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II - DOS FATOS
No dia XXXXXX, os autores adquiriram juntos, por meio de programa de
milhagem, passagens aéreas de ida e volta para a cidade de Porto Alegre - RS,
de onde partiriam para Gramado - RS.
XXXXXX
Todavia, uma viagem a lazer já se iniciou com transtornos. Diga-se isto, pois no
dia XXXXXX a companhia aérea enviou e-mail informando acerca do
cancelamento dos voos originalmente contratados, sugerindo, apenas, o
reembolso da quantia paga ou reacomodação em voos da própria empresa.
Ocorre que os voos sugeridos pela ré, saindo de João Pessoa, em nada se
assemelhavam aos originalmente adquiridos. Assim, buscaram os autores voos
de outras companhias, descobrindo que a GOL LINHAS AÉREAS possui um
voo similar, conforme será demonstrado mais adiante.
Insatisfeitos, foi realizada uma reclamação perante à ANAC (doc. anexo), por
intermédio do terceiro autor e utilizando a plataforma Consumidor.gov.br
(Protocolo nº XXXXXX). Ocorre que, em resposta, reiterou a LATAM que a
reacomodação em voo de outra companhia se daria apenas nas situações de
cancelamento de voo no dia da viagem.
Advém que totalmente equivocada é a atitude da empresa ré, motivo pelo qual
não resta alternativa aos autores senão se socorrer do Judiciário para ver o seu
direito atendido.
III – DO DIREITO
I - a reacomodação:
Isto é, a lei apenas quer dizer que estas mesmas regras valem no caso de
apresentação no aeroporto, por falha na informação, caso em que é adicionada
a assistência material para quem estiver no aeroporto.
Art. 737. O transportador está sujeito aos horários e itinerários previstos, sob
pena de responder por perdas e danos, salvo motivo de força maior.
Com base nisso, deve a ré ser compelida a reacomodar os autores nos
seguintes voos da empresa GOL LINHAS AÉREAS, por serem os mais
similares àqueles originalmente contratados:
Ainda que seja concedida a liminar ora pleiteada, não se pode olvidar que a
recusa injustificada em reacomodar os autores em voo de terceiros causou
frustrações e desgastes, na medida em que tiveram de ingressar na justiça
para solucionar a discussão.
Maior desgaste será caso não seja concedida a tutela provisória pleiteada e
não se obtenha sentença de mérito transitada em julgado a tempo, situação em
que terão os autores que ir e voltar pela cidade de Recife, viajando, nos dois
trechos, de madrugada, correndo inegáveis riscos.
Isso porque, em consulta ao site da ré, o único voo que menos afeta as diárias
no destino final, Gramado, é o abaixo indicado:
XXXXXXXXXX
Note-se que, pelos horários dos voos, os autores terão de viajar de madrugada,
tanto na ida quanto na volta.
Ou seja, sendo concedida ou não a tutela provisória pleiteada, os danos morais
sofridos pelos autores são evidentes.
Quanto à inversão do ônus da prova, diz o artigo 6º, VIII do Código de Defesa
do Consumidor:
(...)
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
Por esses motivos, nos moldes do artigo 300 do Novo CPC, pretendem os
autores a concessão de antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera pars,
para que, no prazo fixado por este juízo, seja a promovida compelida a
reacomodá-los em voos de terceiros, conforme dispõe a Resolução nº
400/2016 da ANAC, sugerindo-se os voos Gol XXXX, por serem os mais
similares aos originalmente contratados, sob pena de multa diária, no valor
arbitrado por este juízo, em caso de descumprimento, nos termos do art. 537,
do CPC.
IV - DOS PEDIDOS