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naim achcar elias junior | advogado

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DO FORO


CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

LUIS ALFREDO DOLCI COUTINHO, brasileiro, solteiro, coordenador


de comunicação, portador do RG de número 22.964.800-9, inscrito no CPF/MF sob o
número 023.730.109-17, residente e domiciliado na Rua xxxx, xxx, apartamento xxx, Bairro
xxx, São Paulo – SP, CEP: xxxxx-xxx, por sua advogada infra-assinada, vêm, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

com fundamento nos artigos 6.º e 14 do Código de Defesa do Consumidor; 186 e 927 do
Código Civil; e 21 e 28 da Resolução n.º 400 de 13 de dezembro de 2016 da Agência
Nacional de Aviação Civil - ANAC, em face de DECOLAR.COM LTDA, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o número 03.563.689/0002-31, com sede na
Avenida Dr. Timóteo Penteado, 1578, Vila Hulda, Guarulhos – SP, CEP: 07094-000, pelos
motivos de fato e de direito que passa a expor.

Alameda Glete, n. º 1003, Apto 63 | São Paulo


(11) 3895-8916 e 96344-2263
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DOS FATOS

1. O Autor adquiriu passagens aéreas pelo sítio eletrônico da Ré


Decolar.com, tendo sido emitido o código de reserva T26DN.
2. As passagens aéreas foram adquiridas em 3 (três) trechos abaixo
identificados:

 TRECHO 1 (29/09/2017): voo Latam JJ8084 - GUARULHOS/LONDRES (23h50)


 TRECHO 2 (28/10/2017): voo British Airways BA2760 - LONDRES/AMSTERDAM
(11h00)
 TRECHO 3 (02/11/2017): voo KLM KL 1773 - AMSTERDAM/FRANKFURT (17h30)
voo Latam JJ8071 - FRANKFURT/GUARULHOS (19h45)

3. Pelo pacote, incluindo os 3 (três) trechos de viagem, foi paga a


quantia de R$ 5.659,00 (cinco mil seiscentos e cinquenta e nove reais).
4. Pois bem. Os dois primeiros trechos da viagem foram realizados
pelo Autor sem quaisquer complicações.
5. Ocorre que, no terceiro trecho (Doc. 01), ao tentar realizar o
embarque na conexão em Frankfurt, iniciaram-se os transtornos.
6. Isto porque a conexão era de apenas 60 (sessenta) minutos,
salientando-se a necessidade de apresentação para embarque com antecedência de 60
(sessenta) minutos definida pela ANAC, e ao chegar em Frankfurt, vindo de Amsterdam, no
horário previsto (18h45), o Autor realizou o desembarque no Terminal 1, Portão A ( Pier A) e
teve que se deslocar até o Terminal 2, para embarque voo para Guarulhos, nos Portões D/E
(Pier D/E), que fica localizado no outro extremo do aeroporto de Frankfurt (Doc. 02).
7. Para realizar o traslado entre estes terminais é necessário
utilizar-se de um trem, além de passar novamente pela imigração, pelo raio-X e pegar
filas para tanto, além de percorrer um grande trecho á pé, o que, inevitavelmente, levaria
por volta de 50 (cinquenta) minutos, em condições normais.
8. Verificando a grande distância entre os terminais e toda a
burocracia e demora em filas, tanto para embarque no trem que o levaria para o Terminal 2,
quanto para a passagem pela imigração e raio-X, detalhes que até então eram
desconhecidos pelo Autor e não foram informados pela Ré, o Autor teve que ingressar em
uma verdadeira e literal corrida contra o tempo.
9. Todavia, mesmo tendo empregado todos os esforços para não
perder o embarque para o voo Frankfurt / Guarulhos, o Autor conseguiu chegar no balcão
de embarque somente às 19h20.
10. Ao chegar no balcão o Autor foi impedido de embarcar e
orientado a falar diretamente com a KLM.
11. A KLM por sua vez informou que a responsabilidade era da
Decolar.com e solicitaram que o Autor fizesse contato com a referida empresa.
12. Todavia, naquela noite o Autor não conseguiu contato com a
Decolar.com pelo telefone internacional, de modo que precisou solicitar auxílio de uma
amiga, no Brasil, para que fizesse este contato.
13. Em contato com a Decolar.com, simplesmente foi fornecida a
informação de que daria tempo de fazer a conexão, sem qualquer outra assistência ao
Autor, informando, ainda, que se desejasse deveria pagar para remarcar o voo para a noite
do dia seguinte (03/11/2017).
14. Ocorre que, efetivamente, era impossível ao Autor chegar nos
portões de embarque em menos tempo do que aquele efetivamente gasto,
considerando, ainda, que este precisou correr muito para se apresentar no balcão
somente às 19h20 e, ainda assim foi impedido de embarcar.
15. Sem conseguir contato direto com a Decolar.com e atentando-se
para as diferenças de fuso horário e eventuais novos problemas que pudessem originar-se
dessa comunicação intermediada pela sua amiga que estava no Brasil, o Autor, preferindo
evitar novos problemas com o descaso e a má prestação de serviços da Ré, se viu obrigado
a efetuar a compra de novas passagens aéreas (Doc. 03), em um dos balcões da Last
Minutes Tickets, abaixo identificadas:
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 (03/11/2017): voo TAP TP 579 - FRANKFURT/LISBOA (19h15)


