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02.(OAB 2017.1) Em 23 de novembro de 2015 (segunda feira), sendo o dia seguinte dia útil em todo o
país, Técio, advogado de defesa de réu em ação penal de natureza condenatória, é intimado da sentença
condenatória de seu cliente. No curso do prazo recursal, porém, entrou em vigor nova lei de natureza
puramente processual, que alterava o Código de Processo Penal e passava a prever que o prazo para
apresentação de recurso de apelação seria de 03 dias e não mais de 05 dias. No dia 30 de novembro de
2015, dia útil, Técio apresenta recurso de apelação acompanhado das respectivas razões. Considerando a
hipótese narrada, o recurso do advogado é
A) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o novo prazo
recursal deve ser observado.
B) tempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o antigo prazo
recursal deve ser observado.
C) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o antigo prazo
recursal deve ser observado.
D) tempestivo, aplicando-se o princípio constitucional da irretroatividade da lei mais gravosa, e o antigo
prazo recursal deve ser observado.
INQUÉRITO POLICIAL
03. Assinale a assertiva CORRETA:
a) Uma vez concluído o inquérito policial, não poderá, mesmo a requerimento do Ministério Público, ser
devolvido à autoridade policial.
b) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito policial quando identificar a atipicidade
do fato investigado.
c) O inquérito policial é imprescindível para instruir o oferecimento da denúncia.
d) O inquérito policial é procedimento de natureza administrativa, tendo como características a
oficialidade, a inquisitoriedade, a indisponibilidade e a discricionariedade.
e) O sigilo do inquérito policial, necessário à elucidação do fato, estende-se ao Ministério Público.
05. Maria, 30 anos, foi vítima da prática de um crime de estupro, crime este de ação penal pública
condicionada à representação. Apesar de não querer falar sobre os fatos ou contribuir para eventuais
investigações, a mãe de Maria comparece à Delegacia e narra os fatos. Diante da situação apresentada e
sobre o tema inquérito policial, é correto afirmar que:
a) apesar de o oferecimento de denúncia depender de representação, a instauração do inquérito policial
independe da mesma;
b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado formalmente o inquérito policial, não
poderá a autoridade policial mandar arquivar os autos;
c) o inquérito policial tem como uma de suas características a indispensabilidade;
d) o Código de Processo Penal proíbe a reprodução simulada dos fatos antes do oferecimento da denúncia,
ainda que com a concordância do indiciado;
e) o inquérito policial tem como características a oralidade, a informalidade e o sigilo.
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06. Com relação às previsões relativas ao Inquérito Policial no CPP, é correto afirmar que:
a) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá, sem ela, ser
iniciado, mas seu encerramento dependerá da juntada desta.
b) durante a instrução do Inquérito Policial, são vedados os requerimentos de diligências pelo ofendido, ou
seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da sua natureza inquisitorial.
c) nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito permanecerão em poder da
autoridade policial até a formalização da iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, condição
esta obrigatória para a remessa dos autos ao juízo competente.
d) todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
nesse caso, rubricadas pela autoridade.
e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, por escrito, comunicá-la à autoridade policial, sendo vedada a comunicação verbal.
AÇÃO PENAL
07. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público fornecendo-lhe, por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção,
nos casos em que caiba a ação penal
a) popular.
b) pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça.
c) pública condicionada a representação do ofendido.
d) de iniciativa privada.
e) pública incondicionada.
08. No dia 31 de dezembro de 2015, Leandro encontra, em uma boate, Luciana, com quem mantivera
uma relação íntima de afeto, na companhia de duas amigas, Carla e Regina.
Já alterado em razão da ingestão de bebida alcoólica, Leandro, com ciúmes de Luciana, inicia com esta
uma discussão e desfere socos em sua face. Carla e Regina vêm em defesa da amiga, mas, descontrolado,
Leandro também agride as amigas, causando lesões corporais leves nas três.
Diante da confusão, Leandro e Luciana são encaminhados a uma delegacia, enquanto as demais vítimas
decidem ir para suas casas. Após exame de corpo de delito confirmando as lesões leves, Luciana é ouvida
e afirma expressamente que não tem interesse em ver Leandro responsabilizado criminalmente.
