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Lorena Ocampos

@prof.lorenaocampos
Processo penal
Princípios básicos do Direito Processual Penal. Exame de corpo de delito e
perícias em geral (artigos 158 ao 184 do Código Processual Penal Brasileiro).
Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas;
disposições preliminares do Código de Processo Penal. Inquérito policial. Ação
penal. Competência. Prova. Juiz, Ministério Público, acusado, defensor,
assistentes e auxiliares da Justiça. Prisão e liberdade provisória. Prisão
temporária (Lei no 7.960/1989). Processo e julgamento dos crimes de
responsabilidade dos funcionários públicos. Disposições constitucionais
aplicáveis ao Direito Processual Penal. Entendimento jurisprudencial pacificado
e verbetes de Súmulas dos Tribunais Superiores.
(IDECAN – perito – PCBA)
1 - Com base nas disposições do Código de Processo Penal,
preencha corretamente as lacunas a seguir: “A lei processual penal
admitirá interpretação __________________ e aplicação
_____________________, bem como o suplemento dos
_____________________.”:
a) literal; analógica; tratados internacionais.
b) extensiva; de ofício; bons costumes.
c) restritiva; analógica; princípios gerais de direito.
d) extensiva; analógica; princípios gerais de direito.
e) extensiva; de ofício ou provocação; tratados internacionais.
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e


aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais
de direito.
(IDECAN – perito legista PEFOCE)
2 - O inquérito policial é procedimento administrativo, preparatório e inquisitivo, presidido pela
autoridade policial, que tem por objetivo investigar a prática de delito para reunir provas acerca
de sua materialidade e indícios suficientes da autoria, a fim de viabilizar uma ação penal. Nesse
sentido, assinale a alternativa correta.
a) Como o inquérito policial é presidido pela autoridade policial, cabe a ela, também, decidir pelo
seu arquivamento.
b) Tratando-se de prisão em flagrante, no delito de estelionato, o delegado de polícia está
obrigado a instaurar inquérito policial mesmo que a vítima do delito não compareça nem faça
tal solicitação.
c) O advogado devidamente constituído poderá ter acesso aos autos do inquérito policial,
sendo certo que tal acesso apenas se refere aos elementos já documentados.
d) O inquérito policial é capaz de produzir provas que poderão fundamentar de modo exclusivo
o entendimento do juiz em eventual sentença condenatória.
e) Eventuais nulidades ou irregularidades ocorridas no inquérito policial contaminarão o
processo penal e poderão culminar no trancamento da ação penal.
(IDECAN – perito – PCBA)
3 - Acerca das espécies de ação penal, analise os itens abaixo:
I. Na ação penal pública incondicionada, vigora o princípio da intranscendência.
II. São dois os tipos de ação penal pública condicionada: a que se processa
mediante queixa da vítima e a sujeita à requisição do Ministério da Justiça.
III. A ação penal pública subsidiária da privada se inicia por iniciativa do
Ministério Público, motivada em razão da inércia do ofendido em se valer do jus
puniendi estatal.
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
(IDECAN – oficial de justiça – TJPI)
4 - No dia 13/1/2022, Carlos foi agredido verbalmente por José, fato esse que claramente caracterizava
um crime contra a honra, tipificado no artigo 139 da Legislação Penal - difamação. Como se trata de um
delito de ação penal privada, Carlos procura a advogada Carolina no dia 13/7/2022, a fim de que sejam
tomadas as providências judicias cabíveis, com a propositura de ação penal. Nessa hipótese, a advogada
Carolina deverá esclarecer que
a) não é possível a propositura da ação penal (queixa-crime), tendo em vista que o prazo decadencial de
seis meses foi ultrapassado, já que se conta o primeiro dia e não se conta o último.
b) não é possível a propositura da ação penal (queixa-crime), tendo em vista que o prazo decadencial de
três meses foi ultrapassado, já que não se conta o primeiro dia e se conta o último.
c) é possível a propositura da ação penal (queixa-crime), tendo em vista que o prazo decadencial de dez
meses não foi ultrapassado, já que não se conta o primeiro dia e se conta o último.
d) não é possível a propositura da ação penal (queixa-crime), tendo em vista que o prazo decadencial de
três meses foi ultrapassado, já que se conta o primeiro dia e não se conta o último.
e) é possível a propositura da ação penal (queixa-crime), tendo em vista que O prazo decadencial de seis
meses não foi ultrapassado, já que não se conta o primeiro dia e se conta o último.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado
do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
(IDECAN – oficial de justiça – TJPI)
5 - Código de Processo Penal considera em flagrante delito quem “é
perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração.” A doutrina classifica essas espécies de flagrante previstas
no Código de Processo Penal. Na hipótese narrada acima, trata-se
de flagrante
a) presumido.
b) permanente.
c) preparado.
d) impróprio.
e) próprio.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
(IDECAN – perito – PEFOCE)
6 - Carlos está sendo investigado pela prática do delito de epidemia com resultado morte,
tipificado no artigo 267, §1º, que possui a seguinte redação: "Causar epidemia, mediante a
propagação de germes patogênicos. Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. No
curso da investigação realizada no inquérito policial, ficou demonstrada a necessidade da
aplicação da medida constritiva de liberdade, em razão do cumprimento de variados requisitos
de admissibilidade dessa medida cautelar. Com base exclusivamente no que foi narrado acima,
assinale a alternativa correta.
a) Enquanto a prisão temporária é cabível apenas na fase processual, o instituto da prisão
preventiva só é cabível na fase investigativa.
b) Não é cabível a prisão temporária no caso apresentado, pois o crime de epidemia com
resultado morte não está mencionado no rol taxativo da Lei 7.960/89.
c) Não é cabível a prisão preventiva no caso apresentado, pois o crime de epidemia com
resultado morte não atende aos requisitos descritos no CPP para aplicabilidade dessa medida.
d) Enquanto a prisão temporária é cabível apenas na fase investigativa, o instituto da prisão
preventiva só é cabível na fase processual.
e) É possível a decretação tanto da prisão preventiva quanto da prisão temporária, desde que
presentes os requisitos de admissibilidade de cada medida.
PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA
Prevista em lei específica – Lei 7960/89 Prevista no CPP
Somente pode ser decretada na fase de Pode ser decretada em toda a persecução penal,
investigação criminal seja na fase de investigação criminal ou na fase
processual
Não é possível a decretação de ofício pelo juiz Não é possível a decretação de ofício pelo juiz
Legitimados: requerimento do Ministério Público Legitimados: requerimento do Ministério Público,
ou representação da autoridade policial do querelante ou do assistente de acusação;
representação da autoridade policial
Possui prazo de duração: Não há previsão de prazo máximo para a prisão
Em regra, cinco dias, podendo ser prorrogado por preventiva. No entanto, a Lei Anticrime trouxe ao
mais cinco dias. CPP a necessidade de que a prisão preventiva seja
Crime hediondo ou equiparado: 30 dias, podendo revisada a cada 90 dias.
ser prorrogado por mais 30 dias.

Cabimento: art. 1º, da Lei 7960/89 + julgamento Requisitos e cabimento: arts. 312 e 313 do CPP
das ADIns 3360 e 4109
Art. 1° Caberá prisão temporária: (Vide ADI 3360) (Vide ADI 4109)
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado
nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848,
de 1940)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)
(IDECAN – oficial de justiça – TJPI)
7 - Em 2019, o Código de Processo Penal recebeu várias alterações, sobretudo na parte relacionada às
prisões cautelares. O chamado Pacote Anticrime alterou significativamente a legislação sobre prisão
preventiva. Acerca dessas recentes alterações, assinale a afirmativa que não esteja de acordo com o CPP.
a) Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de
pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de
denúncia.
b) Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta aqueles fundamentos.
c) Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da
autoridade policial.
d) O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação
ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
e) Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, O juiz deverá indicar
concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida
adotada.
Exame de Corpo de Delito
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, porta- dor de diploma de curso superior.

