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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MINISTÉRIO PÚBLICO
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ENCRUZILHADA DO SUL
Procedimento nº 00761.001.207/2023 — Ação Penal - Procedimento Ordinário

Ação Penal - Procedimento Ordinário


5000314-55.2023.8.21.0045
Juízo da Vara Judicial da Comarca de Encruzilhada do Sul

MEMORIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

COMARCA DE ENCRUZILHADA DO SUL – RS VARA JUDICIAL

PROCESSO-CRIME N.º 5000314-55.2023.8.21.0045

NATUREZA: TENTATIVA DE ROUBO

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO

RÉU: BRUNO FURTADO GULARTE

MEMORIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

Meritíssima Juiz:

O MINISTÉRIO PÚBLICO denunciou BRUNO FURTADO GULARTE como

incurso no artigo 157, caput, c/c artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal. Conforme

a exordial:

FATO DELITUOSO:

No dia 13 de janeiro de 2023, por volta das 7h40min, no Minimercado


Tio Buca, localizado na Rua Ipê, 105, Vila da Fonte, no município de
Encruzilhada do Sul/RS, o denunciado BRUNO FURTADO GULARTE
tentou subtrair, para si, mediante grave ameaça à pessoa, exercida com

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emprego de simulacro de arma de fogo, coisas alheias móveis, quais


sejam, bens pertencentes à vítima Valmir de Oliveira Rodrigues.

Na ocasião, o acusado, com o rosto coberto por um pedaço de camisa,


ingressou no estabelecimento comercial e anunciou o assalto,
proclamando “passa o dinheiro”. A seguir, o denunciado sacou um
simulacro de arma de fogo da cintura e o encostou no rosto do
ofendido.

O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do


denunciado, uma vez que a vítima, que percebera que a arma de fogo
se tratava de um simulacro, reagiu, entrando em luta corporal com o
acusado, vindo a detê-lo e a retirá-lo do local com a ajuda de
populares.

Durante a luta corporal entre vítima e o denunciado, o pano que cobria


o rosto de BRUNO caiu, o que possibilitou o seu reconhecimento pela
vítima.

A denúncia foi recebida em 13/02/2023 (Evento 3).

Foi determinada a prisão preventiva do acusado em 26/01/2023 (Evento 07 -

5000112-78.2023.8.21.0045), tendo sido recolhido no dia 31/01/2023 (Evento 27 -

5000112-78.2023.8.21.0045).

O réu foi citado (Evento 6) e apresentou resposta à acusação (Evento 09).

Em decisão de Evento 14, foi mantida a prisão preventiva do acusado.

Durante a instrução foram ouvidas as duas vítimas, bem como realizado o

interrogatório o réu (Termos de audiência de Eventos 33 e 69). Ainda, em audiência, a

defesa do acusado apresentou pedido requerendo a liberdade provisória deste.

Aportada certidão de antecedentes criminais (Evento 75).

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Encerrada a instrução, vieram os autos com vista ao Ministério Público para

manifestação quanto ao pedido de liberdade provisória do réu, bem como para o

oferecimento de memoriais.

É o relatório.

I – Do pedido de liberdade provisória:

A defesa apresentou pedido de revogação da prisão preventiva do acusado,

sustentando, em síntese, a primariedade do réu e o princípio da homogeneidade

(Evento 69).

Entretanto, o argumento defensivo não merece prosperar, pois, para que seja

revogada a prisão preventiva, é imprescindível a ausência de requisitos que autorizam a

sua decretação, o que não ocorre no caso em comento.

A fim de evitar desnecessária tautologia, o Ministério Público se reporta ao


parecer exarado (5000112-78.2023.8.21.0045, Evento 05, PARECER1), uma vez que

existem nos autos elementos suficientes para justificar a manutenção da prisão cautelar

do acusado, subsistindo a necessidade da prisão para garantia da ordem pública,

conforme bem analisado na decisão que decretou a segregação (5000112-

78.2023.8.21.0045, Evento 7), restando inalterada a realidade fática desde então

observada.

Convém destacar, ainda, que BRUNO já foi preso preventivamente pela prática

de crime de roubo (5001431-52.2021.8.21.0045) – Certidão de antecedentes de Evento

2.

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Nesse contexto, as condições pessoais favoráveis, no sentido de que o réu é

primário, são insuficientes a ensejar a revogação do decreto de prisão preventiva,

quando existentes outras que recomendam a custódia cautelar.

Portanto, continuam presentes os pressupostos da prisão cautelar, ou seja, o

fumus commissi delicti, em razão dos dados concretos de autoria e materialidade

delitiva, bem como o periculum libertatis, na medida em que o comportamento do

acusado coloca em risco a ordem pública, a instrução probatória e a paz social, sendo,

portanto, perigo concreto para a sociedade.

As medidas cautelares diversas da prisão não atendem ao binômio necessidade

adequação, motivo pelo qual não devem ser aplicadas ao caso em comento.

DIANTE DO EXPOSTO, este Órgão se manifesta pela manutenção da prisão

preventiva decretada, com o indeferimento do pedido formulado pelo réu BRUNO

FURTADO GULARTE.

