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PROCESSO PENAL
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS
MARCOS MORAES

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DIREITO PENAL (PROCESSO PENAL) PM – Prof


Marcos Moraes – TD 1
Instagram:@professormarcosmoraes
Canal: Professor Marcos Moraes

Bendito seja o SENHOR, minha rocha, que ensina as minhas mãos para a peleja e
os meus dedos para a guerra;
Benignidade minha e fortaleza minha; alto retiro meu e meu libertador és tu;
escudo meu, em quem eu confio, e que me sujeita o meu povo.

Salmos 144:1,2
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01. No curso de inquérito policial, a autoridade policial indiciou Napoleão pela prática do
crime de homicídio qualificado, em que pese os elementos de informação colhidos
demonstrassem de maneira clara que o investigado agiu em legítima defesa. Visando
combater tal decisão e buscar o “trancamento” do inquérito policial, o advogado de
Napoleão poderá:
A) interpor recurso para o chefe de polícia;
B) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau;
C) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento o Tribunal de Justiça
respectivo;
D) Interpor recurso em sentido estrito, sendo competente para julgamento um juiz de 1º
grau;
E) impetrar habeas corpus para análise pelo chefe de polícia.

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02. No curso de investigação criminal para apurar a prática de crime sexual por parte de
Adonis, a autoridade policial notou que o investigado apresentava sinais de insanidade
mental. Nesse sentido, havendo dúvida sobre a integridade mental de Adonis, a
instauração de incidente de insanidade mental:
A) não poderá ser determinada na fase de inquérito, pois incabível nesse momento;
B) poderá ser determinada na fase de inquérito diretamente pelo delegado de polícia, de
ofício;
C) poderá ser determinada na fase de inquérito pelo juiz, mediante representação do
delegado de polícia;
D) poderá ser determinada na fase de inquérito diretamente pelo delegado de polícia,
mediante requerimento da parte;
E) poderá ser determinada na fase de inquérito pelo juiz, de ofício ou a requerimento da
parte ou representação do delegado de polícia, devendo a autoridade
policial nomear curador ao investigado.
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03. No curso de inquérito, a autoridade policial intimou Pedro a,


na qualidade de testemunha, prestar informações sobre determinado fato delituoso. Na
condição de testemunha, Pedro:
A) Não estará obrigado a comparecer à delegacia para prestar informações, tendo em vista
a ausência de poder da autoridade policial para tal intimação;
B) estará obrigado a comparecer à delegacia e prestar informações com o dever legal de
dizer a verdade, ainda que possua relação de parentesco em linha reta com o investigado;
C) não estará obrigado a comparecer à delegacia, podendo se valer do direito ao silêncio,
ainda que não tenha relação com os fatos;
D) estará obrigado a comparecer à delegacia, mas, independentemente da relação com o
investigado, não terá a obrigação legal de dizer a verdade,por ainda não haver denúncia;
E) estará obrigado a comparecer à delegacia, mas não precisará responder às perguntas
formuladas que puderem resultar em autoincriminação.
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04. Concluídas investigações de inquérito policial, a autoridade policial indiciou


Francisco, sem envolvimento anterior com o aparato policial ou judicial pela
prática de crimes, como incurso nas sanções penais do delito de lesão corporal de
natureza gravíssima (Art. 129, §2º, CP –pena: reclusão de 2 a 8 anos). Tendo
Francisco confessado formal e circunstancialmente a prática da infração penal na
delegacia, o acordo de não persecução penal, no caso em tela:
A) poderá ser proposto pelo delegado, considerando a confissão e a pena mínima
cominada ao delito;
B) não poderá ser proposto, diante da natureza do delito imputado;
C) não poderá ser proposto,pois a pena máxima cominada é superior a quatro
anos;

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D) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas não pelo delegado,
considerando a pena cominada e a confissão em sede policial;
E) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas não pelo delegado, e, havendo
concordância do indiciado e de sua defesa técnica, independerá de homologação
judicial.

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05. A autoridade policial recebeu denúncia anônima sobre a existência de um


grupo que se destinava a praticar roubos a agências bancárias. Diante da notícia
recebida, com base no entendimento dos Tribunais Superiores, a
autoridade policial:
A) terá discricionariedade para instauração ou não do inquérito policial;
B) não poderá adotar qualquer medida, por tratar-se de denúncia anônima;
C) deverá realizar diligências preliminares para averiguação, antes de instaurar o
inquérito policial;
D) deverá instaurar imediatamente inquérito policial para apurar o fato;
E) poderá dispensar o inquérito policial e encaminhar as informações recebidas ao
órgão ministerial para o oferecimento imediato de denúncia.
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06. O inquérito policial é procedimento administrativo que possui características


próprias destacadas pela doutrina e pela jurisprudência.
Com relação ao tema, analise as afirmativas a seguir.

