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TJRN – HORA DA

VERDADE
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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HORA DA VERDADE TJRN –
DIREITO PROCESSUAL
PENAL
LEI PROCESSUAL PENAL
NO TEMPO

Prof. Renan Araujo


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Lei processual penal no tempo

q Princípio do efeito imediato da lei processual penal

q Preservação dos atos processuais já realizados antes


da nova lei processual
Prof.
(FGV / 2018 / TJSC / TÉCNICO)
No curso de ação penal em que Roberto figurava como denunciado,
entrou em vigor lei que versava sobre processamento de ação penal em
procedimento comum ordinário, com conteúdo exclusivamente processual
penal, prejudicial ao réu.
O técnico judiciário, no momento de auxiliar no processamento do feito,
deverá aplicar a:
A) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do
princípio da irretroatividade da lei mais gravosa, não admitindo o Código
de Processo Penal interpretação extensiva ou analógica da lei processual;
B) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do
princípio da irretroatividade da lei mais gravosa, admitindo o Código de
Processo Penal interpretação extensiva, mas não aplicação analógica da lei
processual;
(...) Prof. Renan Araujo
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(FGV / 2018 / TJSC / TÉCNICO)
(...)
C) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do
princípio da irretroatividade da lei mais gravosa, admitindo o
Código de Processo Penal interpretação extensiva e aplicação
analógica da lei processual;
D) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao réu,
respeitando-se os atos já praticados, admitindo o Código de
Processo Penal interpretação extensiva, mas não aplicação
analógica da lei processual;
E) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao réu,
respeitando-se os atos já praticados, admitindo o Código de
Processo Penal interpretação extensiva e aplicação analógica da lei
processual. Prof. Renan Araujo
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INQUÉRITO POLICIAL

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Inquérito policial
q Instauração do IP “ex officio”

q Principais características: dispensabilidade,


indisponibilidade e inquisitorialidade

q Acesso do advogado aos autos do IP (SV 14)

q Prazo para conclusão do IP Prof.

q Arquivamento e desarquivamento do IP
(FGV / 2022 / TRT13)
Durante as investigações, o delegado de polícia responsável pelo inquérito no
qual se investiga Júlio por prática de crime de furto, impediu o advogado desse
investigado de ter acesso aos autos.
Nesse caso, pode-se afirmar que
A) ao advogado é sempre permitido o acesso aos elementos já documentados
nos autos do inquérito e a todos os elementos decorrentes de diligências em
curso ainda não documentadas.
B) o inquérito é sigiloso e, por isso, ninguém tem acesso aos respectivos autos.
C) somente Júlio pode ter acesso aos autos do inquérito, inclusive aos
elementos decorrentes de diligências em curso ainda não documentadas.
D) o Delegado de Polícia é obrigado a permitir ao advogado o acesso a todos
elementos já documentados nos autos do inquérito. No entanto, o delegado
pode deixar de exibir diligência em curso ainda não documentada.
E) o Delegado de Polícia decidirá fundamentadamente se permitirá ao
advogado o acesso a todos elementos já documentados nos autos do inquérito.
(FGV / 2019 / TJCE)
Lauro figura como indiciado em inquérito policial em que se investiga a
prática do crime de concussão. Intimado a comparecer na Delegacia para
prestar declarações, fica preocupado com as medidas que poderiam ser
determinadas pela autoridade policial, razão pela qual procura seu
advogado.
Com base nas informações expostas, a defesa técnica de Lauro deverá
esclarecer que:
A) a reprodução simulada dos fatos poderá ser determinada pela
autoridade policial, não podendo, contudo, ser Lauro obrigado a
participar contra sua vontade;
B) a defesa técnica do indiciado não poderá ter acesso às peças de
informação constantes do inquérito, ainda que já documentadas, em
razão do caráter sigiloso do procedimento;(...)
(FGV / 2019 / TJCE)
(...)
C) o indiciado e o eventual ofendido, diante do caráter inquisitivo
do inquérito policial, não poderão requerer a realização de
diligências durante a fase de investigações;
D) o procedimento investigatório, caso venha a ser arquivado com
base na falta de justa causa, não poderá vir a ser desarquivado,
ainda que surjam novas provas;
E) a autoridade policial, em sendo de interesse das investigações,
poderá determinar a incomunicabilidade do indiciado pelo prazo
de 10 (dez) dias.
AÇÃO PENAL E ANPP