II - Dos memoriais:

Analisando os autos, verifica-se que a pretensão acusatória merece prosperar.

A ocorrência do delito descrito na exordial restou comprovada nos autos

através da ocorrência policial nº 113/2023/153117 (procedimento 5000291-

12.2023.8.21.0045, Evento 1, REGOP3, p. 1), do depoimento da vítima (procedimento

5000291-12.2023.8.21.0045, Evento 1, depoimento testemunha 2, págs. 1/3), das

fotografias anexadas ao inquérito policial (procedimento 5000291-12.2023.8.21.0045,

Evento 1, outros 21, 22 e 23), bem como através da prova testemunhal produzida

(Eventos 33 e 69).

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A autoria é certa e recai sobre a pessoa do acusado.

Interrogado em juízo, o réu BRUNO FURTADO GULARTE confessou a prática

do crime. Justificou, contudo, que estava bêbado e que pensou em ganhar um dinheiro

fácil, mas, que quando VALMIR disse que não tinha dinheiro, viu que estava fora de si e

tentou evitar um assalto. Informou que pensou novamente e que foi tentar fugir, mas

que VALMIR entrou em luta com ele, momento em que o padrasto do acusado os

separou. Revelou que tinha droga na bebida que ele bebeu e que estava em uma festa

que estava ocorrendo há 3 dias. Informou que sabe que errou e que nunca foi de

roubar, porém, o efeito de bebida alcoólica e drogas ilícitas o fizeram cometer esse ato.

Explicou que desistiu de roubar depois da vítima dizer que não tinha dinheiro, pensou

melhor na situação e quando foi correr VALMIR o puxou pelo braço, não o deixando

sair. Descreveu que houve a briga entre ambos e que o padrasto os separou.

A vítima VALMIR DE OLIVEIRA RODIRGUES declarou que o acusado Bruno

ingressou em seu mercado com uma pistola e apontou-a para seu rosto, declarando

que era um assalto. Asseverou que ambos entraram em luta corporal e, durante a luta,

retirou um pano que o réu havia amarrado no rosto, momento em que a vítima

reconheceu o autor do fato como sendo Bruno Furtado Gularte, seu vizinho. Afirmou
que acredita que o acusado não conseguiu subtrair nada do mercado. Ratificou que o

padrasto e o irmão de Bruno entraram no mercado e retiraram o acusado do local.

Mencionou que, a princípio, não sabia que a arma que Bruno utilizava era de

brinquedo, apenas percebeu quando o acusado pressionou-a contra seu rosto e está

dobrou-se, concluindo assim que era de plástico, de brinquedo.

LUCIMARA MADEIRA DOS SANTOS, ouvida em juízo, declarou que abre seu

comércio por volta das 10 horas da manhã e que BRUNO esteve lá para comprar dois

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chicletes da marca Bubbaloo e foi embora, sendo que, antes de sair, deu “bom dia” de

forma agressiva para seu marido, VALMIR. Explicou que o denunciado estava

embriagado e que, logo após ele sair do estabelecimento, seu irmão esteve lá para

comprar um sorvete, porém, o cartão não passou e ele pediu para trazer o dinheiro

depois. Nesta hora o marido da vítima disse para ele buscar o dinheiro e trazer, já que

moram em frente ao comércio. Afirmou que saiu para dentro da casa e, ao sair do

banheiro, ouviu uns barulhos e gritos, quando foi no comércio e viu que o acusado

estava apontando algo em direção a VALMIR. LUCIMARA disse ter tentado agarrar o

objeto da mão do denunciado e VALMIR desferiu um soco neste, momento em que

caiu o pano que estava no rosto do réu. Explicou que o acusado ameaçou que iria por

fogo na casa das vítimas. Reiterou que BRUNO estava com um pano no rosto e que

VALMIR deu um soco nele, momento em que o pano caiu e, assim, conseguiu

identificar o perfil do acusado. Revelou que a sua residência e o armazém são no

mesmo prédio. Explicou que conhece o acusado desde criança e que não imaginou tal

situação, dizendo ainda que achou que ele foi lá com o intuito de pegar algum
dinheiro. Explicou que foram até a Delegacia depor, mas que não queria, somente foi

porque a mãe do acusado pediu para ela ir. Falou que a mãe de BRUNO estava

pedindo para que ela fosse e que demonstrava estar preocupada com a situação do

filho.

Pois bem.

Dá análise do conteúdo probatório, é possível verificar que o próprio réu

BRUNO FURTADO GULARTE confessou a prática do delito de roubo majorado,

alegando apenas em sua defesa que estaria sob efeito de álcool e drogas ilícitas no
momento da prática do crime.

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Nesse sentido, é notório que a embriaguez voluntária ou consumo de

substâncias entorpecentes com efeitos análogos não excluem a imputabilidade penal,

consoante expressamente disposto no art. 28, II, do Código Penal, bem como

amparado pela jurisprudência.

APELAÇÃO CRIME. ROUBO. MÉRITO. MATERIALIDADE E AUTORIA.


