Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1ª Vara Criminal
Rua Contabilista Vitor Brum, s/n, Parada 48
_____________________________________________________________
Vistos os autos.
I–RELATÓRIO
1
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
"A vítima fugiu dos disparos e ingressou na residência de Ieda
Cavalheiro Lutz, a qual resultou atingida no rosto pelos estilhaços de
vidros provocados pelos disparos."
2
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
testemunhas (fls. 339/340, 703/706, CDs das fls. 365 e 804) e interrogado o
réu VINÍCIUS (CD da fl. 835).
II – F U N D A M E N T O S
3
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
juízo, disse que estava em casa na companhia de seu esposo, momento em
que um individuo adentrou correndo no imóvel, oportunidade em que seu
marido empurrou essa pessoa para fora e fechou a porta. Ato contínuo,
ocorreu um disparo que acabou atingindo o vidro da porta, sendo que foi
ferida pelos estilhaços do vidro. Não sabe identificar quem era esse
individuo. Aludiu (fls. 705/706):
4
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
A testemunha ANA FRANCO DA SILVA, a seu turno, disse
que conhecia o acusado ERIC o qual, no dia do fato, participou de uma
excursão para Pinhal para comemorar o dia de Iemanjá. A excursão foi
organizada por uma mãe de santo. Aludiu, in verbis (fls. 339/340):
"Juiz: A senhora sabe alguma coisa a respeito desse fato?
Testemunha: Não. Não sei. Até o dia que ele foi preso eu fiquei muito
surpresa. Do que ele tinha feito.
Juiz: A senhora diz ele a senhora refere ao Eric?
Testemunha: Sim senhor.
Juiz: A única pessoa que o senhor conhece é o Eric. A Senhora não
conhece o outro acusado nem a vítima?
Testemunha: Isso mesmo. A única pessoa que conheço é o Eric.
Juiz: A senhora ficou sabendo desse fato. Se isso aconteceu no dia 03
de março de 2009.
Testemunha: Não fiquei sabendo.
Juiz: A senhora sabe aonde ele estava nesse dia?
Testemunha: Nesse dia, ele estava presente numa excursão que nó
fomos a Pinhal, nós pegamos o ônibus às 08h10min, em frente a
Prefeitura de Alvorada, que nós fomos com a nossa mãe de Santo,
chegamos lá começamos a arrumar as coisas para a festa de religião.
Juiz: Que dia foi essa festa?
Testemunha: No dia 13 de março numa sexta-feira.
Juiz: E ele foi junto?
Testemunha: Sim foi junto.
Juiz: Que horas vocês voltaram?
Testemunha: No domingo era umas cinco horas, cinco e dez, nós
saímos de lá.
Juiz: Esse ônibus era de quem?
Testemunha: Não sei. Acho que eles alugaram.
Juiz: Que ônibus era. Qual era a empresa.
Testemunha: Eu não to lembrada do ônibus.
Juiz: Foi feito um cadastro das pessoas que foram? Consta uma
relação?
Testemunha: Sim senhor. Esta com a minha mãe de Santo. A mãe
catarina.
Juiz: E a empresa que ela contratou também?
Testemunha: Deve ter. isso aí eu não sei lhe dizer.
Juiz: E ele foi junto, ele frequentava essa religião.
Testemunha: Sim. Foi ele e a esposa dele.
Juiz: Que santo se comemorava nesse dia?
Testemunha: Iemanjá.
Juiz: Iemanjá não é dia 02 de fevereiro?
Testemunha: É mas nós fomos comemorar, como nós somos da casa
de Iemanjá e Xangô.
Juiz: Mas para mim eu tenho que Iemanjá é dia 02 de fevereiro?
Testemunha: Não sei.
Juiz: Mas a senhora não é da religião?
Testemunha: Sim, sou, sei que a Iemanjá é dia 02 de fevereiro, mas
nós fomos comemorar levar oferendas.
Juiz: A festa era de Iemanjá?
Testemunha: Sim.
Juiz: A senhora sabe por que estão acusando ele?
Testemunha: Não sei mesmo, eu até disse no começo, até eu fiquei
abismada quando ele foi preso. Até eu perguntei o por que ele foi
preso, qual foi o motivo. Por que eu só ou de quinze em quinze dias em
Alvorada. Eu moro realmente aqui.
Juiz: E alguém comentou depois qual foi o motivo já que a senhora se
dá com a esposa dele?
Testemunha: Não. Eu pergunto e todo mundo responde que não
5
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
sabem o motivo.
Juiz: A senhora sabe se ele já se envolveu em algum crime antes.
Testemunha: Não sei. Eu tenho pouco contato com ele. A única coisa
que eu sei é isso dele. Eu pensei que ele era um bom guri que não
tinha nada com a Justiça.
Juiz: Então o seu conhecimento com ele é só da religião.
Testemunha: Sim só da religião.
Juiz: Ele frequentava assiduamente a religião?
Testemunha: É o que a minha mãe de santo falou, que até esses dias
eu estava comentado com ela. Eu perguntei para ela se fazia tempo
que ele era da religião e ela me disse que é desde uns dez anos da
religião.
