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PROCESSO PENAL
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS
MARCOS MORAES
Bendito seja o SENHOR, minha rocha, que ensina as minhas mãos para a peleja e
os meus dedos para a guerra;
Benignidade minha e fortaleza minha; alto retiro meu e meu libertador és tu;
escudo meu, em quem eu confio, e que me sujeita o meu povo.
Salmos 144:1,2
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01. No curso de inquérito policial, a autoridade policial indiciou Napoleão pela prática do
crime de homicídio qualificado, em que pese os elementos de informação colhidos
demonstrassem de maneira clara que o investigado agiu em legítima defesa. Visando
combater tal decisão e buscar o “trancamento” do inquérito policial, o advogado de
Napoleão poderá:
A) interpor recurso para o chefe de polícia;
B) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau;
C) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento o Tribunal de Justiça
respectivo;
D) Interpor recurso em sentido estrito, sendo competente para julgamento um juiz de 1º
grau;
E) impetrar habeas corpus para análise pelo chefe de polícia.
02. No curso de investigação criminal para apurar a prática de crime sexual por parte de
Adonis, a autoridade policial notou que o investigado apresentava sinais de insanidade
mental. Nesse sentido, havendo dúvida sobre a integridade mental de Adonis, a
instauração de incidente de insanidade mental:
A) não poderá ser determinada na fase de inquérito, pois incabível nesse momento;
B) poderá ser determinada na fase de inquérito diretamente pelo delegado de polícia, de
ofício;
C) poderá ser determinada na fase de inquérito pelo juiz, mediante representação do
delegado de polícia;
D) poderá ser determinada na fase de inquérito diretamente pelo delegado de polícia,
mediante requerimento da parte;
E) poderá ser determinada na fase de inquérito pelo juiz, de ofício ou a requerimento da
parte ou representação do delegado de polícia, devendo a autoridade
policial nomear curador ao investigado.
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D) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas não pelo delegado,
considerando a pena cominada e a confissão em sede policial;
E) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas não pelo delegado, e, havendo
concordância do indiciado e de sua defesa técnica, independerá de homologação
judicial.
08. Lauro figura como indiciado em inquérito policial em que se investiga a prática
do crime de concussão. Intimado a comparecer na Delegacia para prestar
declarações, fica preocupado com as medidas que poderiam ser determinadas
pela autoridade policial, razão pela qual procura seu advogado.
Com base nas informações expostas, a defesa técnica de Lauro deverá esclarecer
que:
A) a reprodução simulada dos fatos poderá ser determinada pela autoridade
policial, não podendo, contudo, ser Lauro obrigado a participar contra sua
vontade;
B) a defesa técnica do indiciado não poderá ter acesso às peças de informação
constantes do inquérito, ainda que já documentadas, em razão do caráter sigiloso
do procedimento;
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11. Foi instaurado inquérito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as condições
da morte de Maria, que foi encontrada já falecida em seu apartamento, onde
residia sozinha, vítima de morte violenta. As investigações se estenderam por
cerca de três anos, sem que fosse identificada a autoria delitiva, apesar de
ouvidos os familiares, o namorado e os vizinhos da vítima. Em razão disso, o
inquérito policial foi arquivado, nos termos da lei, por ausência de justa causa.
Seis meses após o arquivamento, superando a dor da perda da filha, a mãe de
Maria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da vítima
para doação. Encontra, então, escondida no armário uma câmera de filmagem e
verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu
namorado dois dias antes do crime, ocasião em que este afirmou que sempre a
amou e que se Maria não terminasse o namoro “sofreria as consequências”.
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12. Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado
como autor do crime de homicídio praticado em face de Jorge. Ao longo das
investigações, a autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os
termos de oitiva nos autos do procedimento. Concluídas as investigações, os autos
foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquérito policial, é
correto afirmar que:
A) não é permitido à autoridade policial, em regra, solicitar a realização de
perícias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autorização da
autoridade judicial;
B) como instrumento de obtenção de justa causa, é absolutamente indispensável
à propositura da ação penal;
C) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório, digam respeito
ao exercício do direito de defesa;
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13. No dia 30 de março de 2014, Marta foi vítima de um crime de homicídio, razão
pela qual foi instaurado inquérito policial para identificação do autor do delito.
Após diversas diligências, não foi possível identificar a autoria, razão pela qual foi
realizado o arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo
com as exigências legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou
o aparelho celular de Marta e descobriu que seu irmão, Lúcio, havia enviado uma
mensagem de texto para sua mãe, no dia 29 de março de 2014, afirmando para a
vítima “se você não me emprestar dinheiro novamente, arcará com as
consequências”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua mãe
para a autoridade policial. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que
o arquivamento do inquérito policial:
A) fez coisa julgada material, de modo que não mais é possível seu
desarquivamento;
B) não fez coisa julgada, mas não é possível o desarquivamento porque a
mensagem de texto não pode ser considerada prova nova, já que existia antes
mesmo da instauração do inquérito policial;
C) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que não faz coisa
julgada material;
D) não fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo
em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova;
E) não fez coisa julgada material, mas não mais caberá desarquivamento, pois
passados mais de 06 meses desde a decisão.