Plenamente comprovadas. O acusado subtraiu o celular e DVD da
vítima - sua esposa à época do fato. Conjunto probatório que confirma
a prática delitiva, corroborado pela confissão do acusado. PALAVRA DA
VÍTIMA. A palavra da vítima assume especial relevância no
esclarecimento da autoria. SEMI-IMPUTABILIDADE E
INIMPUTABILIDADE. A inimputabilidade ou semi-imputabilidade
penal em razão de embriaguez por álcool ou por estar
sob efeitos de substâncias entorpecentes (artigo 28, inciso II, do
Código Penal) somente é admitida quando de forma involuntária,
o que não é o caso, pois a prova dos autos é a de que o agente
consumia entorpecentes por vontade própria. Aliás, o apelante
não produziu qualquer prova que corroborasse a versão ofertada
sobre a sua dependência em drogas, o que lhe competia, ao
invocar a minorante. A jurisprudência há muito afastou a
possibilidade de reconhecimento desta causa excludente de
antijuridicidade quando o agente se coloca em tal situação
voluntariamente (...). (Apelação Criminal, Nº 50006920520188210039,
Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Vanderlei
Teresinha Tremeia Kubiak, Julgado em: 20-04-2023).

Em seguimento, conforme depoimento da vítima VALMIR DE OLIVEIRA

RODIRGUES , referendado pela testemunha LUCIMARA MADEIRA DOS SANTOS o

réu adentrou no estabelecimento e anunciou o assalto dizendo “passa o dinheiro”, não

tendo conseguido efetuar a subtração de bens e valores por circunstâncias alheias à

sua vontade, visto que a vítima Valmir percebeu que a arma utilizada pelo acusado era

falsa, momento em que entrou em luta corporal com o réu, até que este fosse retirado

do estabelecimento comercial, evitando a consumação do delito.

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Ressalta-se, que nos delitos contra o patrimônio, a palavra da vítima deve ser

tratada com especial relevância, visto que a maior parte destes delitos não conta com

testemunhas presenciais, além disso, não foram apurados quaisquer indícios que

apontem para ocorrência de falsa acusação pelas vítimas.

Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO. MATERIALIDADE


E AUTORIA DEMOSTRADAS. IRRESIGNAÇÕES DEFENSIVA E
MINISTERIAL. Os elementos de prova produzidos no curso da instrução
demonstram a materialidade e a autoria de ambos os acusados do
crime de roubo triplamente majorado. Condenação do acusado R.
mantida e condenação do réu A. decretada. PALAVRA DA VÍTIMA.
A palavra da vítima apresenta especial relevância para a
reconstrução processual do fato, dela se extraindo importantes
elementos para a verificação da dinâmica delitiva e para a
identificação de seu respectivo autor. Os delitos patrimoniais nem
sempre contam com testemunhas presenciais, de modo que a
narrativa do ofendido, desde que em consonância com os demais
elementos de prova e inexistindo motivos para falsa acusação,
deve ser valorada pelo julgador para a formação de seu
convencimento. RELATO DOS POLICIAIS. O depoimento prestado por
agente de segurança merece especial relevância quando não verificada
qualquer razão plausível a justificar possível falso testemunho.
Ademais, não haveria sentido se credenciar policiais para realizar a
segurança pública e, depois, em juízo, retirar a credibilidade de seus
depoimentos por terem desempenhado regularmente suas funções.
MAJORANTE PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO. A majorante do
emprego de arma de fogo pode ser reconhecida independentemente
da apreensão da arma ou elaboração do respectivo laudo pericial de
funcionamento. Para tanto, basta que a prova oral reúna elementos
que demonstrem seu emprego no curso da ação delitiva. Hipótese dos
autos na qual as vítimas confirmaram o emprego de pelo menos duas
armas de fogo, inexistindo espaço para afastamento da respectiva
majorante. Majorante reconhecida [...]. (Apelação Criminal, Nº
70082549932, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Maria de Lourdes G. Braccini de Gonzalez, Julgado em: 24-05-
2023).

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Por fim, tem-se a certidão de antecedentes criminais (Evento 75), que dá conta

de que o acusado responde pelos delitos de roubo, roubo majorado, tráfico de drogas

e ameaça, tendo inclusive já sido preso preventivamente no período de 30/09/2021 à 02

/12/2021.

Presentes estão, assim, os elementos do tipo penal, pelo que o fato é típico. Ante

a inexistência de qualquer excludente da ilicitude, o fato é antijurídico. Vez que

presentes os elementos da culpabilidade, quais sejam, a imputabilidade, o potencial

conhecimento da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa, o réu é culpável.

ANTE O EXPOSTO, requer o Ministério Público a procedência da ação penal,

para o fim de condenar o acusado na forma requerida na inicial.

Encruzilhada do Sul, 09 de junho de 2023.

Rui Prediger,
Promotor de Justiça, em substituição.

Nome: Rui Prediger


Promotor de Justiça — 3426491
Lotação: Promotoria de Justiça de Rio Pardo
Data: 09/06/2023 17h20min

Documento eletrônico assinado por login e senha (Provimento nº 63/2016-PGJ).

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