- é obrigatório nos casos de infração que deixa vestígios;


- confissão do acusado não irá suprir a falta de exame de corpo de delito;
- UM perito oficial;
- a necessidade de DUAS pessoas em qualquer exame pericial ocorre apenas NA
FALTA DE PERITO OFICIAL (prestarão compromisso);
- Exame de corpo de delito direto ou indireto.
Exceções
Lei Maria da Penha – Art. 12, § 3º Serão admitidos como meios de prova os
laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

CPP – art. 158, Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de


corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:
I – violência doméstica e familiar contra mulher;
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

Note que a norma acima é uma exceção à regra do art. 158 do CPP, visto que o
diploma legal admite laudos ou prontuários médicos como meio de prova de
violência doméstica contra a mulher, efetivamente dispensando a realização do
exame de corpo de delito.
158-B, por sua vez, apresenta os chamados estágios da cadeia de custódia:

Reconhecimento
Isolamento
Fixação
Coleta
Acondicionamento
Transporte
Recebimento
Processamento
Armazenamento
Descarte
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção
da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo
de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou
croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável
pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza;
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento;
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições
adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado
com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia
judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de
quem o recebeu;
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o
resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a
ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com
vinculação ao número do laudo correspondente;
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e,
quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-C, o qual nos apresenta a forma da coleta de vestígios, bem como os
procedimentos a ela relacionados:

- A lei proíbe a entrada em locais isolados e a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime
antes da liberação por parte do perito responsável. Quem o fizer, responderá por fraude
processual.
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada
à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central
de perícia oficial de natureza criminal.
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência,
recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a
distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que
não interfiram nas características do vestígio.
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,
consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
deverão ser registradas a data e a hora do acesso.
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas,
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário
da ação.
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser
devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer.
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou
condições de armazenar determinado material, deverá a autoridade
policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido
material em local diverso, mediante requerimento do diretor do
órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(IDECAN – médico – PEFOCE)
8 - A Lei 13.964/2019, mais conhecida como “pacote anticrime”, alterou o Código de Processo
Penal para incluir no capítulo do exame de corpo de delito o tema cadeia de custódia da prova
penal. Trata-se de importante dispositivo processual com a finalidade de assegurar a
integridade dos elementos probatórios. Acerca do tema, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal.
b) O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção
da prova pericial encaminhará ao Delegado de Polícia, que ficará responsável por sua
preservação.
c) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais
de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude
processual a sua realização.
d) Todos os recipientes para acondicionamento dos vestígios deverão ser selados com lacres,
com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte.
e) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
deverão ser registradas a data e a hora do acesso.
Quesitos e assistente técnico:
Art. 159, § 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação,
ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação
de assistente técnico.

Prazo: para oitiva dos peritos em audiência, é necessário que a intimação seja
realizada com 10 dias de antecedência, e as questões devem ser enviadas
previamente para que os peritos possam se preparar.
Laudo Complementar: além disso, as respostas aos quesitos poderão ser
respondidas através de laudo complementar, por expressa previsão no CPP.
Assistente técnico: não participa da elaboração da perícia oficial, só ingressando
após a conclusão dos exames periciais oficiais, com sua admissão por parte do
juiz.
Investigado: prevalece na doutrina é de que o investigado não tem o direito de
formular quesitos aos peritos durante a fase de inquérito policial.
Autópsia (exame cadavérico interno, também chamado de necropsia):
Em regra o objetivo é determinar a morte do indivíduo e o que lhe deu causa.
É importante ressaltar que o chamado “tempo mínimo de segurança” para realização do exame é
de 6 horas de espera, prazo em que surgirão sinais inquestionáveis relacionados à morte da
vítima (os chamados sinais tanatológicos).
A exceção a tal regra está nos casos de morte violenta cuja causa é evidente, como numa
decapitação, por exemplo.

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.

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