I. Pode ser instaurado de ofício ou a requerimento, tanto nos crimes de ação


pública quanto nos de ação privada, mas o oferecimento da ação penal dependerá
da vontade da vítima nesse último caso.
II. Contra a decisão que indefere o seu requerimento de abertura, cabe recurso ao
Poder Judiciário.
III. Pode ser requerida sua abertura, ainda que não seja possível identificar o autor
do fato naquele momento.
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Está correto somente o que se afirma em:


A) II;
B) III;
C) I e II;
D) I e III;
E) II e III.

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07. Dentre as assertivas sobre o inquérito policial, assinale a INCORRETA:


A) Nada obstante a lei vulgarmente conhecida como Pacote Anticrime (Lei nº
13.964/2019), o inquérito policial é arquivado por decisão judicial, que não pode ser
proferida de ofício.
B) O Ministério Público proporá acordo de não persecução penal, quando suficiente
para a reprovação e prevenção do crime, sempre que o inquérito policial não lograr
êxito em colher os indícios da autoria da infração penal.
C) Os elementos de informação colhidos no curso de inquérito policial arquivado não
permitem o regular oferecimento de denúncia, salvo se acrescidos de prova nova.
D) O inquérito policial é dispensável, razão pela qual pode ser exercido o direito de
ação sem que tenha havido anterior instauração do inquérito.
E) O desarquivamento do inquérito policial exige notícia de prova nova
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08. Lauro figura como indiciado em inquérito policial em que se investiga a prática
do crime de concussão. Intimado a comparecer na Delegacia para prestar
declarações, fica preocupado com as medidas que poderiam ser determinadas
pela autoridade policial, razão pela qual procura seu advogado.
Com base nas informações expostas, a defesa técnica de Lauro deverá esclarecer
que:
A) a reprodução simulada dos fatos poderá ser determinada pela autoridade
policial, não podendo, contudo, ser Lauro obrigado a participar contra sua
vontade;
B) a defesa técnica do indiciado não poderá ter acesso às peças de informação
constantes do inquérito, ainda que já documentadas, em razão do caráter sigiloso
do procedimento;
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C) o indiciado e o eventual ofendido, diante do caráter inquisitivo do inquérito


policial, não poderão requerer a realização de diligências durante a fase de
investigações;
D) o procedimento investigatório, caso venha a ser arquivado com base na falta de
justa causa, não poderá vir a ser desarquivado, ainda que surjam novas provas;
E) a autoridade policial, em sendo de interesse das investigações, poderá
determinar a incomunicabilidade do indiciado pelo prazo de 10 (dez) dias.

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09. Gustavo, Delegado de Polícia, é a autoridade policial que preside duas


investigações autônomas em que se apura a suposta prática de crimes de
homicídio contra Joana e Maria. Após realizar diversas diligências, não verificando
a existência de justa causa nos dois casos, elabora relatórios finais conclusivos e o
Ministério Público promove pelos arquivamentos, havendo homologação judicial.
Depois do arquivamento, chega a Gustavo a informação de que foi localizado um
gravador no local onde ocorreu a morte de Maria, que não havia sido apreendido,
em que encontrava-se registrada a voz do autor do delito. A autoridade policial,
ademais, recebe a informação de que a família de Joana obteve um novo
documento que indicava as chamadas telefônicas recebidas pela vítima no dia dos
fatos, em que constam 25 ligações do ex-namorado de Joana em menos de uma
hora.

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Considerando as novas informações recebidas pela autoridade policial, é correto


afirmar que:
A) não poderá haver desarquivamento do inquérito que investigava a morte de
Joana, mas poderá ser desarquivado o que investigava a morte de Maria, tendo
em vista que o documento obtido pela família de Joana não existia quando do
arquivamento;
B) poderá haver desarquivamento dos inquéritos diretamente pela autoridade
policial, mas não poderá o Ministério Público oferecer imediatamente denúncia,
ainda que haja justa causa, diante dos arquivamentos anteriores;
C) poderá haver desarquivamento dos inquéritos que investigavam as mortes de
Joana e Maria, pois em ambos os casos houve prova nova, ainda que o gravador já
existisse antes do arquivamento;
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D) poderá haver desarquivamento do inquérito que investigava a morte de Joana,


mas não do de Maria, tendo em vista que apenas no primeiro caso houve prova
nova;
E) não poderá haver prosseguimento das investigações, tendo em vista que houve
decisão de arquivamento que fez coisa julgada.

