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CARD 15 – DIREITO PROCESSUAL PENAL | DROPS DELTA


Ciclos Método

CARD 15 – DIREITO PROCESSUAL PENAL1

Olá galera! Estão prontos para mais um CARD? Dessa vez veremos pontos importantes da matéria
PROCESSO PENAL. O quadro abaixo serve para guiar vocês em quais são os pontos em comum dos principais
editais de delta que serão abordados.

2 Inquérito policial. 2.1 Histórico; natureza; conceito; finalidade; características; fundamentos; titularidade;
grau de cognição; valor probatório; formas de instauração; notitia criminis; delatio criminis; procedimentos
investigativos; indiciamento; garantias do investigado; conclusão; prazos. 2.2 Atribuições da polícia federal na
persecução criminal: Lei nº 10.446/2002; jurisdição; competência; conexão e continência; prevenção; questões
e procedimentos incidentes. 2.3 Competência da justiça federal, dos tribunais regionais federais, do STJ e do
STF, conflito de competência.

#ATENÇÃO Galera esse é um dos temas mais importantes dentro da matéria processo penal #FOCOTOTAL
Faça uma leitura atenta dos dispositivos destacados no #MAPEIANOVADE

INQUÉRITO

#MAPEIA NO VADE

NÃO DEIXE DE LER – CONSTITUIÇÃO FEDERAL


Art. 109 Art. 129

NÃO DEIXE DE LER – CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


Art. 4º Art. 5º Art. 6º
Art. 7° Art. 8º Art. 9º
Art. 10 Art. 11 Art. 12
Art. 13 Art. 14 Art. 15
Art. 16 Art. 17 Art. 18
Art. 19 Art. 20 Art. 21
Art. 22 Art. 23

1
Por Bruna Reis
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#ATENÇÃO Pessoal, esse tema é de ALTA INCIDÊNCIA nas provas de DELTA

Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI

QUESTÃO 01
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - De ofício;
II - Mediante ________________________________.
a) Requerimento do Ministério Público
b) Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo

§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:


a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de
ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.

§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o __________.
a) Juiz da comarca
b) chefe de Polícia

§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência
das informações, mandará instaurar inquérito.

§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
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§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento
__________________.
a) Do ofendido
b) De quem tenha qualidade para intentá-la

QUESTÃO 02
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir ________;
a) o indiciado
b) o ofendido

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - Proceder a reconhecimento ____________;
a) Da cena do crime
b) de pessoas e coisas e a acareações

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

QUESTÃO 03
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade
policial _________________, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
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a) deverá proceder à reprodução simulada dos fatos


b) poderá proceder à reprodução simulada dos fatos

QUESTÃO 04
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo _______, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão,
ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
a) de 10 dias
b) de 15 dias

§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ________.
a) ao juiz competente
b) ao Ministério Público

§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o
lugar onde possam ser encontradas.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

QUESTÃO 05
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, ________.
a) Ficarão sob custódia na delegacia de polícia
b) Acompanharão os autos do inquérito

QUESTÃO 06
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
I - Fornece às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
II - Realizar as diligências ___________________;
a) Requeridas pela vítima
b) Requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público

III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;


IV - Representar acerca da ______________.
a) Prisão provisória
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b) prisão preventiva

QUESTÃO 07
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de
quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos.

Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de __________, conterá:


a) 48 (quarenta e oito) horas
b) 24 (vinte e quatro) horas

I - O nome da autoridade requisitante;


II - O número do inquérito policial; e
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.

QUESTÃO 08
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao ___________, o membro do
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso.
a) Sequestro
b) Ao tráfico de pessoas

§1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e
intensidade de radiofrequência.

§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:


I - Não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização
judicial, conforme disposto em lei;
II - Deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a ________,
renovável por uma única vez, por igual período;
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a) 30 (trinta) dias
b) 15 (quinze) dias

III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial.

§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de
___________, contado do registro da respectiva ocorrência policial.
a) 72 (setenta e duas) horas
b) 48 (quarenta e oito) horas

§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de ___________, a autoridade competente requisitará às


empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
a) 12 (doze) horas
b) 24 (vinte e quatro) horas

QUESTÃO 09
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição
Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art.
23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do
procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até _________ a contar do recebimento
da citação.
a) 48 (quarenta e oito) horas
b) 24 (vinte e quatro) horas

§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado,
a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à
época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de ___________, indique defensor para a
representação do investigado.
a) 48 (quarenta e oito) horas
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b) 24 (vinte e quatro) horas

§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá
preferencialmente ________________, e, nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou a Unidade
da Federação correspondente à respectiva competência territorial do procedimento instaurado deverá
disponibilizar profissional para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à defesa
administrativa do investigado.
a) à Defensoria Pública
b) à Advocacia Pública

§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação de
que não existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com atribuição para nele
atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional que não integre os quadros próprios da Administração.

§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos interesses dos
investigados nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do orçamento próprio da
instituição a que este esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados.
a) Do investigado
b) Da instituição a que este esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados

§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições
dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para
a Garantia da Lei e da Ordem.

Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

QUESTÃO 10
Art. 17. A autoridade policial _________ mandar arquivar autos de inquérito.
a) Poderá
b) Não poderá

QUESTÃO 11
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Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se _________.
a) Houver requisição do ministério público
b) de outras provas tiver notícia

QUESTÃO 12
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial ___________
referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.
a) não poderá mencionar quaisquer anotações
b) deverá informar todas as anotações

CONCEITO

É procedimento administrativo preparatório para o oferecimento da denúncia que tem como objetivo a
reunião dos elementos de convicção que habilitem o órgão de acusação para a propositura da ação penal
(pública ou privada). NÃO é processo, pois não há contraditório, e possui natureza inquisitiva, pois decorre da
reunião, em uma mesma pessoa, das funções de iniciar, presidir e decidir o procedimento.
#NÃOESQUECE Pelo princípio da presunção de inocência, a investigação de pessoa em inquérito policial NÃO
pode agravar a pena-base (Súmula 444 STJ).
O Estado ao tomar conhecimento de uma infração penal, no uso do seu jus puniendi, dá início à persecução
penal. Assim, o que até então estava somente em um plano abstrato (normas), passa a existir no plano
concreto, através da persecução penal, que pode ser compreendida como “conjunto de atividades levadas
adiante pelo Estado, objetivando a aplicação da norma penal ao infrator da lei”.
Nessa esteira, temos que a persecução penal é composta por uma fase preliminar investigatória e por uma
fase judicial.
A fase preliminar, na maior parte das vezes é marcada pela existência do Inquérito Policial. O inquérito policial
figura como principal instrumento investigatório.
Contudo, não se trata do único meio, existindo outras formas, por exemplo, as investigações feitas pelo MP,
pelas CPIs e TCO.
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Inquérito Ministerial – PIC (Procedimento Investigativo Criminal): Segundo o STF, o STJ e a doutrina
amplamente majoritária, o Ministério Público poderá conduzir investigação criminal que conviverá
harmonicamente com o inquérito policial, sem que exista usurpação de função. Promotor que investiga não é
suspeito ou impedido de atuar na fase processual (Súmula 234 STJ - A participação de membro do Ministério
Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia.).
#OLHAOGANCHO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO)

É substitutivo o IP, para o flagrante em infrações penais de menor potencial ofensivo, abarcando todas as
contravenções penais e crimes cuja pena máxima não ultrapasse 02 (dois) anos.
Hipóteses em que não será possível lavrar o TCO:
EXCEÇÕES À LAVRATURA DO TCO
INFRAÇÕES DE MENOR IP será lavrado mediante portaria, e não TCO, uma vez que não é possível
POTENCIAL OFENSIVO COM que o autor do crime – desconhecido – compareça ao JECRIM
AUTORIA IGNORADA
CRIMES QUE DEMANDAM IP será lavrado mediante portaria, e não TCO, uma vez que, nesses casos,
COMPLEXIDADE NA n]ao é possível observar os princípios que regem o Juizado Penal, quais
INVESTIGAÇÃO sejam: simplicidade, celeridade e informalidade.
na hipótese de o indivíduo se recusar a comparecer no Jecrim, será lavrado
APF, e não TCO.
RECUSA A SER
#EXCEÇÃO: Crime de porte de drogas para uso pessoal (art. 28, Lei 11.
ENCAMINHADO PARA O
343/06) → ainda que o autor se recuse a comparecer no Jecrim, será lavrado
JECRIM
TCO, uma vez que não é possível impor um título prisional àquele que
pratica o crime.
NOS CRIMES PREVISTOS NO o IP será lavrado mediante APF, considerando uma interpretação a contrário
CTB, QUANDO O AUTOR senso do art. 301.
NÃO PRESTA SOCORRO Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que
IMEDIATO E INTEGRAL À resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança,
VÍTIMA se prestar pronto e integral socorro àquela.