Em relação às demais lesadas, não tiveram interesse em ser ouvidas em momento algum das
investigações, mas as testemunhas confirmaram as agressões. Diante disso, o Ministério Público, em 05
de julho de 2016, oferece denúncia em face de Leandro, imputando-lhe a prática de três crimes de lesão
corporal leve.
Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Leandro
a) não poderá buscar a rejeição da denúncia em relação a nenhum dos três crimes.
b) poderá buscar a rejeição da denúncia em relação ao crime praticado contra Luciana, mas não quanto
aos delitos praticados contra Carla e Regina.
c) poderá buscar a rejeição da denúncia em relação aos três crimes.
d) não poderá buscar a rejeição da denúncia em relação ao crime praticado contra Luciana, mas poderá
pleitear a imediata rejeição quanto aos delitos praticados contra Carla e Regina.
09. Acerca da ação penal, suas características, espécies e condições, assinale a opção correta.
a) A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva quanto na ação penal privada subsidiária da
ação penal pública.
b) Os prazos prescricionais e decadenciais incidem de igual forma tanto na ação penal pública
condicionada à representação do ofendido quanto na ação penal pública condicionada à representação do
ministro da Justiça.
c) De regra, não há necessidade de a queixa-crime ser proposta por advogado dotado de poderes
específicos para tal fim, em homenagem ao princípio do devido processo legal.
d) Tanto na ação pública condicionada à representação quanto na ação penal privada, se o ofendido tiver
menos de vinte e um anos de idade e mais de dezoito anos de idade, o direito de queixa ou de
representação poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
e) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do
ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções.
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10. Considerando os dispositivos legais a respeito da ação penal, assinale a opção correta.
a) Havendo vários ofensores querelados, qualquer um deles poderá pedir perdão ao querelante. Nesse
caso, sendo o perdão extensível a todos os querelados, extingue-se a punibilidade, independentemente da
aceitação do querelante.
b) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o
arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial.
c) Tratando-se de crime de ação privada, a titularidade da acusação é da própria vítima ofendida; sendo
vários os ofensores, caberá à vítima escolher contra quem proporá a queixa.
d) A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, se o Ministério Público
ficar inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual.
e) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima,
tendo assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento
ao processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo.
14. Assinale opção correta com referência à ação penal e à ação civil.
a) Uma vez que transite em julgado a condenação criminal que fixe o valor da reparação civil pelos danos
causados, o ofendido não poderá mover ação de reparação de danos com o propósito de acrescer seu
valor, mas apenas execução do título executivo judicial formado na sentença penal.
b) O ofendido poderá propor ação civil em face do agente, ainda que a sentença absolutória decida que o
fato imputado não constitui crime.
c) Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, no
prazo de três dias, se o aceita, não importando seu silêncio em aceitação.
d) O assistente de acusação, após ser regularmente habilitado no processo, poderá aditar a denúncia
oferecida pelo MP.
e) O MP não pode aditar a queixa-crime por força da prevalência do princípio da disponibilidade da ação
penal privada.
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15. No que se refere à ação penal e à ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) A conclusão, pelo juízo criminal, de que o fato narrado na denúncia não constitui crime ou a declaração
da não existência de provas suficientes para a condenação do réu, assim como a proclamação da extinção
da punibilidade, não obstam a propositura da ação civil ex delicto.
b) Não sendo proposta a ação penal para responsabilizar o agente por determinado crime, a vítima estará
impedida de ingressar com ação civil no intuito de reparar os danos causados por esse crime, visto que,
nesse caso, o crime não terá sido judicialmente comprovado.
c) A deflagração da persecução penal em juízo, em caso de ação penal pública condicionada, deve,
obrigatoriamente, embasar- se nas informações existentes em inquérito policial.
d) Independentemente da espécie de ação penal, se a vítima conceder o perdão ao agressor, a
punibilidade será extinta, devendo o juiz arquivar a denúncia.
e) O prazo decadencial para o início da ação penal pública condicionada — que pode ser iniciada com a
representação do ofendido ou a requisição do ministro da Justiça — é de seis meses, contado a partir do
conhecimento do autor do crime pelo ofendido ou seu representante.