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10. Sobre o inquérito policial, é correto afirmar que:


A) consiste em procedimento de natureza inquisitorial, que se destina à busca de
elementos que indiquem a existência da infração penal e de indícios de autoria;
B) está regido pelos princípios do contraditório e da ampla defesa, devendo a
autoridade policial sempre deferir as diligências requeridas pelo advogado do
indiciado;
C) pode a autoridade policial promover seu arquivamento, tão logo entenda
desnecessária a investigação;
D) cabe recurso para o Chefe do Ministério Público do despacho que indeferir sua
abertura;
E) deve sempre acompanhar a denúncia ou a queixa, com o que se revela sua
indispensabilidade para a deflagração da ação penal.
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11. Foi instaurado inquérito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as condições
da morte de Maria, que foi encontrada já falecida em seu apartamento, onde
residia sozinha, vítima de morte violenta. As investigações se estenderam por
cerca de três anos, sem que fosse identificada a autoria delitiva, apesar de
ouvidos os familiares, o namorado e os vizinhos da vítima. Em razão disso, o
inquérito policial foi arquivado, nos termos da lei, por ausência de justa causa.
Seis meses após o arquivamento, superando a dor da perda da filha, a mãe de
Maria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da vítima
para doação. Encontra, então, escondida no armário uma câmera de filmagem e
verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu
namorado dois dias antes do crime, ocasião em que este afirmou que sempre a
amou e que se Maria não terminasse o namoro “sofreria as consequências”.
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Considerando a situação narrada, é correto afirmar que a filmagem:


A) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, mas não poderá haver
desarquivamento, já que a decisão de arquivamento fez coisa julgada;
B) não é considerada prova nova ou notícia de prova nova, tendo em vista que já
existia antes do arquivamento, de modo que não cabe desarquivamento com esse
fundamento;
C) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, podendo haver
desarquivamento do inquérito pela autoridade competente;
D) considerada ou não prova nova ou notícia de prova nova, poderá gerar o
desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento das
investigações;
E) não é considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas não é óbice ao
oferecimento direto de denúncia.
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12. Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado
como autor do crime de homicídio praticado em face de Jorge. Ao longo das
investigações, a autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os
termos de oitiva nos autos do procedimento. Concluídas as investigações, os autos
foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquérito policial, é
correto afirmar que:
A) não é permitido à autoridade policial, em regra, solicitar a realização de
perícias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autorização da
autoridade judicial;
B) como instrumento de obtenção de justa causa, é absolutamente indispensável
à propositura da ação penal;
C) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório, digam respeito
ao exercício do direito de defesa;
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D) constatado, após a instauração do inquérito e conclusão das investigações, que


a conduta do indiciado foi amparada pela legítima defesa, poderá a autoridade
policial determinar diretamente o arquivamento do procedimento;
E) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente,
independente do fundamento, não poderá ser desarquivado, ainda que surjam
novas provas.

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13. No dia 30 de março de 2014, Marta foi vítima de um crime de homicídio, razão
pela qual foi instaurado inquérito policial para identificação do autor do delito.
Após diversas diligências, não foi possível identificar a autoria, razão pela qual foi
realizado o arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo
com as exigências legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou
o aparelho celular de Marta e descobriu que seu irmão, Lúcio, havia enviado uma
mensagem de texto para sua mãe, no dia 29 de março de 2014, afirmando para a
vítima “se você não me emprestar dinheiro novamente, arcará com as
consequências”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua mãe
para a autoridade policial. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que
o arquivamento do inquérito policial:

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A) fez coisa julgada material, de modo que não mais é possível seu
desarquivamento;
B) não fez coisa julgada, mas não é possível o desarquivamento porque a
mensagem de texto não pode ser considerada prova nova, já que existia antes
mesmo da instauração do inquérito policial;
C) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que não faz coisa
julgada material;
D) não fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo
em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova;
E) não fez coisa julgada material, mas não mais caberá desarquivamento, pois
passados mais de 06 meses desde a decisão.
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14. O inquérito policial é tradicionalmente conceituado como procedimento administrativo


prévio que visa à apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da
ação penal possa ingressar em juízo. Sobre suas principais características, é correto afirmar
que:

A) a prova da materialidade e indícios de autoria são necessários para propositura de ação


penal, logo uma das características do inquérito é sua indispensabilidade;
B) o inquérito policial é instrumento sigiloso, logo não poderá ser acessado em momento
algum pelo advogado do indiciado;
C) o contraditório pleno e a ampla defesa são indispensáveis no inquérito policial;
D) o inquérito policial é um procedimento significativamente marcado pela oralidade;
E) inquérito pode ser considerado indisponível para a autoridade policial, já que, uma vez
instaurado, não poderá ser por ela diretamente arquivado.
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15. As formas de instauração do inquérito policial variam de acordo com a natureza do


delito. Nos casos de ação penal pública incondicionada, a instauração do inquérito policial
pode se dar:
A) de ofício pela autoridade policial; mediante requisição do Ministério Público; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de prisão em flagrante;
B) de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição da autoridade policial; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de prisão em flagrante;
C) de ofício pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministério Público;
mediante requisição do ofendido; e por auto de resistência;
D) de ofício pelo Ministério Público; mediante requisição da autoridade policial; mediante
requerimento do ofendido; e por auto de resistência;
E)de ofício pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro da Justiça;
mediante requisição do ofendido; e por auto de resistência.
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16. Imagine que, no curso de uma ação penal, nova lei processual extinga com um
recurso que era exclusivo da defesa, antes da prolação da decisão anteriormente
recorrível. A esse respeito, é correto afirmar que
A) poderá ser manejado o recurso, por se tratar de possibilidade exclusiva da
defesa.
B) não será possível manejar o recurso, pois a lei processual penal aplicar-se-á
desde logo.
C) poderá ser manejado o recurso, pois o fato criminoso foi cometido sob a
vigência da regra estabelecida pela lei anterior.
D) não será possível manejar o recurso, pois a nova lei busca a igualdade
processual (paridade de armas).
E) poderá ser manejado o recurso, pois o processo se iniciou sob a vigência da
regra estabelecida pela lei anterior.
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17. Aplicar-se-á a lei processual penal, nos estritos termos dos arts. 1o , 2o e 3o do
CPP,
A) aos processos de competência da Justiça Militar.
B) ultrativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.
C) retroativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.
D) desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior.
E) com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo,
interpretação extensiva e aplicação analógica.

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18. Carlos foi vítima de calúnia perpetrada por João, quando ambos estavam
comemorando o aniversário de Patrícia em uma casa de festas em Nova Iguaçu.
Quatro meses após os fatos, Carlos, que mora em Niterói, registrou a ocorrência e
apresentou queixa-crime na Comarca de Volta Redonda, local onde reside João.
De acordo com as informações acima apresentadas, o juízo de Volta Redonda
deverá:
A) rejeitar a queixa-crime, eis que a competência é exclusiva do juízo da Comarca
de Nova Iguaçu, local onde a infração aconteceu;
B) rejeitar liminarmente a queixa-crime, eis que a natureza da ação penal
referente ao delito praticado por João é pública condicionada à representação;
C) receber a queixa-crime, eis que, em se tratando de ação penal exclusivamente
privada, a competência regula-se exclusivamente pelo domicílio ou residência do
réu;
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D) rejeitar a queixa-crime, eis que, em se tratando de ação penal privada, a


competência é do juízo da Comarca do local onde a infração ocorreu ou da
Comarca onde o querelante reside;
E) receber a queixa-crime, eis que, em se tratando de ação penal exclusivamente
privada, o querelante pode preferir distribuir a ação penal no foro de domicílio ou
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

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19. Gabriel, funcionário público do Tribunal de Justiça do Ceará, foi vítima de um


crime de injúria, sendo a ofensa relacionada ao exercício de sua função pública.
Optou, porém, por nada fazer em desfavor do autor da ofensa. Ocorre que a
chefia imediata de Gabriel, informada sobre o ocorrido, e revoltada com o
desrespeito, compareceu à delegacia e narrou o fato para autoridade policial, que
instaurou procedimento e fixou prazo inicial de 20 dias para investigações. Após
19 dias, concluídas as investigações, o Delegado se prepara para apresentar
relatório final. Ao tomar conhecimento dos fatos, Gabriel procura seu advogado
para assistência jurídica.
Considerando as informações narradas e o Enunciado 704 da Súmula de
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (É concorrente a legitimidade do
ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação
do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em
razão do exercício de suas funções), o advogado de Gabriel deverá esclarecer que:
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A) a denúncia por parte do Ministério Público depende de representação do ofendido,