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Ação penal
q Prazo para oferecimento da queixa-crime ou
representação (06 meses)

q Representação: legitimidade, ausência de formalidade,


possibilidade de retratação

q Renúncia x Perdão do ofendido


Prof.
q Cabimento da ação penal privada subsidiária da pública
ANPP
q Cabimento

q Vedações

q Homologação

q Cumprimento e descumprimento
Prof.
(FGV / 2021 / PCRN)
Ao sair de sua casa, em 17/05/2020, Miriam foi surpreendida por faixa
anônima estendida na via pública com diversas ofensas à sua honra.
Diante da humilhação sofrida, Miriam deixou o país e foi morar no
exterior sem se interessar em descobrir o responsável pelos fatos. Em
03/01/2021, Miriam recebeu mensagem de Sandra, sua antiga vizinha,
confessando ser ela a autora das ofensas, bem como esclarecendo
que informou os fatos ao delegado de polícia, em razão de seu
arrependimento. Miriam entrou em contato com seu advogado, em
25/01/2021, para esclarecimentos jurídicos, informando que
permanece no exterior. O advogado deverá esclarecer naquela data
que o crime praticado seria de injúria, de ação penal privada, logo:
(...)
(FGV / 2021 / PCRN)
(...)
A) a abertura do inquérito policial poderá ser determinada
pela autoridade policial, diretamente, mas a ação penal depende da
iniciativa da vítima;
B) a abertura do inquérito policial não poderá ser determinada pela
autoridade policial nem requerida por Miriam, pois operou-se o prazo
prescricional para representação;
C) a queixa-crime poderá ser oferecida por Miriam, mas, se através de
procurador, exigem-se poderes especiais;
D) a inicial acusatória não poderá ser oferecida por Miriam,
pois operou-se o prazo decadencial;
E) a queixa-crime poderá ser oferecida por Miriam, pessoalmente ou
por procurador sem poderes especiais.
(FGV / 2022 / MPE-BA / ESTÁGIO)
No que se refere ao tema da ação penal, é correto afirmar que:
A) o exercício da ação penal pelo crime de estelionato, em qualquer caso,
depende de representação do ofendido;
B) a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, cabendo ao Ministério Público velar pela sua divisibilidade;
C) não será cabível ação penal privada subsidiária da pública pelo ofendido
quando o órgão de execução do Ministério Público promover o arquivamento
do inquérito policial;
D) nos casos em que a lei exigir a representação do ofendido nos crimes
processados por ação penal pública, a vítima não poderá retratar-se da
representação depois do recebimento da denúncia;
E) todos os crimes contra a honra estão submetidos ao regime da ação penal
privada, salvo quando praticados em desfavor do presidente da República ou
contra chefe de governo estrangeiro, ocasião na qual se processam mediante
ação penal pública, após requisição do ministro da Justiça.
(FGV / 2023 / MPE-SP / OFICIAL)
Acerca da ação penal pública incondicionada e da ação penal pública
condicionada à representação, assinale a afirmativa correta.
A) O Ministério Público não poderá desistir da ação penal, a qualquer
tempo.
B) O Ministério Público somente pode desistir da ação penal pública
condicionada à representação.
C) O Ministério Público somente pode desistir da ação penal pública
incondicionada.
D) O Ministério Público pode desistir da ação penal até o
recebimento da denúncia.
E) O Ministério Público poderá desistir da ação penal até a prolação
da sentença.
(FGV / 2022 / TJSC / JUIZ)
Poderá a queixa, na ação de iniciativa privada, ser dada
por procurador com poderes especiais, sem a
necessidade de menção ao fato criminoso na
procuração.
(FGV / 2022 / TJSC / JUIZ)
O acordo de não persecução penal poderá ser
formalizado pela autoridade policial, pelo investigado e
seu defensor.
(FGV / 2022 / TJSC / JUIZ)
O descumprimento do acordo de não persecução penal
poderá ser utilizado pelo Ministério Público como
justificativa para o não oferecimento de suspensão
condicional do processo.
(FGV / 2021 / PCRN)
Concluídas investigações de inquérito policial, a
autoridade policial indiciou Francisco, sem envolvimento anterior
com o aparato policial ou judicial pela prática de crimes, como
incurso nas sanções penais do delito de lesão corporal de
natureza gravíssima (Art. 129, §2º, CP –pena: reclusão de 2 a 8
anos). Tendo Francisco confessado formal e circunstancialmente
a prática da infração penal na delegacia, o acordo de
não persecução penal, no caso em tela:
(...)
(FGV / 2021 / PCRN)
(...)
A) poderá ser proposto pelo delegado, considerando a confissão e a
pena mínima cominada ao delito;
B) não poderá ser proposto, diante da natureza do delito imputado;
C) não poderá ser proposto, pois a pena máxima cominada é superior
a quatro anos;
D) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas
não pelo delegado, considerando a pena cominada e a confissão
em sede policial;
E) poderá ser proposto pelo órgão ministerial, mas não
pelo delegado, e, havendo concordância do indiciado e de
sua defesa técnica, independerá de homologação judicial.
SUJEITOS DO PROCESSO

