em caso de crime hediondo, citar também o art. 2º, §4º, da Lei 8.072/90. Neste caso, o prazo inicial será de 30 dias (e
não de 5 dias).
13
No caso de crime hediondo ou equiparado, citar o art. 2º, §4º, da Lei 8.072/90.
A forma de execução demonstra a gravidade concreta do crime, tendo em vista que [...].

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai garantir que
elementos de prova sejam colhidos/que o autor possa ser inquirido sobre os fatos etc.]

O CPP, art.240, § 1°, permite a busca domiciliar quando houver fundadas razões para
apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos.14

No presente caso, a medida é adequada e necessária porque [ex.: vai permitir a


recuperação da res furtiva etc.]

MODELOS DE ENDEREÇAMENTO

JUSTIÇA ESTADUAL:

Ex.: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA    VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE 

Excelentíssimo Senhor Juiz (...)

Obs.: Fique atento para apresentar corretamente o endereçamento.

14
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento
do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.
JUSTIÇA FEDERAL:

No caso de competência para processamento e julgamento da Justiça Federal, lembre-se


de apresentar o termo “Seção Judiciária” ou Subseção Judiciária”.

Lembrando que:
 
Conforme art. 110 da Constituição Federal, cada Estado e o DF constituirá uma seção
judiciária com sede em cada capital. No interior dos Estados a Justiça Federal é
organizada em subseções.
 
Ex.: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA __VARA FEDERAL (OU VARA
CRIMINAL FEDERAL) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO/SP

Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da ___ Vara Federal  da Seção Judiciária


TRIBUNAL DO JÚRI:

Quando ocorrer crimes contra a vida, indique da forma completa:


 “Vara Criminal do Tribunal do Júri” (é melhor do que Vara do Júri)

Ex.: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA    VARA DO TRIBUNAL DO


JÚRI DA COMARCA DE [...]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA


DE [...]

JUIZADOS ESPECIAIS:

“Vara Criminal do Juizado Especial de Violência Doméstica” ou “Juizado Especial Criminal


…”

Ex.: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO  JUIZADO ESPECIAL DE


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DA COMARCA DE [...]

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO  JUIZADO ESPECIAL


CRIMINAL DA COMARCA DE [...]
 
Obs.: Somente indique Vara de Entorpecentes se o comando da questão te indicar que naquela
comarca existe essa vara (ou ainda indicar que é o Juízo prevento). Da mesma forma a Vara
Especializada em Delitos de Trânsito.
 
Obs2: Estude sempre a Lei de Organização Judiciária do local onde irá fazer a prova.
 
Obs3: Fique atento também para o caso de o comando da questão apontar que algum
investigado possui foro privilegiado. Dessa forma, você deverá endereçar ao Tribunal de
Justiça, Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal.

MODELO DE PREÂMBULO
 
“A Polícia Civil do Estado ____, nesta, representado por seu Delegado de Polícia
subscritor, com fundamento no art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da
Lei 12.830/13, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no
____, representar pela medida de ____, pelo prazo (se for o caso),  em face de ___,
no endereço tal (se for o caso)”

O preâmbulo deve conter:

1. Quem está representando: A Polícia Civil do Estado ____, nesta, representado por
seu Delegado de Polícia subscritor ou A Polícia Federal [...]

2. Amparo constitucional e amparo legal referente às atribuições de Delegado de


Polícia: art. 144, §4º da Constituição Federal e art. 2º, §1º da Lei 12.830/13. (as
atribuições da Polícia Federal encontram-se previstas no §1º do art. 144);

3. Fulcro da medida: Art. 311, 312, 313 do Código de Processo Penal (no caso de
prisão preventiva, por exemplo). Deve ser indicado o fundamento que permite,
dentro da lei, a representação daquela medida.

4. Nome da medida: Prisão Temporária, Prisão Preventiva, Busca e Apreensão


Domiciliar, Quebra dos sigilos de dados telefônicos etc. Não “abrevie” o nome da
medida. Por exemplo: é melhor apresentar “representação pela medida de Prisão
Preventiva” em vez de “representa pela Preventiva”. São detalhes, mas que podem
ser descontados da pontuação.
5. Em face de quem (ou o que) a medida está sendo representada. No caso de Prisão
Preventiva, por exemplo: “representa pela Prisão Preventiva em face de Lúcio
Valente”.  No caso de Busca e Apreensão domiciliar, deve-se indicar o endereço
completo conforme foi fornecido pelo comando da peça.