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16. Imagine que, no curso de uma ação penal, nova lei processual extinga com um
recurso que era exclusivo da defesa, antes da prolação da decisão anteriormente
recorrível. A esse respeito, é correto afirmar que
A) poderá ser manejado o recurso, por se tratar de possibilidade exclusiva da
defesa.
B) não será possível manejar o recurso, pois a lei processual penal aplicar-se-á
desde logo.
C) poderá ser manejado o recurso, pois o fato criminoso foi cometido sob a
vigência da regra estabelecida pela lei anterior.
D) não será possível manejar o recurso, pois a nova lei busca a igualdade
processual (paridade de armas).
E) poderá ser manejado o recurso, pois o processo se iniciou sob a vigência da
regra estabelecida pela lei anterior.
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17. Aplicar-se-á a lei processual penal, nos estritos termos dos arts. 1o , 2o e 3o do
CPP,
A) aos processos de competência da Justiça Militar.
B) ultrativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.
C) retroativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.
D) desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior.
E) com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo,
interpretação extensiva e aplicação analógica.
18. Carlos foi vítima de calúnia perpetrada por João, quando ambos estavam
comemorando o aniversário de Patrícia em uma casa de festas em Nova Iguaçu.
Quatro meses após os fatos, Carlos, que mora em Niterói, registrou a ocorrência e
apresentou queixa-crime na Comarca de Volta Redonda, local onde reside João.
De acordo com as informações acima apresentadas, o juízo de Volta Redonda
deverá:
A) rejeitar a queixa-crime, eis que a competência é exclusiva do juízo da Comarca
de Nova Iguaçu, local onde a infração aconteceu;
B) rejeitar liminarmente a queixa-crime, eis que a natureza da ação penal
referente ao delito praticado por João é pública condicionada à representação;
C) receber a queixa-crime, eis que, em se tratando de ação penal exclusivamente
privada, a competência regula-se exclusivamente pelo domicílio ou residência do
réu;
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20. Promotor de Justiça com atribuição recebe autos de inquérito policial em que se apura
a prática do crime de estupro de vulnerável, crime este de ação penal pública
incondicionada. Entendendo que não há prova de que o crime ocorreu, 05 dias após
receber os autos, promove pelo arquivamento, encaminhando o inquérito para
homologação do magistrado. Tomando conhecimento dessa informação, a avó da vítima
apresenta queixa em ação penal privada subsidiária da pública. Considerando o fato
narrado, é correto afirmar que tal queixa:
A) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, deve ser reconhecida a
perempção;
B) não deve ser recebida, tendo em vista que o instituto da ação penal privada subsidiária
da pública não foi recepcionado pela Constituição de 1988;
C) deve ser recebida, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva ou aditar
a queixa;
D) não deve ser recebida, pois não houve omissão do Ministério Público;
E) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, o Ministério Público deverá
assumi-la como parte principal, já que não perde natureza de ação pública.
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21. Aberto inquérito para apurar a prática do crime de roubo majorado pela restrição da
liberdade da vítima, na forma do Art. 157, §2º, V, do Código Penal, praticado em
05/01/2021, a autoridade policial, presentes fundados indícios de autoria, entendeu ser
imprescindível às investigações a decretação da prisão temporária do indiciado Henrique,
ainda que esse possua residência fixa. Diante da situação apresentada, a prisão temporária
do agente:
A) poderá ser decretada pelo juiz, ainda que de ofício, pelo prazo inicial máximo de cinco
dias;
B) poderá ser decretada pelo juiz, mediante representação, pelo prazo inicial de trinta dias;
C) não poderá ser decretada, por não se tratar de crime hediondo ou previsto no rol da
legislação aplicável;
D) não poderá ser decretada pelo juiz, pois o acusado possui residência fixa;
E) poderá ser decretada pelo juiz, por representação do delegado, dispensada a
manifestação do Ministério Público.
23. Ivo foi preso em flagrante pela prática de delito de roubo com emprego de arma de
fogo. Mesmo após 24 horas do flagrante, e sem qualquer justificativa, a autoridade policial
ainda não havia feito a necessária comunicação da prisão em flagrante à autoridade
judiciária. Nessa hipótese, é correto afirmar que
A) a atitude da autoridade policial configura crime previsto na lei de abuso de autoridade;
crime que inadmite tentativa, consumando-se com a mera omissão.
B) a atitude da autoridade policial configura crime previsto na lei de abuso de autoridade,
mas na modalidade tentada, pois o prazo para a comunicação da prisão ainda não expirou
com as 24 horas.
C) a autoridade policial não praticou crime algum, mas a prisão em flagrante será
considerada ilegal e, portanto, deverá ser imediatamente relaxada.
D) a autoridade policial não praticou crime algum, mas será possível ao defensor de Ivo
entrar com pedido de habeas corpus em virtude da ilegalidade da prisão.
E) a autoridade policial praticou crime de constrangimento ilegal e cárcere privado; além
disso, a prisão será considerada ilegal e poderá anular todo o processo.
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