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Impedimento e suspeição do Juiz

Ø IMPEDIMENTO – Questões objetivas, ligadas ao próprio caso,


e geram presunção absoluta de PARCIALIDADE.

Ø SUSPEIÇÃO – Questões subjetivas, externas ao processo, mas


que podem prejudicar a imparcialidade do Juiz.Prof.
Outros tópicos relevantes
q Atuação do membro do MP na fase de investigação não
gera impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia

q Defensor constituído x defensor nomeado

Prof.
q Assistente de acusação: habilitação e poderes
(FGV/2021/TJPR/JUIZ)
O juiz deve ser imparcial e competente. Para assegurar a
imparcialidade, a Constituição da República de 1988 estabelece
garantias (Art. 95, caput) e vedações (Art. 95, parágrafo único)
aos magistrados. Além disso, o Código de Processo Penal prevê
hipóteses de impedimentos (Art. 252), incompatibilidades (Art.
253) e suspeições (Art. 254) dos juízes. Em relação a esse tema,
é correto afirmar que:
(...)
(FGV/2021/TJPR/JUIZ)
(...)
A) há suspeição do magistrado quando se encontra com a parte, fora
das dependências do foro, tratando de diversos assuntos, sem
antecipar qualquer decisão da causa;
B) caso o juiz tenha se julgado suspeito em um processo,
relativamente a determinada pessoa, não poderá julgar qualquer
outro feito de que ela seja parte;
C) é possível o reconhecimento da suspeição se a parte injuriar o juiz,
ou, de propósito, der motivo para criar a suspeição;
D) o juiz não poderá reconhecer sua suspeição, por motivo de foro
íntimo, sem explicar a causa;
E) o fato de o juiz já ter condenado várias vezes um acusado pode ser
suscitado como fator para sua suspeição.
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