OBS: Veja se existe alguma legislação estadual ou se na Constituição Estadual tenha


alguma previsão acerca do poder de representação do Delegado de Polícia. Essa
indicação não costumava ser pontuada, porém em provas recentes foi quesito do espelho
de pontuação.
Modelo Genérico de Portaria Sem Indiciamento

PORTARIA

Referência:

O Delegado de Polícia Civil do Estado[...], com fulcro no art. 144, §4º da CF/88, no
uso da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I(II), do Código de Processo Penal, no art.
2º, §1º da Lei 12.830/13, e tendo em vista [documento base da noticia], resolve instaurar
inquérito policial, em razão dos fatos seguintes.
Chegou ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária, através do
[referência ao documento base da notícia crime], formalizando a noticia criminis  de
cognição [i]mediata, que no dia [tal], no [endereço tal], [ocorreu tal fato penalmente
relevante], o Delegado de Polícia que esta subscreve determina ao cartório desta unidade
policial que:

1. Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as providências de


natureza cartorária;
2. juntar as peças vinculadas ao [documento base da notícia crime];

3. Juntar (ou intimar para se realizar ) o termo o depoimento das testemunhas;

4. Juntar (ou intimar para se realizar) as declarações da vítima;

5.  juntar oitiva do envolvido;    

6. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
7. proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

8. juntar laudo de exame de corpo de delito e das demais perícias realizadas; 

9. proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a
moralidade ou a ordem pública;

10. após, retornem os autos conclusos para novas deliberações.

Em geral, observe as providências essenciais previstas no art. 6º do CPP:

Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial


deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais;          (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;          (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.           (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Modelo Genérico de Portaria Com Indiciamento

PORTARIA
Referência:

      O Delegado de Polícia Civil do Estado [...], com fulcro no art. 144, §4º da CF/8815, no
uso da atribuição conferida pelo art. 5º, inciso I (II), do Código de Processo Penal, no art.
2º, §6º, da Lei 12.830/13, e tendo em vista o registro da ocorrência policial, resolve
instaurar inquérito policial, com o indiciamento de plano de [fulano de tal], pela prática da
conduta descrita [tipificação/hipótese criminal].
            Tendo chegado, nesta data, ao conhecimento desta autoridade de polícia judiciária,
através do [referência ao documento base da notícia crime], formalizando a noticia criminis
 de cognição [i]mediata, que no dia [tal], no [endereço tal], [ocorreu tal fato penalmente
relevante]. 
         O fumus comissi delicti do crime de [tipificação] está demonstrado, ainda que
preliminarmente, no(a) [citar os elementos de materialidade e indícios de autoria].

FUMUS: PEC.ISA (prova existência do crime e indícios suficientes de autoria)

elementos de provas reunidos (apresentados): depoimentos, reconhecimentos,


declarações etc. 
Assim exposto, decido indiciar [fulano de tal] pela prática da conduta descrita no
[tipo penal].
          Diante de tais elementos colhidos durante a investigação e com fundamento no art.
144, §4º da CF/88, bem como no ​art. 2º, §6, da Lei n. 12.830/13, decido indiciar [NOME
DO IMPUTADO] pela prática da conduta descrita no [TIPO PENAL].
Determino, portanto, ao cartório desta unidade policial:

15
Pode-se citar, também, o art. 115 da Constituição do Estado do Amazonas.
Art. 115. À Polícia Civil, instituída por lei como órgão permanente, dirigida por Delegado de Polícia de última classe,
estruturada em carreira, incumbe, ressalvada a competência da União:
1.  Seja tombado o respectivo inquérito policial, realizando-se todas as providências de
natureza cartorária;

2. juntar as peças vinculadas ao [documento base da notícia crime];

3. Intimar para ser tomado por termo o depoimento das testemunhas;

4.  juntar as declarações da vítima;

5.  qualificar o indiciado, fazendo juntar os documentos de vida pregressa;

6.  caso não haja apresentação de identificação, proceder à identificação criminal;

7.  juntar/realizar oitiva do indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto


no Capítulo III do Título Vll, do CPP/41, devendo o respectivo termo ser assinado
por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

8.  colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem


alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados
dos filhos, indicado pela pessoa presa [no caso de APF].

9. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;

10. proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

11. juntar laudo de exame de corpo de delito e das demais perícias realizadas; 

12. proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a
moralidade ou a ordem pública;

13. Após, retornem os autos conclusos para novas deliberações.


Despacho de Indiciamento / Despacho Indiciatório

DESPACHO DE INDICIAMENTO

Inquérito nº
Ocorrência Policial nº
Relatório Investigativo nº

DOS FATOS
Trata-se de inquérito policial iniciado para apurar a morte de José da Silva, fato
ocorrido [...].

DO FUMUS COMISSI DELICTI

Materialidade: todos os elementos de prova que digam respeito à demonstração da


existência de um possível crime (ex.: laudo de local; ECD; prova testemunhal; vídeos etc.).

Indícios de autoria: todos os elementos de prova que vinculam os fatos a determinadas


pessoas (ex.: prova testemunhal; laudo papiloscópico; laudo de DNA; etc.).

DO INDICIAMENTO
Diante de tais elementos colhidos durante a investigação e com fundamento no art.
144, §4º da CF/88, bem como no ​art. 2º, §6, da Lei n. 12.830/13, decido indiciar [NOME
DO IMPUTADO] pela prática da conduta descrita no [TIPO PENAL].

Dica: as hipóteses mais comuns de tipificação

PENAL ESPECIAL
a) Crimes contra a vida (homicídio)
b) Crimes contra o patrimônio (furto, roubo e receptação)
c) Crimes contra a dignidade sexual
d) Crimes contra a administração pública (Funcionário Público)

LEGISLAÇÃO PENAL
a) Drogas
b) Armas
c) Hediondos
d) Orcrim

DAS DETERMINAÇÕES

Encaminho o inquérito ao cartório para as seguintes providências:

1. ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III
do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
2. Encaminhe o(s) indiciado(s) para identificação criminal pelo processo datiloscópico,
caso não o(s) seja(m) civilmente, juntando sua(s) folha(s) de Antecedentes Penais;
3. juntar boletim de vida pregressa do indiciado;
4. Após, retornar o inquérito concluso para novas deliberações

Local, Data
Delegado de Polícia
Despacho Ordinatório / Despacho Ratificador de APF

Flagrante nº
Ocorrência Policial nº

DOS FATOS
Trata-se de [DESCRIÇÃO DOS FATOS]

DO INDICIAMENTO
Com fundamento no art. 144, §4º da CF/88, bem como no ​art. 2º, §6, da Lei n.
12.830/13, tendo em vista estarem presentes a autoria e a materialidade do [DESCRIÇÃO
DO TIPO PENAL] constante do presente Auto de Prisão em Flagrante, ratifico a prisão em
flagrante [PRÓPRIO, IMPRÓPRIO, PRESUMIDO].16

Determino, portanto, à escrivania as seguintes providências:

I - De ordem desta Autoridade Policial forneça ao Condutor do Flagrante

16
Citar: Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que
faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a
permanência.
Recibo de Entrega de Preso(s);
II - Expeça Nota de Culpa ao(s) conduzido(s) [NOME DO CONDUZIDO] como
incurso(s) na(s) pena(s) do [TIPO PENAL];
III - De ordem desta Autoridade Policial comunique a prisão aos Excelentíssimos
Senhores Juiz de Direito competente, Promotor de Justiça e Defensor Público,
promovendo o aforamento do feito no sistema, instruído com o presente despacho
ordinatório, corpo do APF, Nota de Culpa e demais peças pertinentes;
IV - De ordem desta Autoridade Policial encaminhe o(s) conduzido(s) ao IML, para
ser(em) submetido(s) a Exame de Corpo Delito de lesões corporais 'Ad Cautelam',
anexando o(s) respectivo(s) laudo(s);
V - Encaminhe o(s) conduzido(s) para identificação criminal pelo processo
datiloscópico, caso não o(s) seja(m) civilmente, juntando sua(s) folha(s) de Antecedentes
Penais;
VI - Por ser o crime inafiançável na esfera Policial, de ordem desta Autoridade
Policial recolha o(s) preso(s) à unidade prisional, onde deverá(ão) permanecer(em) à
disposição do Judiciário para audiência de custódia [SE FOR O CASO] [ NO CASO DE
FIANÇA, DETERMINE O VALOR DA FIANÇA]
VIII - De ordem desta Autoridade Policial encaminhe a(s) vítima(s) ao IML, para
ser(em) submetido(s) a Exame de Corpo Delito de lesões corporais, anexando o(s)
respectivo(s) laudo(s);
IX - Junte a ocorrência policial e demais peças pertinentes e promova a conclusão
dos autos;

Local, Data
Delegado de Polícia
Despacho Ratificador de APF com Prisão Preventiva

Flagrante nº
Ocorrência Policial nº

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito [...]