COMPETÊNCIA
16. Tourinho Filho define a competência como “o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o
órgão exerce o seu Poder Jurisdicional". Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é
correto afirmar que:
a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de residência da
vítima;
b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que
conhecido o local da infração;
c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que seja
outro o local da consumação;
d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência firmar-
se-á pela prevenção;
e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia não
prevenirá a da ação penal.
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19. Crime de injúria racial (artigo 140, § 3º, CP) praticado por meio da internet, por Tenente Coronel
Policial Militar da ativa cedido para a Secretaria Estadual da Segurança Pública, contra jornalistas
determinados e que não tenha ultrapassado as fronteiras territoriais brasileiras deve ser processado e
julgado:
a) Vara com competência criminal da Justiça Federal comum;
b) Vara com competência criminal da Justiça Estadual comum;
c) Circunscrição Judiciária Militar Federal;
d) Auditoria da Justiça Militar Estadual;
e) Tribunal de Justiça Militar.
21. Após a condenação em primeira instância por um crime de competência federal, o réu de uma ação
penal é diplomado como deputado federal. Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação,
interposta antes da diplomação, deverá ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.
22. Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo
72, caput, do Código de Processo Penal,
a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais
jurisdições.
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave.
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal.
d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e,
na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução.
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e,
na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução.
23. Nos termos do art. 109, § 5o da Constituição da República de 1988, o incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal é cabível nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos
humanos dos quais o Brasil seja parte. Pode ser suscitado pelo___________ junto ao___________.
Preenchem, correta e respectivamente, as lacunas:
a) Procurador-Geral de Justiça de qualquer Estado ... STF
b) Procurador-Geral da República ou Procurador-Geral de Justiça de qualquer Estado ... STF
c) Órgão Especial de Tribunal de Justiça ... STF
d) Procurador-Geral da República ... STJ
e) Presidente de Tribunal de Justiça ou de Tribunal Regional Federal ... STJ
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PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
24. Acerca dessa situação hipotética e do que prevê a lei que regulamenta a prisão temporária, assinale a
opção correta.
a) Não se admite que o juiz decrete a prisão temporária de Juliano porque o crime de latrocínio não consta
do rol taxativo previsto na lei.
b) Se a autoridade policial liberar Juliano após o esgotamento do prazo legal da prisão temporária, sem a
expedição do respectivo alvará de soltura pela autoridade judiciária competente, essa conduta da
autoridade será ilegal.
c) Estão presentes os motivos legais que justificam a decretação, de ofício, da prisão temporária de
Juliano pela autoridade judiciária, por estar provada a materialidade do crime e haver indícios suficientes
de autoria.
d) O fato de o indiciado ter confessado a autoria do delito, por si só, não justifica a decretação da prisão
temporária pelo juiz, a qual, considerando os requisitos legais, deverá ser feita a partir de representação
do delegado ou de requerimento do Ministério Público.
e) O juiz deverá decretar a prisão temporária de Juliano, por ele não exercer atividade laborativa
regularmente e ter sido preso pela prática de crime hediondo punido com reclusão.
26. Sobre a prisão processual e as medidas cautelares alternativas à prisão, é correto afirmar:
a) É incabível prisão preventiva, no curso da ação penal, a requerimento do assistente do Ministério
Público.
b) Será admitida a decretação da prisão preventiva, independentemente do máximo da pena privativa de
liberdade cominada, em caso de o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas
de urgência.
c) A fiança poderá ser reduzida, mas não dispensada, de acordo com a situação econômica do preso.
d) O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 anos.
e) É incabível concessão de fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima seja
superior a 4 anos.
28. Antônio foi preso, durante a fuga, após subtrair joias e relógios de uma loja de artigos de luxo. Os
produtos subtraídos não foram recuperados e não houve violência na conduta de Antônio, tendo o
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delegado lavrado o auto de prisão em flagrante tipificando o crime como furto, cuja pena é de reclusão de
um a quatro anos e multa.
