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Criminologia
Bizu Estratégico p/ Polícia Federal
(Delegado)
Autores:
Bruna Caroline Biruel Caracho,
Gabriel Lourenço Carolino,
Waleska Alvarenga, Franco
Gomes Reginato, Danielle Pereira
21 de Outubro de 2020
Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli,
Kauê Salvaterra, Leonardo
Mathias
APROVAÇAO JA - APROVAÇAO JA
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonza
Bizu Estratégico de Criminologia
Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Criminologia para o concurso da
Delegado Federal.
O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de tópicos
que possuem as maiores chances de incidência em prova.
Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já estudaram
bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam revisar por algum material bem
curto e objetivo). APROVACAO JA
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Bizu Estratégico de Criminologia
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Com base nisso, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos previstos no edital que foram
mais exigidos pela Banca Cespe/Cebraspe em Criminologia, para mandarmos super bem na prova!
Vitimologia
6 13, 64 %
Pessoal, neste material enfocaremos os tópicos com maior incidência nas questões da Banca
Cespe/Cebraspe, por possuírem um custo-benefício elevado em seu concurso.
Prevenção 08
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Bizu Estratégico de Criminologia
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Bizu Estratégico de Criminologia
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1) Conceito de Criminologia
A palavra “criminologia” foi criada por Paul Topinard (1883), embora tenha se espalhado
internacionalmente a partir de Raffaele Garofalo, em 1885, em seu livro Criminologia.
Etimologicamente, “criminologia” significa “estudo do crime”.
Criminologia é uma ciência autônoma, empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o criminoso,
a vítima, o controle social e todas as demais circunstâncias que envolvem o fenômeno criminoso.
Ciência autônoma: possui métodos e objetos de estudos próprios.
Ciência empírica: método da observação e experimentação. Trabalha sobre bases concretas,
pela análise de acontecimentos do mundo real (e não apenas abstratos).
Ciência interdisciplinar: se vale de diversos ramos da ciência como auxílio (psicologia,
sociologia, antropologia, direito, filosofia...). Os saberes se integram e cooperam entre si.
Ciência causal-explicativa: estuda o delito além da visão de violação de uma norma,
buscando entender suas causas. Difere do Direito Penal, que é compreendido como uma
ciência normativa, por analisar o crime somente pelo prisma da transgressão da norma.
A criminologia é uma ciência do "ser", ao contrário do Direito Penal, que é uma ciência do
"dever ser" (tem por finalidade precípua a defesa de bens jurídicos).
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1) CRIME: fenômeno humano, social e cultural. Não há crime na natureza. É a sociedade que
determina, conforme os valores de uma época, quais condutas são consideradas delituosas.
3) VÍTIMA: antes, o papel da vítima não era tão relevante no estudo do fenômeno criminoso.
Atualmente, entretanto, seu estudo é considerado primordial, de forma que passou até mesmo
a constituir um sub-ramo específico de estudo, a vitimologia.
A evolução da compreensão do papel da vítima pode ser identificada em três fases:
1ª fase: PROTAGONISMO. Compreendia-se que a vítima tinha o controle do próprio ativismo
(vingança privada). A vítima recebia a incumbência de fazer, ela mesma, justiça.
2ª. Fase: NEUTRALIZAÇÃO. A vítima passa a ser deixada de lado nos estudos criminológicos
e a punição é vista por um viés imparcial e preventivo, sem necessidade de reparação dos
danos sofridos.
3ª fase: REDESCOBRIMENTO. A vítima é redescoberta e ganha importante papel, como
consequência, por exemplo, a criação do ramo da Vitimologia e previsões legislativas
conferindo destaque à vítima.
A Lei 9.099/95 trouxe de volta a importância da vítima na pacificação dos conflitos, através
da composição dos danos civis como instituto despenalizador. A Lei 11.340/06 (Maria da
Penha) também dá uma importância significativa à vítima. Inclusive, o próprio CPP, na
reforma trazida em 2008, tem viés vitimológico a partir, por exemplo, do dispositivo que
prevê que a vítima tem que ser comunicada sobre a saída de seu agressor da prisão.