voo TAP TP 87 - LISBOA/GUARULHOS (23h20)
16. Por estas novas passagens o Autor teve que desembolsar cerca de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), ou seja, praticamente o valor de todo pacote anteriormente
adquirido junto à Ré (Doc. 04).
17. Saliente-se, ainda, que o Autor precisou dormir no aeroporto de
Frankfurt e teve gastos com alimentação e outros serviços dentro do aeroporto, sem
qualquer respaldo da Ré.
18. Além disso, após retornar ao Brasil, tentou contato nos canais de
comunicação da Decolar.com, sem sucesso, além de responder à pesquisa pós voo por eles
enviada, solicitando um canal viável de comunicação, mas até hoje não obteve retorno.
19. Desse modo, não restando outra alternativa ao Autor, este se
socorre do Poder Judiciário a fim de ser ressarcido pela desvantagem financeira sofrida, bem
como pelos demais danos suportados em razão da falha na prestação de serviço e ausência
do dever de informação cometidos pela Ré.

DO DIREITO

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CO NSUMIDOR

20. O transporte de passageiros evidencia-se como relação de


consumo, pois o consumidor, como destinatário final e mediante remuneração, utiliza-se dos
serviços prestados pela fornecedora, no caso, a Ré, de conformidade com as disposições
constantes nos artigos 2.º e 3.º do Código de Defesa do Consumidor.
21. Assim, a Ré, diante das suas atitudes, incide nas disposições
previstas nos artigos 6.º e 14 do Código de Defesa do Consumidor, deixando de reparar os
danos que efetivamente ocasionou ao Autor:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...)
VI- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;”

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente


da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos. ”

22. Assim, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do


Consumidor, a responsabilidade das Ré é objetiva e decorre do risco por ela assumido no
contrato de transporte aéreo, que encerra obrigação de resultado.
23. Logo, responde independentemente de culpa pelos vícios de
qualidade de seu serviço e os fatos havidos não caracterizam mero inadimplemento
contratual.
24. Registre-se que a responsabilidade da Ré apenas poderia ser
afastada se ficasse demonstrada a ocorrência de uma das exceções previstas no art. 14, § 3º,
incisos I e II, do Código de Defesa do Consumidor (que, tendo prestado o serviço, o defeito
inexiste ou a culpa exclusiva é do consumidor ou de terceiro). Não é esse, contudo, o
presente caso.
25. Dessa forma, resta cabalmente demonstrada a aplicação do Código
de Defesa do Consumidor ao presente caso.

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL

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26. Verifica-se que o direito do Autor reside no fato de que a Ré


deveria prestar não só o serviço inicialmente contratado como deveria também tentar
minimizar os danos advindos de toda frustração e desvantagem causadas, de conformidade
com a boa-fé, que deve prevalecer nas relações negociais estabelecidas entre as partes.
27. A boa-fé deve ser tomada como elemento imperioso à conclusão e
execução dos contratos e de negócios firmados, importando não só na certeza da
manifestação de vontade, mas também na sua conformidade com o direito.
28. É sobre essa regra disposta no artigo 422 do Código Civil, que
deveria se pautar a conduta da Ré no caso em roga.
29. Embora o presente caso se encontre sob a égide do Código de
Defesa do Consumidor, mesmo que Vossa Excelência entendesse de maneira diversa (o que
se admite apenas por amor ao debate), também aplicando ao caso o Código Civil, estaria
igualmente nítido o inadimplemento contratual por parte da Ré, cujas negativas
consequências foram suportadas pelo Autor, acarretando a aplicação do artigo 186 do
referido diploma, que dispõe:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência


ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

30. Dessa forma, aquele que incide na prática supra exposta, acarreta
para si o claro dever de reparação do dano propalado, a rigor do que determina o artigo
927, do referido diploma legal:

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. ”

31. Nesse passo, cumpre lembrar que o contrato de transporte é de


resultado, pois são “obrigações do transportador, derivadas do contrato, a de levar a pessoa
ou coisa ao destino combinado, dentro do prazo estabelecido e nas condições estipuladas,
zelando pela segurança e conservação com toda a diligência possível e exigível” (SAMPAIO
LACERDA, “Direito Comercial Marítimo e Aeronáutico”, Ed. Freitas Bastos, 4 ed., 1961, p. 510).
32. Se o transportador não cumpre o contrato, pela falta de
informações quanto ao tempo gasto com deslocamentos entre terminais, ou oferece a
venda pacotes de viagens com intervalos de conexão extremante curtos, sem observar
o tempo de deslocamento dentro do aeroporto, impossibilitando que este seja feito em
tempo hábil para embarque, comete infração contratual (artigo 734 do Código Civil).
33. Destarte, por todo ângulo que se analise a controvérsia, é patente
a responsabilidade da Ré.