LEGITIMIDADE PARA LAVRAR TCO


DELEGADO DE POLÍCIA
POLÍCIA MILITAR
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AUTORIDADES POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL


COMPETENTES PARA POLÍCIA RODOVIÁRIA ESTADUAL
LAVRAR TCO

#DEOLHONAJURIS É constitucional norma estadual que prevê a possibilidade da lavratura de termos


circunstanciados pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar. O art. 69 da Lei dos Juizados Especiais,
ao dispor que “a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado”
não se refere exclusivamente à polícia judiciária, englobando também as demais autoridades legalmente
reconhecidas. O termo circunstanciado é o instrumento legal que se limita a constatar a ocorrência de crimes
de menor potencial ofensivo, motivo pelo qual não configura atividade investigativa e, por via de
consequência, não se revela como função privativa de polícia judiciária. STF. Plenário. ADI 5637/MG, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO

Segundo Renato Brasileiro, o inquérito policial deve ser compreendido como sendo “procedimento
administrativo inquisitório e preparatório, presidido pela autoridade policial, com o objetivo de identificar
fontes de prova e colher elementos de informação quanto à autoria e materialidade da infração penal, a fim
de permitir que o titular da ação penal possa ingressar em juízo”.
PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO Não existe um rito ou uma ordem determinada pela lei, razão pela qual não é possível
DE CARÁTER o reconhecimento de nulidade procedimental
INVESTIGATÓRIO
PREPARATÓRIO E
Busca apurar indícios de autoria e materialidade para a propositura de ação penal.
INFORMATIVO

Sempre que tomar conhecimento da ocorrência de infração penal que caiba ação penal
OBRIGATÓRIO
pública incondicionada deverá instaurar o inquérito.

INDISPONÍVEL
A indisponibilidade do IP está relacionada com a impossibilidade de o Delegado de
PARA A
Polícia poder arquivá-lo, nos moldes do art. 17 do CPP.
AUTORIDADE
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
POLICIAL
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#ATENÇÃO O Pacote Anticrime (L.13964/19) alterou a sistemática de arquivamento do


inquérito policial, transferindo toda a atribuição para o órgão ministerial. Apesar da
mudança, que inclusive está com a eficácia suspensa por prazo indeterminado, o
delegado continua impossibilitado de mandar arquivar os autos do IP, permanecendo
sua indisponibilidade.
DISPENSÁVEL o inquérito é uma peça meramente informativa que tem a finalidade de colher
PARA A elementos de informação quanto à infração penal e sua autoria. Contudo, caso o titular
PERSECUÇÃO da ação penal disponha desse substrato mínimo necessário para o oferecimento da
PENAL peça acusatória, o inquérito será dispensável.
todas as peças do inquérito policial serão, num só processo, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade;
ESCRITO
#DICA: Modernamente diz-se que é um procedimento que deve ser documentado E
não escrito.
O artigo 20, do CPP dispõe que a autoridade assegurará, no inquérito, o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
No entanto, é direito do advogado ter acesso aos autos JÁ DOCUMENTADOS E DESDE
QUE NÃO FRUSTRE DILIGÊNCIA EM ANDAMENTO.
O sigilo no inquérito tem função:
1) Função utilitarista – é importante para assegurar a eficácia das investigações, por
exemplo, não pode divulgar a decretação da interceptação telefônica, sob pena da
prova restar prejudicada.
2) Função garantista – é importante para preservar os direitos dos investigados. Ex.:
SIGILOSO evitar a exposição midiática do investigado. (presunção de inocência sob a perspectiva
da regra de tratamento).
Súmula Vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
#ATENÇÃO #EXCEÇÃO LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA Art. 23. O sigilo da
investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente, para garantia
da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor,
no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam
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respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização


judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.
AUSÊNCIA DE
A inquisitoriedade do inquérito significa que, diferentemente do processo, que é
CONTRADITÓRIO
acusatório, exigindo para a sua validade a observância contraditório e ampla defesa,
(PROCEDIMENTO
no inquérito esses elementos são apenas acidentais, perfeitamente dispensáveis.
INQUISITORIAL)
Ao tomar conhecimento do crime, a autoridade policial age de ofício, independente de
provocação.
O Delegado só pode atuar de ofício em crimes cuja ação penal seja pública
incondicionada, porquanto, caso seja condicionada à representação ou de iniciativa
OFICIOSIDADE privada, deve aguardar a referida representação para deflagrar o procedimento
administrativo.
#DEOLHONAJURIS É possível a deflagração de investigação criminal com base em
matéria jornalística. STJ. 6ª Turma. RHC 98.056-CE, Rel. Min. Antonio Saldanha
Palheiro, julgado em 04/06/2019 (Info 652).
OFICIALIDADE Somente os órgãos estatais podem presidir o inquérito policial.
discricionariedade significa liberdade de atuação dentro dos parâmetros legais.
Existe uma liberdade de atuação da Autoridade Policial nos limites traçados pela lei.
Por exemplo, ao teor dos arts. 6 e 7º do CPP, consta um rol exemplificativo de
PROCEDIMENTO
diligências que poderão ser realizadas pelo Delegado de Polícia. Não há um rito
DISCRICIONÁRIO
procedimental rígido que deve ser observado pelo Delegado, trata-se de rol
exemplificativo. Assim, a diligência será realizada ou não, a cargo da liberdade de
atuação da autoridade.
IP tem prazo para finalizar. Doutrina moderna defende que a garantia da razoável
duração do processo também se aplica ao inquérito policial. Em regra: indiciado preso
TEMPORÁRIO
10 dias (art. 10); indiciado solto (30 dias), contudo há outros prazos nas leis penais
especiais.
Ao finalizar os autos do IP devem ser direcionados ao MP, pois ele é o titular da ação
UNIDIRECIONAL penal. Enviar os autos do IP ao juiz, conforme preconiza o CPP, segundo a doutrina
majoritária, violaria o sistema acusatório e a imparcialidade do juízo.

VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO


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#DIRETODAFUC
Tecnicamente, o inquérito policial não produz provas, e sim elementos indiciários ou de informação.
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ELEMENTOS INDICIÁRIOS OU DE INFORMAÇÃO ELEMENTOS DE PROVA


Em regra, são produzidos na fase
processual e, excepcionalmente, de
São produzidos na fase do inquérito;
maneira extraprocessual (provas
cautelares, não repetíveis, antecipadas);
São produzidos de maneira dialética, com
São produzidos de maneira inquisitiva; respeito ao contraditório e a ampla
defesa, real (imediato) ou diferido;
As provas serão produzidas na presença
do magistrado (princípio da imediatidade
ou judicialização da prova) e, além disso, o
CPP adotou expressamente o princípio da
identidade física do juiz (art. 399, §2º, do
CPP), de forma que o juiz que preside a
instrução deverá, em regra, proferir a
sentença;
ATENÇÃO! Presença do julgador direta
(presença física do juiz na audiência) ou
O juiz é provocado nas hipóteses de cláusula de
remota (quando se utiliza a
reserva jurisdicional e funciona como órgão de
videoconferência, Lei nº 11.900/09);
controle do procedimento, preservando as
regras do jogo; No entanto, ele não possui
#POLÊMICA: O tema polêmico, após o
iniciativa probatória (Art. 3- A CPP).
pacote anticrime é se juiz continua
podendo agir de ofício na fase processual
na produção de provas. Para Renato
Brasileiro, juiz não tem mais nenhuma
iniciativa probatória, ante o art. 3-A, 282,
§2 e 4, que afastaram a possibilidade de o
juiz decretar medidas cautelares de ofício,
inclusive durante a fase processual, por
isso também não poderia determinar a
produção de provas de ofício.
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Finalidade (teleologia): fomentar a formação da


Finalidade (teologia): objetiva contribuir
opinião delitiva do titular da ação penal e
no convencimento do juiz para prolação
contribuir na adoção de medidas cautelares no
do provimento jurisdicional adequado.
transcorrer da persecução.