a ser oferecida no prazo de 06 (seis) meses a contar do conhecimento da autoria, ainda
que o inquérito policial possa ser instaurado independentemente da manifestação de
vontade de Gabriel;
B) as investigações em inquérito policial não poderiam ocorrer pelo prazo inicial de 20
(vinte) dias, considerando a previsão legislativa de que o inquérito deve ter prazo
máximo de 10 (dez) dias, apenas podendo ser prorrogado por igual prazo;
C) o inquérito policial não poderia ter sido instaurado pela autoridade policial sem a
concordância do ofendido, considerando a natureza da ação penal do crime
investigado;
D) a queixa, caso Gabriel opte por apresentá-la, deverá ser oferecida no prazo máximo
de 06 (seis) meses a contar da data do fato, ainda que outra data seja a do
conhecimento da autoria;
E) a autoridade policial poderá, entendendo pela ausência de materialidade delitiva,
arquivar diretamente o inquérito policial.
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20. Promotor de Justiça com atribuição recebe autos de inquérito policial em que se apura
a prática do crime de estupro de vulnerável, crime este de ação penal pública
incondicionada. Entendendo que não há prova de que o crime ocorreu, 05 dias após
receber os autos, promove pelo arquivamento, encaminhando o inquérito para
homologação do magistrado. Tomando conhecimento dessa informação, a avó da vítima
apresenta queixa em ação penal privada subsidiária da pública. Considerando o fato
narrado, é correto afirmar que tal queixa:
A) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, deve ser reconhecida a
perempção;
B) não deve ser recebida, tendo em vista que o instituto da ação penal privada subsidiária
da pública não foi recepcionado pela Constituição de 1988;
C) deve ser recebida, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva ou aditar
a queixa;
D) não deve ser recebida, pois não houve omissão do Ministério Público;
E) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, o Ministério Público deverá
assumi-la como parte principal, já que não perde natureza de ação pública.
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21. Aberto inquérito para apurar a prática do crime de roubo majorado pela restrição da
liberdade da vítima, na forma do Art. 157, §2º, V, do Código Penal, praticado em
05/01/2021, a autoridade policial, presentes fundados indícios de autoria, entendeu ser
imprescindível às investigações a decretação da prisão temporária do indiciado Henrique,
ainda que esse possua residência fixa. Diante da situação apresentada, a prisão temporária
do agente:
A) poderá ser decretada pelo juiz, ainda que de ofício, pelo prazo inicial máximo de cinco
dias;
B) poderá ser decretada pelo juiz, mediante representação, pelo prazo inicial de trinta dias;
C) não poderá ser decretada, por não se tratar de crime hediondo ou previsto no rol da
legislação aplicável;
D) não poderá ser decretada pelo juiz, pois o acusado possui residência fixa;
E) poderá ser decretada pelo juiz, por representação do delegado, dispensada a
manifestação do Ministério Público.

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22. No curso de investigação policial, após a colheita dos elementos de


informação, foi apurado que Robson praticou o crime de homicídio contra
Marcelo e que o agente planejava fugir do país para evitar responder pelo crime.
Considerando o fato narrado, Robson poderá ser preso:
A) em flagrante exclusivamente pela autoridade policial;
B) em flagrante pela autoridade policial ou por qualquer do povo;
C) preventivamente, por ordem da autoridade judiciária competente, que,
contudo, não poderá decidir de ofício;
D) temporariamente, de ofício ou após requerimento do Ministério Público ou
representação da autoridade policial;
E) preventivamente, por ordem da autoridade policial responsável pelo inquérito
ou por decisão judicial, de ofício ou a requerimento do Ministério Público.
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23. Ivo foi preso em flagrante pela prática de delito de roubo com emprego de arma de
fogo. Mesmo após 24 horas do flagrante, e sem qualquer justificativa, a autoridade policial
ainda não havia feito a necessária comunicação da prisão em flagrante à autoridade
judiciária. Nessa hipótese, é correto afirmar que
A) a atitude da autoridade policial configura crime previsto na lei de abuso de autoridade;
crime que inadmite tentativa, consumando-se com a mera omissão.
B) a atitude da autoridade policial configura crime previsto na lei de abuso de autoridade,
mas na modalidade tentada, pois o prazo para a comunicação da prisão ainda não expirou
com as 24 horas.
C) a autoridade policial não praticou crime algum, mas a prisão em flagrante será
considerada ilegal e, portanto, deverá ser imediatamente relaxada.
D) a autoridade policial não praticou crime algum, mas será possível ao defensor de Ivo
entrar com pedido de habeas corpus em virtude da ilegalidade da prisão.
E) a autoridade policial praticou crime de constrangimento ilegal e cárcere privado; além
disso, a prisão será considerada ilegal e poderá anular todo o processo.
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B C B B C B B A C A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C S E A B B E C D
21 22 23
B C A

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