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DIREITO PROCESSUAL PENAL

Inquérito Policial II
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INQUÉRITO POLICIAL II

FORMAS DE INSTAURAÇÃO

Base: Art. 5º, I, II e § 3º do CPP.


1. De ofício (oficiosidade) pela autoridade policial (inciso I) – Na ação penal pública
incondicionada.
2. Por requerimento do ofendido ou seu representante (inciso II) – Cabe recurso adminis-
trativo ao chefe de polícia (§ 2º), isso nos casos em que o requerimento não é atendido pelo
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delegado de polícia.
3. Delatio criminis (§ 3º) – Denúncia anônima (art. 5º, IV, CF x Info 580 STF).

CPP, Art. 5º, § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal
em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

Apesar de a Constituição Federal de 1988 vedar o anonimato, o STF entende que a denún-
cia anônima é válida para iniciar as investigações. Nesse sentido, uma pessoa pode fazer uma
denúncia anônima que servirá como base para o delegado de polícia dar início às investiga-
ções, mas sem instaurar de imediato o inquérito policial.
4. Requisição da autoridade competente (inciso II):

CPP, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I – de ofício;
II  – mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

A requisição é diferente do requerimento. Esse último é um pedido; logo, caso seja indefe-
rido, cabe recurso para o chefe de polícia. Já a requisição traz uma ideia de ordem; contudo,
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o STJ entende que, caso a autoridade policial não atenda a essa requisição, não se trata de
crime de desobediência, pois não há hierarquia entre o delegado e o promotor ou entre o dele-
gado e o juiz.
5. Auto de prisão em flagrante: quando uma pessoa é presa em flagrante, o inquérito
policial já é iniciado com o próprio flagrante.
ANOTAÇÕES

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CPP, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I – de ofício;
II – mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para
o chefe de Polícia.
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verifi-
cada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (delatio criminis)
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem
ela ser iniciado.

 Obs.: O § 4º (acima) se refere à ação penal pública condicionada à requisição do ministro


da Justiça ou à representação do ofendido.

AÇÃO PENAL PÚBLICA


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a) Incondicionada:
• O Código Penal ou as leis nada falam.
• Não precisa de implemento de qualquer condição.
b) Condicionada:
• Representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça.

Art. 5º, § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito
a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
ANOTAÇÕES

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DIRETO DO CONCURSO
1. (FGV/2015/TJ-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ESCREVENTE/ÁREA JUDICIÁRIA) As formas
de instauração do inquérito policial variam de acordo com a natureza do delito. Nos casos
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de ação penal pública incondicionada, a instauração do inquérito policial pode se dar:
a. de ofício pela autoridade policial; mediante requisição do Ministério Público; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de prisão em flagrante;
b. de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição da autoridade policial; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de prisão em flagrante;
c. de ofício pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministério Público; median-
te requisição do ofendido; e por auto de resistência;
d. de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição da autoridade policial; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de resistência;
e. de ofício pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro da Justiça; median-
te requisição do ofendido; e por auto de resistência.

COMENTÁRIO
O Ministério Público é dotado de poder de investigação, mas não pode presidir o inquérito
policial. A característica da oficiosidade, presente no inquérito policial, refere-se à autoridade
policial, e não ao Ministério Público.
Além disso, o inquérito policial pode ser instaurado mediante requisição do Ministério Público
ou da autoridade judiciária.
Por fim, vale lembrar que a requisição do Ministro da Justiça é cabível apenas na ação penal
pública condicionada, e que a prisão em flagrante pode dar início ao inquérito policial.

IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

A identificação criminal é o procedimento em que o suspeito ou o acusado de um crime é


levado para fazer a identificação por meio de suas digitais.
A CF/1988 dispõe que o civilmente identificado, ou seja, aquele que possui um documento de iden-
tificação, não irá passar pela identificação criminal, pois esse é um procedimento mais constrangedor.
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Contudo, existem algumas hipóteses em que mesmo o civilmente identificado irá passar pela
identificação criminal, e esse é um assunto bastante cobrado em provas de concursos públicos.

CF/1988
Art. 5º, LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipó-
teses previstas em lei;

Lei n. 12.037/2009: caso esteja prevista no edital do concurso público, o candidato deve
ler os arts. 2º e 3º.
• Art. 2º: quais documentos identificam civilmente.
• Art. 3º: quando pode ocorrer a identificação criminal.

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Lei n. 12.654/2012 – identificação do perfil genético:

Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de
1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de
DNA – ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.

GABARITO
1. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Geilza Diniz.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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