A Polícia Civil do Estado do Amazonas, pela Autoridade Policial que abaixo


subscreve, com fulcro no Art. 144, § 4º, vem perante Vossa Excelência apresentar
representação por prisão preventiva por ocasião da lavratura de auto de prisão em
flagrante

DOS FATOS
Trata-se de [DESCRIÇÃO DOS FATOS]

DO INDICIAMENTO
Com fundamento no art. 144, §4º da CF/88, bem como no ​art. 2º, §6, da Lei n.
12.830/13, tendo em vista estarem presentes a autoria e a materialidade do [DESCRIÇÃO
DO TIPO PENAL] constante do presente Auto de Prisão em Flagrante, ratifico a prisão em
flagrante [PRÓPRIO, IMPRÓPRIO, PRESUMIDO].

DO CABIMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA [indicar, pelo menos, uma hipótese]:

● crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4


(quatro) anos;
● condenação por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado
o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP;
● crime que envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência;
● identificação civil;
● descumprimento da medida cautelar imposta: havendo o descumprimento de
qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.
● descumprimento das medidas protetivas da Lei Maria da Penha

Obs..: neste caso, apontar também o art. 20 da Lei 11.340/06.

DO PERICULUM IN LIBERTATIS

A medida cautelar é necessária para (indicar uma ou mais hipóteses):

● Garantia da ordem pública

Suspeito que, se solto, continuará a praticar crimes (ex.: estuprador em série);

● Garantia da ordem econômica.

Evitar que um grupo criminoso continue a dilapidar o erário ou a afetar o mercado


com condutas ilícitas (ex.: cartéis de postos de combustíveis).

● Conveniência da instrução penal

Suspeito que ameaça ou chantageia testemunhas ou, ainda, que tenha influência
sobre elas; destrói provas, ou de qualquer forma, impede a produção probatória.

● No caso de descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão, previstas


nos art. 282 e seguintes do CPP.
Ante o exposto, após oitiva do Ministério Público, representa-se [descrever a(s)
medida(s) cautelar(es) ]

Determino, portanto, à escrivania as seguintes providências:

I - De ordem desta Autoridade Policial forneça ao Condutor do Flagrante


Recibo de Entrega de Preso(s);
II - Expeça Nota de Culpa ao(s) conduzido(s) [NOME DO CONDUZIDO] como
incurso(s) na(s) pena(s) do [TIPO PENAL];
III - De ordem desta Autoridade Policial comunique a prisão aos Excelentíssimos
Senhores Juiz de Direito competente, Promotor de Justiça e Defensor Público,
promovendo o aforamento do feito no sistema, instruído com o presente despacho
ordinatório, corpo do APF, Nota de Culpa e demais peças pertinentes;
IV - De ordem desta Autoridade Policial encaminhe o(s) conduzido(s) ao IML, para
ser(em) submetido(s) a Exame de Corpo Delito de lesões corporais 'Ad Cautelam',
anexando o(s) respectivo(s) laudo(s);
V - Encaminhe o(s) conduzido(s) para identificação criminal pelo processo
datiloscópico, caso não o(s) seja(m) civilmente, juntando sua(s) folha(s) de Antecedentes
Penais;
VI - Por ser o crime inafiançável na esfera Policial, de ordem desta Autoridade
Policial recolha o(s) preso(s) à unidade prisional, onde deverá(ão) permanecer(em) à
disposição do Judiciário para aguardar audiência de custódia [SE FOR O CASO] [ NO
CASO DE FIANÇA, DETERMINE O VALOR DA FIANÇA]
VII- Junte a ocorrência policial e demais peças pertinentes e promova a conclusão
dos autos;

Local, Data
Delegado de Polícia

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