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29. Noção
Isto não quer dizer que não se possa, nos termos gerais do art. 410º CC
realizar um contrato – promessa de comodato.
A entrega da coisa ao comodatário tem por fim o uso desta. Trata-se pois,
da simples atribuição do uso da coisa, para todos os fins lícitos ou alguns
deles, dentro da função normal das coisas da mesma natureza (art. 1131º CC)
e não, em princípios, da atribuição do direito de fruição (art. 1132º CC).
Por convenção entre as partes, pode fixar-se livremente o fim a que a coisa
emprestada se destinaria, desde que esse fim seja lícito. Esta limitação, a que
o art. 1131º CC, se refere apenas supletivamente, é aplicável em qualquer
caso, visto não poder convencionar-se a entrega da coisa para fins ilícitos (art.
281º CC).
1
A indicação do uso a que a coisa se destina não constitui uma obrigação
para o comodatário, a não ser dentro dos limites em que o contrato funciona no
interesse do comodante.
2
locação da coisa. O uso dela, pela própria natureza do contrato, deve
pertencer, continuadamente, ao comodatário, pois é em atenção a ele que o
negócio é celebrado.