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Citações
q Citação por carta precatória e por carta rogatória

q Citação por hora certa

q Citação por edital

q Citação de réu preso

Prof.
q Consequências da ausência de apresentação de defesa
pelo réu
Intimações
q MP e defensor nomeado – Intimação pessoal

q Defensor constituído, advogado do querelante e do


assistente – Publicação no DO

Prof.
v Contagem de prazo – a partir da intimação (súmula 710 do
STF)
(FGV/2020/TJRS/OJA)
Roberto cumpre pena privativa de liberdade em presídio situado na cidade de
Florianópolis. Na comarca de Porto Alegre foi instaurada ação penal em seu
desfavor por suposto cometimento de crime de roubo e realizada a sua citação
por edital, eis que não foi encontrado nos endereços constantes dos autos e não
havia informação de sua prisão.
Nessa situação, é correto afirmar que:
A) a citação por edital é nula, porque cabe ao juízo diligenciar, por todos os
meios e em todas as situações, para obter o correto endereço do réu;
B) encontrando-se preso o réu, a sua requisição supre a citação pessoal;
C) preso o réu durante o curso do prazo da intimação por edital da sentença
condenatória, essa intimação permanece válida;
D) a citação é válida porque cabe ao réu informar o juízo sobre o seu endereço
atualizado;
E) a citação é válida, em razão de encontrar-se preso em outro Estado da
Federação, nos termos de entendimento consolidado do STF.
(FGV/2020/TJRS/OJA)
Ao receber denúncia oferecida contra Carlos, acusado de praticar
crime de roubo com aumento de pena decorrente do emprego de
arma de fogo, o juiz, atendendo ao requerimento do Ministério
Público, decretou a sua prisão preventiva e determinou a sua
citação pessoal no endereço que constava dos autos, e que tinha
sido fornecido pelo réu por ocasião de seu depoimento no
inquérito policial. Ao cumprir os mandados de citação e de prisão,
o oficial de justiça certificou que Carlos encontrava-se em local
incerto e não sabido.
(...)
(FGV/2020/TJRS/OJA)
(...) Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar que:
A) cabe ao juiz determinar a citação editalícia de Carlos, ainda que
ele tenha constituído advogado nos autos;
B) cabe a citação por hora certa;
C) cabe a citação mediante entrega da contrafé a um parente que
resida no mesmo endereço do réu;
D) a citação por hora certa não autoriza a continuidade do
processo, que deverá ficar suspenso até que a citação pessoal seja
efetivada;
E) ainda que exista mais de um endereço de Carlos nos autos do
inquérito policial, a citação editalícia será válida se o réu for
procurado somente no endereço em que declarou residir.
PRISÃO E LIBERDADE
PROVISÓRIA

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Prisão e liberdade provisória
q Prisão em flagrante: hipóteses e procedimento

q Cabimento e decretação da prisão preventiva

q Reavaliação periódica da prisão preventiva

q Fiança: competência e valor

q Prisão domiciliar Prof.