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta.
a) Antônio cometeu crime afiançável, sendo cabível o arbitramento da fiança, pela autoridade policial, no
valor de um a cem salários mínimos.
b) Antônio não poderá se beneficiar das medidas cautelares alternativas à prisão em face do alto valor do
prejuízo sofrido pela vítima, sendo admitido, no caso, o relaxamento da prisão em flagrante.
c) Não é possível que o juiz determine a interceptação telefônica no intuito de descobrir a existência de
comparsas de Antônio, porque um dos requisitos dessa medida é que o crime tenha sido cometido com
violência ou grave ameaça.
d) Caso seja imprescindível para a investigação do fato, durante o inquérito policial, o delegado poderá
solicitar a decretação da prisão temporária de Antônio.
e) O juiz poderá decretar, de ofício, a prisão preventiva de Antônio caso seja necessário garantir a ordem
pública durante a investigação policial e desde que presentes indícios suficientes de autoria e prova da
existência do crime.
29. A respeito da prisão, segundo o CPP e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta.
a) A prisão preventiva justifica-se caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem
pública, a ordem econômica, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, quando houver prova de
autoria, de acordo com o CPP.
b) A prisão cautelar deve ser considerada exceção, uma vez que, por meio dessa medida, priva-se o réu
de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório definitivo, consubstanciado na sentença
transitada em julgado.
c) A prisão preventiva, enquanto medida de natureza cautelar, pode ser utilizada como instrumento de
punição antecipada do indiciado ou do réu.
d) A prisão cautelar confunde-se com a prisão penal, objetivando infligir punição àquele que sofre a sua
decretação, embora se destine a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal.
e) A privação cautelar da liberdade individual resulta impossível em virtude de expressa cláusula inscrita
no próprio texto da Constituição da República, sob pena de conflitar com a presunção constitucional de
inocência.
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
30. Leia os itens e marque o INCORRETO:
a) A possibilidade de citação por hora certa está prevista no Código de Processo Penal.
b) No caso de citação por edital, se o réu não comparecer, mas nomear defensor público, o feito pode ter
seu curso normal, podendo ser condenado ao final.
c) A citação de um réu brasileiro que se encontra escondido dentro de uma embaixada estrangeira em
Brasília deve ser realizada por carta rogatória, suspendendo-se o prazo prescricional.
d) No caso de réu preso, a intimação da sentença condenatória deve ser feita tanto ao réu quanto ao
advogado.
e) O Código de Processo Penal não exige a citação pessoal do réu preso, bastando seja requisitada ao
diretor do presídio sua apresentação em juízo.
31. Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo Código de Processo Penal, é
INCORRETO afirmar:
a) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer
ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar
o novo endereço ao juízo.
b) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por edital, com o prazo de 5
dias.
c) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória,
suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.
d) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal.
e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva.
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32. Paulo é denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas do artigo 334-A, do Código Penal
(contrabando). Recebida a denúncia o réu não é localizado para citação pessoal, sendo determinada a sua
citação por edital. Consumada a citação ficta o réu não comparece nem constitui advogado. Murilo, o
Magistrado que preside a ação penal, determina a suspensão do processo e do curso do prazo
prescricional. Neste caso, conforme Súmula do Superior Tribunal de Justiça, o período de suspensão do
prazo prescricional é
a) indeterminado.
b) regulado pelo máximo da pena cominada ao delito imputado ao réu.
c) de no máximo 20 anos.
d) de no máximo 10 anos.
e) estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal por meio de resolução.
PROVAS
33. Não é considerado meio extraordinário de obtenção de provas ou técnica especial de investigação:
a) interceptação telefônica c) busca e apreensão
b) infiltração de agentes d) colaboração premiada
34. No que se refere aos exames de corpo de delito e das perícias em geral é correto afirmar:
a) O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
b) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
c) A autópsia será feita pelo menos quatro horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
d) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de
curso superior. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras
de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
36. A formação da convicção do magistrado no processo penal tem por base inúmeros elementos.
Assinale a alternativa que contenha elementos que vão ao encontro da sistemática do Código de Processo
Penal como um todo.
a) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade formal.
b) Livre convencimento e verdade material.
c) Livre convencimento e motivação da decisão.
d) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos constatados nos autos.
