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Formas de instauração do inquérito policial:Função do inquérito: materialidade e autoria.

(dispensabilidade). Os vícios do inquérito policialnão causam nulidade, somente causam a


nulidade do ato em si. É formada a opinio delictiatravés da materialidade e da autoria....é
destinado ao MP quando tem estas duascaracterísticas==opinio delicti do MP: materialidade e
autoria e a produção de provas quepossam desaparecer com o tempo.Noticia criminis: como a
autoridade policial toma conhecimento do crime.Direta ou de cognição imediata: ocorre
quando a autoridade policial toma conhecimentodireto do fato infringente da norma por meio
de suas atividades rotineiras. Exemplo: Umapessoa parada em uma blitz e tem um mandando
de prisão contra ela não cumprido. <=Indireta ou de cognição mediata: DELATIO CRIMINIS:
QUANDO O MP SOLICITA AINSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL=

Ocorre quando a autoridade policial tomaconhecimento por meio de algum ato jurídico de
comunicação formal do delito<=Coercitiva: AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO:Não há
inquérito policial: Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízesou
tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Públicoas
cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. DISPENSABILIDADEInício do
Inquérito Policial: a peça inaugural abre o inquérito policial. Vai depender de tipo deação penal
que será instaurada.Portaria: a forma mais corriqueira de instauração de inquérito. A
autoridade policial nãoprecisa ser provocada. Ação penal incondicionada. Assim que a
autoridade policial tomarconhecimento ela pode instaurar uma portaria de inquérito
policial.Requisição: um pedido pautado em lei, fundamentação legal, a autoridade policial
estácumprindo a lei, e não pode haver a impossibilidade de descumprimento. (Ministério
Público)

Requerimento: um pedido não pautado em lei e este pedido pode não ser atendidos, poisnão
é fundamentado em lei. (Advogado requer)====No requerimento há o e se subdivide em duas
partes: DELACTIO CRIMINIS====Delaçãosimples: não se tem interesse no desenrolar da
investigação. (uma pessoa qualquer podefazer a denúncia)Delação postulatória: quando há
interesse do delator no desenrolar da investigação, no casoa própria vítima que faz a delação,
ou um de seus representantes (parentes)Artigo 340 CP falsa comunicação de crime--- 339 CP
denunciação caluniosa.

Auto de Prisão em Flagrante Delito: É documento elaborado por autoridade policial.


Nestedocumento, estão presentes as circunstâncias do delito e da prisão. Não se tem um
prazoestipulado pala a elaboração do auto de prisão em flagrante, no entanto, como a nota
deculpa tem prazo de 24 horas para ser entregue, subentende-se que o prazo para a
lavraturado auto de prisão é o mesmo do da entrega da nota de culpa.

QUANDO SE LEVA AO CONHECIMENTO DA AUTORIDADE É DELACTIO CRIMINIS, SOB O


PONTODE VISTA DO DELEGADO, ELE RECEBE A NOTITIA CRIMINIS.Procedimento: Não existe
previsão legal ordem dos fatos a serem realizados no inquéritopolicial, não existem ordem
lógica.Temos no CPP o artigo 6º, somente uma orientação. O artigo 6º do CPP traz as fases
doinquérito policial, as fundamentações não precisam ser seguidas logicamente, o rol não
étaxativo, podem ser realizadas outras diligências as que não descritas no artigo.Prazo: Regra
geral: 10 dias (réu preso) ==artigo 10 CPP===30 dias (réu solto)==pode ser feito por prazos
indeterminados, até que setenha prova da materialidade e da autoria dos fatos.Prazos
especiais: Lei de drogas

lei 11343/06 (30 dias para réu preso) e (90 dias para réusolto). Em circunstancias que a
elucidação do caso é mais complicada, podem ser duplicadosos prazos.Crimes contra a
economia popular: 1521/21

CONTAGEM DE PRAZO: Em direito material conta-se o primeiro dia e o último não.