VISÃO MODERNA DO INQUÉRITO2 #ATENÇÃOSEGUNDAFASE

Na lição do professor Henrique Hoffmam, o conceito moderno de IP: Na verdade, o inquérito policial é o
processo administrativo presidido, pelo delegado de polícia natural, apuratório, informativo e probatório,
indispensável, preparatório e preservador.
#ATENÇÃO a VISÃO MODERNA DO INQUÉRITO deve ser abordada apenas em fases discursivas, para a prova
objetiva as questões devem ser respondidas de acordo com a visão clássica vista acima.
Segundo doutrina amplamente difundida, inquérito policial é o procedimento administrativo presidido pelo
delegado de polícia, inquisitorial, informativo, dispensável, e preparatório. Essas supostas particularidades não
resistem a um exame mais minucioso. Na verdade, o inquérito policial é o processo administrativo presidido
pelo delegado de polícia natural, apuratório, informativo e probatório, indispensável, e preparatório e
preservador:
Não é um procedimento. Apesar da resistência em utilizar o termo processo na seara
não judicial, nada impede o etiquetamento do inquérito policial como processo
administrativo sui generis, no contexto da chamada processualização do
procedimento. Apesar de não existirem partes, vislumbram-se imputados em sentido
amplo. E nada obstante não haver na fase policial um litígio com acusação formal,
PROCESSO existem, sim, controvérsias a serem dirimidas por decisões do delegado de polícia que
ADMINISTRATIVO podem resultar na restrição de direitos fundamentais do suspeito (tais como prisão em
flagrante, liberdade provisória com fiança, indiciamento e apreensão de bens). Os atos
sucessivos afetam inegavelmente exercício de direitos fundamentais, evidenciando
uma atuação de caráter coercitivo que representa certa agressão ao estado de
inocência e de liberdade, ainda que não se possam catalogar tais restrições de direitos
como sanções.
o inquérito policial só pode ser presidido por delegado de polícia (mediante juízos de
PRESIDIDO PELO
prognose e diagnose), e nenhuma outra autoridade. E não por qualquer autoridade de
DELEGADO DE
polícia judiciária. Por exigência do princípio do delegado de polícia natural, o delegado

2
https://www.conjur.com.br/2017-fev-21/academia-policia-inquerito-policial-sido-conceituado-forma-equivocada
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POLÍCIA a coordenar os atos de determinado inquérito policial só pode ser aquele definido
NATURAL conforme regras pré-estabelecidas, vedando-se indicação ad hoc tendenciosa, sob
pena de o Estado-Investigação falhar no dever de investigar de forma imparcial e
célere. Consequentemente, veda-se a avocação e redistribuição arbitrárias do
inquérito policial, bem como a remoção despótica do delegado de polícia.
Não é inquisitivo. Para restabelecer a igualdade, tendo em vista o desnível provocado
pelo próprio criminoso, é preciso que o Estado tenha alguma vantagem na etapa
investigativa, para a eficiente colheita de vestígios. Essa vantagem se traduz no
elemento surpresa, materializada no sigilo inicial das medidas investigativas da polícia
judiciária; ao serem efetivadas sem prévia notificação do suspeito, as diligências
policiais podem ter um mínimo de eficácia na colheita de elementos informativos e
probatórios. O segredo não é absoluto, não afetando o direito de o investigado ter
ciência dos atos de investigação já concluídos e documentados nos autos, para que
possa se defender. Ocorre que o termo inquisitivo, comumente utilizado para designar
APURATÓRIO
essa característica, é mais apropriado para diferenciar a fase processual, e não a
investigação preliminar. Aliás, utilizando esse critério para caracterizar o inquérito
policial, ele se aproxima mais do sistema acusatório do que do inquisitorial, pois não
concentra funções numa única autoridade nem ignora direitos do investigado (como
integridade física, informação e defesa). Além disso, a palavra inquisitivo remete à
abusiva Santa Inquisição, que concebia o imputado como mero objeto, e não sujeito
de direitos. Portanto, o vocábulo que melhor indica essa característica é apuratório,
por indicar que se trata de apuração criminal que compatibiliza sigilo inicial,
imparcialidade e dignidade da pessoa humana.
Não é somente informativo. O inquérito policial de fato produz elementos
informativos, em relação aos quais o contraditório é regrado quanto ao direito de
informação, ou seja, condicionado à conclusão das diligências policiais (basicamente as
oitivas, que serão repetidas em juízo). Mas também fabrica elementos probatórios, em
INFORMATIVO E que há incidência de contraditório, ainda que diferido para a fase processual (provas
PROBATÓRIO cautelares e irrepetíveis). Esse contraditório postergado é extrínseco à produção da
prova e ocorre após a sua formação, o que significa que a prova foi efetivamente
colhida no bojo do inquérito policial sob presidência do delegado de polícia. Como
consequência, eventuais vícios no procedimento investigativo podem, sim, acarretar
nulidade, inclusive afetando o ulterior processo penal.
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não é meramente dispensável. Muito embora seja possível o oferecimento de denúncia


desacompanhada de inquérito, a esmagadora maioria dos processos penais é
antecedida da investigação policial. Afinal, trata-se de garantia do cidadão, no sentido
de que não será processado temerariamente. A própria Exposição de Motivos do CPP
destaca que o inquérito policial traduz uma salvaguarda contra apressados e errôneos
juízos, formados antes que seja possível uma precisa visão de conjunto dos fatos, nas
suas circunstâncias objetivas e subjetivas. A instrução preliminar é a ponte que liga a
INDISPENSÁVEL notitia criminis ao processo penal, retratando a transição do juízo de possibilidade para
probabilidade pela via mais segura. E, justamente por esse motivo, mesmo quando o
Ministério Público já dispõe dos elementos mínimos para propor a ação penal sem o
inquérito policial, na maior parte das vezes prefere requisitar a sua instauração, não
abrindo mão desse filtro processual. De mais a mais, não se deve perder de vista que,
nos crimes de ação penal pública incondicionada (que são a maioria), a regra é a
obrigatoriedade de instauração do inquérito policial, e esse procedimento deve
acompanhar a peça acusatória sempre que servir de suporte à acusação.
não apenas preparatório: o procedimento policial é destinado a esclarecer a verdade
acerca dos fatos delituosos relatados na notícia de crime, fornecendo subsídios para o
ajuizamento da ação penal ou o arquivamento da persecução penal. Logo, o inquérito
policial não é unidirecional e sua missão não se resume a angariar substrato probatório
mínimo para a acusação. Não há entre a investigação policial e a acusação ministerial
relação de meio e fim, mas de progressividade funcional. A polícia judiciária, por ser
PRESERVADOR E
órgão imparcial (e não parte acusadora, como o Ministério Público), não tem
PREPARATÓRIO
compromisso com a acusação ou tampouco com a defesa. Além da função
preparatória, de amparar eventual denúncia com elementos que constituam justa
causa, existe a função preservadora, de garantia de direitos fundamentais não somente
de vítimas e testemunhas, mas do próprio investigado, evitando acusações temerárias
ao possibilitar o arquivamento de imputações infundadas. Assim, além de a função
preparatória não ser a única, ela sequer é a mais importante.

