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2. DA SINOPSE FÁTICA:
Saída Chegada
Salvador – 17:05h São Paulo – 19:40h
São Paulo – 22:05h Maceió – 00:55h
04. Vale relatar que um voo que duraria 50min fora alterado para
durar quase 8h, sem contar que os Autores se programaram para
trabalhar na segunda (dia 02.05.16) no expediente da tarde, inclusive o
Autor tinha uma reunião inadiável às 14:30h.
05. Deste modo os Autores informaram que não teriam como voltar
neste novo itinerário, ao tempo em que solicitaram que a Ré cancelasse
suas passagens e arcassem com o voo da Avianca, já que era um horário
semelhante ao voo inicial, sairia de Salvador no dia 01.05.16 (um dia
antes do programado, visto que o voo para o dia 02.05.16 estava com um
valor elevado) às 10:40h, chegando em Maceió às 11:44h, porém a Ré
informou que a única opção dos Autores era aceitar o novo itinerário.
.PRELIMINARMENTE:
11. Isso posto, resta hialino que a empresa GOL LINHAS AÉREAS
INTELIGENTES S.A., é parte legítima para figurar no polo passivo da
presente demanda.
.DO DIREITO:
DO DANO MATERIAL
29. Diante dos fatos acima narrados, pode-se constatar que a Empresa
Requerida praticou verdadeiros atos ilícitos, haja vista não ter cumprido
a prestação do serviço inicialmente acordada e tampouco ter arcado com
o valor do serviço semelhante, causando prejuízos de diversas ordens,
inclusive financeiros.
30. Dessa forma, pode-se dizer que a Requerida não cumpriu a sua
obrigação contratual, remetendo esta conduta ao enquadramento em
uma previsão legal, qual seja, o artigo 186 do Código Civil de 2002:
32. A comprovação do efetivo dano material sofrido pode ser feita pela
análise do comprovante de pagamento da nova passagem (Doc. 04), bem
como com o comprovante do pagamento da diária do hotel que não pode
ser reembolsada (Doc. 05).
33. Diante disso, deve este Juízo determinar que a Demandada pague
a título de dano material o valor total dos prejuízos comprovados, quais
sejam o valor relativo a compra da nova passagem, assim como o valor
referente a diária do hotel, já que os Autores tiveram que voltar um dia
antes do planejado.
Art. 5º
(...)
(...)
43. Enunciado 379, IV Jornada de Direito Civil: "O art. 944, caput, do
Código Civil não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva
ou pedagógica da responsabilidade civil."
(Grifo Nosso)
45. Cabe analisar no caso concreto o que seria razoável e o que seria
ínfimo, principalmente quando se trata de uma situação tão esdrúxula,
qual seja a Ré se negou a prestar o serviço inicialmente acordado,
bem como se recusou a arcar com o valor de um serviço semelhante.
49. Caio Mário da Silva PEREIRA ensina que "o indivíduo é titular de
direitos integrantes de sua personalidade, o bom conceito que desfruta na
sociedade, os sentimentos que estornam a sua consciência, os valores
afetivos, merecedores todos de igual proteção da ordem jurídica"
(PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 9ª ed. Rio de
Janeiro: Forense. 1998. p. 59).
53. À luz do artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
64. Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por
parte do Requerido, configuradores da responsabilidade de reparação dos
danos morais suportados pelos Autores, deve, a empresa Demandada,
ressarcir aos Demandantee por toda a falta de sossego, paz de espírito e
frustrações sofridas, decorrente do que foi aduzido anteriormente.
(...)
Enunciado 17:
“É cabível a inversão do ônus da prova, com base no
princípio da equidade e nas regras de experiência
comum, a critério do Magistrado, convencido este a
respeito da verossimilhança da alegação ou
dificuldade da produção da prova pelo reclamante".
DOS PEDIDOS:
Termos em que,
Pede deferimento