(noinquérito conta-se a partir do dia da prisão, devido ao cerceamento da liberdade,
aumentoda restrição) quem diz isso é o (Nucci) ===é a majoritária. Em regra a contagem do
prazo éesta.Em processo não conta-se em o primeiro dia e conta-se o último dia. (quem diz
que deveseguir a regra de direito processual é o Capez)Relatório: é onde se coloca a conclusão
do inquérito, as atitudes da autoridade policial sãoencerradas as investigações, são
encaminhadas ao MP que é titular da ação penal, e o MPpode não aceitar o relatório e pedir
mais investigações, ou pode aceitar o relatório mediantea materialidade e autoria
(apresentação do relatório satisfatório ) e pode pedir oarquivamento. A ausência do relatório é
mera irregularidade, caso ele não seja feito, não

tem importância. A autoridade policial deve somente fazer o relatório sem fazer juízo devalor,
sem análise do mérito.O MP recebe o inquérito ele deve: oferecer denúncia, requerer extinção
da punibilidade(COISA JULGADA FORMAL ARTIGO 107 CP), retorno dos autos à delegacia ou
arquivamento.==ARTIGO 28 CPP===Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requereroarquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação, o juiz, no casodeconsiderar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do
inquérito ou peçasdeinformação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará
outro órgãodoMinistério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao
qual sóentão estará o juiz obrigado a atender.ARQUIVAMENTO: SOMENTE FAZ COISA JULGADA
MATERIAL. MESMO DEPOIS DEARQUIVADO SURGINDO NOVAS PROVAS DE MATERIALIDADE
OU AUTORIA, PODERÁ PEDIR AREABERTURA DO INQUÉRITO. (SUMULA 524 STF) É SEMPRE
DETERMINADO PELO JUIZ AREQUERIMENTO DO MP

Questões PontuaisIncomunicabilidade (art. 21 CPP): em nenhuma hipótese irá atingir o


defensorCurador (art. 15 CPP): O maior de 18 anos não necessita de curador
==majoritária==édesnecessário, no caso o CP beneficia uma pessoa que pode ter cometido um
erro: pessoa de18 a 21 anos. A prescrição e atenuantes beneficiam o réu.Identificação Criminal
(art. 6º VIII): VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processodatiloscópico, se possível,
e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; lei deidentificação criminal (10052/2000)
veio disciplinar onde é necessária a identificação criminalou não. Elencadas no artigo 3º desta
lei.Reconstituição dos Fatos (art. 7º CPP): O acusado não é obrigado a participar da
reconstituiçãodos fatos, pois ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.Nota de
culpa: mera formalidade, resumo sucinto dos fatos ocorridos.Classificação das infrações penais
pela autoridade policial: o MP não está vinculado, mas emalgumas situações a classificação é
válida, pois, pode haver fiança. Na lei anti-drogas: houve a
despenalização da droga, o usuário, mas quem for preso em flagrante delito com porte
dedrogas, quem irá determinar a autoridade policial se a pessoa é usuária ou traficante.Não
existe recurso no inquérito, mas existe o artigo 5º, § 2º do CPP que traz divergências.O
garantismo dá margem a impunidade, pois não se pode haver uma atuação extremista.
Éimportante que se tenha um processo penal eficaz. O equilíbrio é a melhor saída. O
garantismovisa limitar a atuação do MP, ele atua como fiscal da lei, mas há
extrapolamentos.Olhar a PEC-36.

PORTARIA
O Departamento da polícia civil do estado do Paraná,
por intermédio do Delegado de Polícia, que ao final
subscreve, com fundamento no art. 5º, §5º do Código de
Processo Penal, INSTAURA INQUÉRITO POLICIAL,
ante o seguinte fato, em tese, delituoso:
Tendo chegado ao conhecimento desta autoridade policial, por meio
do requerimento de instauração de inquérito, que no dia 08 de março de
2018, por voltas das 19h30min, na reunião de condomínio realizada no
salão de festas do edifício sito à Rua dos Coqueiros, nº 222, a pessoa de
JOAQUIM RAMOS imputou falsamente à pessoa do requerente a prática
de ato delituoso, conduta que configura, em tese, o crime previsto no art.
138 combinado com o art. 141, III ambos do Código Penal, bem como
proferiu ofensas que atingiram a honra do requerente, ato que, em tese,
configura o crime previsto no art. 140 do Código Penal agravado pelo art.
141, III do mesmo diploma legal, declaro instaurado o presente inquérito
policial e, após registrada e autuada esta, determino as seguintes
providências:
1. Juntem-se aos autos:
a. Requerimento de instauração deste inquérito.
b. Edital de convocação da reunião de condomínio onde em
tese ocorreram os atos delituosos.
c. Ata da reunião de condomínio onde aconteceram os fatos
narrados.
2. Intime-se o requerente para prestar declaração.
3. Intime-se as testemunhas para prestarem depoimento.
4. Intime-se o requerido para ser ouvido, lavrando-se auto de
qualificação, vida pregressa e interrogatório.
5. Após, voltem-me conclusos.
Maringá, 08 de abril de 2018.
Maicon André Garcia
Delegado de Polícia

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