Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- EM LINHAS INAUGURAIS
a) gratuidade da justiça
b) qualificação da parte
a) telefônica s.a, uol, vivo, claro, tim, oi, tre (tribunal regional eleitoral),
comgás, eletropaulo, sabesp, ig, yahoo, gmail, hotmail, globo.com, picpay,
ifood, mercado livre, olx, porto seguro seguradora, marítima seguros, itaú
seguros, bradesco seguros, azul seguro, liberty seguros, sulamérica seguros,
mafre seguros, amil, trasmontano saúde, green line saúde, editora abril,
allianz seguros, hdi seguros, prevent sênior, zurich seguros, tókio marine
seguradora, usebens seguradora, met life seguros, mitsui sumitomo seguros,
indiana seguros, notre dame saúde, golden cross saúde, ssp/sp (secretaria da
segurança pública do Estado/PP).
I – QUADRO FÁTICO
II – NO ÂMAGO
Nesse rumo:
Compra parcelada que foi cancelada junto à loja em que efetivada a venda.
Comunicação do fato ao banco réu que, todavia, realizou a cobrança das
referidas parcelas nas faturas do autor. Sentença de parcial procedência
condenando o réu na devolução simples dos valores cobrados e efetivamente
pagos e na reparação pelos danos morais daí decorrentes, no montante de R$
1.000,00 (mil reais). Inconformismo do réu que não merece prosperar. Relação
de consumo. Responsabilidade objetiva. Arts. 2º, 3º e 14 do CDC. Preliminar de
ilegitimidade passiva ad causam que se afasta. Firme entendimento do eg. STJ
no sentido da solidariedade de todos os integrantes da cadeia de consumo. No
mais, deferida a inversão do ônus da prova, caberia ao réu elidir a presunção de
verossimilhança das alegações apresentadas pelo autor, assim como infirmar as
provas por ele apresentadas, ônus do qual não se desincumbiu. De outro giro, se
a loja do fornecedor em que efetuada e posteriormente cancelada a compra
concorreu para a indevida cobrança das compras não reconhecidas pelo autor,
não se pode aceitar que se transfira ao consumidor a lesão advinda de tal fato.
Sendo informado que a compra não se aperfeiçoou, caberia ao réu verificar o
cancelamento noticiado pelo consumidor junto ao fornecedor que solicitou os
descontos. Por outro lado, a providência de estorno dos valores cobrados, na
forma solicitada pelo autor, poderia ser facilmente efetivada pelo banco.
Outrossim, eventual participação do comerciante no evento danoso não
afastaria, por si só, a responsabilidade da instituição financeira em suportar
eventuais prejuízos decorrentes de sua atividade empresarial, notadamente
segundo a teoria do risco do empreendimento, consagrada no art. 927,
parágrafo único, do Código Civil. Dano moral que exsurge na hipótese dos autos
à luz da teoria do desvio produtivo do consumidor. Verba indenizatória
moderadamente fixada, em observância aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade. Recurso desprovido. [ ... ]
Frise-se, assim, que a expressão utilizada pelo art. 3º do CDC para incluir
todos os serviços de consumo é “mediante remuneração”. O que significaria
esta troca entre a tradicional classificação dos negócios como “onerosos” e
gratuitos por remunerados e não-remunerados? Parece-me que a opção pela
expressão “remunerado” significa uma importante abertura para incluir os
serviços de consumo remunerados indiretamente, isto é, quando não é o
consumidor individual que paga, mas a coletividade (facilidade diluído no
preço de todos) ou quando ele paga indiretamente o “benefício gratuito” que
está recebendo. A expressão “remuneração” permite incluir todos aqueles
contratos em que for possível identificar, no sinalagma escondido
(contraprestação escondida), uma remuneração indireta do serviço de
consumo.
( ... )
[1] CPC/2015
[2] CPC/2015
I - notórios;
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.