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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DO JUIZADO

DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

PROCESSO Nº 0010527-10.2020.8.14.0401

JAIME NEPOMUCENO DE ALMEIDA JUNIOR, brasileiro, solteiro, vendedor,


portador do RG nº 4661986 PC/PA e CPF sob o nº 844.046.802-44, residente e
domiciliado na Rua Berna do Couto, nº 1237-A, bairro Umarizal, CEP.: 66.055-080,
Belém/Pa, por seu advogado e bastante procurador já habilitado que esta subscreve,
vem, muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fundamento nos
artigos 396 e 396–A do Código de Processo Penal apresentar a sua

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

 pelos fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos:

 01 - DOS FATOS

Segundo o relato fático contido na peça acusatória, o ora denunciado supostamente


agrediu fisicamente sua ex-companheira MARIANA BORGES PETROLI no dia
27/11/2016, por volta das 5:00h, na residência particular da vítima localizada na avenida
Conselheiro Furtado, nº 2312, bairro Cremação, Belém/Pa.

Ainda de acordo com o que consta na denúncia, no dia em questão, a vítima estava em
uma festa na companhia de outro homem que acabara de conhecer, quando encontrou o
denunciado no mesmo local.

Ainda segundo seu relato, após voltar para sua casa, enquanto estava dormindo, o
denunciado entrou na residência da vítima por volta da 5:00h, e supostamente, passou a
agredi-la com puxões de cabelo, batendo sua cabeça contra a cama e pressionando a
mão contra seu rosto, causando lesões que constam no laudo pericial de fls. 10.

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Segundo relatório do inquérito policial às fls. 13/15, não foi possível reunir elementos
mínimos para caracterizar a materialidade dos fatos apurados, tendo em vista a
ausência do acusado e de testemunhas diretas ou indiretas dos fatos alegados. Assim,
em decorrência da impossibilidade de comprovação da autoria e materialidade do
delito, não foi realizado o indiciamento do Denunciado pela autoridade policial.

Ainda assim, mesmo ante a ausência de autoria de materialidade do fato alegado, o


acusado foi denunciado pelo Representante do Ministério Público, como incurso nas
sanções do artigo 129, §9º do Código Penal c/c artigo 7º, inciso I da Lei nº 11.340/2006
– Lei Maria da Penha.

Nos termos do artigo 396 do Código de Processo Penal, o denunciado foi intimado para,
no prazo de 10 (dez) dias, apresentar sua Resposta à Acusação, o que vem fazer,
tempestivamente, pelos motivos de fato e direito a seguir delineados.

A despeito de, conforme passaremos a comprovar, razão alguma assiste ao Ministério


Público quando almeja ver o Acusado condenado às penas previstas nos dispositivos
legais anteriormente supracitados.

Apesar de não constar elementos que demonstrem a autoria e materialidade do fato, a


denúncia foi recebida, o que deve ser revisto pelos fundamentos que passa a expor:

02 - PRELIMINARMENTE

2.1 – DA INEXISTÊNCIA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS

Conforme consta nos autos do processo não há nenhum registro que desabone a ilibada
conduta do Denunciado.

Isto é, o acusado jamais respondeu a processos criminais ou teve seu nome ligado a
inquéritos policiais.

Assim sendo, de posse das informações exaradas dos autos, conclui-se que o
Denunciado é uma pessoa idônea.

2.2 - DA FALTA DE JUSTA CAUSA

Excelência, conforme podemos observar, a denúncia tem sua base formada apenas pelo
depoimento da vítima, que de fato, foi à única pessoa que presenciou o acontecimento.
A prova (neste caso, o depoimento da vítima), tem por finalidade o convencimento do
Juiz, que é o seu destinatário, de que uma pessoa cometeu ou não um ato delituoso.

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Nosso sistema processual penal é acusatório, cabendo não ao acusado o ônus de fazer
prova de sua inocência, mas ao Ministério Público, com provas robustas, comprovar a
real existência do delito.

Ao receber a denúncia, dando assim o início ao processo penal, o juiz há de se lembrar


de que tem diante de si uma pessoa que tem o direito constitucional de ser presumido
inocente, pelo que possível não é que desta inocência a mesma tenha que fazer prova.

Resta, então, neste caso, ao Ministério Público, a obrigação de provar a culpa do


acusado, com supedâneo em prova lícita e moralmente encartada aos autos, sob pena de,
em não fazendo o trabalho que é seu, arcar com as consequências de um veredicto
valorado em favor da pessoa apontada como autora do fato típico.