Em outras palavras, inquérito policial consiste no processo administrativo apuratório levado a efeito pela
polícia judiciária, sob presidência do delegado de polícia natural; em que se busca a produção de elementos
informativos e probatórios acerca da materialidade e autoria de infração penal, admitindo que o investigado
tenha ciência dos atos investigativos após sua conclusão e se defenda da imputação; indispensável para evitar
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acusações infundadas, servindo como filtro processual; e que tem a finalidade de buscar a verdade, amparando
a acusação ao fornecer substrato mínimo para a ação penal ou auxiliando a própria defesa ao documentar
elementos em favor do investigado que possibilitem o arquivamento, sempre resguardando direitos
fundamentais dos envolvidos.
#DEOLHONADISCURSIVA A presidência da investigação é privativa da polícia judiciária? A presidência de
investigação criminal NÃO é privativa da polícia judiciária, pois outras autoridades podem presidir a
investigação. TJ ou PGJ: Inquérito para apurar crime praticado por juiz ou promotor. CPI: Inquérito
parlamentar. Ministério Público: promotor que atue investigando na fase preliminar NÃO estará impedido de
oferecer denúncia ( Súmula 234 STJ). Forças Armadas: nos crimes militares da competência da Justiça Militar
da União, as investigações serão realizadas pelas Forças Armadas através de um inquérito policial militar. Já
nos crimes militares de competência da Justiça Militar Estadual será competente a Polícia Militar ou Corpo de
Bombeiros. A presidência da investigação pode não ser privativa da Autoridade Policial, mas a do Inquérito
Policial é, de acordo com a Lei 12.830/13.

ATRIBUIÇÃO DA POLÍCIA
a circunscrição em que o crime se consumou figura como linha mestra na definição da
atribuição.
TERRITORIAL #ATENÇÃO: Nas comarcas com mais de uma circunscrição estão dispensadas as precatórias
entre delegados. Apenas nas circunscrições localizadas em outras comarcas é preciso usar
precatórias;
permite especializar a atuação da polícia para determinado conjunto de infrações penais.
Teremos delegados especializados no combate a um determinado tipo de delito. Ex:
Delegacia de Homicídios.
#OBS: Pelo critério material teremos a bifurcação da polícia judiciária em estadual e federal,
já que materialmente, esta última, em regra, investiga os crimes federais. Disciplinando o
MATERIAL
art. 144 da CF, a Lei nº 10.446/2002 autoriza que a Polícia Federal investigue,
excepcionalmente, crimes estaduais que exijam retaliação uniforme por sua repercussão no
plano interestadual ou internacional. Nesse caso, porém, a intervenção da polícia federal
não afasta a atuação da polícia dos Estados, determinando a remessa do procedimento para
o Ministério Público Estadual, e não federal;
defendido por Luiz Flávio Gomes, define que a figura da vítima poderá ser usada como
PESSOAL exponencial para delimitação da atribuição da polícia. Contudo, esse critério é ocioso, pois
integra o critério material. Ex: Delegacia da Mulher.
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E se o cumprimento de quaisquer desses critérios for desrespeitado? Não é relevante, pois


os vícios do inquérito, em regra, não contaminam o processo.

#SELIGA: Avocatória. O chefe de polícia poderá avocar o inquérito e redistribuir a outro delegado por despacho
fundamentado, desde que exista interesse público ou quando as regras procedimentais na condução da
investigação sejam violadas (§4º e §5º, do art. 2º, da Lei nº 12.830/2013).

#OLHAOGANCHO #DELTAFEDERAL #MAPEIANOVADE


Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou
internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça,
sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição
Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das
seguintes infrações penais:
I – seqüestro, cárcere privado e extorsão mediante seqüestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se o agente foi
impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima;
II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir
em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual
ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da
Federação.
V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e
venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou
alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei
nº 12.894, de 2013)
VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos,
quando houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um Estado da
Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015)
VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo
misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº
13.642, de 2018)
Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração
de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
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PRAZO DO INQUÉRITO

INDICIADO PRESO INDICIADO SOLTO


Regra Geral (art. 10, CPP) 10 dias 30 dias (prorrogável)
15 dias (prorrogáveis por
Polícia Federal 30 dias
mais 15)
Crimes contra a economia
10 dias 10 dias
popular
90 dias (prorrogáveis por
30 dias (prorrogáveis por
Lei de drogas mais
mais 30)
90 dias)
40 dias (prorrogáveis por
Inquéritos Militares 20 dias
mais 20).

#ATENÇÃO O Pacote Anticrime trouxe a possibilidade de o Juiz das Garantias prorrogar o inquérito policial na
hipótese de investigado preso – o que não era admitido pela doutrina majoritária. Assim, o juiz das garantias
poderá determinar a prorrogação do inquérito policial por até 15 dias, mediante representação da
autoridade policial, ouvido o Ministério Público, possibilitando a conclusão das investigações. Após o
escoamento do prazo de 25 dias (10 + 15 e prorrogação), se não houver conclusão das investigações, a prisão
será imediatamente relaxada.
Art. 3º, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade
policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze)
dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
#NÃOESQUECE art. 3º está com a eficácia suspense por prazo indeterminado.

INDICIAMENTO

Indiciar é atribuir a autoria (ou participação) de uma infração penal a uma pessoa. É apontar uma pessoa como
provável autora ou partícipe de um delito. A condição de indiciado poderá ser atribuída no auto de prisão em
flagrante ou até o relatório final do delegado de polícia.
O indiciamento é resultado das investigações policiais por meio do qual alguém é apontado como provável
autor de um fato delituoso. Assim, trata-se de ato privativo do Delegado de Polícia.
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#ATENÇÃO: O inquérito policial instaurado por delegado de polícia para investigar determinado crime PODERÁ
SER AVOCADO OU REDISTRIBUÍDO por SUPERIOR HIERÁRQUICO, mediante DESPACHO FUNDAMENTADO, por
MOTIVO DE INTERESSE PÚBLICO ou nas hipóteses de INOBSERVÂNCIA DOS PROCEDIMENTOS previstos em
regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação (art. 2º, § 4º, Lei nº. 12.830/2013).

#NÃOESQUECE A necessidade de fundamentação é exigida no §6º do art. 2º da Lei 12.830/13 - O indiciamento,


privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ATO FUNDAMENTADO.

#VEMDETABELA
INDICIAMENTO DIRETO O investigado está presente.
Quando o investigado não é encontrado, estando
INDICIAMENTO INDIRETO
em local incerto e não sabido.

OBS: Desindiciamento -> É a retirada do status de indiciado atribuído ao agente, o que não caracteriza
desistência do inquérito. Modalidades: a) Voluntário: é aquele realizado por iniciativa do próprio delegado.
b) Coacto: é aquele designado pela procedência do HC impetrado (ou MS caso não haja pena privativa de
liberdade) para trancar o inquérito, em virtude de patente ilegalidade.