Juiz: Dada a palavra à defesa:
Defesa: Nada.
Juiz: Nada mais. "
6
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
Testemunha: Eric sim.
Ministério Público: O Eric, filho do Edmar né?
Testemunha: Isso, isso, com certeza, o Vinicius tinha
antecedente, só não recordo se tinha por tráfico.
Ministério Público: Segundo a denúncia a vítima tinha várias
brigas com a sua esposa ali naquele local, que atrapalharia a
‘’boca de tráfico’’, mantida pelos denunciados. O senhor sabe
alguma coisa a respeito disso?
Testemunha: Essa ocorrência foi registrada exatamente nesses
termos pela vítima, pelo Luciano, devido às brigas dele com a
esposa, ele também era usuário de drogas, não se era traficante,
mas era usuário.
Ministério Público: A vítima?
Testemunha: É era usuário de drogas, e estaria embaçando ali
a ‘’boca’’, e que os responsáveis seriam esses dois.
Ministério Público: O senhor não chegou a ir até local assim,
só participou da investigação?
Testemunha: Foram, da investigação e dos cumprimentos de
mandados né, foram cumpridos mandados em vários locais, eu
acho que só no Maceió que não foi porque, se não me engano, a
casa que a gente pediu era de menores e não foi aceito, que o
falecido, vulgo ‘’careca’’, Tharles.
Ministério Público: Se recorda de alguma coisa desses
mandados?
Testemunha: Olha, foram três ou quatro endereços, e alguns na
casa de um deles traficante de drogas, mas eu não me recordo,
agora faz um tempo já, mas foi apreendido drogas, dinheiro,
material pra embalagem, endereços diferentes.
Ministério Público: Nada mais.
Juíza: Defesa.
Defesa: O senhor falou aqui no Tharles e no Eric, e o senhor
disse que o Tharles talvez tivesse... Charles, que talvez tivesse
uma ‘’boca’’...
Testemunha: É o nome é meio complicado, não tem como
esquecer, é Tharles, mas chamavam de Charles.
Defesa: E que ele teria uma ‘’boca de fumo’’ por ali ou
comentários de que teria?
Testemunha: Isso.
Defesa: E o Eric também?
Juíza: Eu me lembro dele, do Tharles no juizado da infância.
7
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
Testemunha: Muito jovem, acho que 15 anos, eu acho (...).
Defesa: E que ele e o Eric teriam, talvez ‘’boca’’ por ali, o senhor
falou isso?
Testemunha: Isso, segundo a vítima.
Defesa: E segundo a vítima, ele teria atingido ou tentava atingir
por estar incomodando essas ‘’bocas de fumo’’, é isso?
Testemunha: Isso.
Defesa: Mas o senhor não participou de investigação que
confirmasse esses fatos, sim ou não?
Testemunha: Sim.
Defesa: Não participou?
Testemunha: Participei sim.
Defesa: Mas e chegou a confirmar esses fatos trazidos pela
vítima?
Testemunha: Pelos reconhecimentos da vítima?
Defesa: Tudo pela vítima?
Testemunha: Exato.
Defesa: Nada mais.
Juíza: Nada mais."
8
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
tinham ou têm ainda envolvimento com o tráfico?
Testemunha: Olha, segundo as investigações que realizamos, o
Eric tinha já antecedentes por tráfico e o ‘’Vi’’ era (...), trabalhava
junto, não era o traficante.
Ministério Público: O senhor chegou a participar de
cumprimentos de mandados de busca?
Testemunha: Busca e de prisão.
Ministério Público: Localizaram droga?
Testemunha: Na casa do Vinicius nada foi localizado, quando
das buscas, no Eric foi localizado, inclusive, na casa do Eric
houve prisão de um indivíduo foragido, que ele se apresentou,
inclusive, com nome falso, e depois mais outros dois locais que
foram cumpridos também mandados, que não seriam a casa
deles, mas seriam ‘’pontos’’ ditos comandados por eles, que
também houve apreensão de drogas.
Ministério Público: Nada mais.
Juíza: Defesa.
Defesa: O senhor lembra o nome da pessoa que foi presa na
casa do...?
Testemunha: Não, não tem como lembrar.
Defesa: Não era Tharles?
Testemunha: Não, eu sei que ele era um foragido e se
apresentou com nome falso, tava na casa do Eric, não do
Vinicius.
Defesa: Nada mais.
Juíza: Nada mais."
9
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)
pelo Conselho de Sentença, haja vista o relato dos policiais civis RICARDO
e JOÃO CARLOS, os quais referiam que a vítima, ao efetuar o registro de
ocorrência policial, identificou que os autores do delito eram ERIC e
VINÍCIUS, o que está em consonância com o depoimento prestado por
LUCIANO em sede policial (fls.13/15).
III – D I S P O S I T I V O
10
64-2-003/2014/9881 003/2.09.0002723-5 (CNJ:.0027232-
07.2009.8.21.0003)