O que podemos ver no caso em tela, é que, apenas o depoimento da vítima embasa a
pretensão condenatória, o que se mostra completamente incabível num país que tem
como princípio constitucional fundamental a dignidade da pessoa humana.

Claro se mostra Excelência, que toda a situação fática teria ocorrido no interior da
residência da vítima, não restando sequer uma testemunha idônea que tenha presenciado
toda a suposta ação delituosa praticada pelo ora acusado. A denúncia do Ministério
Público se funda única e exclusivamente nos fatos narrados pela suposta vítima.

Mostra-se de total temeridade assim proceder-se a uma instrução processual, em vias


ainda de se chegar a uma condenação e a imputação de uma pena ao réu, frente à
extrema fragilidade do material probatório que tenta comprovar a autoria de um
pretenso delito que não ocorreu. O ordenamento pátrio não convive com isso. O Direito
Penal é a ultima ratio e deve ser sempre evitada e desta forma, frente a qualquer dúvida,
prima-se pela liberdade do réu, como expõe o brocardo jurídico in dúbio pro reo.

Apenas a declaração da suposta vítima de um crime não é suficiente para deflagrar a


ação penal contra o acusado de cometê-lo. Tal entendimento é da 5ª Câmara Criminal
do Estado do Rio de Janeiro:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL.


JUSTA CAUSA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. A
DENÚNCIA COMO QUALQUER PETIÇÃO INICIAL
CONTÉM “DESENHO ESTRATÉGICO SUBJACENTE,
QUE SUGERE UM PLANO DE DESENVOLVIMENTO
DA ATIVIDADE PROBATÓRIA E UMA PROPOSTA
DE LEITURA DE PREVISÍVEL RESULTADO DESTA
ATIVIDADE DIRIGIDA AO JULGADOR”.
INADMISSIBILIDADE DE AÇÃO PENAL SEM
SUPORTE EM UM MÍNIMO DE INFORMAÇÕES
QUE ASSEGUREM TRATAR-SE DE DEMANDA

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NÃO LEVIANA OU TEMERÁRIA (ARTIGO 395, III,
DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL CONFORME A
REDAÇÃO DA LEI 11.719/08) CONSTRANGIMENTO
ILEGAL CARACTERIZADO QUANDO A DENÚNCIA
RECEBIDA PROPÕE A CONDENAÇÃO DA
PACIENTE COM BASE EM MEIO DE PROVA DE
PLANO INCAPAZ DE AUTORIZAR A EMISSÃO DE
DECRETO CONDENATÓRIO.”  (g.n.)

A acusação tem de apontar sérios indícios para que a ação penal seja deflagrada. Tal
exigência encontra fundamento de validade na Constituição da República, nos
princípios de tutela da dignidade da pessoa, que se projeta no processo penal de modo a
que só ação penal com justa causa, isto é, com indícios mínimos da viabilidade do
pedido de condenação, possa deflagrar processo regular.

Nas lições do eminente professor Nestor Távora, na justa causa:

“A ação só pode ser validamente exercida se a parte autora


lastrear a inicial com um mínimo probatório que indique
os indícios de autoria, da materialidade delitiva, e da
constatação da ocorrência de infração penal em tese (art.
395, I1I, CPP).

É o fumus commissi delicti (fumaça da prática do delito) para o exercício da ação penal.
Como a instauração do processo já atenta contra o status dignitatis do demandado, não
se pode permitir que a ação seja uma aventura irresponsável, lançando-se no polo
passivo, sem nenhum critério, qualquer pessoa. Nos dizeres de Afrânio Silva Jardim,
"torna-se necessário ao regular exercício da ação penal a demonstração, prima focie, de
que a acusação não é temerária ou leviana, por isso que lastreada em um mínimo de
prova. Este suporte probatório mínimo se relaciona com os indícios de autoria,
existência material de uma conduta típica e alguma prova de sua antijuridicidade e
culpabilidade”. (TAVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal, 8ª Edição,
Editora Jus Podivm, Bahia, 2013).

3 – DO MÉRITO

3.1 - LEGÍTIMA DEFESA - AUSÊNCIA DE CRIME (CP, ART. 25)

A peça acusatória traz grave omissão quanto à descrição dos acontecimentos. E essa
lacuna, por si só, é capaz de colocar por terra toda pretensão condenatória.

A lesão, encontrada no rosto da vítima, fora proveniente de gesto defensivo do Acusado.