DA APLICAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES DA RESOLU ÇÃO N. º 400 DA ANAC

34. Verifica-se, no presente caso, que a Ré além de desrespeitar a


legislação consumerista, sequer respeita as regras da aviação civil aplicáveis a sua atividade,
fazendo letra morta de toda a regulamentação a respeito, em verdadeiro escárnio aos
direitos dos passageiros aéreos.
35. Aliás, sequer há de se questionar a responsabilidade da
Decolar.com pela perda do voo subsequente, posto que, considerando que o tempo de
conexão era de apenas 60 (sessenta) minutos (desembarque às 18h45 – horário do
próximo voo às 19h45) e a necessidade de antecedência de 60 (sessenta) minutos para
a apresentação para embarque definida pela ANAC, por óbvio, o Autor JAMAIS
conseguiria chegar a tempo, ainda mais tendo que se deslocar de um terminal para o
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outro (deslocamento feito por meio de um trem), exceto se provido de poderes


sobrenaturais, o que não é o caso do Autor.
36. Assim, conforme dispõe a Diretoria da Agência Nacional de Aviação
Civil - ANAC sobre as condições gerais de Transporte Aéreo, em sua Resolução n.º 400 de
13 de dezembro de 2016, em caso de perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos
com conexão, quando a causa da perda for do transportador, devem estes prestar toda a
assistência material, com a finalidade de tentar minimizar os danos advindos, devendo
oferecer alternativas de reacomodação, reembolso e execução do serviço por outra
modalidade de transporte, devendo a escolha ser do passageiro, nos termos do que dispõe
o artigo 21:

“Art. 21. O transportador deverá oferecer as alternativas de


reacomodação, reembolso e execução do serviço por outra
modalidade de transporte, devendo a escolha ser do passageiro,
nos seguintes casos:
(...)
IV - perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos com
conexão, inclusive nos casos de troca de aeroportos, quando a
causa da perda for do transportador. ”

37. Tal Resolução dispõe, ainda, sobre os parâmetros de reacomodação,


ressaltando que esta deverá ser gratuita, para que o passageiro possa prosseguir a viagem
em data e horário de sua conveniência, conforme cita a aplicação em seu artigo 28, que
dispõe:

“Art. 28. A reacomodação será gratuita, não se sobreporá aos


contratos de transporte já firmados e terá precedência em relação
à celebração de novos contratos de transporte, devendo ser feita, à
escolha do passageiro, nos seguintes termos:
I - em voo próprio ou de terceiro para o mesmo destino, na
primeira oportunidade; ou
II - em voo próprio do transportador a ser realizado em data e
horário de conveniência do passageiro. ”

38. Dessa forma, verifica-se facilmente o total descumprimento da


regulamentação aplicável em um péssimo serviço prestado pela Ré que conseguiu infringir
os dispositivos da Resolução acima citada, o que somente reforça a necessidade de
procedência no presente caso.

DOS DANOS MAT ERIAIS

Do Ressarcimento do Valor Pago pela Nova Passagem Aérea Adquirida pelo


Autor

39. Efetivamente, em razão do ocorrido, saliente-se, de


responsabilidade da Ré, o Autor foi obrigado a comprar passagens aéreas por preço
exorbitante, no importante de R$ xxxxxxx (xxxxxxxxxxxxxxxxxxx).
40. Veja-se que, por óbvio, caso o intervalo entre voos não fosse
extremante exíguo a ponto de o tempo de deslocamento entre terminais dentro do
aeroporto exceder o tempo de conexão, impossibilitando o embarque do Autor, tudo isso
por culpa exclusiva da Ré, este não teria que desembolsar quantia a fim de adquirir outra
passagem aérea para retornar ao Brasil.
41. O nexo causal é clarividente no sentido de que o prejuízo
suportado pelo Autor teve causa na conduta da Ré.
42. Desse modo, cabível a condenação da Ré ao pagamento do valor
desembolsado pelo Autor para compra de nova passagem aérea, no importe de R$ xxxxxxx
(xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx)
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DOS DANOS MORAIS