PROCEDIMENTO DO INQUÉRITO

Todas as formas de início do inquérito decorrem de uma notitia criminis:


A autoridade policial toma conhecimento da ocorrência de um crime de
NOTITIA CRIMINIS DE
forma direta por meio de suas atividades funcionais rotineiras, podendo
COGNIÇÃO DIRETA (OU
ser por meio de investigações por ela mesma realizadas, por notícia
IMEDIATA, OU ESPONTÂNEA)
veiculada na imprensa, por meio de denúncias anônimas, etc.
A autoridade policial toma conhecimento da ocorrência do crime por meio
NOTITIA CRIMINIS DE de algum ato jurídico de comunicação formal do delito. Pode ser o
COGNIÇÃO INDIRETA (OU requerimento da vítima ou de qualquer pessoa do povo, a requisição do
MEDIATA, OU PROVOCADA) juiz ou do Ministério Público, a requisição do Ministro da Justiça e a
representação do ofendido.
Ocorre na hipótese de prisão em flagrante delito, em que a autoridade
NOTITIA CRIMINIS DE
policial lavra o respectivo auto. Vale destacar que o auto de prisão em
COGNIÇÃO COERCITIVA
flagrante é forma de início do inquérito policial, independentemente da
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natureza da ação penal. Entretanto, nos crimes de ação penal pública


condicionada e de ação penal privada, sua lavratura apenas poderá
ocorrer se for acompanhado, respectivamente, da representação ou do
requerimento do ofendido (art. 5º, §§ 4º e 5º, do CPP).
Notícia crime apócrifa ou inqualificada é a conhecida denúncia anônima.
Scarance Fernandes diz que, diante dessa notícia, deve o delegado aferir
plausibilidade e verossimilhança por meio da Verificação de Existência
NOTÍCIA CRIME Prévia (VEP), para só então instaurar o inquérito. Não é outro o
INQUALIFICADA (APÓCRIFA) entendimento do STF, que entende que a notícia crime apócrifa, por si só,
não autoriza a instauração de inquérito policial, afastando a notícia
anônima como elemento único para deflagrar a investigação. STF HC
95244.

FORMA DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL


Depende da ação penal:
a) De ofício: por força do princípio da obrigatoriedade, caso a autoridade policial tome
conhecimento do fato delituoso, deve instaurar o inquérito policial de ofício, por meio
de portaria.
b) Requisição da autoridade judiciária ou do MP: nos termos do art. 5º, inciso II, do
CPP, o inquérito será iniciado, nos crimes de ação pública, mediante requisição da
autoridade judiciária ou do Ministério Público.
c) Requerimento do ofendido ou de seu representante legal: esse requerimento
conterá, sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as suas circunstâncias;
CRIMES DE AÇÃO
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção
PENAL PÚBLICA
ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de
INCONDICIONADA
fazê-lo; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
d) Notícia oferecida por qualquer do povo: nos termos do art. 5º, § 3º, do CPP,
qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
Trata-se da chamada delatio criminis simples.
e) Auto de prisão em flagrante: apesar de não constar expressamente no art. 5º do
CPP, o auto de prisão em flagrante é, sim, uma das formas de instauração do inquérito
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policial, funcionando o próprio auto como a peça inaugural da investigação,


dispensando-se a portaria.
a deflagração da persecutio criminis está subordinada à representação do ofendido ou
à requisição do Ministro da Justiça:
a) Representação do ofendido ou de seu representante legal: por representação,
também denominada de delatio criminis postulatória, entende-se a manifestação da
vítima ou de seu representante legal no sentido de que possuem interesse na
CRIMES DE AÇÃO persecução penal.
PENAL PÚBLICA b) Requisição do Ministro da Justiça: atualmente, a requisição do Ministro da Justiça
INCONDICIONADA é condição necessária para apuração dos seguintes crimes:
(i) Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7º, § 3º, b, do
Código Penal);
(ii) Crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República ou Chefe de
Governo estrangeiro (art. 141, I, c/c o art. 145, parágrafo único, ambos do CP);
(iii) Crimes previstos na Lei 7.170/1983 (Lei de Segurança Nacional).
Requerimento da vítima ou de quem legalmente a represente: a autoridade policial
somente poderá instaurar o inquérito mediante requerimento de quem tenha
CRIMES DE AÇÃO
qualidade para o ajuizamento da queixa-crime, isto é, o ofendido ou seu representante
PENAL PRIVADA
legal (art. 30 do CPP), e, no caso de morte ou ausência do primeiro, o seu cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão (art. 31 do CPP).

DILIGÊNCIAS INVESTIGATIVAS
#LEISECASALVA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
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VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído
pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade
policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a
ordem pública.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de
quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e
intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização
judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
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II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias,
renovável por uma única vez, por igual período; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016) (Vigência)
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Vigência)

#SELIGA
INQUÉRITO NO ECA
BOLETIM DE OCORRÊNCIA CONTRA MENOR DE IDADE: O Boletim de Ocorrência Policial é a comunicação, à
autoridade policial, da ocorrência de um crime (Notitia criminis). É através do Boletim que o Delegado de
Polícia terá ciência do fato criminoso e agirá para solucioná-lo. Um menor de idade pode perfeitamente ter
seu nome vinculado como infrator em um boletim de ocorrência, pois este, como dito, é apenas a comunicação
de um fato à autoridade. Quando o Delegado analisa o boletim e constata a existência de um crime, ele poderá
tomar algumas providências como pedir uma investigação preliminar, instaurar Inquérito Policial (Ou aguardar
a representação do ofendido a depender do tipo de ação penal), lavrar um Termo Circunstanciado de
Ocorrência nos casos de crimes de menor potencial ofensivo, instaurar Procedimento de Apuração de Ato
Infracional que é uma espécie de inquérito policial destinado a apurar a autoria de menor infrator e etc.
Portanto pessoal, Boletim de Ocorrência e Termo Circunstanciado de Ocorrência são coisas distintas.
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a
autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
ocorrência circunstanciada.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória pelos órgãos
policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
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Como o ato infracional foi cometido com violência ou grave ameça à pessoa, o delegado deve lavrar um auto
de apreensão do menor (art. 173, I do ECA).
Na hipótese de ato infracional sem violência ou grave ameaça à pessoa, a autoridade policial pode substituir o
auto de apreensão pelo BO (parágrafo único do art. 173, ECA)

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO

O Pacote Anticrime retirou o juiz do controle do arquivamento, deixando essa decisão apenas no âmbito do
Ministério Público. O promotor não faz mera “promoção” de arquivamento ao juiz, que homologa ou não.
Após a lei, o MP “ordena” o arquivamento e remete os autos à instância de revisão ministerial para fins de
homologação, o arquivamento ocorre unicamente no âmbito do próprio Ministério Público – decisão interna
corporis, não havendo mais o controle judicial.
ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019
Arquivamento “Art. 28. Ordenado o arquivamento do
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao inquérito policial ou de quaisquer elementos
invés de apresentar a denúncia, requerer o informativos da mesma natureza, o órgão do
arquivamento do inquérito policial ou de Ministério Público comunicará à vítima, ao
quaisquer peças de informação, o juiz, no investigado e à autoridade policial e
caso de considerar improcedentes as razões encaminhará os autos para a instância de
invocadas, fará remessa do inquérito ou revisão ministerial para fins de homologação,
peças de informação ao procurador-geral, e na forma da lei.
este oferecerá a denúncia, designará outro § 1º Se a vítima, ou seu representante legal,
órgão do Ministério Público para oferecê-la, não concordar com o arquivamento do
ou insistirá no pedido de arquivamento, ao inquérito policial, poderá, no prazo de 30
qual só então estará o juiz obrigado a (trinta) dias do recebimento da comunicação,
atender. submeter a matéria à revisão da instância
competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes
praticados em detrimento da União, Estados
e Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela
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chefia do órgão a quem couber a sua


representação judicial.”

#ATENÇÃO A NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 28 ESTÁ COM EFICÁCIA SUSPENSA, PORTANTO, NA PRÁTICA
AINDA É FEITO O PROCEDIMENTO DO ANTERIOR ARTIGO 28!
#RESUMEAÊPROF
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO

ANTES DO PACOTE ANTICRIME -> ato complexo (promotor + juiz)

DEPOIS DO PACOTE ANTCRIME -> ato composto (só no âmbito do ministério público)

#DEOLHONATABELA:
ANTES DA LEI 13.964/19 APÓS LEI 13.964/19
MP faz promoção de arquivamento, e o Juiz MP dá ORDEM de arquivamento, e remete os autos
homologa ou não, se não homologar invoca o art. 28 à instancia de revisão ministerial.
CPP.
Prejudica o sistema acusatório, uma vez que só cabe Privilegia o sistema acusatório, e a titularidade da
ao juiz julgar, sendo o Ministério Público o titular da ação penal pública.
ação penal pública, devendo ter o controle do
oferecimento ou não da denúncia, sob pena de
prejuízo à imparcialidade do juiz, que ao discordar do
arquivamento, e remeter ao Procurador Geral, tende
a condenar (Teoria da dissonância cognitiva –
contaminação subjetiva)
Recurso envolvendo o arquivamento: Não cabe mais nenhum recurso!
- Crimes contra Saúde pública e economia popular: O único que subsiste envolvendo arquivamento
cabia recurso de ofício. inquérito, é nas causas de atribuição originária do
- Contravenção do jogo do bixo: cabia Recurso em Procurador Geral de Justiça determina o
sentido estrito. arquivamento, aí cabe recurso ao colégio de
procuradores.