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A ofendida, na verdade, no meio de uma discussão acalorada, partiu para tentar
desfechar uma tapa na cara do Réu. Na ocasião, obviamente procurando defender-se,
tentou afastá-la da agressão segurando o rosto da vítima e empurrando-a para trás.
Todavia, a força, empregada na reação defensiva, provocou as marcas características de
dedos na face daquela. 

É altamente ilustrativo o seguinte julgado: 

APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL.


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SENTENÇA
CONDENATÓRIA. RECURSO DEFENSIVO.
ALEGADA LEGÍTIMA DEFESA. POSSIBILIDADE.
RECURSO PROVIDO.

Restando demonstrado que o agente agiu acobertado pela


excludente de ilicitude da legítima defesa, reagindo a
injusta agressão ao seu patrimônio e fazendo uso
moderado dos meios necessários para afastar a referida
agressão, imperativa a absolvição. Recurso provido [...]                                  

TJ-MG - Apelação Criminal APR 10325130015994001


MG (TJ-MG) Jurisprudência • Data de publicação:
09/12/2015 Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL - LESÃO
CORPORAL - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - LEI
MARIA DA PENHA - CONDENAÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - LEGÍTIMADEFESA -
EXCLUDENTE DE ILICITUDE CONFIGURADA.
Demonstrando as provas dos autos que o acusado agiu
para repelir as agressões da vítima, em meio a uma
discussão do casal, configurando a excludente de ilicitude
da legítima defesa, imperativo que seja mantida a sua
absolvição.

Se Vossa Excelência não entender pelo reconhecimento da legítima defesa, que


absolva o acusado com esteio no princípio do “in dubio pro reu” ou no Artigo 386, VI,
do CPP.

Assim tem entendido os nossos Tribunais:

TJ-PE - Apelação APL 4193711 PE (TJ-PE)


Jurisprudência • Data de publicação: 15/07/2016 Ementa:
APELAÇÃO CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
AGRESSÕES MÚTUAS. AUSÊNCIA DE PROVA
SEGURA SOBRE O INÍCIO DA AGRESSÃO.

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SENTENÇA ABSOLUTÓRIA MANTIDA. 1. No Estado
Democrático de Direito a existência de dúvida substancial
é suficiente para absolver o réu da imputação que lhe é
feita na denúncia. Não se olvide que a ordem jurídica
penal encontra-se erigida sobre os pilares do in dubio pro
reo e da presunção de inocência, de forma que a existência
de fundada dúvida sobre a ocorrência do crime deve levar
à absolvição do réu, com fulcro no art. 386 , VI , do
Código de Processo Penal , conforme reconheceu o juiz a
quo. 2. Não se sabendo em que circunstâncias ocorreu a
luta corporal entre a vítima e o acusado, ou seja, não
ficando claramente demonstrado quem iniciou as
agressões, praticadas mutuamente, a absolvição do réu se
impõe. 3. Deve-se, na hipótese, prestigiar o sentimento do
juiz monocrático quanto às suas impressões relativas à
prova oral. Não se olvide que o juiz, que viu e ouviu os
depoimentos orais, está em condições mais adequadas para
formar a melhor convicção quanto à veracidade dos fatos.

TJ-MG - Apelação Criminal APR 10395090257415001


MG (TJ-MG) Jurisprudência Data de publicação:
23/08/2013 Ementa: LESÕES CORPORAIS.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRATICADA CONTRA
MULHER. AGRESSÕES MÚTUAS. AUSÊNCIA DE
PROVAS CABAIS. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO
"IN DUBIO PRO REO". MANTER DECISÃO
ABSOLUTÓRIA. - Não existindo nos autos provas cabais
capazes de afastar a tese de agressões mútuas e de
comprovar quem teria dado início as referidas agressões,
há que ser aplicado ao caso o princípio do "in dubio pro
reo".

 Nesse contexto, tendo-se em conta que o Réu agiu almejando se defender da agressão
em liça e, mais, utilizando-se moderadamente dos meios (empurrão), necessário se faz
aplicar a excludente da ilicitude da legítima defesa.

Assim, deve o acusado ser absolvido sumariamente pela presença da excludente de


ilicitude do Artigo 25 do Código Penal Brasileiro, tendo em vista que agiu para repelir
moderadamente injusta agressão a direito seu, nos termos do Artigo 397, I, do Código
de Processo Penal Brasileiro.