q Medidas cautelares diversas da prisão


(FGV / 2022 / PCERJ)
Policiais militares estavam em patrulhamento de rotina, quando
avistaram indivíduos que fugiram ao ver a viatura policial, um
dos quais entrou em sua residência. Sem que houvesse
denúncia anônima e sem autorização judicial, a guarnição
policial ingressou na residência, momento em que se logrou
apreender entorpecentes. Apresentando a ocorrência na
unidade de Polícia Judiciária, a guarnição policial fez constar
que um vizinho teria autorizado o ingresso na residência.
(...)
(FGV / 2022 / PCERJ)
(...)
Diante desse cenário, é correto afirmar que a prisão é:
A) ilegal, diante da ausência de prévia autorização judicial para busca
na residência;
B) legal, por haver flagrante de crime permanente, o que dispensa a
prévia autorização judicial;
C) legal, diante do consentimento válido do vizinho para ingresso na
residência;
D) legal, diante da configuração de justa causa para a ação policial;
E) ilegal, pois a busca e apreensão não poderia ser executada pela
Polícia Militar.
(FGV/2022/TJMG/JUIZ)
Considerando as disposições do Código de Processo Penal, da Lei nº
7.960/1989 (Lei que dispõe sobre a prisão temporária) e da Lei nº
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), as afirmativas a seguir estão corretas, à
exceção de uma. Assinale-a.
A) O órgão responsável por decretar a prisão preventiva deverá, de ofício,
revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, sob pena de tornar a prisão ilegal.
B) É cabível a prisão temporária quando imprescindível para as
investigações do inquérito policial e quando houver fundadas razões, de
acordo com as provas dos autos, de autoria ou participação do indiciado
na prática do crime tipificado no Art. 267, § 1º, do Código Penal (causar
epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos, com o
resultado morte).
(...)
(FGV/2022/TJMG/JUIZ)
(...)
C) A prisão preventiva do agressor, no contexto da Lei nº 11.340/2006,
é medida subsidiária, que pode ser decretada após serem frustradas
outras medidas cautelares menos gravosas, mesmo que o réu seja
primário e o crime cometido tenha pena inferior a 4 (quatro) anos de
reclusão.
D) Nos termos do Art. 318 do Código de Processo Penal, o juiz poderá
substituir a prisão preventiva pela domiciliar somente quando o agente
for: maior de 80 (oitenta) anos; gestante; mulher com filho de até 12
(doze) anos de idade completos; homem, caso seja o único responsável
pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade completos.
(FGV/2022/MPE-GO/PROMOTOR)
Sobre a prisão preventiva, é correto afirmar que:
A) a gravidade em abstrato do crime constitui uma das
fundamentações idôneas para a decretação ou manutenção da
custódia cautelar;
B) a periculosidade do agente não constitui uma das
fundamentações idôneas para a decretação ou manutenção da
custódia cautelar;
C) a necessidade de interromper a atuação de organização
criminosa não constitui uma das fundamentações idôneas para a
decretação ou manutenção da custódia cautelar;
(...)
(FGV/2022/MPE-GO/PROMOTOR)
(...)
D) a inobservância do prazo nonagesimal previsto no parágrafo
único do Art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, devendo o juiz ser
instado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos;
E) a inobservância do prazo nonagesimal previsto no parágrafo
único do Art. 316 do Código de Processo Penal não implica
automática revogação da prisão preventiva, desde que o Ministério
Público se manifeste pela manutenção da custódia cautelar.
PROCEDIMENTOS PENAIS

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Procedimento comum: rito ordinário
q Causas de rejeição da denúncia ou queixa (não faz coisa
julgada material)

q Prazo para resposta à acusação: 10 dias

q Hipóteses de absolvição sumária (faz coisa


Prof.
julgada
material)
Procedimento comum: rito ordinário
q Número de testemunhas (até 08 – Não engloba as
referidas e as não compromissadas)

q Ordem dos atos na audiência de instrução

q Alegações finais em regra orais (excepcionalmente


Prof.
por
escrito)
Procedimento comum: rito sumário
q Mesmas regras do rito ordinário, com algumas exceções
principais:

q Número de testemunhas (até 05 – Engloba as referidas


e as não compromissadas)

q Alegações finais necessariamente orais

Prof.
q Será utilizado para IMPO quando não for possível o
julgamento no JECRIM
(FGV/2021/TCE-RO/OFICIAL)
No que pertine ao procedimento comum ordinário, fixado no Código de
Processo Penal, é correto afirmar que:
A) é possível a realização do juízo desclassificatório prévio, quando a
classificação jurídica do crime repercute na definição da competência;
B) a reação defensiva à imputação, no procedimento comum ordinário,
ocorre por meio da apresentação da resposta preliminar;
C) no caso de réu detentor de foro por prerrogativa de função, o
procedimento comum ordinário será aplicado na competência originária;
D) a não localização do réu para citação importa em deslocamento para o
juízo criminal comum e aplicação do procedimento próprio;
E) agravantes e atenuantes devem ser calculadas no cômputo da pena
mínima e da pena máxima, para fins de definição do procedimento a ser
aplicado.
Rito do Júri
q Decisões ao final da primeira fase do rito:

q Pronúncia

q Impronúncia

q Absolvição sumária
Prof.
q Desclassificação
Rito do Júri
q Desaforamento - Hipóteses

q Interesse da ordem pública

q Dúvida sobre a imparcialidade do júri

q Dúvida sobre a segurança pessoal do acusado


Prof.
q Comprovado excesso de serviço
Rito do Júri

q Número máximo de testemunhas – 08 na primeira


fase e 05 em plenário do Júri

q Composição do Júri: 01 Juiz togado (presidente) + 25


jurados (desses, 07 serão sorteados emProf.
cada sessão
para formar o Conselho de sentença)
Rito do Júri

q Leitura de documento ou exibição de objeto em


plenário – Juntada com pelo menos 03 dias úteis de
antecedência

q Uso de algemas, silêncio acusado e decisão de


Prof.
pronúncia – não podem ser usados como argumento
de autoridade para prejudicar o réu
(FGV/2022/TJTO/TÉCNICO)
Quanto ao desaforamento, é correto afirmar que:
A) é causa de fixação da competência do tribunal do júri;
B) pelo risco de imparcialidade do júri, tem o mesmo fundamento
da exceção de suspeição dos jurados;
C) o juiz pode representar ex officio pelo desaforamento, sem
prejuízo do requerimento das partes;
D) somente após o processo estar preparado para o julgamento
pelo júri é que o feito poderá ser desaforado;
E) pedido o desaforamento, ouve-se o juiz preparador do feito e,
posteriormente, o procurador-geral de Justiça.
(FGV/2022/TJTO/TÉCNICO)
A absolvição sumária na primeira fase do procedimento dos crimes dolosos
contra a vida é sentença de mérito, definitiva, em tudo equivalente à
absolvição proferida ao final de um processo de competência do juiz singular.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
A) não será cabível a absolvição sumária, na modalidade de absolvição
imprópria;
B) ao absolver sumariamente o réu por inimputabilidade, o juiz não precisa
examinar a existência de outras teses defensivas;
C) se o acusado for semi-imputável, é possível a absolvição sumária com
aplicação de medida de segurança;
D) contra decisão de absolvição sumária, é cabível o recurso de apelação
residual;
E) não há previsão para o recurso de ofício da sentença de absolvição
sumária.
Rito dos crimes funcionais
Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo
processo e julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a
denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir
a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade
de apresentação de qualquer dessas provas.

Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida


forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para
responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

SÚMULA 330 DO STJ


É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do
Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.
(FGV/2018/TJSC/OFICIAL)
Caio, funcionário público do Tribunal de Justiça, foi denunciado
pela suposta prática do crime de corrupção, após prisão em
flagrante no momento em que solicitava vantagem indevida para
prática de ato de ofício.
Sobre o procedimento aplicável à ação penal em que Caio figura
como denunciado, é correto afirmar que:
(...)
(FGV/2018/TJSC/OFICIAL)
(...)
A) a defesa técnica de Caio somente poderá ser intimada após o
recebimento da denúncia para apresentar defesa, ocasião em que deverá
apresentar teses, provas que pretenda produzir e exceções;
B) a resposta preliminar é indispensável, mesmo que a denúncia seja
amparada em inquérito policial, de acordo com a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça;
C) a resposta preliminar poderá indicar as provas que a defesa pretenda
produzir, mas não poderá ela mesma ser instruída com documentos e
justificações;
D) a defesa técnica de Caio deverá ser notificada, antes do recebimento da
denúncia, para oferecer defesa no prazo de 15 dias;
E) o juiz, nesse procedimento especial, não poderá rejeitar a denúncia se
convencido da inexistência do crime.
SENTENÇA

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Sentença
q MP pode opinar pela absolvição (não vincula o Juiz)

q Possibilidade de fixação de valor mínimo para reparação do


dano em caso de condenação

q Emendatio libelli x Mutatio libelli Prof.