FUNDAMENTOS PARA ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL


a) ausência de pressuposto processual ou de condição para o exercício da ação penal.
b) falta de justa causa para o exercício da ação penal
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c) quando o fato investigado evidentemente não constituir crime (atipicidade).


d) existência manifesta de causa excludente da ilicitude
e) existência manifesta de causa excludente da culpabilidade, salvo a inimputabilidade: no caso do
inimputável do art. 26, caput, do CP, deve o Promotor de Justiça oferecer denúncia, já que a medida
de segurança só pode ser imposta ao final do devido processo legal
f) causa extintiva da punibilidade
g) cumprimento do acordo de não-persecução penal

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
SÚMULA 524 - ARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHO DO JUIZ, A REQUERIMENTO DO
PROMOTOR DE JUSTIÇA, NÃO PODE A AÇÃO PENAL SER INICIADA, SEM NOVAS PROVAS.

#SELIGA:
DESARQUIVAMENTO OFERECIMENTO E DENÚNCIA
É a reabertura das investigações, e só será possível Já para o oferecimento da denúncia, serão
nos casos em que o arquivamento tiver formado necessárias provas novas, capazes de alterar o
“coisa julgada formal” (ausência de lastro contexto probatório dentro do qual foi proferida a
probatório, pressupostos processuais, condições da decisão de arquivamento.
ação). Não há necessidade efetiva do surgimento de
provas novas.
Pressuposto: notícia de prova nova. Art. 18 CPP. Pressuposto: prova nova. Súmula 524, STF.

COISA JULGADA NA DECISÃO DE ARQUIVAMENTO


é a imutabilidade da decisão no processo em que foi proferida, endoprossessual, só dentro
COISA
do processo. São hipóteses de coisa julgada formal:
JULGADA
(i) Ausência de pressupostos processuais ou condições para o exercício da ação penal;
FORMAL
(ii) Ausência de justa causa para o exercício da ação penal.
a decisão não mais poderá ser alterada ou desconsiderada em qualquer outro processo.
COISA Pressupõe a coisa julgada formal, não podendo mais ser alterada dentro e fora daquele
JULGADA processo.
MATERIAL São hipóteses que fazem coisa julgada formal E material (Renato Brasileiro):
(i) atipicidade da conduta delituosa;
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(ii) existência manifesta de causa excludente da ilicitude: aqui há divergência. É possível a


reabertura da investigação e o oferecimento de denúncia se o inquérito policial havia sido
arquivado com base em excludente de ilicitude?
STJ: NÃO. Para o STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa
excludente da ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal.
STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de inquérito policial em razão do reconhecimento de
excludente de ilicitude não faz coisa julgada material (Info 796).
(iii) existência manifesta de causa excludente da culpabilidade;
(iv) existência de causa extintiva da punibilidade: Exceção: certidão de óbito falsa.

DESARQUIVAMENTO
MOTIVO DO ARQUIVAMENTO É POSSÍVEL DESARQUIVAR?
1) Insuficiência de provas
SIM
(coisa julgada formal: cláusula rebus sic
(Súmula 524/STF)
standibus)
2) Ausência de pressuposto
processual ou de condição da ação penal
SIM
(coisa julgada formal: cláusula rebus sic
standibus)
3) Falta de justa causa para a ação
penal (não há suficientes indícios de
autoria ou prova da materialidade) SIM
(coisa julgada formal: cláusula rebus sic
standibus)
4) Atipicidade (fato narrado não é
NÃO
crime) (coisa julgada formal e material)
5) Existência manifesta de causa STJ: NÃO (REsp 791471/RJ)
excludente de ilicitude STF: SIM (Alguns precedentes dizendo que só
(coisa julgada formal e material)* faz coisa julgada formal: HC 125101/SP)
6) Existência manifesta de causa
NÃO
excludente de culpabilidade
(posição da doutrina)
(coisa julgada formal e material)
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NÃO
7) Existência manifesta de causa
(STJ HC 307.562/RS)
extintiva da punibilidade
(STF Pet 3943)
(coisa julgada formal e material)
Exceção: certidão de óbito falsa

ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO
#VEMDETABELA
ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO OBJETIVO ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO SUBJETIVO
Quando o Ministério Público deixa de incluir na Arquivamento implícito subjetivo: Quando o
denúncia algum dos fatos investigados no inquérito Ministério Público, diante de inquérito policial que
ou algum dos indivíduos nele indiciados, sem indiciou mais de um investigado ou apurou mais de
qualquer justificativa para tanto; um fato criminoso, postula o arquivamento
referente a apenas um ou alguns investigados ou um
ou alguns fatos, sem qualquer menção aos demais.

#ATENÇÃO O arquivamento implícito não é admitido pela doutrina e pela jurisprudência, pois todas as
manifestações do MP devem ser fundamentadas, caracterizando omissão injustificada do Ministério Público.
Logo, constatando o magistrado a ocorrência destas situações, deverá restituir vista dos autos ao parquet para
que este se pronuncie.

ARQUIVAMENTO INDIRETO
Ocorre quando o Ministério Público deixa de oferecer denúncia com base na incompetência do juízo para
processar e julgar futura ação penal. No caso do arquivamento indireto, estão presentes os pressupostos
processuais, condições da ação, e lastro probatório mínimo, no entanto, o juízo não é competente. Nesse caso,
o promotor não pede ao juiz a homologação do arquivamento do inquérito, mas sim, a remessa do inquérito
ao juiz competente.
Sendo assim o juiz tem duas opções:
Poderá concordar com o requerimento do promotor, reconhecendo-se incompetente, recebe a manifestação
como arquivamento indireto, e remeter os autos para o juízo competente.
Caso o juiz discorde do pedido de arquivamento indireto, e se julgue competente para o caso, deverá invocar,
por analogia, o art. 28 CPP, e remeter os autos para o órgão de revisão do Ministério Público. Neste caso, ou o
órgão de supervisão ministerial concorda com a tese do membro do Ministério Público e o magistrado deverá
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encaminhar os autos ao Juízo considerado como competente, ou acolhe o entendimento do magistrado,


delegando a outro membro do Ministério Público atuar no feito e oferecer denúncia.