3.2 – AUSÊNCIA DE DOLO E FALTA DE PROVAS

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Para a configuração da lesão corporal leve, grave ou gravíssima é necessário ação
dolosas do sujeito, isto é, vontade de causar a lesão corporal.

Segundo Cezar Roberto Bitencourt:

O elemento subjetivo do crime de lesões corporais é


representado pelo dolo, que consiste na vontade livre e
consciente de ofender a integridade física ou a saúde de
outrem. É insuficiente que a ação causal seja voluntária,
pois no próprio crime culposo, de regra, a ação também é
voluntária. É necessário, com efeito, o animus laedendi.
(BITENCOURT, 2015, p 199).

Ausente, ou não provado a conduta dolosa na ação (animus laedendi), o crime de lesão
corporal, em qualquer das modalidades, (gravíssimo, grave e leve) será desclassificado
para a forma culposa, descrita no § 6º do art. 129 do Código Penal, sendo essa
modalidade a menos grave. Segue julgado:

EMENTA: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO -


RECURSO DEFENSIVO - LESÃO CORPORAL
GRAVE - DESCLASSIFICAÇÃO - LESÃO
CORPORAL CULPOSA - LEGITIMA DEFESA
IMPRÓPRIA - EXCESSO CULPOSO- UTILIZAÇÃO
DE GARRAFA - OBJETO CORTO-CONTUNDENTE -
RECURSO DESPROVIDO. 1. O art. 23, II, do Código
Penal, prescreve que não há crime quando o fato é
praticado em legítima defesa. Contudo, o parágrafo único
do mesmo dispositivo legal ressalva que se o agente agir
com excesso doloso ou culposo, deve responder pelo
excesso. 2. Não é possível que juiz absolva um acusado,
em razão da legítima defesa, quando há nos autos indícios
de que agiu imoderadamente, lesionando a vítima com
uma garrafada, sem que essa o estivesse agredindo na
mesma proporção, já que estava desarmada. Neste caso, a
conduta mais adequada é a desclassificação da lesão
corporal grave para a culposa, cabendo ao magistrado
competente a apreciação da eventual culpa do acusado.
3. Recurso a que se nega provimento. (TJ-ES - RSE:
01123735620118080012, Relator: SÉRGIO BIZZOTTO
PESSOA DE MENDONÇA, Data de Julgamento:
24/10/2012, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL, Data de
Publicação: 01/11/2012).

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Segundo relatório do inquérito policial às fls. 13/15, não foi possível reunir elementos
mínimos para caracterizar a materialidade dos fatos apurados, tendo em vista a
ausência do acusado e de testemunhas diretas ou indiretas dos fatos alegados. Assim,
em decorrência da impossibilidade de comprovação da autoria e materialidade do
delito, não foi realizado o indiciamento do Denunciado pela autoridade policial.

A ausência de provas deve ser acolhida em duas possibilidades falta de materialidade


delitiva (não há provas de que o fato criminoso ocorreu); e ausência de provas da
autoria delitiva (não provas de que o acusado (a) é responsável pelos fatos).

Nos casos em que não forem suficientes as provas para o convencimento do magistrado,
deverá ele absolver o acusado (a) nos termos do artigo 386 do CPP.

04 - DOS PEDIDOS

Diante todo o exposto, requer-se:

a) a REJEIÇÃO TARDIA da denúncia, por faltar justa causa para o exercício da ação
penal, conforme manda o artigo 395, inciso III do Código de Processo Penal.

b) A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do denunciado JAIME NEPOMUCENO DE


ALMEIDA JUNIOR e a TOTAL IMPROCEDÊNCIA da denúncia, com fundamento no
artigo 397, inciso I e III, do Código de Processo Penal, visto a manifesta excludente de
ilicitude de legítima defesa e ausência de dolo no suposto crime de lesão corporal.

c) Caso não seja este o entendimento deste Douto Juiz, a absolvição ainda é medida que
se impõe conforme o artigo 386, inciso VI, do Código de Processo Penal e assim
aplicado o princípio do “in dubio pro reo”.

d) Ou subsidiariamente em caso de uma eventual condenação, seja a pena substituída


por uma restritiva de direitos do Artigo 43 do Código Penal Brasileiro.

e) Por fim, requer, desde logo, que sejam intimadas e inquiridas às testemunhas
arroladas pelo o membro do Ministério Público.

Termos em que,

Pede Deferimento

Termos em que, pede deferimento.

Belém/PA, 12 de novembro de 2020.

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___________________________
ALEXANDRE FERNANDES
OAB 17.637/PA

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