PROCEDIMENTOS
37. No que concerne ao interrogatório, é correto dizer que:
a) É o primeiro ato do processo;
b) O réu tem direito a ficar em silencio, no entanto, se decidir falar, está obrigado a dizer a verdade;
c) Em caso de acusação por tráfico de drogas, deve ocorrer no início da audiência de instrução;
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d) Em caso de acusação por tráfico de drogas, tal qual ocorre relativamente aos demais crimes, deve
ocorrer ao término da instrução, sob pena de nulidade absoluta.
38. Nos procedimentos ___________ , oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebe-la-á e __________ (CPP, art. 396)
Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as lacunas.
a) comuns … designará audiência de instrução e interrogatório
b) ordinário e sumário ... designará audiência de instrução e interrogatório
c) ordinário e sumário … ordenará a citação do acu sado para responder à acusação, por escrito, no prazo
de 10 (dez) dias
d) comuns … ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 15
(quinze) dias
e) sumário e sumaríssimo … designará audiência de instrução e interrogatório
39. O rito comum ordinário prevê que o juiz pode substituir as alegações finais orais por memoriais
escritos?
a) Sim, desde que o acusado não esteja preso.
b) Sim, desde que não se trate de julgamento de crime grave.
c) Sim, em qualquer hipótese, desde que a decisão seja fundamentada.
d) Sim, desde que o caso seja complexo ou a depender do número de acusados.
e) Não, por ausência de previsão legal.
40. No procedimento ordinário, após a apresentação de resposta à acusação, o juiz deverá absolver
sumariamente o acusado em face da
a) inexistência de laudo imprescindível para a condenação.
b) sua incompetência relativa para o processamento da ação penal.
c) prescrição do delito praticado pelo agente.
d) ausência de certeza acerca da autoria do fato.
e) insuficiência de provas a respeito da materialidade delito.
42. De acordo com o CPP, a parte poderá apresentar as razões recursais na instância superior, caso assim
o declare no termo, na hipótese de interposição de
a) agravo. d) embargos de declaração.
b) apelação. e) recurso em sentido estrito.
c) carta testemunhável.
43. Qual a providência cabível quando o juiz recebe denúncia por fato que, mesmo em tese, não constitui
crime?
a) Habeas corpus visando ao trancamento da c) Carta Testemunhável.
ação penal. d) Recurso especial.
b) Recurso em sentido estrito.
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44. Jorge, Promotor de Justiça, após receber os autos relatados de um determinado inquérito policial
instaurado para apuração de crime de concussão praticado por Marcelo, apresenta a denúncia ao
Magistrado competente e, na cota, formula pedido de prisão preventiva em desfavor de Marcelo. O
Magistrado recebe a denúncia e indefere o pedido de decretação de prisão preventiva. Inconformado com
a decisão e pretendendo reformá-la, Jorge deverá interpor recurso
a) de apelação, no prazo de 15 dias. d) de apelação, no prazo de 05 dias.
b) em sentido estrito no prazo de 10 dias. e) em sentido estrito no prazo de 15 dias.
c) em sentido estrito no prazo de 5 dias.
47. Diante disso, Pedro opta por propor queixa-crime em face de Carla pela prática do crime de dano (Art.
163, caput, do Código Penal), já que nunca mantiveram boa relação e ele tinha conhecimento de que ela
era reincidente, mas, quanto a Lívia, liga para ela e diz que nada fará, pedindo, apenas, que o fato não se
repita.
Apesar da decisão de Pedro, Lívia fica preocupada quanto à possibilidade de ele mudar de opinião, razão
pela qual contrata um advogado junto com Carla para consultoria jurídica.
Considerando apenas as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que ocorreu
a) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime não deve ser recebida em relação a Carla.
b) renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em relação a
Carla.
c) perempção em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em relação a
Carla.
d) perdão do ofendido em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em
relação a Carla.
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