#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
INFO 1086 É inconstitucional norma estadual que confere à Defensoria Pública o poder de requisição
STF para instaurar inquérito policial.
INFO 764 É legal o compartilhamento com a Controladoria-Geral da União de informações coletadas
STJ em inquérito em que se apura suposta prática de crimes de organização criminosa, lavagem
de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
ED. ESP. 10 Embora o prazo de 30 (trinta) dias para o término do inquérito com indiciado solto (art. 10 do
STJ Código de Processo Penal) seja impróprio, sem consequências processuais imediatas se
inobservado, isso não equivale a que a investigação se prolongue por tempo indeterminado,
por anos a fio, devendo pautar-se pelo princípio da razoabilidade. Info Ed. Esp. 10 - STJ).
INFO 750 É indevida a manutenção de medidas protetivas na hipótese de conclusão do inquérito policial
STJ sem indiciamento do acusado.
INFO 747 Há excesso de prazo para conclusão de inquérito policial, quando, a despeito do investigado
STJ se encontrar solto e de não sofrer efeitos de qualquer medida restritiva, a investigação
perdura por longo período e não resta demonstrada a complexidade apta a afastar o
constrangimento ilegal.
INFO 726 É ilegal a utilização, por parte do Ministério Público, de peça sigilosa obtida em procedimento
STJ em curso no Supremo Tribunal Federal para abertura de procedimento investigatório criminal
autônomo com objetivo de apuração dos mesmos fatos já investigados naquela Corte.
INFO 704 A ausência de afirmação da autoridade policial de sua própria suspeição não eiva de nulidade
STJ o processo judicial por si só, sendo necessária a demonstração do prejuízo suportado pelo
réu.
INFO 964 Não viola a SV 14 quando se nega que o investigado tenha acesso a peças que digam respeito
STF a dados sigilosos de terceiros e que não estejam relacionados com o seu direito de defesa.
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INFO 964 Não há nulidade na ação penal instaurada a partir de elementos informativos colhidos em
STF inquérito policial que não deveria ter sido conduzido pela Polícia Federal considerando que a
situação não se enquadrava no art. 1º da Lei 10.446/2002.
INFO 933 Não haverá nulidade dos atos processuais por falta de intimação prévia da defesa técnica do
STF investigado para a tomada de depoimentos orais na fase de inquérito policial. Por ser
procedimento informativo de natureza inquisitorial destinado precipuamente à formação do
opinio delicti, o inquérito comporta a regular mitigação das garantias do acusatório e da
ampla defesa.
SÚMULA Súmula 524-STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do
524 STF Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
SV 14 Súmula vinculante 14-STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

#VAMOSTREINAR?
#JÁCAIU #SAINDODOFORNO
Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto3
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência
correta.
( ) Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo
circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou
administrativa constitui crime na hipótese prevista na Lei de Abuso de Autoridade.
( ) Nos termos da Lei da Interceptação de Comunicações Telefônicas, quando o fato investigado constituir
infração penal punida, no máximo, com pena de detenção, não será admitida a interceptação de comunicações
telefônicas.
( ) A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a exclusivo
requerimento do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual
penal.
( ) Nos crimes de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), será admitida ação privada se a ação penal pública
não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia

3
GABARITO: B
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substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo
tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Alternativas
A F – F – F – V.
B V – V – F – V.
C F – F – V – V.
D V – F – F – V.
E F – V – V – F.

Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto4
A respeito do regime jurídico do inquérito policial e das demais investigações preliminares, assinale a
alternativa INCORRETA.
Alternativas
A O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável,
investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer
indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses
de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos,
em nosso País, os Advogados, sem prejuízo do permanente controle jurisdicional dos atos documentados
produzidos pela instituição.
B Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, inquéritos e processos criminais em curso são neutros
na definição dos antecedentes criminais.
C Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento jurídico
que autorize o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao delegado de polícia o indiciamento de
determinada pessoa.
D O prazo de que trata o Código de Processo Penal para término do inquérito é próprio, não prevendo a lei
qualquer consequência processual, máxime a preclusão, se a conclusão do inquérito ocorrer após trinta dias
de sua instauração, estando solto o réu.
E Descabe cogitar de implemento de inquérito pelo Ministério Público quando este, ante elementos que lhe
chegaram, provoca a instauração pela autoridade policial.

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GABARITO: D
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Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto5
O inquérito policial é o principal mecanismo destinado a reunir os elementos necessários à apuração da
materialidade de uma infração penal e sua autoria. Sobre o tema, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o
que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Quando se tratar de delitos processáveis por ação penal privada, a autoridade policial somente poderá
iniciar investigação preliminar após requerimento de quem tenha legitimidade para oferecer queixa-crime.
( ) A investigação preliminar de natureza policial, nos crimes em que a ação penal pública depender de
representação do ofendido, poderá sem ela ser iniciada.
( ) É irrecorrível o despacho que indeferir requerimento de abertura de inquérito policial, tendo em vista a
prescindibilidade do procedimento investigativo preliminar.
( ) No crime de sequestro e cárcere privado, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Alternativas
A F – V – F – V.
B V – F – F – V.
C V – F – V – F.
D V – F – V – V.
E F – F – V – F.

Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto6
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Se necessário à prevenção dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o delegado de polícia poderá
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicação que
disponibilizem informações que permitam a localização dos suspeitos do delito em curso.
II. O valor da fiança será determinado com base nas condições pessoais de fortuna e vida pregressa, sendo
irrelevante a natureza da infração.
III. No que diz respeito ao inquérito policial, o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

5
GABARITO: B
6
GABARITO: D
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IV. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a quatro anos. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que
decidirá em quarenta e oito horas.
Alternativas
A Apenas I e II.
B Apenas II e III.
C Apenas II, III e IV.
D Apenas I, III e IV.
E Apenas I, II e III.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Delegado de
Polícia7
Durante a tramitação de um inquérito policial, um delegado, convencido da autoria de uma determinada
infração penal por certo investigado, realizou a análise técnico-jurídica do fato e indiciou o suspeito.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando a doutrina e os
entendimentos do STF.
Alternativas
A O Ministério Público fica vinculado ao indiciamento realizado pelo delegado.
B É incabível a impetração de habeas corpus para cancelar o indiciamento, apesar dos constrangimentos
causados ao indiciado.
C Do indiciamento — ato privativo da autoridade policial — decorrem diversas consequências para a ação
penal, para a qual o referido ato é imprescindível.
D Inexiste fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia, a requisitar ao delegado
o indiciamento de determinada pessoa.
E O simples indiciamento de uma pessoa não implica que seu nome e outros dados sejam lançados no sistema
de informações da Secretaria de Segurança Pública relacionados àquele delito e passem, a partir disso, a
constar da folha de antecedentes criminais do indivíduo.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Delegado de
Polícia8

7
GABARITO: D
8
GABARITO: E
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Pode o delegado requisitar, em razão do delito praticado, de quaisquer órgãos do poder público ou de
empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos do crime de
Alternativas
A roubo.
B extorsão com emprego de arma.
C latrocínio.
D homicídio qualificado.
E tráfico de pessoas.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Delegado de
Polícia9
Considerando que tenha sido instaurado inquérito policial que ainda se encontra em curso, assinale a opção
correta acerca das funções do delegado.
Alternativas
A Cabe à autoridade policial arbitrar fiança nos delitos punidos com pena máxima não superior a cinco anos.
B Finalizadas as investigações e concluído o inquérito policial, a autoridade policial pode determinar o
arquivamento do feito.
C É vedado ao delegado representar ao juiz para a instauração de incidente de insanidade mental, sob pena
de invasão da competência do Ministério Público.
D Cabe ao delegado aceitar ou rejeitar a colaboração de detetive particular.
E Ao elaborar o relatório final do inquérito, a autoridade policial deverá manifestar-se acerca do mérito da
prova colhida.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Delegado de
Polícia10
Denomina-se notitia criminis de cognição imediata quando a autoridade policia
Alternativas
A fica sabendo da infração penal mediante requisição do juiz.
B efetua a prisão em flagrante.
C toma conhecimento da infração penal por requerimento do ofendido.
D fica sabendo da infração penal em razão do desempenho de suas atividades regulares.

9
GABARITO: D
10
GABARITO: D
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E toma conhecimento da infração penal em razão de requisição do Ministério Público.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Delegado de
Polícia11
Julgue os itens seguintes acerca do inquérito policial.
I O investigado pode propor diligências à autoridade policial ou apresentar a ela documentos cuja juntada ao
inquérito entenda pertinentes. Nesse caso, caberá à autoridade policial decidir acerca da realização da
diligência solicitada ou da juntada do documento.
II O defensor do acusado, além de ter acesso aos autos do inquérito, também poderá estar presente no
interrogatório do indiciado e na produção de provas testemunhais, ocasião em poderá fazer perguntas.
III Em inquérito policial instaurado para apurar a suposta consumação de fatos relacionados ao uso de força
letal, praticados por policial civil no exercício de suas funções, o investigado deverá ser cientificado da
instauração do procedimento, podendo constituir defensor em até 48 horas.
Assinale a opção correta.
Alternativas
A Apenas o item I está certo.
B Apenas o item II está certo.
C Apenas os itens I e III estão certos.
D Apenas os itens II e III estão certos.
E Todos os itens estão certos.

Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: PC-BA Prova: IBFC - 2022 - PC-BA - Delegado de Polícia - (Reaplicação)12
Ainda no que diz respeito ao Inquérito Policial, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
A A instauração de inquérito policial não é imprescindível à propositura da ação penal pública, podendo o
Ministério Público valer-se de outros elementos de prova para formar sua convicção
B A unilateralidade das investigações preparatórias da ação penal não autoriza a Polícia Judiciária a
desrespeitar as garantias jurídicas que assistem ao indiciado, que não mais pode ser considerado mero objeto
de investigações

11
GABARITO: C
12
GABARITO: E
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C O indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias, legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos
agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes a responsabilidade penal por abuso de poder, pode
gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial
D Embora ausentes a amplitude de defesa e o contraditório pleno, nos moldes e com a intensidade incidentes
no processo jurisdicional, não é correto dizer que não há defesa na fase de inquérito, uma vez que pode o
investigado requerer diligências no curso das investigações, bem como possui o direito de não produzir prova
contra si mesmo
E Considerando os documentos que podem interessar aos rumos da investigação, as diligências que podem
ser realizadas e a finalidade do inquérito, torna-se concebível a forma oral, e prescindível seja ele materializado
na forma escrita

Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: PC-BA Prova: IBFC - 2022 - PC-BA - Delegado de Polícia - (Reaplicação)13
No que se refere ao Inquérito Policial, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
A É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa
B O inquérito policial é um procedimento preliminar, extrajudicial e preparatório para a ação penal, sendo por
isso considerado como a primeira fase da persecutio criminis; é instaurado pela polícia judiciária e tem como
finalidade a apuração de infração penal e de sua respectiva autoria
C Em regra, a autoridade policial deve instaurar inquérito policial de ofício, sem aguardar provocação, estando
dispensada a anuência dos envolvidos e a necessidade de requerimento ou requisição de quem quer que seja
D A aparência de eventual causa de exclusão da antijuridicidade não exime a autoridade policial do dever de
investigar, isso porque, a autoridade policial não pode se investir das funções de julgador para negar, sem
apuração regular, a responsabilidade de qualquer infrator da lei penal, o que importaria enfrentar a ordem
jurídica e social, subvertendo a noção do – poder de polícia
E O inquérito policial é indisponível para a autoridade policial. Instaurado, deverá ser conduzido até que se
esgotem as diligências legalmente possíveis, com vista à completa apuração do fato apontado como ilícito
penal. Contudo, ausentes os elementos do crime, a autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de
inquérito

13
GABARITO: E
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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de
Polícia14
Acerca dos atos do delegado de polícia durante o inquérito policial, assinale a opção correta.
Alternativas
A O delegado de polícia poderá instaurar inquérito policial para apurar delitos específicos e complexos que
chegarem ao seu conhecimento, sendo-lhe autorizada, ainda, a realização de fishing expedition, por ser um
procedimento investigatório especial em razão da artimanha do modus operandi.
B Em caso de crime que deixar vestígios, se houver a confissão do indiciado, a autoridade policial poderá
dispensar o encaminhamento da vítima para a realização do exame de corpo de delito.
C Diante de notitia criminis inqualificada, antes de determinar a abertura do inquérito policial, o delegado de
polícia deve promover a diligência de verificação de procedência das informações, a fim de evitar delação
inescrupulosa.
D O delegado de polícia poderá interrogar pessoa inimputável presa em flagrante, não sendo possível a
nomeação de curador para acompanhar o ato.
E O delegado de polícia poderá realizar o interrogatório, sem a participação de advogado, ainda que o indiciado
informe que deseja a presença de seu advogado no ato.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de
Polícia15
A respeito de investigações policiais, assinale a opção correta.
Alternativas
A Estando preso o investigado, é proibida a realização de reconhecimento de pessoa por meio de
videochamada, ainda que com a anuência do próprio investigado, por se tratar de procedimento que exige a
presença da pessoa em sede policial.
B A reconstituição simulada consiste no exame do local do crime por peritos, a fim de elucidá-lo mediante a
confecção de fotografias, desenhos e esquemas, sem a presença do investigado e de testemunhas, para evitar
contaminação do local.
C Durante as investigações policiais, por meio de inquérito presidido pelo delegado de polícia, o investigado
poderá requisitar diligências, as quais, nessa hipótese, deverão ser obrigatoriamente realizadas, já que a
autoridade não pode indeferir tal pedido.

14
GABARITO: C
15
GABARITO: E
680.456.466-91

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D Na comarca em que houver duas circunscrições policiais, a autoridade com atribuição em uma delas deverá
requisitar diligências a outra autoridade policial da outra circunscrição, quando, para a conclusão do inquérito,
for necessária a análise de indícios ou provas existentes na localidade dessa última circunscrição.
E É permitida a condução coercitiva do investigado até a delegacia de polícia para submetê-lo ao procedimento
de reconhecimento de pessoa, não havendo mácula ao preceito nemo tenetur se detegere.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de
Polícia16
Em relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
Alternativas
A Havendo repercussão interestadual que exija repressão uniforme, o delegado da Polícia Federal poderá
apurar crimes cuja apuração seja de competência da justiça estadual, não havendo mácula apta a invalidar a
produção de provas.
B O delegado de polícia não pode presidir nem instaurar inquérito policial para apurar crime ocorrido fora de
sua circunscrição territorial, pois o lugar de consumação do delito é o que define a atribuição da polícia
investigativa, em nome do princípio do delegado natural.
C Se, no curso de investigações policiais presididas por delegado de polícia civil estadual, sobrevier a
federalização do crime, deverá ser mantida a atribuição da polícia civil estadual, uma vez que esta não está
subordinada à Polícia Federal e não há, no ordenamento jurídico brasileiro, a possibilidade de instauração do
incidente de deslocamento de competência no curso do inquérito.
D O prazo para o delegado de polícia civil concluir o inquérito policial é de trinta dias, se o indiciado estiver
solto, configurando constrangimento ilegal a superação desse prazo sem autorização judicial, por se tratar de
prazo próprio.
E Ainda que haja motivo de interesse público, o chefe de polícia civil não pode avocar nem redistribuir o
inquérito policial, uma vez que a regra dos atos administrativos não se aplica no âmbito da investigação policial.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de
Polícia17
Acerca do inquérito policial e dos direitos e garantias do investigado, assinale a opção correta.
Alternativas

16
GABARITO: A
17
GABARITO: E
680.456.466-91

CARD 15 – DIREITO PROCESSUAL PENAL | DROPS DELTA


Ciclos Método

A Conforme entendimento pacificado do STJ, é admitido que a autoridade policial espelhe o aparelho celular
do investigado, sem a anuência deste ou ordem judicial, e monitore as conversas de aplicativos de mensagens,
a fim de obter provas.
B Ao fim do termo circunstanciado de ocorrência, quando houver provas suficientes do delito e provas
razoáveis acerca da autoria, a autoridade policial tem o dever de indiciar o suspeito.
C O indiciamento realizado pelo delegado de polícia, embora seja um ato formal, dispensa fundamentação
acerca do convencimento da autoria e da existência do delito, uma vez que não há alteração do status do
indiciado.
D O advogado do investigado poderá ter acesso ao procedimento investigatório policial já documentado, para
o exercício da defesa, desde que tenha autorização judicial, independentemente da natureza do delito.
E O indiciamento pode ser realizado no auto de prisão em flagrante ou no relatório final do inquérito, mas, de
acordo com o STJ, não será admitido após o recebimento da denúncia.

Esse foi o CARD de hoje.


Até a próxima!

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