43. Em decorrência dos fatos ocorridos com o Autor, este


experimentou situação constrangedora e angustiante, suportou transtornos de ordem
pessoal decorrentes do abalo financeiro causado pela Ré e desperdiçou seu tempo na
tentativa de busca de uma solução da situação instaurada, sem sucesso. Tudo isso por culpa
exclusiva da Ré.
44. Saliente-se que, conforme dito, o Autor precisou dormir no
aeroporto de Frankfurt na noite do 02/11/2017 para o dia 03/11/2017 e teve gastos extras
com alimentação e outros serviços dentro do aeroporto, sem qualquer respaldo da Ré.
45. Ora, a Ré agiu de forma totalmente negligente com o Autor, de
modo que sua conduta, sem sombra de dúvidas, lhe causou danos de cunho
extrapatrimonial.
46. Dentre os direitos básicos do consumidor está a efetiva prevenção
e reparação de danos patrimoniais e morais, conforme disposto no artigo 6.º, inciso VI, do
Código de Defesa do Consumidor.
47. Como ninguém tem o direito de causar sofrimento a outrem,
impunemente, a dor representada pelos transtornos, humilhações e constrangimentos
podem ser perfeitamente classificados como danos morais que, por sua vez, não podem
deixar de ter uma reparação. A função de reparabilidade do dano moral restou consagrada
na Constituição Federal, em seu artigo 5.º, incisos V e X.
48. Ademais, os artigos 186 e 927 do Código Civil dispõem de forma
incisiva quanto ao dever de reparação do dano.
49. Inegável é que a Ré, efetivamente, realizou conduta lesiva contra o
Autor.
50. Assim, a reparação reside no pagamento de uma soma pecuniária,
arbitrada pelo consenso de Vossa Excelência, não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), que
possibilite à Ré uma penalização e consequentemente compense os dissabores sofridos
pelos Autores.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PRO VA

51. Não pairam dúvidas que os fatos narrados se classificam


perfeitamente como relação de consumo, nos ditames do artigo 2.º e 3.º do Código de
Defesa do Consumidor, logo devem ser analisados sob sua ótica, sendo que o consumidor,
como parte reconhecidamente mais fraca, é o vulnerável na relação de consumo, consoante
descrito no artigo 4.º, inciso I, deste mesmo diploma legal.
52. Desta forma, é a aplicação do instituto da inversão do ônus da
prova que equilibra a lide proposta, passando a responsabilidade de provar para o
fornecedor (artigo 6.º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor).
53. O Autor é hipossuficiente, pois não possui mecanismos para
produzir mais provas, bem como as suas alegações neste pleito são verossímeis, pois
condizem com a realidade.
54. Assim, o Autor requer a aplicação do instituto da inversão do ônus
da prova, equilibrando assim os polos da presente lide.

DOS PEDIDOS

55. Diante de todo o exposto, requer:


a. A inversão do ônus da Prova em favor
dos Autores, consoante disposição do artigo 6.º,
inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;

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b. A citação da Ré, por via postal (carta


com aviso de recebimento), no endereço
mencionado no preâmbulo da presente inicial,
para, querendo comparecer por meio de seu
representante legal à audiência de conciliação a
ser designada por este Douto Juízo, com as
devidas advertências de que o não
comparecimento à sessão de conciliação
importará na decretação da revelia, reputando-se
como verdadeiros os fatos alegados no pedido
inicial;
c. Que sejam julgados TOTALMENTE
PROCEDENTES os pedidos do Autor, com a
consequente condenação da Ré no
ressarcimento da quantia de R$ xxxxxxxx
(xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx), devidamente atualizada e
acrescida de juros legais;
d. A condenação da Ré ao pagamento de
indenização por danos morais em quantia a ser
arbitrada por Vossa Excelência, não inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais);
e. A condenação da Ré ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios no
importe de 20% sobre o valor da condenação.
56. Protesta provar o alegado mediante prova documental
complementar, testemunhal e demais meios de prova em Direito admitidos, nos termos do
artigo 369 do Código de Processo Civil.
57. Outrossim, o Autor informa que não têm interesse na realização
de Audiência de Conciliação ou Mediação, em atendimento ao artigo 319, VII, do Código
de Processo Civil, para evitar o prolongamento do litígio. E, caso a Ré deseje propor algum
acordo, poderá fazê-lo diretamente a este patrono.
58. Outrossim, requer a anotação do nome do Dr. Naim Achcar Elias
Junior, inscrito na OAB SP sob o nº 344.074, com escritório no endereço indicado no
rodapé, para que receba as devidas publicações e intimações, sob pena de NULIDADE.
59. Dá-se à causa o valor de R$ xxxxxxxxxxxx
(xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx).

Termos em que,
Pede Deferimento.

São Paulo, 2 de abril de 2024

NAIM ACHCAR ELIAS JUNIOR


OAB/SP N. º 344.074

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