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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
JACP
Nº 70082490020 (Nº CNJ: 0220911-78.2019.8.21.7000)
2019/CRIME
ACÓRDÃO
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
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Nº 70082490020 (Nº CNJ: 0220911-78.2019.8.21.7000)
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RELATÓRIO
DES. JOSÉ ANTÔNIO CIDADE PITREZ (RELATOR)
É o relatório.
VOTOS
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“Vistos.
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Ante o exposto:
(...)”.
Dispõe o artigo 395, inciso III, do CPP, que a denúncia será rejeitada quando
“faltar justa causa para o exercício da ação penal”. Por justa causa se entende “um lastro
probatório mínimo indispensável para a instauração de um processo penal (prova da
materialidade e indícios de autoria), funcionando como uma condição de garantia contra o
uso abusivo do direito de acusar1.”
No caso em exame, embora existente prova do cometimento do fato
delituoso [Boletim de Ocorrência Policial (fl. 18) e Prontuário Hospitalar (fls. 154/172)],
1
LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal comentado. Salvador: JusPodivm, 2016. P.
1085.
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entendo que não há indícios de autoria que comportem o recebimento da denúncia, senão
vejamos.
A testemunha Emerson Luis Schneudes Job disse, em síntese, que “se
recorda de haver uma pessoa tentando embarcar no veículo, chegando correndo, quando
outra pessoa de branco passou correndo pela frente do veículo e puxou essa pessoa que
estava tentando embarcar e desferir disparo de arma de foco, que escutou três (...) Sobre o
veículo fusca branco, apontado nas imagens, relata que só recorda de veículo similar
fazendo o retorno na via regular depois do sambódromo e não se recorda dele passando a
frente do ônibus”.
A testemunha Tiago Cardoso, por sua vez, relatou que não viu nada do fato,
pois estava sentada dentro do ônibus, de costas para o evento. Já a testemunha Luiz Carlos
Silva de Brito referiu que estava no pátio da empresa de ônibus Roma, quando viu um
homem correndo para dentro de um ônibus e que, ato contínuo, foi retirado do coletivo e
alvejado por disparos de arma de fogo, por outro homem. Disse não ter reconhecido o autor
dos disparos.
Consta do “histórico do fato” (fl. 05), ainda, que “(...) a Equipe CHARLIE
deslocou-se até o Hospital Cristo Redentor, porém não foi possível contato com a vítima
devido a mesma estar realizando uma tomografia, porém fomos informados pelo policial
plantonista de que a vítima não corria risco de morte e que relatou ao mesmo conforme
ocorrência que os autores seriam dois indivíduos em um veículo Fusca, de cor branca, que
efetuaram diversos disparos em sua direção (...)”
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Importa referir, ainda, que Diego Martins de Lima (vítima) foi executada em
10MAR2015. No inquérito policial que apurou sua morte, ficou comprovado que os autores
seriam Luís Felipe Gonçalves Ocácio e Jorge Marcelo dos Santos Teixeira.
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