Ainda dentro da Vitimologia, há também o estudo dos processos de vitimização (ou revitimização):
Vitimização primária: danos inerentes à própria conduta criminosa.
Vitimização secundária: consequência das relações entre vítima e Estado, em razão da
burocratização do aparelho repressivo. É o dano causado, direta ou indiretamente, pelas
próprias instâncias de controle social quando, na tentativa de punir o crime, acabam
ocasionando mais danos à vítima.
Vitimização terciária: danos causados pela sociedade que cerca a vítima, pelo afastamento,
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Controle social formal é aquele que se dá pela atuação dos órgãos de repressão do Estado.
Há quatro instâncias de controle formal: polícia, Ministério Público, Judiciário e
administração penitenciária. O controle formal se subdivide em:
o Primeira seleção: início da atividade de persecução penal. Atividade investigativa
pela polícia judiciária.
o Segunda seleção: início da ação penal com o oferecimento da denúncia pelo MP.
o Terceira seleção: tramitação do processo criminal e eventual condenação do
autor, com aplicação da respectiva sanção penal.
4) Funções da criminologia
A criminologia tem por objetivo estudar o crime, o criminoso, a vítima, o controle social e todas as
demais circunstâncias que envolvem o fenômeno criminoso, para informar a sociedade e os poderes
públicos, fornecendo subsídios para que sejam delineadas as políticas públicas de prevenção e
repressão, a orientação da política criminal e do Direito Penal.
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ESCOLA POSITIVISTA
A escola positivista ganhou força no final do século XIX e marca o início do período científico da
Criminologia e seu status de ciência autônoma.
Contrapõe-se aos métodos da Escola Clássica ao adotar método empírico e indutivo.
Principais expoentes: Cesare Lombroso (“O homem delinquente”, 1876), Enrico Ferri e
Raffaele Garofalo.
Passou a ter enfoque na pesquisa das causas da criminalidade.
O estudo do fenômeno criminoso deve ocorrer por uma análise de fatores causais-
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7) Teorias sociológicas
Sociedade criminógena é, por definição, uma sociedade que produz crime. A partir disso, surgiram
teorias fundamentadas na ideia de que o principal foco do estudo não é o criminoso, mas sim a
sociedade. O enfoque se desloca do sujeito (criminoso) para o meio (sociedade).
Dentro da sociologia criminal, costuma-se dividir as teorias em dois grandes grupos: teorias do
consenso e teorias do conflito.
A. TEORIAS DO CONSENSO – Partem da premissa de que a sociedade é formada por um
conjunto de valores fundamentais consensuais, que devem ser defendidos e promovidos por
todos. O Direito Penal é uma ferramenta para a proteção desses valores comuns a todos.
Fazem parte da criminologia do consenso:
a. Escola de Chicago;
b. Teoria da Associação Diferencial;
c. Teoria das Subculturas Delinquentes e
d. Teoria da Anomia.
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Agora vamos ver os principais aspectos de cada uma das teorias sociológicas mencionadas acima:
ESCOLA DE CHICAGO
A Escola de Chicago trouxe uma explicação ecológica para o fenômeno criminoso. A criminalidade
estaria diretamente relacionada às características dos conglomerados urbanos.
Robert Park foi um de seus principais expoentes. Também devem ser citados William I.
Tomas, Enerst Burgess, Clifford R. Shaw e Henry D McKay;
O Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago se debruçou sobre os impactos
da explosão demográfica que ocorria em Chicago no início do século XX;
Crescimento demográfico como formador do comportamento delinquente;
“Sociologia da cidade” ou “escola social da cidade”;
Zonas de delinquência: tese segundo a qual a delinquência é mais concentrada em
determinadas áreas, em razão, dentre outras coisas, da desorganização social.
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TEORIA DA ANOMIA
Para Émile Durkheim, o crime é um fenômeno “natural” dentro de uma sociedade, e não uma
anormalidade. O crime seria o fenômeno social que permitiria a própria reafirmação da ordem
social, posto que surge a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos estruturais e
estruturantes da sociedade.
