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direito constitucional
e ao controle de
constitucionalidade
Rodrigo Canalli
EaD
SGP - Educação a Distância
sumário
Aula 7
Controle de
constitucionalidade
e federalismo
1. O Federalismo — introdução................................................................3
2. O Estado Federal......................................................................................4
5. Conclusão..................................................................................................11
6. Glossário..................................................................................................12
3 Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade
1. O Federalismo — introdução
Dito dessa maneira até parece simples, mas é no momento de definir os poderes do
governo central e os poderes dos governos regionais que a complexidade do tema aparece.
Antes de prosseguir, é bom notar que as questões envolvendo o federalismo são campo
fértil para o afloramento de paixões e ideologias políticas. Há tanto defensores ardorosos
da autonomia dos entes regionais e da valorização das peculiaridades locais quanto quem
aposte no fortalecimento do poder central como a melhor fórmula de se construir um país
forte e uma governança eficiente. De fato, é preciso reconhecer que não deixam de existir
bons argumentos para suportar ambos os lados desse debate.
Neste curso, não temos a intenção de nos comprometer com a defesa de um ou outro
ponto de vista. Nossos objetivos são expor de forma compreensível os conceitos teóricos
pertinentes ao federalismo e descrever as linhas gerais do atual modelo de federalismo
brasileiro, tal como estruturado pela Constituição de 1988.
2. O Estado Federal
Uma federação ou Estado Federal é, por definição, uma união constituída por
unidades territoriais — estados, províncias, emirados ou outras entidades — dotadas
de considerável grau de autonomia política em relação ao governo central. É o caso, por
exemplo, do Brasil, formado por 26 estados e o Distrito Federal, do Canadá, formado por 10
províncias e 3 territórios federais, e dos Emirados Árabes Unidos, formados por 7 emirados.
sabia?
cê
Vo
Uma delas é por meio de um pacto entre unidades políticas separadas, como estados,
que abrem mão da própria soberania para se unir sob um único ente político soberano. É o
caso da formação dos Estados Unidos da América e da Austrália.
A Áustria e o Brasil, por outro lado, são federações formadas a partir da divisão de um
Estado unitário. Esse processo de formação, que podemos chamar de federalismo “de cima
para baixo”, sem dúvida deixou marcas no nosso modelo. Em federações formadas dessa
maneira, os estados federados em geral têm menos autonomia, ao passo que os governos
federais tendem a concentrar mais poderes do que nas federações originadas da reunião de
unidades independentes (“de baixo para cima”).
A Constituição do Brasil trata todos os estados de modo igual. Todos têm o mesmo nível
de autonomia e seus governos têm os mesmos poderes. Portanto, o federalismo brasileiro é
simétrico.
15 Acre
RR
16
AP
Rio Branco
816.687
62 184
144 217
AM
PA MA
CE
167 Alagoas Amapá
RN
223
22 224
PI 185
PB Maceió Macapá
AC
PE
102 3.358.963 782.295
52 139 AL
TO 75
RO SE
141 417
BA
MT
Amazonas Bahia
246 Manaus Salvador
GO
497
RS
Mato Grosso
Maranhão Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba
No Brasil, o Distrito Federal tem o seu próprio governo. A população do Distrito Federal
elege o seu governador (que, na prática, também atua como uma espécie de “prefeito de
Brasília”), bem como os membros da Câmara Legislativa, que acumula as competências das
Assembleias Legislativas (estados) e das Câmaras Municipais (municípios).
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refl
a
Par
Além disso, há um extenso rol de matérias sobre as quais somente a União pode editar
leis (artigo 22), que abrange direito civil, comercial, penal, eleitoral e do trabalho, regime de
Por outro lado, a responsabilidade pela proteção do meio ambiente, a preservação das
florestas, da fauna e da flora, dos monumentos e paisagens naturais e dos sítios arqueológicos
é compartilhada pela União, pelos estados, pelos municípios e pelo Distrito Federal (artigo
23). Todos eles também podem instituir e arrecadar tributos (artigos 24, I, e 30, III).
Aos estados foi concedida uma competência denominada residual. Isso quer dizer que a
eles foram reservadas todas as competências não expressamente vedadas pela Constituição.
Esse tipo de construção faz mais sentido em constituições que reservam à União um universo
restrito de competências privativas. No caso da Constituição brasileira de 1988, acabou não
tendo a funcionalidade esperada, uma vez que foi concentrado na União vasto leque de
competências privativas, não sobrando muita coisa para ser enquadrada na competência
residual dos estados.
Além disso, compete ao STF julgar os conflitos entre a União e os estados, entre a União
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros.
5. Conclusão
Esta aula fica por aqui! Não deixe de realizar as atividades propostas para reforçar a
assimilação dos conteúdos aprendidos. Como sempre, estou à disposição de vocês!
Até a próxima!
Glossário
Estado federado — Cada uma das unidades políticas que se associam para formar uma
federação