(FGV/2021/TJSC/NOTÁRIO)
Após instrução probatória e apresentação de alegações finais
pelas partes, no momento de proferir sentença, o magistrado
competente entendeu que a conduta narrada na denúncia e
provada melhor se adequaria à capitulação jurídica diversa
daquela que constava na inicial acusatória.
Com base nas informações expostas, é correto afirmar que o
magistrado:
A) não poderá condenar o réu por crime diverso do que consta
na inicial sem que haja correção da capitulação por parte do
Ministério Público, exigindo-se nova instrução probatória, ainda
que não alterados os fatos;
(...)
(FGV/2021/TJSC/NOTÁRIO)
(...) B) não poderá condenar o réu por crime diverso do que consta na
inicial em razão do princípio da correlação, bem como não poderá
ocorrer aditamento da denúncia por parte do Ministério Público;
C) poderá condenar o réu como incurso nas sanções penais do crime
que entende ter sido efetivamente praticado, ainda que mais grave,
desde que considere os fatos descritos na denúncia;
D) poderá condenar o réu pela prática de crime diverso do imputado
na denúncia, considerando os fatos descritos na inicial, desde que o
novo delito seja de menor ou igual gravidade;
E) poderá condenar o réu por crime diferente do imputado, desde
que haja aditamento da denúncia, sendo desnecessária nova instrução
probatória ou oitiva da defesa.
(FGV/2018/TJAL)
Após a instrução probatória e a apresentação de alegações finais pelas partes,
caberá ao magistrado proferir sentença, observando as disposições previstas no
Código de Processo Penal.
De acordo com as disposições legais sobre o tema, é correto afirmar que:
A) o juiz, entendendo que deve ser mantida a prisão do réu, não precisará
justificar tal manutenção por ocasião da sentença; mas, caso conceda a liberdade,
deverá justificar;
B) o juiz não poderá fixar o valor da indenização por ocasião da sentença, ainda
que haja requerimento do ofendido, dependendo de ação civil ex delicto;
C) o tempo de prisão provisória será computado para fins de determinação do
regime inicial de pena privativa de liberdade;
D) a intimação do assistente de acusação será necessariamente pessoal, não
podendo ocorrer por meio de seu advogado;
E) o réu somente poderá ser intimado da sentença condenatória pessoalmente se
estiver preso.
HABEAS CORPUS

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Habeas corpus
qQualquer pessoa pode IMPETRAR HC

qSomente pessoa FÍSICA pode ser PACIENTE DO HC

qJuízes e Tribunais não podem impetrar HC, mas podem


conceder a ordem “de ofício”

qNão cabe HC se não há possibilidade de aplicação de


Prof.
pena privativa de liberdade
Habeas corpus
Súmulas importantes

Ä Súmula 695
Não é cabível Habeas Corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade.

Ä Súmula 693 do STF


"Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória à pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada."

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(FGV / 2018 / TJ-SC)
Como forma de garantir os direitos do réu e combater decisões judiciais, o Código
de Processo Penal prevê, além dos recursos legais, ações autônomas de
impugnação, destacando-se o habeas corpus, que também possui disciplina
constitucional.
Sobre o habeas corpus, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que:
A) poderá a ordem de habeas corpus ser deferida de ofício pelo Tribunal de
Justiça, verificando existência de coação ilegal ao réu preso, ainda que em recurso
único do Ministério Público;
B) caberá habeas corpus em busca de desconstituição de sentença condenatória
em que foi aplicada exclusivamente pena de multa;
C) dependerá de representação de advogado regularmente constituído nos autos a
interposição de habeas corpus;
D) caberá habeas corpus para combater exclusivamente a sanção de perda da
função pública imposta;
E) admite-se a produção de provas durante a instrução em sede de habeas corpus.
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