De acordo com Robert Merton, baseando-se nas ideias de Durkheim:
A sociedade impõe objetivos e metas inalcançáveis para a maioria das pessoas;
Desequilíbrio entre meios disponíveis para poucos e metas culturais estabelecidas para
todos;
A dissociação entre os objetivos e instrumentos geraria a anomia (situação de renúncia às
normas sociais);
Modelos de adaptação do indivíduo a sociedade:
a) Conformidade - aceitação dos meios institucionalizados para alcançar as metas
socioculturais estabelecidas;
b) Inovação – aceitação das metas socioculturais, mas não alinhamento aos meios
institucionalizados para alcançá-las. Rompem com o sistema e buscam atingir as
metas culturais por meio do caminho fácil do comportamento desviado;
c) Ritualismo - renúncia às metas culturais preestabelecidas por entender ser incapaz
de alcançá-las;
d) Evasão ou retraimento - abre mão tanto das metas culturais quanto dos meios
institucionalizados. Aqui se acham os excluídos sociais;
e) Rebelião – inconformismo e revolta. Rejeição das metas e os meios estabelecidos
socialmente (establishment), lutando pela criação de novos paradigmas ou uma nova
ordem social.
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TEORIA DO ETIQUETAMENTO
A Teoria do etiquetamento (ou “labelling approach”) entende que não há conduta que seja, por si
só, criminosa. O que existe são condutas, a qualidade de “criminosa” (o “etiquetamento” como
criminosa) é conferida quando a norma assim estabelece a partir da eleição de determinados valores
que devem ser protegidos.
Por isso, não se deve buscar entender por que alguém se torna criminoso, mas sim porque a
sociedade considera determinada conduta como criminosa.
Tem Erving Goffman e Howard Becker como principais referências.
Rejeição da ideia de “criminoso”. Não existe crime ou criminoso por natureza, mas sim a
rotulação de algumas condutas.
O foco de estudo passa a ser o processo de criminalização. O desviante é, na verdade,
produto das instâncias formais de controle. O processo de criminalização tende a ser seletivo
e discriminatório.
A criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um
processo de estigmatização.
O Direito Penal rotula determinadas condutas como criminosas com a finalidade precípua de
manter e perpetuar a estrutura social dividida em classes. O Estado se vale do Direito Penal
para qualificar como criminosas condutas normalmente praticadas por classes mais baixas.
Crime como fenômeno normativo (e não social).
Reação social: procedimento responsável pelo processo de criação de normas penais e
também sociais relacionadas com o comportamento desviante.
CRIMINOLOGIA CRÍTICA
Também conhecida como “Criminologia Radical”, “Criminologia marxista” ou “nova
Criminologia”, estuda a criminalidade com enfoque no processo de criminalização, explicada
por processos seletivos de construção social do comportamento delituoso e de sujeitos
criminalizados;
O italiano Alessandro Baratta foi um importante difusor da Teoria crítica;
O núcleo principal da Criminologia crítica ou dialética é a luta contra a desigualdade social,
defendendo a tese de que a resolução para a série de problemas do delito depende da
supressão da exploração econômica e da arbitrariedade política sobre as classes menos
favorecidas;
A Criminologia crítica ganhou espaço após o nascimento da teoria do etiquetamento;
Fundamenta sua tese na separação das estruturas da criminalidade que corresponde à classe
dominante versus classe dominada, proveniente da acumulação de capital, juntamente com
o controle dos processos de criminalização;
Se opõe às perspectivas de outras teorias criminológicas, o que ocasionou o nascimento de
outras vertentes da Criminologia, quais sejam: neorrealismo de esquerda (marxista), o
Direito Penal mínimo (ultima ratio) e o abolicionismo penal (descriminalização):
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MODELO CLÁSSICO OU DISSUATÓRIO: objetiva intimidar, por meio da ameaça de pena, de forma
que o sujeito não pratique a conduta criminosa ou, se já praticada, não volte a delinquir.
Finalidade de prevenção negativa da pena.
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Bons estudos!
"A única pessoa que você está destinado a se tornar é a pessoa que você decide ser."
(Ralph Waldo Emerson) – Sem sacrifício, não há benefício!
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